segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Libertação e Consciência



Quem elegeu Jesus, não pode ignorar a cruz da renúncia.
Quem o busca, não pode desdenhar a estrada áspera do Gólgota.
Quem com Ele se afina, não pode
esquecer que, Sol de primeira grandeza como é, desceu à sombra da noite, para ser o porto de segurança luminosa, no qual atracaremos a barca de nosso destino.
Jesus é o nosso máximo ideal humano, Modelo e Guia seguro.
Aquele que travou contato com a Sua palavra nunca mais O esquece.
Quem com ele se identifica, perdeu o direito à opção, porque a sua, passa a tornar-se a opção dele, sem o que, a vida não tem sentido.

Joanna de Ângelis

OBRIGADO SENHOR


Obrigado, Senhor, por me teres aceito nos seus campos verdejantes, onde as flores do trabalho se multiplicam a cada instante, nas mãos dos seareiros de boa vontade.
Obrigado, Senhor, pela luz dos nossos caminhos, na certeza Senhor, de que os caminhos iluminados por Ti salvam e perdoam aqueles que vivem nas trevas.
Obrigado, Senhor, pelo chamado amigo.
Ajuda-me, Senhor, a não medir esforços. E quando o cansaço de mim se aproximar, por ser ainda Espírito imperfeito, ajuda-me, Irmão, a pensar menos em mim e mais em nossos irmãos.
Obrigado, Senhor, pelo grande alimento que me sustenta as forças e me abre os braços em prece para receber a Ti através daqueles que como eu erraram muito, e necessitam trabalhar.
Ajuda-me, Senhor, a saber agradecer sempre!

Assim seja!

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

TORNA-TE PACIFICADOR


Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz.
Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.
Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de ódio. Confia na força da não violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti.

Joanna de Angelis

SE MEDITARES


Se meditares sinceramente, nas provas que já venceste, nos problemas que já atravessaste, nas dores que já esqueceste e nos obstáculos que, muitas vezes, já contornaste, sem maior esforço de tua parte, reconhecerás que o amparo de Deus esteve e está contigo em todos os momentos, aprendendo a cooperar mais em favor da paz em ti mesmo,
consolidando a fé na Providencia Divina que nunca nos desampara.


EMMANUEL

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Oração do Trabalho


Senhor!
Ensina-nos a trabalhar mais, produzindo mais, e a produzir mais, a fim de conquistarmos recursos maiores, para distribuir o auxilio sempre mais amplo de tua misericórdia.
E ensina-nos, Senhor, a descansar menos, pedindo menos, a fim de pesarmos menos em nossos semelhantes, para exigir menos, de modo a nos sentirmos menos fracos para servir em Tua Bondade.
Senhor!
Tanto quanto nos seja possível receber, concede-nos mais trabalho para sermos mais úteis e que sejamos sempre menos nós, diante de Ti, a fim de que estejas mais em nós, hoje e sempre.
Assim seja!!


Bezerra de Menezes

Oração de um sofredor



Meu Deus, és soberanamente justo, todo sofrimento, neste mundo, há, pois,
de ter a sua causa e a sua utilidade.
Aceito a aflição que acabo de experimentar como expiação de minhas faltas passadas
e como prova para o meu futuro.
Bons Espíritos que me protegeis, dai-me para suportá-la sem lamentos.
Fazei que ela me seja um aviso salutar; que me acresça a experiência que abata em
mim o orgulho, a ambição, a tola vaidade e o egoísmo, e que contribua assim para o meu adiantamento. Ó meu Deus, dá-me forças para suportar as provações que te aprouve destinar-me. Submeto-me resignado, ó meu Deus, mas a criatura é tão fraca, que temo sucumbir, se me não amparares.
Não me abandones Senhor, que sem ti nada posso.
Deus onipotente, que vês as nossas misérias, digna-te de escutar, benevolente, a súplica
que nesse momento te dirijo.
Se é desarrazoado o meu pedido, perdoa-me; se é justo e conveniente segundo as tuas vistas, que os bons espíritos, executores das tuas vontades, venham em meu auxílio para que ele seja satisfeito. Como quer que seja, meu Deus, faça-se a tua vontade.
Se os meus desejos não forem atendidos, é que está nos teus desígnios experimentar-me
e eu me submeto, sem me queixar.
Faze que por isso nenhum desânimo me assalte e que nem a minha fé nem a minha resignação sofram qualquer abalo.


Terezinha Oliveira

PORQUE VOS DEIXEIS GOVERNAR?


