quinta-feira, 23 de abril de 2015

PSICOGRAFIA: EU NÃO MORRI PAPAI


(RAFAELLA DE SOUZA VIANA)

Querida mamãe Sandra, querido papai Rafael.
Estou aqui mamãe com a minha avó Isolina.
Ela tá aqui mamãe segurando em minhas mãos para me ajudar e eu dizer que não morri…
Mãe e pai, não sofri não, eu não senti nada, viu mãe?
Para de se preocupar…
Eu dormi assim e não sei como as coisas aconteceram, mas eu acordei em um lugar chorando e pedindo você e o pai, mas daí veio uma senhora sorrindo e me disse que eu deveria ficar calma e que não deveria chorar, senão você iria ficar triste comigo, daí mãe eu parei de chorar, mas ela me disse que era a avó Isolina, que poderia chamá-la assim, e com jeito ela me disse o que tinha acontecido e que seu eu fosse uma menina boazinha que ela iria me levar para ver você e o pai Rafael.
Eu então disse: “tá vovó, para você ver que sou digo que acho tão lindas as borboletas”.
Aqui onde moro tem uma mais linda que a outra, mas acho que aqui elas não se assustam, porque eu chego perto delas e elas não saem voando. Elas ficam paradas e é bonito vê-las mãe.
Eu queria dizer que fiquei feliz ao ver a Júlia chegar até você, acalmando a sua dor, e isso eu fiquei feliz de acontecer.
Eu tô mais grandinha, mas com grandona saudade de você e do papai Rafael.
Pai, eu não vim embora não, eu penso em você todos os dias porque eu não morri papai.
Mãe, tô estudando, tô em escolas e assim tenho muitos amigos aqui.
Eu repito, eu não sofri para vir para cá não, o que mais doeu foi a saudade de vocês.
Um dia nós estaremos juntos…
Saiam daqui melhores, tá mamãe?
E tentando lhe dar esse presente…


RAFAELLA DE SOUZA VIANA (19/07/2008, 4 anos)
Mensagem psicografada pelo médium Orlando Noronha Carneiro, dia 27 de novembro de 2011, na Casa Espírita Luz e Redenção, em Palhoça, SC.

Amor em ação - Conselhos ocultos


Hoje em dia, os jovens estão cada vez mais propensos a experimentarem situações que não lhes farão bem, ou até mesmo que não lhes convém.
É o sexo desenfreado e desprotegido, são as drogas que rolam aos montes nas festas, é o agir imprudentemente em diversos momentos e ocasiões.
O que de fato acontece, e que os jovens muitas vezes desconhecem, são as consequências, não só físicas, mas também espirituais, que acarretam para si.
Há muito que acontece sem que nossos olhos possam ver. Os espíritos de luz trabalham incessantemente para nos intuir da melhor maneira e também para nos proteger. Mas infelizmente, da mesma maneira, os espíritos que escolheram o mal a seguir se esforçam para nos atingir, nos influenciando a tomar atitudes que não nos trarão efeitos positivos.
Na pergunta 459 do Livro dos Espíritos, Allan Kardec questiona: “Os Espíritos influem sobre os nossos pensamentos e as nossas ações?” – a que os espíritos respondem: — Nesse sentido a sua influência é maior do que supondes, porque muito frequentemente são eles que vos dirigem. “São eles que vos dirigem”! Prestem atenção na magnitude dessa frase. Mas prestem ainda mais atenção no que pensam e no que fazem, pois muitas vezes tomamos más decisões por nos deixarmos influenciar por irmãozinhos invisíveis que querem a nossa infelicidade.
Os espíritos obsessores são aqueles que ainda não se permitiram conhecer a misericórdia ina e o amor verdadeiro, estando presos ainda a vícios da matéria e a objetivos de faixa vibratória inferior. Temos de vigiar nossa conduta, mantendo sempre bons pensamentos e atitudes, pois só assim os espíritos amigos poderão se sintonizar conosco. Quando permitimos que más vibrações nos atinjam, é como se ficássemos surdos às intuições dos nossos anjos protetores, cedendo aos apelos dos que ainda não despertaram para a verdade suprema.
No que diz respeito a drogas e vícios, sejam eles de qualquer natureza, há os espíritos que estiveram viciados em talvez mais de uma existência, continuando a procurar quem alimente energeticamente seus vícios. O Dr. Ricardo Di Bernardi, autor da Intelítera, expõe em seu artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo os tipos de tais espíritos enfermos:
“Com relação às entidades espirituais que se aderem aos contumazes usuários, poderíamos classificar em dois grandes grupos de espíritos enfermos: os ectoparasitas e os endoparasitas espirituais.
Os espíritos ectoparasitas são aqueles que acompanham de forma mais periférica o drogado. Contentam-se em absorverem as baforadas ou emanações externas que se exalam do usuário.
<>(...) Os mais agressivos são os endoparasitas, já viciados nas substâncias, que as buscam intensamente e as conseguem obter sempre nas suas vítimas ou parceiros encarnados. Aderem à intimidade do corpo astral do drogado através de tentáculos energéticos, principalmente em dois chakras: o esplênico e o coronário.”
Vejamos a gravidade exposta pelo médico e conferencista espírita, Ricardo Di Bernardi. Os espíritos obsessores não só nos intuem a pensar e agir, como também se “alimentam” de nossas más ações, chegando a se ligar a nós energeticamente.
Tenhamos mais cuidado ao aceitar as tão desejáveis “novas experiências” a que somos apresentados todos os dias, pois é a partir de nossas escolhas, que determinamos com que tipo de vibração iremos nos sintonizar. Não precisamos provar nada a ninguém, saibam disso! Precisamos é criar personalidade e opinião próprias, sem cairmos na onda de “fazer porque todo mundo faz”. Nós sabemos o que é melhor para nós, e não precisamos que os outros nos ditem o que fazer.
Tenham em mente que é possível se ertir sem exageros, e sem se subjugar a fatores externos. A felicidade vem de dentro, galera. Não é uma sensação, e sim um estado de espírito. Não confundam ser feliz com estar alegre. Posso ser feliz e não estar alegre em determinado momento, mas não é porque estou alegre que sou feliz.
Sigam as boas intuições espirituais e alcancem esse estado de espírito, sem dependências externas!
Afinal, você quer ser feliz ou estar alegre?

