Içami Tiba, conhecido e respeitado psiquiatra
paulista, defende a tese de que o álcool é, sem dúvida, a porta de entrada para
a maconha e outras drogas consideradas mais pesadas. O jovem que pensava em
experimentar a maconha, mas não tinha coragem, passa a tê-la quando ingere
bebida alcoólica.
Essa ideia, que é abonada por diversos
especialistas, acrescenta aos malefícios causados pelo álcool mais um item na
sua imensa lista de inconveniências. E um item importante, dados os problemas
que o consumo das drogas tem produzido na sociedade moderna.
No meio espírita sabe-se, já faz tempo, da
relação que existe entre o consumo de álcool e a obsessão.
No capítulo de abertura do livro Diálogo dos
Vivos, obra publicada em 1974, Herculano Pires escreveu:
“A obsessão mundial pelo álcool, no plano
humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual. A
medicina atual ainda reluta – e infelizmente nos seus setores mais ligados ao
assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão.
Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais
do mundo, a realidade da obsessão. De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados
Unidos, a Soal, Carrington, Price, na Inglaterra, até a outros parapsicólogos
materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia. Todos os
parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão
do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais
entre as criaturas humanas, e entre estas e as mentes desencarnadas”.
O fato é de fácil compreensão. A dependência do
álcool prossegue além-túmulo e, como o Espírito não pode obtê-lo no local em
que agora reside, o chamado plano extrafísico, ele só consegue satisfazer a sua
compulsão pela bebida associando-se a um encarnado que beba, o que tem sido
confirmado por vários autores, como André Luiz e Cornélio Pires.
Este último, na mesma obra acima citada, disse
a um amigo, que o consultou sobre o tema, que “cachaça, meu caro João, recorda
simples tomada que liga na obsessão”. E, finalizando sua resposta vazada em versos,
reafirmou: “Eis no Além o que se vê, seja a pinga como for, enfeitada ou
caipira, é laço de obsessor”.
Ora, se o álcool favorece o processo obsessivo,
não é difícil entender por que o psiquiatra paulista entende que pode ele dar
início ao consumo de drogas mais pesadas, que podem matar ainda mais
rapidamente que o álcool, como é o caso do crack e da cocaína. Dizemos “mais rapidamente”,
porque, ninguém ignora, todas matam, mais cedo ou mais tarde.
Fonte:
GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
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