Porque vos deixeis governar? Porque não estar convictos em vossas crenças, no caminho retilíneo que esta doutrina vos ensinou? Para que deixar se prender às amarras espirituais que vos escravizam o pensamento e as atitudes?
Quando permitimos instalar a dúvida em nossas existências, simplesmente demonstramos a nossa pouca fé e muitas vezes uma vontade muito grande de permanecer no mal.
É isso, filhos... Abrir mão das facilidades e confortos exagerados dessa aparente ilusão que a vida sem objetivos e disciplina pode proporcionar ainda é, para alguns de vós, motivo de suplício, tristeza e desespero.
Por isso a necessidade de fortalecer a vossa fé com os estudos periódicos de constantes e trabalhar com mais alegria no coração, sabendo que esse aperfeiçoamento tem um motivo muito maior, infinitamente superior às efêmeras vontades puramente materiais.
Irmãos, não esquecer a psicosfera em que viveis e que sois colaboradores ativos. Viveis mergulhados sobre a influência direta de um ambiente espiritual soturno, formado por uma gama de irmãos participantes do ódio e da tristeza oriundos de quase 400 anos de escravidão.
Não vos esqueçais da inquisição e de suas barbáries, que ultrapassaram mais de um de um milênio, onde a justiça e o perdão ainda estão sendo vagarosamente construídos pela justiça divina.
Então irmãos, tenhais os olhos de ver isso tudo. Não menosprezeis a necessidade de você fortalecer e sair desse lodo mental em que estais mergulhados, neste país, neste planeta...
A vigilância e a prece são essenciais. O preparo, filhos, deve ser constante.
Alguns passos foram dados. A partir de agora sentir os ensinamentos com o coração, acreditando naquilo que escolheis ser, ou seja, cristãos, é fundamental para não cairdes.
E para ser cristão é necessário escolher a porta estreita.
Estaremos sempre junto de vós, basta colocarem-se em condições para que possamos ajuda-los.
Fiquemos todos com a luz de nosso mestre Jesus!


(psicografia) - 6ª Feira - Data: 26/09/2014 CEDB

Missão dos espíritas


4. Não escutais já o ruído da tempestade que há de arrebatar o velho mundo e abismar no nada o conjunto das iniquidades terrenas? Ah! Bendizei o Senhor, vós que haveis posto a vossa fé na sua soberana justiça e que, novos apóstolos da crença revelada pelas proféticas vozes superiores, ides pregar o novo dogma da reencarnação e da elevação dos Espíritos, conforme tenham cumprido, bem ou mal, suas missões e suportado suas provas terrestres.
Não mais vos assusteis! As línguas de fogo estão sobre as vossas cabeças. Ó verdadeiros adeptos do Espiritismo!... Sois os escolhidos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar à sua propagação os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas ocupações fúteis. Ide e pregai. Convosco estão os Espíritos elevados. Certamente falareis a criaturas que não quererão escutar a voz de Deus, porque essa voz as exorta incessantemente à abnegação. Pregareis o desinteresse aos avaros, a abstinência aos dissolutos, a mansidão aos tiranos domésticos, como aos déspotas! Palavras perdidas, eu o sei; mas não importa. Faz-se mister regueis com os vossos suores o terreno onde tendes de semear, porquanto ele não frutificará e não produzirá senão sob os reiterados golpes da enxada e da charrua evangélicas. Ide e pregai!
Ó todos vós, homens de boa-fé, conscientes da vossa inferioridade em face dos mundos disseminados pelo Infinito!... Lançai-vos em cruzada contra a injustiça e a iniquidade. Ide e proscrevei esse culto do bezerro de ouro, que cada dia mais se alastra. Ide, Deus vos guia! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai que as populações atentas recolherão ditosas as vossas palavras de consolação, de fraternidade, de esperança e de paz.
Que importam as emboscadas que vos armem pelo caminho! Somente lobos caem em armadilhas para lobos, porquanto o pastor saberá defender suas ovelhas das fogueiras imoladoras.
Ide, homens, que, grandes diante de Deus, mais ditosos do que Tomé, credes sem fazerdes questão de ver e aceitais os fatos da mediunidade, mesmo quando não tenhais conseguido obtê-los por vós mesmos; ide, o Espírito de Deus vos conduz.
Marcha, pois, avante, falange imponente pela tua fé! Diante de ti os grandes batalhões dos incrédulos se dissiparão como a bruma da manhã aos primeiros raios do sol nascente.
 “A fé é a virtude que desloca montanhas”, disse Jesus. Todavia, mais pesados do que as maiores montanhas, jazem depositados nos corações dos homens a impureza e todos os vícios que derivam da impureza. Parti, então, cheios de coragem, para removerdes essa montanha de iniquidades que as futuras gerações só deverão conhecer como lenda, do mesmo modo que vós, que só muito imperfeitamente conheceis os tempos que antecederam a civilização pagã.
Sim, em todos os pontos do globo vão produzir-se as subversões morais e filosóficas; aproxima-se a hora em que a luz divina se espargirá sobre os dois mundos.
Ide, pois, e levai a palavra divina: aos grandes que a desprezarão, aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; porque, principalmente entre os mártires do trabalho, desta provação terrena, encontrareis fervor e fé. Ide; estes receberão com hinos de gratidão e louvores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, e baixarão a fronte, rendendo-lhe graças pelas aflições que a Terra lhes destina.
Arme-se a vossa falange de decisão e coragem! Mãos à obra! O arado está pronto; a terra espera; arai!
Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que Ele vos confiou; mas atenção! Entre os chamados para o Espiritismo muitos se transviaram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade.
Pergunta. – Se, entre os chamados para o Espiritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho?
Resposta. – Reconhecê-los-eis pelos princípios da verdadeira caridade que eles ensinarão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo número de aflitos a que levem consolo; reconhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pessoal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo triunfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de sua lei; os que seguem sua lei, esses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitória; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição. – Erasto, anjo da guarda do médium. (Paris, 1863.)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Depressões