Clara Tadayozzi
FONTE: http://inteliterajovem.blogspot.com.br/2015_02_01_archive.html

O boneco



Osório, sua esposa Selma e o filho Tiago almoçam tranquilos, quando ouvem gritos. É Carmem, a filha mais nova, nos fundos da casa. Acodem rápido!
– Vejam que horrível! – mostra a jovem, assustada.
Num canto do quintal, perto da piscina, o objeto de tamanho alarido: um boneco de pano, muito estranho, com várias costuras no ventre e na boca, manchas de sangue no tecido surrado, espetado por várias agulhas...
– Não toquem! Cuidado! É um despacho! – adverte Felismina, a serviçal doméstica.
– Não fazemos mal a ninguém! – reclama a dona da casa.
E dirigindo-se ao marido:
– Certamente é arte daquela sirigaita que trabalha em sua repartição! Ela não esconde que o considera um ótimo partido. Seria um viúvo disputado! Valha-me, Jesus amado! Sinto falta de ar!... É para mim essa encomenda das trevas!...
– Ora, querida – responde o esposo, conciliador –, não julgue assim a pobre Anita. Conheço-a bem. Seria incapaz de semelhante maldade! Suspeito antes do Costinha e sua mulher. São invejosos!... Provavelmente estão pretendendo amarrar nossa prosperidade! É preciso fazer algo rápido para neutralizar essa nefasta influência, porquanto também fui atingido... Ah! Minha enxaqueca... Parece que martelam meus miolos!...
– Coisa boa não é! – acrescenta, perturbado, Tiago – As agulhas parecem enterradas em meu próprio corpo. Dói tudo! O despacho é para mim! Quando me apaixonei pela Margarida e rompi o noivado com Júlia, ela jurou que eu pagaria pela desfeita. A família dela mexe com saravá!
– Você, que entende dessas coisas, o que nos diz, Felismina?
A serviçal responde, enfática:
– Não sei quem fez, mas é para prejudicar a família toda. Com a confusão que mora nesta casa, não tenho dúvida de que há males encomendados!...
O grupo assusta-se mais! O medo cresce fermentado pela dúvida! O desajuste encontra portas abertas! Todos tensos e angustiados! Selma está na iminência de um colapso nervoso!...
Batem à porta. É o vizinho que, levado ao quintal, vai dizendo:
– Bom dia! Desculpem importuná-los. Queria pedir licença para levar o boneco de meu filho. O irmão o jogou neste quintal. O garoto está em prantos. Seu sonho é ser médico-cirurgião. O fantoche é seu paciente. Já o operou muitas vezes. Não tem mais onde costurar... Até sangue inventou, usando molho de tomate. E pratica acupuntura, espetando-o com agulhas...
O despacho é devolvido. O visitante retira-se. Olham-se todos, atônitos! Descontraem-se. O riso solto saúda abençoado alívio. Osório comenta, bem humorado:
– Felizmente o vizinho chegou a tempo! Se demorasse um pouco, poderíamos morrer de susto!...

* * *
Ignorância, crendice e superstição são grilhões terríveis que semeiam perturbação.
Tudo será diferente quando compreendermos que nenhum mal tem acesso ao nosso universo íntimo sem transitar pelas vias da aceitação.
Por isso, a melhor defesa exprime-se no empenho por compreendermos melhor a existência humana com os valores do estudo e da meditação, aprendendo sempre.
Era isso que Jesus ensinava ao proclamar: Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres.


Richard Simonetti

PINGO D'ÁGUA


Insignificante é o pingo d'água, todavia, com o tempo, traça um caminho no corpo duro da pedra. Humilde é a semente, entretanto, germina com firmeza e produz a espiga que enriquece o celeiro.
Frágil é a flor, contudo, resiste à ventania, garantindo a colheita farta.
Minúscula é a formiga, mas edifica a força de perseverança complicadas cidades subterrâneas.
Submissa é a argila, no entanto, com o auxílio do oleiro, transforma-se em vaso precioso.
Branda é a veste física, que um simples alfinete atravessa, todavia suporta vicissitudes incontáveis e sustenta o templo do Espírito em aprendizado, por dezena de lustros, repletos de necessidades e padecimentos morais.
O verdadeiro progresso prescinde da violência.
Tudo é serenidade e sequência na evolução.
Aprendamos com a Natureza e adotemos a brandura por diretriz de nossas realizações para a vida mais alta, mas não a brandura que se acomoda com a inércia, com a perturbação e com o mal e sim aquela que se baseia na paciência construtiva, que trabalha incessantemente e persiste no melhor a fazer, ultrapassando os obstáculos que a ignorância lhe atira à estrada e superando os percalços da luta, a sustentar-se no serviço que não esmorece e na esperança fiel que confia, sem desânimo, na vitória final do bem.


