quinta-feira, 19 de setembro de 2013

NÃO BASTA VER


 

“E logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo 
isto, dava louvores a Deus.” – (LUCAS, 18:43.)

A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo 
sincero do Evangelho.
O enfermo de boa-vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. 
Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus. E todo o povo, 
observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a 
confiança no Divino Poder.
A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. Quase todos 
os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo que a dádiva desça aos 
caprichos perniciosos que lhes são peculiares, sem qualquer esforço pela 
elevação de si mesmos à bênção do Mestre.
Raros procuram o Cristo à luz meridiana; e, de quantos lhe recebem os dons, 
raríssimos são os que lhe seguem os passos no mundo.
Daí procede à ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta 
da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contacto com a fé.
Em razão disso, a Terra está repleta dos que creem e descreem, estudam e 
não aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.
Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário.
O que, porém, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, será 
redimido.
É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver 
simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons 
narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o 
Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a 
montanha do trabalho e do testemunho.

Emmanuel

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