Se trazes o espírito agoniado por sensações depressivas, concede ligeira pausa a ti mesmo, no capítulo das próprias aflições, a fim de raciocinar. 
Se alguém te ofendeu, desculpa. 
Se feriste alguém, reconsidera a própria atitude.
Contratempos do mundo estarão constantemente no mundo, onde estiveres. 
Parentes difíceis repontam de todo núcleo familiar. 
Trabalho é a lei do Universo. 
Disciplina é alicerce da educação. 
Circunstâncias constrangedoras assemelham-se a nuvens que aparecem no firmamento de qualquer clima. 
Incompreensões com relação a caminho e decisões que se adotem são empeços e desafios, na experiência de quantos desejem equilíbrio e trabalho.
Agradar a todos, ao mesmo tempo, é realização impossível. 
Separações e renovações representam imperativos inevitáveis do progresso espiritual. 
Mudanças equivalem a tratamento da alma, para os ajustes e reajustes necessários à vida.
Conflitos íntimos marcam toda criatura que aspire a elevar-se. 
Fracassos de hoje são lições para os acertos de amanhã. 
Problemas enxameiam a existência de todos aqueles que não se acomodam com estagnação. 
Compreendendo a realidade de toda a pessoa que anseie por felicidade e paz, aperfeiçoamento e renovação, toda vez que sugestões de desânimo nos visitem a alma, retifiquemos em nós o que deva ser corrigido e, abraçando o trabalho que a vida nos deu a realizar, prossigamos à frente. 

Emmanuel 
Psicografia de Chico Xavier

Como Conhecer os Espíritas




Sendo o Espiritismo, antes de tudo, uma filosofia Religiosa, como Conhecer os verdadeiros espíritas?

É justamente dentro da sua bandeira imortalista, demonstrando ao homem que a sua vida não está circunscrita à existência fragmentária da Terra, que o Espiritismo oferece à Humanidade o que possui de mais Sublime e mais puro, em sua feição filosófica e doutrinária.
As suas próprias expressões fenomênicas não objetivam outro desiderato que não fosse esse de espalhar as sementes benditas da crença e da esperança. Refundindo os vossos antigos conhecimentos, com respeito aos problemas profundos da vida e do ser, descerra um panorama infinitamente maravilhoso à vossa visão espiritual, integrando-vos no amor ao dever, em suas expressões mais sagradas, compelindo-vos ao progresso moral para a redenção futura. As atividades do homem, portanto, são reformadas ao sopro de suas lições divinas, renovando-se os caracteres, enobrecendo-se as ações dos indivíduos, quando a consciência, de fato, lhe apreende a sublimidade do ensinamento.
Somente poderemos conhecer os espiritistas pela transformação benéfica que procuram impor a si mesmos, em contato com as lições do Alto que lhes são incessantemente ministradas. Os entendedores legítimos da doutrina não são aqueles que se apaixonam nos círculos esterilizadores das palavras da polêmica, mas justamente os que se saturam da tolerância e da serenidade evangélicas, cooperando com o seu esforço para que as leis fraternas da caridade cristã sejam devidamente compreendidas e postas em prática.
Estes últimos, considerados "aqueles de boa vontade" aos quais se refere o Evangelho em suas lições divinas, ignoram se há dogmas e princípios religiosos separando os espíritos na Terra; todos os homens são seus irmãos, necessitados de sua amizade e de seu carinho. E, fechando os olhos para os erros alheios, fazem da existência terrena um apostolado sublime de humildade, caridade e perdão.

Do livro Coletâneas do Além.
Emmanuel 
Psicografia Chico Xavier

"Deixai vir a mim os pequeninos...”