André Luiz

JORGE - UM RELATO EMOCIONANTE



A fantástica história de Jorge, o humilde cidadão que quando desencarnou foi recebido no plano espiritual por Jesus de Nazaré.
(relato Adelino da Silveira- revelações Chico Xavier)
Ao longo dos anos em que ia a Uberaba, conheci muita gente. Gente boa, gente meio boa e gente menos boa. Algumas, o tempo vai apagando lentamente, mas jamais terá força suficiente para apagar de minhas lembranças a figura encantadora que vocês vão passar a conhecer.
Numa daquelas madrugadas, quando as reuniões do Grupo Espírita da Prece se estendiam até ao amanhecer, vi-o pela primeira vez. Naquela filas quase intermináveis que se formavam para a despedida ou para uma última palavrinha ainda que rápida com Chico, ele chamou-me a atenção pela alegria com que esperava a sua vez.
Vinha com passos cansados, o andar trôpego, a fisionomia abatida, mas seus olhos brilhavam à medida que se aproximava do médium. Não raro, seu contentamento se traduzia em lágrimas serenas mas copiosas.
Trajes pobres, descalço, pés rachados, indicando que raramente teriam conhecido um par de sapatos. Calça azul, camisa verde, com muitos remendos; um paletó de casimira apertava-lhe o corpo franzino.
Pele escura, cabelos enrolados nos lábios uma ferida. Chamava-se Jorge.
Creio que deve ter tomado poucos banhos durante toda a vida. Quando se aproximava, seu corpo magro, sofrido e mal alimentado exalava um odor desagradável.
Em sua boca, alguns raros tocos de dentes, totalmente apodrecidos. Quando falava, seu hálito era quase insuportável. Ainda que alguém não quisesse, tinha um movimento instintivo de recuo. Quando se aproximava, tínhamos pressa em dar-lhe algum trocado para que ele fosse comprar pipoca, doce ou um refrigerante, a fim de que saísse logo de perto da gente.
Jorge morava com o irmão e a cunhada num bairro muito pobre - uma favela, quase um cortiço.
Seu quarto era um pequeno cômodo anexado ao barraco do irmão. Algumas telhas, pedaços de tábuas, de plásticos, folhas de lata emolduravam o seu pequeno espaço.
O irmão e a cunhada eram boias-frias. Jorge ficava com as crianças. Fazia-lhes mingau, trocava-lhes os panos, assistia-os. Alma assim caridosa, acredito que sofresse maus tratos. Muitas vezes o vi com marcas no rosto, e, ainda hoje, fico pensando se aquela ferida permanente em seu lábio inferior não seria resultante de constantes pancadas.
Pois o Chico conversava com ele, cinco, dez, vinte minutos. Nas primeiras vezes, pensava: "Meu Deus! como é que o Chico pode perder tanto tempo com ele, quando tantas pessoas viajaram milhares de quilômetros e mal pegaram sua mão?! Por que será que ele não diminui o tempo do Jorge, para dar mais atenção aos outros?"
Somente mais tarde fui entender que a única pessoa capaz de parar para ouvir o Jorge era ele.
Em casa, o infeliz não tinha com quem conversar; na rua, ninguém lhe dava atenção.
Quase todas as vezes em que lá estive, lá estava ele também.
Assim, por alguns anos, habituei-me a ver aquele estranho personagem que aos poucos me foi cativando.
Hoje , passados tantos anos, ao escrever estas linhas, ainda choro. "A gente corre o risco de chorar um pouco, quando se deixou cativar, não é mesmo?
Nunca ouvimos de sua boca qualquer palavra de queixa ou revolta.
Seu diálogo com o paciente médium era comovente e enternecedor.
- Jorge, como vai a vida?
- Ah, Tio Chico! Eu acho a vida uma beleza!
- E a viagem, foi boa?
- Muito boa, Tio Chico! Eu vim olhando as flores que Deus plantou no caminho para nos alegrar.
- Do que você mais gosta de olhar, Jorge?
- O azul do céu, Tio Chico. às vezes penso que o Sinhô Jesus tá me espiando por detrás de uma nuvem.
- Depois, o visitante falava da briga dos gatos, da goteira que molhou a cama, do passarinho que estava fazendo ninho no seu telhado.
Quando pensava que tudo havia terminado, o dono da casa ainda dizia:
- Agora, o nosso Jorge vai declamar alguns versos.
Eu chegava até me virar na cadeira, perguntando a mim mesmo: "Onde é que o Chico arruma tanta paciência?"
Jorge declamava um, dois , quatro versos.
- Bem Jorge, agora para a nossa despedida, declame o verso que mais gosto.
- Qual, tio Chico?
- Aquele da moça.
- Ah, Tio Chico! Já me lembrei. Já me lembrei.
Naquelas horas, o centro continuava lotado. As pessoas se acotovelavam, formando um grande círculo em torno da mesa.
Jorge colocava, então, o colarinho da camisa para fora, abotoava o único botão de seu surrado paletó, colocava as mãos para trás, à semelhança de uma criança quando vai declamar na escola ou perante uma autoridade, olhava para ver se o estavam observando e sapecava, inflado de orgulho:
"Menina, penteia o cabelo.
Joga as tranças para a cacunda.
Queira Deus que não te leve
de domingo pra segunda!"
Quando terminava, o riso era geral. Ele também sorria. Um sorriso solto e alegre, mas ainda assim doído, pois a parte inferior de seus grossos lábios se dilatava, fazendo sangrar a ferida.
Aí, ele se aproximava do médium, que lhe dava uma pequena ajuda em dinheiro. Em todos aqueles anos, nunca consegui ver quanto era. Depois, colocava o dinheiro dentro de uma capanga, onde já havia guardado as pipocas, os doces, dando um nó na alça do pano.
Para se despedir, ele não se abraçava ao Chico: ele se jogava, sim, todo por inteiro em cima do Chico! Falava quase dentro do nariz do Chico e eu nunca o vi ter aquele recuo instintivo como eu tivera tantas vezes.
Beijava-lhe a mão, o qual também beijava a mão e a face dele, ao que ele retribuía, beijando os dois lados da face do Chico, onde ficavam manchas de sangue deixadas pela ferida aberta em seus lábios. Nunca vi o Chico se limpar na presença dele nem depois que ele se tivesse ido. Eu, que muitas vezes, ao chegar à casa dele, molhava um pano e limpava o que passamos a chamar carinhosamente de "o beijo do Jorge..."
Não saberia dizer quantas vezes pensei em levar um presente àquele pobre irmão - uma camisa...um par de sapatos...uma blusa. Infelizmente, fui adiando e o tempo passando. Acabei por não lhe levar nada.
Lembro-me disto com tristeza e as palavras do Apóstolo Paulo se fazem mais fortes nos recessos de minha alma: "Façamos o bem, enquanto temos tempo."
Enquanto temos tempo. De repente, fica tarde demais. Jorge desencarnou. Desencarnou numa madrugada fria. Completamente só em seu quarto. Esquecido do mundo, esquecido de todos, mas não de Deus.
Contou-me o Chico que foi este nosso irmão de pele escura, cabelos enrolados, ferida nos lábios, pés rachados, mau cheiro e mau hálito que ao desencarnar, Jesus Cristo veio pessoalmente buscar. Entrou naquela quarto de terra batida, retirou Jorge do corpo magro e sofrido, envolto em trapos imundos, aconchegou-o de encontro ao peito e voou com ele para o espaço, como se carregasse o mais querido dos seus irmãos!
"Eis que estarei convosco até o fim dos séculos.”
 “Não vos deixarei órfãos.”
Ele não faria uma promessa que não pudesse cumprir.


(Livro Kardec Prossegue- Adelino da Silveira)

