Parte I
“O alcoolismo adquiriu cidadania em nossa
sociedade equivocada. Em quase todos os lares sofisticados existe o bar e nos
mais modestos a bebida desta ou daquela qualidade para oferecer aos convidados,
demonstrando a eles a falsa consideração. Do ato social pernicioso à dependência
alcoólica malévola há apenas uma pequena distância, que é a repetição do
hábito. Associando a esse costume enfermiço espíritos doentes e infelizes que
enxameiam na erraticidade inferior desejando prosseguir na viciação a que se
entregaram, acercam-se do insensato e passam a utilizá-lo até a exaustão.
(Entre Dois Mundos, pág. 211 e 212).”
Comentários: Como foi dito em outro artigo do
mesmo livro, sobre o assunto obsessão, o alcoolismo ou qualquer outro tipo de
viciação serve de alimento para esses nossos irmãos inferiores. Conheço pais
insensatos que oferecem bebidas alcoólicas aos seus filhos pequenos e mal sabem
eles o mal que estão fazendo àqueles a quem eles eram obrigados a amar,
proteger e orientar devidamente. Esses pais ignorantes estão plantando sementes
viciosas que darão frutos nefandos na vida de seus filhos no futuro e com
certeza, terão que resgatar isso de alguma maneira (lei de ação e reação).
Parte
II
“Este paciente é alcoólatra inveterado, com um
processo de cirrose hepática em desenvolvimento. Pode-se perceber o
intumescimento da glândula mista com drenagem descontrolada de bílis que
perturba o metabolismo geral. Adiciona-se ao distúrbio orgânico a obsessão de
que padece em face da presença contínua e vingadora de antigo comparsa a quem
enganou e temos um quadro de difícil recuperação. Apesar disso, envidaremos
esforços para atenuar os efeitos do problema grave que ele não se apercebe,
tentando inculcar-lhe a ideia de maior esforço contra a bebida. Ele vai levado
pelo adversário, tendo a vida física em pouco ampliada a benefício próprio.
Observemos o que sucede nesta sua primeira consulta. Notamos que a entidade
inimiga que a ele se imantava, sendo consciente do desforço que levava a cabo,
ao perceber que o médico ia examiná-lo, deslocou-se agressiva e tentou
influenciar o facultativo como a querer perturbá-lo na conclusão do
diagnóstico. Porque esse se encontrasse assessorado por operoso cooperador da
equipe do Dr. Dirceu, o celerado não encontrou ressonância no seu intento, e
porque um enfermeiro de plantão fosse convocado à assistência espiritual ao
cliente, aquele espírito rebelde e renitente no mal se retirou, indisposto e
blasfemador. (Painéis da Obsessão, pág. 245 e 246).”
Comentários: Aqui nós observamos a problemática
física de um alcoólatra, já desenvolvendo cirrose hepática. O instrutor
espiritual descreve a cena vista do plano espiritual e salienta que o médico
estava bem assessorado espiritualmente, por isso o obsessor não conseguiu
prejudicar a consulta do paciente, se retirando do local, indisposto, porque
não aguenta a luz, já que pertence ainda às trevas do ódio e da vingança e
blasfemador, porque ficou extremamente irritado ao ver seus esforços na prática
no mal serem debelados.
Parte
III
“O alcoolismo é, portanto, uma
enfermidade que exige cuidadoso tratamento psiquiátrico. No entanto, porque ao
desencarnar o alcoólatra não morre, permanecendo vitimado pelos seus vícios,
quase sempre busca sintonia com personalidades frágeis ou de temperamentos
rudes e violentos na Terra, deles se utilizando em processo obsessivo para dar
prosseguimento ao infame consumo do álcool, agora aspirando aos vapores e se
beneficiando da ingestão realizada pelo seu parceiro vítima, que mais
rapidamente se exaure. Torna-se uma obsessão muito difícil de ser atendida
convenientemente, considerando a perfeita identificação de interesses e prazeres
entre o hóspede (obsessor) e o seu anfitrião (obsedado). (Trilhas da
Libertação, pág. 175).”
Comentários: Considero que o parágrafo acima
não necessita de maiores comentários, devido a sua clareza.
Fonte: LIVRO: - OBSESSÃO E DESOBSESSÃO DE A a Z
- Aprendendo com Manoel Philomeno de Miranda – Coletânea de textos
psicografados por Divaldo Pereira Franco – Organizado por Sidnei Carvalho
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