A pureza de coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui todo pensamento de egoísmo e de orgulho. Eis porque Jesus toma a infância como símbolo dessa pureza, como já a tomara por símbolo da humildade. (...)
A partir do nascimento, suas ideias retornam gradualmente o seu desenvolvimento, acompanhando o crescimento do corpo. Pode-se assim dizer que, nos primeiros anos, o Espírito é realmente criança, pois as ideias que formam o fundo do seu caráter estão ainda adormecidas. Durante o tempo em que os seus instintos permanecem latentes, ela é mais dócil, e por isso mesmo mais acessível às impressões que podem modificar a sua natureza e fazê-la progredir, o que facilita a tarefa dos pais.
O Espírito reveste, pois, por algum tempo, a roupagem da inocência. E Jesus está com a verdade, quando, apesar da anterioridade da alma, toma a criança como símbolo da pureza e da simplicidade.

Allan Kardec, O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. VIII, It. 3. Bem-aventurados os puros de coração - Deixai vir a mim os pequeninos.

Amigos de Chico Xavier

Evangelização Infantil - Estudando a infância




"Nossos filhos no mundo são consciências que gravitam em torno de nossa vida refletindo, agora ou mais tarde, o nosso devotamento ou a nossa deserção..."

O espírito – viajante da Eternidade – adormece no berço para acordar na sementeira, tanto quanto adormece no túmulo para acordar na colheita.
E o homem que amadurece na experiência terrena suspira por encontrar além da morte, braços amigos que o sustentem na grande romagem para a Divina Luz. 
Todavia, cada criatura desperta, depois da morte, na região para a qual dirigiu os próprios passos.
Há quem reabra os olhos na paisagem reconfortante do amor e da alegria, consoante a alegria e ao amor que plantou na leira humana, mas também há quem se reconquiste em pleno espinheiro de aflição e sofrimento, segundo a aflição e o sofrimento que espalhou na própria estrada.
Por isso mesmo, é possível observar na própria Terra, a lei de correspondência, pela qual cada um responde pelas próprias obras.
Cada espírito renasce na posição que merece, de acordo com as dívidas ou aquisições a que se ajusta.
Há quem nasça no ódio com que intoxicou o próprio destino, como há quem retoma o corpo com as mesmas feridas que, ontem, estampou na própria alma.
Daí, o impositivo de entendermos na infância, não a estação de irresponsabilidade festiva, mas a hora favorável de abençoada preparação do futuro.
Receberemos, amanhã, na alma confiada às nossas mãos, aquilo que hoje lhe oferecemos.
*
Nossos filhos no mundo são consciências que gravitam em torno de nossa vida refletindo, agora ou mais tarde, o nosso devotamento ou a nossa deserção.
Não vale iludir a criança com a fantasia do dinheiro ou do privilégio; anestesiando-a na leviandade.
*
O lar é, antes de tudo, a escola do caráter e, somente quando os responsáveis por ele se entregarem, felizes, ao sacrifício próprio, para a vitória do amor, é que a vida na Terra será realmente de paz e trabalho, crescimento e progresso, porque o homem encontrará na criança as bases justas do programa da redenção.


Emmanuel
Do livro: “Vida em Vida”,

Francisco Cândido Xavier

PRECE PELOS ENFERMOS


Senhor dos Mundos, Excelso Criador de todas as coisas.
Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.
Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão, e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.
Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:
Estende Tua luminosa mão sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas.
Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.
Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.
Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.
Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações, para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti.
Que a Tua paz esteja com todos nós.
Que assim seja!!

Autor desconhecido


UMA EXISTÊNCIA É UM ATO


"Uma existência é um ato.
Um corpo -uma veste.
Um século- um dia.
Um serviço
- uma experiência.
Um triunfo
- uma aquisição.
Uma morte
- um sopro renovador.
A vida não cessa.
A vida é fonte eterna”.

André Luiz
"Uma existência é um ato.
Um corpo -uma veste.
Um século- um dia.
Um serviço
- uma experiência.
Um triunfo
- uma aquisição.
Uma morte
- um sopro renovador.
A vida não cessa.
A vida é fonte eterna”.


André Luiz

OBSESSÃO




A obsessão é um dos maiores escolhos da mediunidade. É também um dos mais frequentes. Assim, nunca serão demais as providências para combatê-la. Mesmo porque, além dos prejuízos pessoais que dela resultam, constitui um obstáculo absoluto à pureza, à veracidade das comunicações. A obsessão, em qualquer dos seus graus, sendo sempre o resultado de um constrangimento, e não podendo jamais esse constrangimento ser exercido por um Espírito bom, segue-se que toda comunicação dada por um médium obsedado é de origem suspeita e não merece nenhuma confiança. Se, por vezes, se encontrar nela algo de bom, é necessário restringir-se a isso e rejeitar tudo o que apresentar o menor motivo de dúvida.

Allan Kardec in O Livro dos Mediuns, segunda parte, cap. XXIII, item 242.

A obsessão e a possessão são mais frequentemente individuais, mas, por vezes, são epidêmicas. Quando uma nuvem de maus Espíritos se abate sobre uma localidade e como quando uma tropa de inimigos vem invadi-la. Neste caso, o número de indivíduos atingidos pode ser considerável. Atente-se ao fato de que se pode haver possessão por um espírito bom, então, fica claro que nem toda possessão é uma obsessão.