FAZENDO SOL



          Além da cela em que te enclausuras, alimentando as vitórias dos sofrimentos que crias entre sombras mentais, o trabalho socorrista espera braços para acionarem a alavanca da oportunidade, em favor de outros mais necessitados do que tu mesmo, que não podem parar nos degraus da lamentação.
          Eles passam pela vida entre soluços e provações, a que desde cedo se encontram vinculados.
          Dirás, no entanto, que eles já se acostumaram e que as dores que te laceram são insuportáveis.
       Ignoras, certamente, a dor de uma mãe viúva e enferma sustentando em braços fracos o filho misérrimo e esfaimado; não sabes o desgosto profundo que experimenta um pai envelhecido que a tirania dos filhos jovens atirou à sarjeta e ao abandono;  desconheces o sinal da orfandade, desde as primeiras horas nas ruas do desconforto, em forma de complexos e recalques malsinantes; desconheces os punhais invisíveis das dores morais que despedaçam o coração e mil outros angustiantes golpes com que o pretérito culposo pune no presente os infratores da Lei...
          Ameniza tuas provações ajudando outros sob a dolorosa cruz de provações sem nome.
          Há fome de amor perto do teu leito de queixas.
          Levanta-te da inércia a que te vinculas impensadamente e aciona a máquina da beneficência.
          A palavra de acolhimento fraternal que endereças a alguém é raio de sol na direção da vida.
          A reprimenda que silencias se converte em reservas de piedade a teu próprio favor.
          Todos somos imperfeitos em luta titânica pela ascensão aos páramos da luz.
          Quantos bens se demoram encurralados em tuas mãos e quantas oportunidades te passam improdutivas?!
          Acompanha a viagem da semente em transformações incessantes até uma nova semente.
          Segue a jornada de uma moeda perdida na ociosidade do teu cofre e consigna os bens que pode espalhar quando dirigida pelos poderes da caridade.
          Aplica o minuto do repouso indébito e desnecessário, edificando algo bom em alguém ou para alguém, e as noites do desassossego fulgirão com os lampejos das estrelas do teu esforço clareando caminhos.
          Muitas dores são filhas da ociosidade.
          Diversos males descendem da ignorância dos males reais.
          Múltiplas enfermidades desenvolvem-se na madre da inutilidade.
          Vidas vazias são colunas belas e decoradas sem base nem utilidade, dispensáveis e frágeis.
          A auto piedade pode ser comparada à hera constringente que despedaça a frincha em que se apoia...
          Lá fora, além da cela do teu isolacionismo, está fazendo sol e Jesus, hoje como outrora, esquecido de si mesmo e das ingratidões dos homens e do mundo está recolhendo corações para a lavoura do amor.
          Deixa-te inundar da poderosa mensagem da luz e vencerás as sombras do pessimismo e da nostalgia que te vencem desapiedadamente, fazendo-te entender, porque para quem ama sempre “está fazendo sol.”

Espírito Joanna de Ângelis
Divaldo P. Franco

De “Dimensões da Verdade”

TEMOS DATA E HORA CERTA PARA DESENCARNAR?



Q
uando encarnamos, recebemos uma carga de fluido vital (fluido da vida).
Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.
Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.
Quando chegamos á Terra cada um tem uma "estimativa de vida". Vai depender do que viemos fazer aqui. A pessoa que está estimado viver em torno de 60 anos receberá mais fluido que a pessoa que está estimado viver 20 anos.
André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.
Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos.
Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas.
Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.
Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras.
E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.
Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado.
ATENÇÃO: a vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “MORATÓRIA”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne. Por isso vemos muitos trabalhadores do BEM desencarnando com idade bem avançada. Estes receberão uma carga extra de fluido vital para estender seu tempo no corpo físico.
Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.


Rudymara compilou este texto da palestra de José Raul Teixeira e de Richard Simonetti

Espiritismo


O Espiritismo não é apenas o consolador da Terra.
É o renovador do "eu".
Não constitui somente a iluminação das massas. É lâmpada acesa para o coração do homem.
Não é simplesmente Boa Nova no espírito popular.
É nova mensagem de redenção para o indivíduo.
Não é apenas a fonte miraculosa da graça.
É campo de esforço próprio.
Não é somente a técnica de salvação para todos.
É o processo de solução exata aos problemas de cada um.
Não se resume a palácio de princípios sublimes no corpo ciclópico do século.
É caso de trabalho regenerador para cada dia.
Não representa simplesmente a usina poderosa impulsionando a ascensão coletiva.
É motor destinado à elevação pessoal.
Não está circunscrito ao santuário da esperança reconfortante.
É esfera de serviço ativo da nossa redenção individual no supremo bem.
O Espiritismo não é uma religião como outra qualquer, mas sim um método de viver.


Autor: André Luiz
Psicografia de Waldo Vieira
Livro: Sol nas Almas

BANALIZAÇÃO DO CRIME



Anteriormente, quando tomávamos conhecimento de alguma notícia chocante sobre homicídio, suicídio, suborno, indignidade de pessoas aparentemente respeitáveis, autoridades de qualquer jaez, éramos dominados pelo desencanto e, às vezes, pela compaixão. Nos últimos tempos, de tal forma os crimes hediondos se tornaram tão repetitivos e descritos nos seus detalhes mais escabrosos, em manchetes espalhafatosas e comentários perturbadores, que estão quase banalizados. Acostumamo-nos, cada dia, com os novos escândalos que diminuem de intensidade e levam ao esquecimento os anteriores, que nos haviam surpreendido de especial maneira, e já não causam tanto espanto nenhuma tragédia nem desgraça individual ou coletiva.
Os avanços tecnológicos das comunicações colocam-nos ao par de quase tudo que acontece no mundo, especialmente os fenômenos degradantes que deleitam grande parte da sociedade, dando ideia de que não mais há esperança de viver-se em harmonia e que os inúmeros séculos de evolução da ética, da cultura e da civilização foram inúteis. Predominam as infâmias e os horrores, enquanto ocorrem, simultaneamente, milhares de ações que dignificam, que projetam a humanidade a patamares elevados, embora quase não comentados. É como se houvesse uma surda ou, talvez, declarada conspiração contra o bem e o amor, quais se fossem representação da pequenez, da covardia, de conflitos mal camuflados, que não merecem consideração.
O ser humano está destinado à conquista solar. Da brutalidade à sublimação, prossegue no rumo que lhe está traçado, embora os óbices daqueles que permanecem sob o impacto da natureza animal em detrimento da sua natureza espiritual. A vitória do amor é inevitável, por ser Deus a sua Fonte inexaurível. Permanecem na terra os heróis anônimos da misericórdia, que fomentam o progresso e oferecem a própria vida em favor do seu próximo, individualmente e em organizações humanitárias, quais a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras.


Artigo de Divaldo Franco Publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 12/03/2015

Consumismo doméstico


Ocasiões existem em que se torna necessário fazer uma pausa para avaliar a nossa postura à frente da existência, nos limites do nosso caminho, quanto na esfera do lar.
A arte da propaganda que, claramente, cada dia mais se aperfeiçoa, mais encanta, traz, por isso mesmo, a magia capaz de atuar sobre o psiquismo das massas, colhidas passivamente em suas poltronas de acomodação mental.
Quantas são as pessoas que compram por comprar, gastam por gastar, sem qualquer consideração para com a própria vida, sem qualquer reflexão acerca da utilidade que poderia patrocinar para terceiros, do próprio lar ou da relação social?!
Alguém poderá banquetear-se nos melhores restaurantes, fastando o próprio dinheiro como queira. Porém, se a seu lado algum irmão padece fomo, sem contar com sua cooperação amiga, estará consignado o crime da lesa-fraternidade.
Reflitamos que o problema não será ter isso ou ter aquilo. O problema é o modo como as coisas são tidas, obtidas e mantidas.
É importante que consigamos viver com pouco ou com muito, sem nos escravizarmos aos gastos improcedentes, frutos da ilusão da propaganda, aquisições que logo estarão em nossas gavetas, nos cantos dos armários, nos porões, sem utilidade.

