Uma das maiores dores que podem atingir a um coração na Terra é a separação de pessoas que se amam. É humano sofrer com a morte física de alguém. É necessário, no entanto, que não se faça do fim natural a que chega a vida física, um palco de revolta contra Deus. A vida física tem seu início, meio e fim. Término esse que todos sabem que um dia chegará. Por que não se preparar? Não a esperando para qualquer momento, mas se conscientizando de que nada na vida lhes pertence, posto que "são depositários e não proprietários".
Apegam-se às pessoas, tornando-se delas donas, razão pela qual chega à revolta da separação. Como alguém que é meu me pode ser tirado, sem o meu consentimento?
A saudade fará com que suas lágrimas caiam para sempre, diminuindo com o tempo, mas estarão sempre em sua face. Mas, creia, o dia do reencontro chegará. Aguarde com confiança e sem qualquer precipitação. Não chantageie a vida se entregando à autodestruição, isto só o levará a se afastar mais e mais das vibrações de refazimento e reequilíbrio.
Não retenha quem se foi além do necessário para que tenha boas recordações. Desfaça-se dos excessos de correntes que podem aprisionar o seu amor ao seu lado. A vida dele prosseguirá em outras paragens, não mais na que você se encontra. Não o chame para ajudá-lo diante das suas dificuldades de vida. Elas são suas.
Deus não é cruel. Jamais o faria reencontrar ou encontrar um amor para depois o lançar fora de sua vida, eternamente. Seu sofrimento não é o maior do mundo, portanto não agrida a quem quer que seja com a justificativa de que o seu coração está de luto.
Alguém partiu, não faça com que os outros partam também, afastando-se de sua companhia. Ore, pedindo pela paz do que se foi, lembrando-se que ele também sofre a saudade da separação. Mas em suas preces nunca se esqueça de dizer: "Vá adiante amor, aqui ficaremos bem e, quando Deus assim quiser, nós nos veremos..."
Local: "Centro Espírita Cavaleiros da Luz" - Salvador (BA)
Médium : José Medrado (do livro "Construção Interior", Ed. Mundo Maior)
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