Ver mais in A Gênese (A. Kardec), cap. XIV, itens de 47 à 49

Ser Feliz




       “... Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só nela, e numa só existên­cia, lhe é permitido atingir o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os escutam...”

As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.
Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra.
Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.
No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos. Como consequência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos. Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros. O nosso erro começa quando zelamos pelas outras pes­soas e as protegemos, deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.
Construímos castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas.
Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.
A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos foram criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.
O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme sua idade espiritual.
Para ser feliz basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um único re­banho, do qual, conforme as afirmações evangélicas, nenhuma ovelha se perderá.
É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito. Esque­cemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível. A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.
Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória à nossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais.
Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades.
Em face de todas essas conjunturas e de outras tantas que não se fizeram objeto de nossas presentes reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é obvia­mente, meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da Eternidade, nas muitas moradas da Casa do Pai.

Espírito Hammed
Francisco do Espírito Santo Neto

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Brilhe Vossa Luz!


Meu amigo, no vasto caminho da Terra, cada criatura procura o alimento espiritual que lhe corresponde à posição evolutiva.
A abelha suga a flor, o abutre reclama despojos, o homem busca emoções. Mas ainda mesmo no terreno das emoções, cada espírito exige tipos especiais.
Há sofredores inveterados que outra coisa não demandam além do sofrimento, pessimistas que se enclausuram em nuvens negras, atendendo a propósito deliberado, durante séculos. Suprem a mente de torturas contínuas e não pretendem construir senão a piedade alheia, sob a qual se comprazem. Temos os ironistas e caçadores de gargalhadas que apenas solicitam motivos para o sarcasmo de que se alimentam.
Observamos os discutidores que devoram páginas respeitáveis, com o único objetivo de recolher contradições para sustentarem polêmicas infindáveis.
Reparamos os temperamentos enfermiços que sorvem tóxicos intelectuais, através de livros menos dignos, com a incompreensível alegria de quem traga envenenado licor.
Nos variados climas do mundo, há quem se nutra de tristeza, de insulamento, de prazer barato, de revolta, de conflitos, de cálculos, de aflições, de mentiras...
O discípulo de Jesus, porém - aquele homem que já se entediou das substâncias deterioradas da experiência transitória -, pede a luz da sabedoria, a fim de aprender a semear o amor em companhia do Mestre...
Para os companheiros que esperam a vida renovada em Cristo, famintos de claridade eterna, foram escritas as páginas deste livro despretensioso.
Dentro dele, não há palavras de revelação sibilina.
Traduz, simplesmente, um esforço para que nos integremos no Evangelho, celeiro divino do nosso pão de imortalidade.
Não é exortação, nem profecia.
É apenas convite.
Convite ao trabalho santificante, planificado no Código do Amor Divino.
Se a candeia ilumina, queimando o próprio óleo, se a lâmpada resplende, consumindo a energia que a usina lhe fornece, ofereçamos a instrumentalidade de nossa vida aos imperativos da perfeição, para que o ensinamento do Senhor se revele, por nosso intermédio, aclarando a senda de nossos semelhantes.
O Evangelho é o Sol da Imortalidade que o Espiritismo reflete, com sabedoria, para a atualidade do mundo.
Brilhe vossa luz! - proclamou o Mestre.
Procuremos brilhar! - repetimos nós.


Emmanuel

OS OVNIS EXISTEM?