Quando descubra que o seu lar, atrelado ao consumismo tresloucado, ajuntou coisas e coisas que não são usadas, faça-as passar a outras mãos, com a sua vibração de fraternidade, é certo, mas também com o compromisso de você realizar o esforço da educação das suas despesas, sem que se faça sovina, porém, responsável multiplicador dos bens divinos que, por agora, você administra.
_________________
Trecho da mensagem Consumismo doméstico do livro Vereda Familiar, psicografado por Raul Teixeira, pelo Espírito Thereza de Brito.

Ainda é o Dia



“... Recorda que o dia de melhorar é este mesmo em que nos achamos, uns à frente dos outros, respirando o mesmo clima de regeneração e de luta.
Nem ontem, nem amanhã, mas agora...
Agora, é o momento de levantar os caídos e os tristes, e de amparar os que padecem o frio da adversidade e a tortura da expiação...
Agora, é o instante de revelar paciência com os que se tresmalharam no erro, de cultivar humildade a frente do orgulho e devotamento fraternal diante da insensatez...
Ainda que tudo te pareça na atualidade terrestre sombra e derrota, cadeia e desalento, segue a Deus o teu coração em forma de prece e chega-Lhe forças para fazer Luz e confiança onde a treva e desespero dominam, porque, se ontem foi o tempo de nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.”

Emmanuel


CARIDADE


Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?
Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.
Questão n° 886 (Das Leis Morais, em O Livro dos Espíritos).

Muitos centros espíritas levam o nome Amor e Caridade. Evidentemente não imaginavam seus fundadores tivessem o mesmo significado, algo como Luz e Claridade ou Paz e Tranquilidade.
Caridade seria na ótica de O Livro dos Espíritos:
Benevolência, que se exprime na boa vontade e na disposição para praticar o Bem;
Indulgência, que é clemência e misericórdia para com as imperfeições alheias;
Perdão, que é o ato de desculpar ofensas.
Exercício de benevolência: Trabalho em favor do semelhante.
Exercício de indulgência: Solidariedade em face das limitações e fraquezas do próximo, evitando discriminá-lo.
Exercício de perdão: Esquecimento do mal que se tenha sofrido de alguém, num ato de tolerância esclarecida que se exprime na compreensão.
Talvez tenhamos aí a origem da máxima de Kardec Trabalho, Solidariedade e Tolerância, a orientar a ação espírita. Sem tais princípios não há a possibilidade de um entendimento perfeito entre os homens na construção de um mundo melhor.
E o Amor?
Amor é afeição profunda. É gostar muito. Ê, em sua acepção mais nobre, querer o bem de alguém na doação de si mesmo.
Decantado pelos poetas e exaltado pelos sonhadores, o Amor é abençoado sol que ilumina e aquece os escabrosos caminhos humanos.
Só há um problema: é impossível sustentá-lo, torná-lo operoso e produtivo sem o combustível da caridade.
No passado muitos religiosos instalavam-se em lugares ermos, impondo-se privações e flagícios como sacrifício em favor da Humanidade. Em sua maioria apenas comprometeram-se em excentricidades e desequilíbrios. Sem caridade o amor pelo semelhante pode converter-se em perturbadora paixão por nós mesmos...
O apóstolo Paulo vai bem mais longe ao assunto (I Coríntios 13:1-3), quando destaca que ainda que detenhamos o verbo mais sublime, a mediunidade mais apurada, o conhecimento mais profundo, a convicção mais poderosa, o desapego mais amplo e inabalável destemor da morte, isso tudo pouco valerá se faltar a caridade, isto é, se não estivermos imbuídos do desinteresse pessoal, no desejo sincero de servir o semelhante.
E Kardec nos oferece a mesma visão da inutilidade de todas as iniciativas em favor da redenção humana, se faltar o componente básico, ao proclamar,
Fora da Caridade não há Salvação.



Richard Simonetti

A Plantinha do Galhinho Seco (NEAS)

ANIMA TEU ESPÍRITO


Nas horas de extrema amargura, diante das dificuldades que nos são tão úteis, mas quase nunca identificamos como as divinas auxiliares de nosso progresso; diante da incompreensão alheia, quando somos injustamente julgados por aqueles de quem esperávamos, senão apoio, ao menos compreensão, sobrevém-nos abatimento físico e moral de tamanha força que, se não reagirmos, nos dominarão por completo.
Ah, momento perigoso! Hora de relembrar, com mais vigor, o mandamento do divino Mestre: “Orai e Vigiai”.
Claro! Pois quantas vezes nos têm sido ensinado que a maneira mais hábil de os irmãos das trevas nos afastarem do entusiasmo pelo trabalho dignificante é plantar em nós a semente do desânimo.
Elevemos nosso pensamento, nestas horas, às esferas mais elevadas da espiritualidade, buscando auxílio nos Mensageiros de Jesus.
Ninguém vence se não enfrentar com determinação as dificuldades que encontrar à sua frente.
Ninguém deve esperar facilidades e apenas campos floridos diante de si na tarefa de implantação do Evangelho na Terra. Nosso mérito residirá exatamente na forma como executamos essa incumbência.
O desânimo, no fundo, nada mais é do que manifestação de egoísmo. É nos mostramos infelizes por não receber o tratamento que esperávamos dos demais.
Só por isso podemos ver o quanto somos pequeninos.
É hora de agradecermo-nos, de elevar nosso espírito através da exemplificação.
E quanto diante da prova do enfraquecimento das nossas determinações, busquemos na fé viva a energia que nos permitirá sobrepujar a descrença, o desprezo e a incredulidade alheia. E que nos fará seguir adiante na obra redentora de seareiros, lembrando-nos do Divino Mestre que, preso a cruz, humilhado e desprezado, mesmo frente à tão grande injustiça e ingratidão, ainda assim, legou-nos o mais sublime dos ensinamentos ao elevar a fronte e pedir ao Pai:
- Perdoa-os, não sabem o que fazem!