No livro "Pelos Caminhos da Mediunidade Serena", a médium Yvonne A. Pereira fala, numa entrevista, sobre o meio de transporte usado pela Legião dos Servos de Maria, no Vale dos Suicidas.
ALTIVO PANPHIRO PERGUNTA PARA A MÉDIUM YVONNE A. PEREIRA: "Na obra "Memórias de um Suicida", a senhora fala sobre as carruagens, o meio de transporte usado pela Legião dos Servos de Maria para transportar os espíritos suicidas. Poderia adicionar alguns comentários sobre isso?" YVONNE A. PEREIRA RESPONDE: "Com relação aos meios de transporte, eu os vi de duas espécies. O primeiro tipo de veículo é para retirar os espíritos daquele vale, verdadeiro antro, que é quase a Terra. Quem retirava aqueles espíritos dali eram os servidores da colônia. Para isso, utilizavam um veículo redondo, cheio de janelinhas ao redor, no qual se subia por meio de uma pequena escada. Mas nem todos subiam. Alguns ficavam aos gritos do lado de fora, sem entrar. No interior, era todo acolchoado, muito bonito e muito cômodo. Parecia recoberto por cetim ou seda, pois o tecido reluzia. Os espíritos sentavam-se ali e ficavam muito bem acomodados. Eu acredito que esse conforto era, antes de tudo, um primeiro ato de caridade, para aqueles espíritos se consolarem. Em cada detalhe percebíamos a ação da misericórdia divina. Aqueles veículos subiam no ar e rodavam como dizem que fazem os discos voadores. Quando eles chegavam à entrada da colônia, os passageiros desciam e entravam por um portão. Parecia um castelo fortificado. Havia muita desarrumação naquele pátio enorme. Eu tinha intuição de que ainda estava em construção. Todos, ao descerem, preenchiam uma espécie de ficha, onde se anotava tudo: o nome, o local em que viveram o gênero de suicídio que tiveram o grau da instrução, a orientação religiosa etc. Dali é que eles seguiam, finalmente, para a colônia propriamente dita. Ali era só a entrada. Nesse momento é que mudavam os meios de transporte, quando surgiam as tais carruagens, muito bonitas, muito artísticas."
Certa vez, Chico Xavier, contou ao amigo Divaldo P. Franco que, quando estava psicografando, André Luiz levou-o (durante o sono) para que conhecesse Nosso Lar. Chico tomou o AERÓBUS - que é um dos veículos que ali se utiliza - e que viaja em correntes aéreas muito especiais, semelhantes as da Terra, tendo verdadeiras estradas e pontos de parada, onde descem e sobem os Espíritos, como nos nossos pontos de ônibus. Explicou-me que o mesmo faz lembrar um grande cisne, contendo o que seria uma escada rolante, que se projeta para fora e pela qual os Espíritos se adentram. Tal veículo era necessário, por causa das várias camadas psíquicas e magnéticas da Terra, nas quais o Espírito, que não tem habilidade para volitar (flutuar), não conseguiria atravessá-las, semelhante a uma barreira atmosférica para nós outros, os encarnados.
No livro "Transição Planetária", o Espírito Manoel Philomeno de Miranda conta no cap. 8 "Socorros Inesperados" que interrompeu um diálogo porque "naquele instante, havia parado a regular distância um veículo do qual saltaram alguns lidadores do Bem que se aproximaram (...). Diversos desses operários da caridade adentraram-se em nosso campo de socorro e passaram a assistir os sofredores, conduzindo-os, um a um, ao transporte que pairava no ar, a um metro, mais ou menos, acima do solo (...). O responsável pela condução agradeceu ao nosso mentor e, de imediato, a nave decolou com velocidade, seguindo o roteiro estabelecido."
Estas curiosidades nos fazem pensar: "Será que, o que alguns vêem no espaço, identificando como Discos Voadores não são estes veículos utilizados pelo plano espiritual para transportar Espíritos desencarnados?”
Como vemos, não podemos responder categoricamente se os OVNIs existem ou não, por ausência de provas definitivas, porém, devemos seguir o bom senso de Allan Kardec, que dizia: "quando uma ou algumas pessoas dizem estar vendo algo, é perfeitamente possível que elas estejam enganadas. Quando muitas pessoas no mesmo local dizem estar vendo algo, é possível que estejam enganadas. Mas quando milhares ou milhões de pessoas estranhas entre si, em épocas diferentes e de todas as partes do mundo (no caso dos OVNIs, muitas delas seguidoras de ideologias dogmáticas e contrárias à existência de vida fora da Terra) dizem estar vendo a mesma coisa, há uma grande possibilidade de estarem vendo algo real." Mas alerta Richard Simonetti: "É preciso cuidado na apreciação dessas experiências, principalmente quando relatadas por curiosos que se propõem a evocar extraterrestres em locais ermos (desertos), sem nenhum conhecimento a respeito do intercâmbio com o além, sem compreender que há mistificadores desencarnados dispostos a alimentar nossas fantasias." Sendo o Espiritismo uma religião de livre pensamento e bom senso, pede-se deixar este estudo para a Ciência, porque sabemos que "há mistérios que 'ainda' não nos será revelado devido ao nosso grau evolutivo, mas que não é impossível sua confirmação."

(Texto de Rudymara)

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

COM QUE OBJETIVO REENCARNAMOS?