Sheilla


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Lesões Afetivas


Um tipo de auxílio raramente lembrado: o respeito que devemos uns aos outros na vida particular. Caro é o preço que pagamos pelas lesões afetivas que provocamos nos outros. Nas ocorrências da Terra de hoje, quando se escreve e se fala tanto, em torno de amor livre e de sexo liberado, muitos poucos são os companheiros encarnados que meditam nas consequências amargas dos votos não cumpridos. Se habitas um corpo masculino, conforme as tarefas que foram assinaladas se encontraste essa ou aquela irmã que se te afinou como o modo de ser, não lhe desarticules os sentimentos, a pretexto de amá-la, se não estás em condição de cumprir com a própria palavra, no que tange a promessas de amor. E se moras presentemente num corpo feminino, para o desempenho de atividades determinadas, se surpreendestes esse ou aquele irmão que se harmonizou com as tuas preferências, não lhe perturbes a sensibilidade sob a desculpa de desejar-lhe a proteção, caso não estejas na posição de quem desfruta a possibilidade de honorificar os próprios compromissos. Não comeces um romance de carinho a dois, quando não possas e nem queiras manter-lhe a continuidade. O amor, sem dúvida, é lei da vida, mas não será lícito esquecer os suicídios e homicídios, os abortos e crimes na sombra, as retaliações e as injúrias que dilapidam ou arrasam a existência das vítimas, espoliados do afeto que lhes nutria as forças, cujas lágrimas e aflições clamam, perante a divina justiça, porque ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro e nem sabe a qualidade das reações que virão daqueles que enlouquecem, na dor da afeição incompreendida, quando isso acontece por nossa causa. Certamente que muito desses delitos não estão catalogados nos estatutos da sociedade humana; entretanto, não passam despercebidos nas Leis de Deus que nos exigem, quando na condição de responsáveis, o resgate justo. Tangendo este assunto, lembramo-nos automaticamente de Jesus, perante a multidão e a mulher sofredora, quando afirmou peremptório: "aquele que estiver isento de culpa, atire a primeira pedra". Todos nós, os espíritos vinculados à evolução da Terra, estamos altamente compromissados em matéria de amor e sexo, e, em matéria de amor e sexo irresponsáveis, não podemos estranhar os estudos respeitáveis nesse sentido, porque, um dia, todos seremos chamados a examinar semelhantes realidades, especialmente as que se relacionem conosco, que podem efetivamente ser muito amargas, mas que devem ser ditas.

Pelo Espírito Emmanuel
Chico Xavier

De "Momentos de Ouro

LUZ ACIMA


Movimentam-se os gêneros da sombra, no fundo vale humano...
São os milenares polvos da guerra e do arrasamento a se reerguerem da cinza dos séculos, ameaçando a civilização.
Invadem países e dominam povos, devoram lares e templos, escarnecem das ideias superiores que alimentam a humanidade e separam irmãos com o gládio da morte.
Todavia, dos círculos escuros em que persevera a gritaria do mal, emerge a voz do Pastor Divino:
 “Eu, porém, vos, digo”:
Sede misericordiosa.
Amais os vossos inimigos.
Bendizei os que vos maldizem
Auxiliai os que vos odeiam.
Orai pelos que vos perseguem e caluniam.
Abençoai vossa cruz.
Ao que vos obriga a seguir mil passos, marchai com ele dois mil.
Ao que pretenda contender convosco, por roubar-vos a túnica, dai-lhe também a capa.
Perseverai no bem até ao fim.
Tende bom ânimo!”
Nos conflitos ideológicos da atualidade as forças perturbadoras do ódio e da superatividade conclamam, enfurecidas, em todas as direções:
- Regressemos à barbárie! desçamos às trevas!...
Mas, atentos à celeste plataforma, os verdadeiros cristãos de todas as escolas e de todos os climas, de almas unidas em torno do Mestre, repetem, contemplando os clarões do mundo futuro:
Luz acima! Luz acima! . . .


Irmão X

SOBRE A QUESTÃO SEXUAL



            Ainda na referida entrevista publicada pela revista Fatos e Fotos — Gente (s.d.t.), feita pelo repórter Ivandel Godinho Júnior, transcrita pelo Jornal Espírita, em seu número de janeiro de 1976, Chico foi sabatinado sobre a questão sexual e, como era de seu feitio, respondeu, sem rodeios:

            — Você leva uma vida de asceta. Como conseguiu sublimar os seus problemas sexuais? Ou não conseguiu?
            — A única coisa que posso dizer em matéria de sexo é que não me casei. Psicologicamente, sou uma pessoa como as outras, vista apenas por mim mesmo, na intimidade da minha própria consciência.
            — Você nunca se apaixonou por uma mulher? Ou homem?
            — Não, nunca me apaixonei. Agora, sobre sexo, peço licença para não fazer aqui o meu "strip-tease".
            — O homossexualismo é um fenômeno natural?
            — O problema da homossexualidade sempre existiu, em todas as nações. No entanto, com a extensão demográfica do planeta, o assunto adquiriu característica de maior intensidade porque, nos últimos 50 anos, a ciência psicológica tem-se detido, e com razão, nos ingredientes mais íntimos de nossa natureza pessoal. Estamos efetuando a descoberta de nós mesmos para além dos padrões psicológicos conhecidos ou milimetrados pelos conhecimentos que possuímos, dentro dos preceitos e preconceitos respeitáveis, que nos regem o comportamento social e humano. Creio que as tendências à homossexualidade surgem na criatura após muitas existências dessa mesma criatura, nas condições de feminilidade ou vice-versa. Penso, assim, na base da reencarnação, porque, além dos sinais morfológicos, a individualidade é a soma de todas as experiências das existências anteriores. Em vista disso, a homossexualidade pode ser examinada hoje proporcionando ao homem tanto campo de estudos quanto a natureza bissexual do espírito. O tema é, porém, objeto para simpósios de cientistas e instrutores da humanidade até que se possa encontrar a fórmula exata para decidir, do ponto de vista legal, quanto ao destino dos nossos companheiros num sexo ou noutro, aqueles que trazem a inversão por clima de trabalho a ser laboriosamente valorizado pela pessoa que se faz portadora de semelhante prova ou de semelhante condição para determinadas tarefas.
            — A abstenção sexual santifica o homem? A finalidade da relação sexual seria apenas a procriação de filhos?
            — O assunto varia de pessoa para pessoa, conforme o grau de autocontrole que o espírito impõe a si próprio. As leis humanas evoluem com a evolução das personalidades humanas.
            — Espírito tem sexo? Há sexo depois da morte?
            — No "O Livro dos Espíritos", Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, afirma que quando se perguntou aos benfeitores espirituais sobre o assunto eles disseram que os espíritos têm sexo. Mas não como a criatura humana imagina.