No livro "Vida Antes da Vida", a Dra. Helen Wambach, psicóloga norte-americana, reporta-se à experiência de regressão de memória que fez com centenas de voluntários, levando-os ao limiar da presente existência.
Dentre variadas perguntas apresentadas, uma foi fundamental: "Com que objetivo você reencarnou?"
25% reencarnaram para desenvolver experiências de aprendizado sobre si mesmo e sobre a vida.
18% reencarnaram para se harmonizar com seus familiares.
18% reencarnaram para cultivar os valores do amor, aprendendo a se doar em favor dos semelhantes.
27% reencarnaram para crescer espiritualmente vinculando-se à orientação das pessoas.
Os restantes 12% tinham objetivos variados:
- Reencarnei para vencer o medo. . .
- Reencarnei para livrar-me do materialismo. . .
- Reencarnei para cultivar a humildade. . .
- Reencarnei para exercitar uma liderança construtiva. . .
- Reencarnei para treinar o contato com os irmãos do espaço. . .
Diz a psicóloga: “Em síntese, as razões para as pessoas escolherem esta vida na Terra não foram especificamente, com vistas ao desenvolvimento de seus talentos. Ao invés disso, os objetivos consistiam em aprender a se relacionarem com outros e a amarem sem exigências ou possessividade.”
Outro aspecto muito interessante:
Quase todos traziam uma orientação básica para que pudessem cumprir sua programação - fazer ao semelhante o bem que gostariam de receber dele.
A regra áurea de Jesus surge como a suprema orientação do Espírito ao reencarnar.
Assim como as pessoas pesquisadas por Helen Wambach, muitos de nós reencarnamos com propósitos edificantes, relacionados com nosso progresso, o combate aos vícios e às paixões, o domínio sobre nós mesmos, a prática do Bem, o empenho de renovação.
Uma perguntinha: “Estamos cumprindo essa programação?”
E mais: “Não serão nossas angústias e inquietações, desajustes e perturbações, dores e enfermidades, a mera consequência do descompasso entre o que planejamos e o que fazemos?”
Um bom assunto para conversar com nossos botões. . .


Richard Simonetti

Alerta contra a fascinação


Kardec informa, em O Livro dos Médiuns, que diante das diversas dificuldades que a prática do Espiritismo apresenta, precisamos colocar em primeiro plano o problema da obsessão.

A palavra obsessão assume, assim, a função de termo genérico que designa o conjunto de características diversas resultantes do grau de constrangimento e da natureza dos efeitos que produz e que precisamos distinguir com precisão, cujas principais variedades são:obsessão simples, a fascinação e a subjugação.

A obsessão simples é a forma de influenciação mais comum e de mais fácil diagnóstico e cura; a subjugação é o seu oposto, pois ela é um envolvimento que produz a paralisação da vontade da vítima, fazendo-a agir mesmo contra a sua vontade.
Entretanto, neste estudo, nosso interesse maior é na problemática fascinação.
A fascinação define Allan Kardec, trata-se de uma ilusão criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium e que paralisa de certa maneira a sua capacidade de julgar as comunicações. O médium fascinado não se considera enganado. O Espírito consegue inspirar-lhe uma confiança cega, impedindo-o de ver a mistificação e de compreender o que escreve, mesmo quando este salta aos olhos de todos” [1].
Os efeitos consequentes da fascinação são muito graves porque é graças a essa ilusão criada pelo espírito sobre o fascinado que pode levá-lo a aceitar as doutrinas ou teorias mais absurdas, como sendo a única expressão da verdade levando-o, ainda, a atitudes ridículas, comprometedoras e, até, muito perigosas.
É por isso que J. Herculano Pires afirma que “no meio espírita ela se manifesta de maneira ardilosa através de uma avalanche de livros comprometedores, tanto psicografados como sugeridos a escritores vaidosos, ou por meio de envolvimento de pregadores e dirigentes de instituições que se consideram devidamente assistidos para criticarem a Doutrina e reformularem os seus princípios” [2].
Assim sendo, é natural observar-se que na fascinação o espírito deve ser muito inteligente, ardiloso e profundamente hipócrita, pois, só assim conseguirá enganar e impor-se usando uma máscara e uma falsa aparência de virtude, usando as palavras caridade, humildade e amor como ‘carta de fiança’ para ser aceito.
O que desejam é impor a sua opinião e para isso procuram médiuns crédulos o suficiente para aceitá-los de olhos fechados.
Eles são os mais perigosos pelo fato de não vacilarem em sofismar para melhor impor as mais ridículas utopias.
Normalmente utilizam uma linguagem empolada, mais superficial que profunda e cheia de termos técnicos, enfeitada com grandiosas palavras como Caridade e Moral, evitando inteligentemente os maus conselhos para que seus enganados possam dizer: observem que nada dizem que seja mau.
Fica claro que os enganadores têm de misturar o joio e o trigo, pois de outra forma seriam repelidos.
Um fato interessante é que os espíritos desta classe (ver Escala Espírita [5]) são quase sempre escritores.
É por isso que procuram médiuns flexíveis, que escrevam com facilidade, para poder transformá-los em dóceis instrumentos e, acima de tudo, verdadeiros entusiastas de suas ideias.
Eles procuram compensar sua falta de qualidade pela quantidade de palavras, em escritos verdadeiramente volumosos, muitas vezes indigestos, num claro exemplo de prolixidade.
Os espíritos verdadeiramente superiores são sóbrios nas palavras porque sabem dizer muita coisa usando poucas linhas e provando que devemos desconfiar sempre de toda fecundidade prodigiosa.
Aliás, sempre que se tratar da publicação destes tipos de escritos nunca será demais a prudência, pois as inúmeras utopias e excentricidades são um entrave enorme para todos aqueles que se iniciam no Espiritismo, dando-lhes uma ideia equivocada do que ele seja desviando a atenção dos neófitos tanto dos princípios fundamentais espíritas quanto de suas inevitáveis consequências.
Pelo fato de que a obsessão propriamente dita só acontece quando o Espírito afasta voluntariamente todos aqueles que o poderiam ameaçar, impondo ao médium um isolamento que o impediria de ser alertado do engano a que se submete, é oportuno ressaltar que os bons Espíritos jamais se impõem, recomendando sempre que examinemos as comunicações, mediúnicas ou não, sob controle da razão e da lógica mais severa.
Outro fato digno de nota é que quando o Espírito vê que suas mensagens não são aceitas cegamente como queria, sendo submetidas à análise e discussão, além de não deixar o médium, redobrando suas forças para reter o fascinado, ainda pode sugeri-lo o pensamento de afastar-se do grupo, ou instituição espírita a que está ligado, quando não chega mesmo a impor como condição para o ‘sucesso’ do médium criar sua própria instituição, ou grupo de estudos, para dar prosseguimento aos seus ‘trabalhos’ e livros ‘reveladores’.
É por isso que todo médium, ou indivíduo, que, ao ouvir uma crítica a tais mensagens se irrita, aborrece ou embirra com as pessoas que não participam da sua admiração, que acha que suspeitar do seu obsessor é quase uma profanação não faz mais do que representar o desejo do fascinador, faltando somente que se ponham de joelhos ante as suas palavras para satisfazê-lo ainda mais.
Esse isolamento nunca é bom, pelo simples fato de que o médium fica sem possibilidades de controle sobre tudo o que recebe por sua psicografia.
Pois quando o processo obsessivo é de origem ‘simples’ o médium está, geralmente, em condições de iniciar, ele mesmo o trabalho de ‘conversão’ do Espírito obsessor. Entretanto, na fascinação é o contrário, pois o Espírito pode adquirir um controle sobre a vítima sem limites.
Reverter este quadro nem sempre é fácil, pois o fascinado se torna surdo a qualquer tipo de raciocínio, podendo chegar, até mesmo, a duvidar da Ciência quando o Espírito comete alguma heresia científica.
Deve o médium, se não quiser ser enganado, buscar esclarecer-se através da opinião de terceiros, bem como estudar todos os gêneros de comunicações, para poder aprender a compará-las.
Pois se limitando somente ao que recebe, por mais sublimes que pareçam, fica exposto a enganar-se quanto ao seu valor, considerando-se que ele, o médium, não conhece tudo.
Não é à toa que, das nove características citadas por Kardec para se reconhecer uma obsessão [3], pelo menos quatro são facilmente observáveis em muitos médiuns, inclusive alguns famosos, nos dias de hoje:

1) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas;
2) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem falsidades e absurdos;
3) Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo; e
4) Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.

A obsessão é como já foi dito, um dos maiores escolhos da mediunidade, sendo um dos mais frequentes, principalmente a fascinação, nunca sendo demais todas as providências tomadas para combatê-la.
É por isto que devemos ter sempre em mente este conselho de São Luís, quando nos encontrarmos em dúvida quanto à qualidade ou identidade de algum espírito: “por mais legítima confiança que vos inspirem os Espíritos [...], há uma recomendação que nunca seria demais repetir e que deveis ter sempre em mente ao vos entregardes aos estudos: a de pesar e analisar, submetendo ao mais rigoroso controle da razão todas às comunicações que receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as explicações necessárias para formar a vossa opinião” (grifo nosso) [4].
Pois é, a experiência ensina, além disso, que não devemos tomar muito ao pé da letra certas expressões usadas pelos Espíritos, pelo simples fato de que se as interpretarmos segundo as nossas ideias nos expomos a enormes decepções e enganos. É por isso que precisamos analisar e aprofundar o sentido das suas palavras quando apresentam a menor ambiguidade. Só assim estaremos a salvo dos Espíritos pseudossábios e da problemática fascinação.

Referências:
[1] Kardec, Allan. O Livro dos Médiuns. Tradução da 2ª edição francesa por J. Herculano Pires. São Paulo – LAKE, 2004, cap. XXIII, item 239, p. 217.
[2] Idem, ibidem. Nota de rodapé.
[3] Idem, ibidem. Item 243, p. 219.
[4] Idem, ibidem. Item 266, p. 236.
[5] Idem. O Livro dos Espíritos. Tradução de José Herculano Pires, revista e anotada. 7ª Ed. São Paulo, LAKE, 2003. Livro segundo, capítulo I, item VI, q. 104.

* Artigo publicado na Revista Internacional de Espiritismo, edição de Junho de 2010.


Fonte Veg11