Do livro "Chico Xavier - O Médium dos Pés Descalços" - Carlos Baccelli
Capítulo " SOBRE A QUESTÃO SEXUAL "

Editora Vinha de Luz: http://www.vinhadeluz.com.br

Nas aflições da vida


Podemos pedir a Deus favores terrestres, e ele pode no-los conceder, quando têm uma finalidade útil e séria; mas, como julgamos a utilidade das coisas pelo nosso ponto de vista, e nossa visão é limitada ao presente, nem sempre vemos o lado mal daquilo que desejamos. Deus, que vê melhor do que nós, e não quer se não o nosso bem, pode, pois, nos recusar, como um pai recusa ao seu filho o que poderia prejudica-lo. Se o que pedimos não nos é concedido, nisso não devemos conceber nenhum desencorajamento; é preciso pensar ao contrário, que a privação do que desejamos, nos é imposto como prova ou expiação, e que a nossa recompensa será proporcional à resignação com a qual a tivermos suportado. (cap. XXVII, n°5, 6 e 7).

PRECE:
Deus todo-poderoso, que vedes a nossa miséria, dignai-vos escutar favoravelmente aos votos que vos dirijo neste momento. Se o meu pedido for inconveniente, perdoai-mo; se for justo e útil aos vossos olhos, que os bons Espíritos, que executem vossa vontade venha em minha ajuda para o seu cumprimento.
O que quer que me advenha, meu Deus, que a vossa vontade seja feita. Se meus desejos não são atendidos, por que entra em vossos desígnios experimentar-me, e eu me submeto sem murmurar. Fazei com que eu não conceba nisso nenhum desencorajamento, e que nem minha fé e nem minha resignação, sejam abalada. (formular o pedido)


Prece tirada Do livro EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.

Para Renovar-nos



Não espere viver sem problemas, de vez que problemas são ingredientes de evolução, necessários ao caminho de todos.
Ante os próprios erros, não descambe para o desculpismo e sim enfrente as consequências deles, a fim de retificar-se, como quem aproveite pedras para construção mais sólida.
Não perca tempo e serenidade, perante as prováveis decepções da estrada, porquanto aqueles que supõem decepcioná-lo estão decepcionando a si mesmos.
Reflita sempre antes de agir, a fim de que seus atos sejam conscientizados.
Não exija perfeição nos outros e nem mesmo em você, mas procure melhorar-se quanto possível.
Simplifique seus hábitos.
Experimente humildade e silêncio, toda vez que a violência ou a irritação apareçam em sua área.
Comunique seus obstáculos apenas aos corações amigos que se mostrem capazes de auxiliar em seu beneficio com descrição e bondade.
Diante dos próprios conflitos, não tente beber ou dopar-se, buscando fugir da própria mente, porque de toda ausência indébita você voltará aos estragos ou necessidades que haja criado no mundo íntimo, a fim de saná-los.
Lembre-se de que você é um espírito eterno e se você dispõe da paz na consciência estará sempre inatingível a qualquer injúria ou perturbação.

André Luiz

Chico Xavier 

Prece de Abigail


Senhor Deus, pai dos que choram,
Dos tristes, dos oprimidos
Fortaleza dos vencidos,
Consolo de toda a dor,
Embora a miséria amarga
Dos prantos de nosso erro,
Deste mundo de desterro,
Clamamos por vosso amor!
Nas aflições do caminho,
Na noite mais tormentosa
Vossa fonte generosa
É o bem que não secará...
Sois, em tudo, a luz eterna
Da alegria e da bonança
Nossa porta de esperança
Que nunca se fechará.
Quando tudo nos despreza
No mundo da iniquidade,
Quando vem à tempestade
Sobre as flores da ilusão!
Ó Pai, sois a luz divina,
O cântico da certeza,
Vencendo toda aspereza,
Vencendo toda aflição.
No dia da nossa morte,
No abandono ou no tormento,
Trazei-nos o esquecimento
Da sombra, da dor, do mal!
Sintamos a luz da vida
Renovada e redimida
Na paz ditosa e imortal".


(Do livro "Paulo e Estevão")

O QUE AGUARDA O MAU POLÍTICO QUANDO REGRESSA À VIDA ESPIRITUAL?



Eles poderiam fazer o Bem a milhares de pessoas, mas prejudicam milhares em benefício próprio e de seus familiares.
Vejam um trecho do livro Esculpindo o Próprio Destino.
"O lugar não ajudava muito.
A conjugação fluídica desagradável produzia reações nauseantes em qualquer Espírito menos adestrado nos trabalhos de socorro às aflições humanas.
Várias salas, repletas de entidades desequilibradas acompanhando os vivos ali presentes.
Se analisados pelo estado mental em desequilíbrio, poder-se-ia dizer que o ambiente não diferia do de um sanatório. Espíritos enlouquecidos perambulavam por todos os lados, entrando em todos os compartimentos, procurando tocar nos humanos, gritando impropérios ou bradando maldições.
Se analisássemos o local pela leviandade dos presentes, poderiam os compará-lo a um mercado onde todos comparecem falando de seus interesses, comentando as frivolidades da vida e praguejando contra os sofrimentos e injustiças, entre piadas sussurradas e maldades proferidas com ares de respeito.
Não muito distante, entidade de aparência repulsiva se expressava sem pudores:
– Já chegou o seu ocupante da suíte presidencial? – gritava com o quem se via responsável pela organização de importante evento.
– Já chegou, já chegou... Está sendo preparado para entrar na suíte... – respondeu um outro, colocando a cabeça para fora da porta de pequeno quarto que dava acesso ao ambiente principal.
– Vamos logo, estamos todos esperando para assistir ao grande evento...
Os vivos no corpo jamais poderiam imaginar o que se passava ao seu redor.
E se a espera pela ocupação da chamada suíte presidencial era algo tão importante para aquela aglomeração de entidades viciosas e degeneradas, os demais compartimentos, já ocupados também, possuíam a sua plateia específica.
Raros se postavam em atitude de consideração adequada à circunstância.
Muitos Espíritos curiosos eram atraídos para o local, como a assistirem a um bizarro espetáculo que os divertiria um pouco, dando novo tempero às monótonas ocupações persecutórias do mundo invisível sobre o mundo visível.
Não tardou muito para que se completasse o quadro dantesco.
O alvoroço de uma verdadeira multidão de duendes, mendigos, homens e mulheres dilaceradas, espíritos perdidos na devassidão, todos a formar dois vastos cordões no meio do qual o verdadeiro e importante cortejo passaria em direção à chamada suíte presidencial. (...)
Enquanto isso, a suíte presidencial ia sendo ocupada por toda a multidão das entidades curiosas que não desejava perder os detalhes daquele verdadeiro espetáculo sob suas vistas.
No ambiente material, suntuosa em suas apresentações, as acomodações físicas da suíte correspondiam aos seus qualificativos. Flores em profusão guarneciam a entrada. O local era revestido de granito polido e, aqui e ali, se podiam observar os cuidados nos mínimos detalhes.
Diante dos olhos de todos estava o corpo físico de importante político da cidade, homem cuja vida fora marcada pelo discurso de honradez e correção, mas que, em realidade, encobria uma vida de desmandos, de crimes sórdidos, de corrupção indecente e toda sorte de delitos contra a honra e a dignidade do ser humano.
Tornara-se rico e poderoso naquela localidade para, logo depois, ao preço de alianças e interesses escusos, conchavos e ilegalidades, ganhar realce nacional.
Entretanto, nem sua riqueza material nem seus poderes políticos impediram que as forças da morte o arrastassem, colocando um fim em toda a longa série de equivocações e crimes mal disfarçados pelo manto da falsa dignidade. (...)
A “suíte presidencial”, como os espíritos inferiores se referiam à sala principal do prédio legislativo, fora, finalmente, ocupada pela principal estrela.
Aturdido e ainda preso ao corpo físico exposto ao olhar do povo, o espírito do referido homem público era digno de compaixão de todos os que ali o observavam, perdido diante da confusão no meio da qual se encontrava, já que o pobre não sabia discernir entre o que acontecia no plano material, nas homenagens e discursos ridículos que os homens corruptos se prestam uns aos outros mescladas à bacanal festiva que o recebia no ambiente espiritual, mistura de festival erótico, galhofa coletiva e manifestação de protesto violento, tendo a sua figura como ponto central.
Via-se-lhe o desejo de sair dali.
No entanto, os laços intensos que o prendiam ao corpo carnal ainda não permitiam a sua fuga. (...)
Aliado aos líderes religiosos mais importantes criara um sistema de trocas e apoios através do qual usava o Reino de Deus para conquistar o Reino dos homens.
Trocavam-se, dessa forma, os interesses. O político garantia aos sacerdotes o reino do mundo e estes lhe prometiam o Reino dos Céus.
Agora, no entanto, nem a presença das inúmeras autoridades eclesiásticas de diversos níveis hierárquicos era capaz de facultar o acesso do finado aos bens do Espírito, já que, contrariamente a todas as suas expectativas, o que via diante de seus olhos atônitos e amedrontados era a surreal cerimônia de duendes deformados e entidades fantasmagóricas misturadas aos encarnados de forma tão íntima, que ele não sabia dizer quem era Espírito e quem era corpo.
Seu coração estava estilhaçado pela surpresa, seu cérebro parecia explodir pela dor incessante e, segundo suas apressadas conclusões, somente o nada ou o desconhecido desesperador se abririam para ele.


Fonte: livro, Esculpindo o Próprio Destino 

TÓPICOS DA PRECE



Elevemos o nosso coração, sempre que possível, ao Senhor e confiemos em Sua Infinita Bondade!
Na prece está a nossa força e no serviço do Bem o nosso refúgio!
Confiemos nosso pensamento à oração e nossos braços ao trabalho com Cristo Jesus.
E Jesus solucionará os nossos problemas com a bênção do tempo.
Paz e esperança ao coração! Cada noite, apesar do cansaço, não olvides alguns minutos com a oração, para que se nos refaçam as forças.
As tarefas seguem intensas, contudo, quanto possível, os Amigos Espirituais procuram amparar-nos as energias e acrescentá-las ainda mais.
Meus irmãos, muitos Amigos da Espiritualidade sustentam-nos as forças na travessia difícil das horas que passam.
Através da oração recolheremos, como sempre, a inspiração de que necessitamos na superação das lutas redentoras.
Guardemos a tranquilidade mental!
Através da oração, as tarefas do lar são sustentadas com a bênção do Alto.
Receberemos, pela oração, o concurso espiritual, rogando a Jesus para que os nossos corações sejam fortificados no caminho de dor e luz em que nos encontramos.
Agradeçamos a Jesus as bênçãos de cada dia e confiemos na proteção divina, hoje e sempre!
Cada noite consagremos alguns momentos à oração, momentos esses de que se valerão os Amigos Espirituais que nos amparam, a fim de insuflar-nos novas forças para o desempenho de nossas tarefas.
Reanimemo-nos e guardemos o bom ânimo na certeza de que a fé viva em Deus é luz que nos auxilia a dissipar todas as sombras.
Jesus nos abençoe!
Roguemos a Ele, nosso Eterno Benfeitor, nos abençoe os planos de trabalho e renovação à frente do futuro.


Bezerra de Menezes
Livro: Apelos Cristãos.
Francisco Cândido Xavier 

Os órfãos



Meus irmãos, amai os órfãos. Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais. Que divina caridade amparar uma pobre criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio, dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre para o vício! Agrada a Deus quem estende a mão a uma criança abandonada, porque compreende e pratica a sua lei. Ponderai também que muitas vezes a criança que socorreis vos foi cara noutra encarnação, caso em que, se pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis praticando a caridade, mas cumprindo um dever. Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não, porém, a essa caridade que magoa o coração, não a essa esmola que queima a mão em que cai, pois frequentemente bem amargos são os vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles recusados, se na choupana a enfermidade e a miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao benefício que fizerdes o mais precioso de todos os benefícios: o de uma boa palavra, de uma carícia, de um sorriso amistoso. Evitai esse ar de proteção, que equivale a revolver a lâmina no coração que sangra e considerai que, fazendo o bem, trabalhais por vós mesmos e pelos vossos. — Um Espírito familiar. (Paris, 1860.)


(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 18.)

ANTE A LIÇÃO



 “Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo”. - Paulo. II TIMÓTEO. 2:7.

Ante a exposição da verdade, não te esquives à meditação sobre as luzes que recebes.
Quem fita o céu, de relance, sem contemplá-lo, não enxerga as estrelas; e quem ouve uma sinfonia, sem abrir-lhe a acústica da alma, não lhe percebe as notas divinas.
Debalde escutarás a palavra inspirada de pregadores ardentes, se não descerrares o coração para que o teu sentimento mergulhe na claridade bendita daquela.
Inúmeros seguidores do Evangelho se queixam da incapacidade de retenção dos ensinos da Boa Nova, afirmando-se ineptos à frente das novas revelações, e isto porque não dispensam maior trato à lição ouvida, demorando-se longo tempo na província da distração e da leviandade.
Quando a câmara permanece sombria, somos nós quem desata o ferrolho à janela para que o sol nos visite.
Dediquemos algum esforço à graça da lição e a lição nos responderá com as suas graças.
O apóstolo dos gentios é claro na observação. "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo.”
Considerar significa examinar, atender, refletir e apreciar.
Estejamos, pois, convencidos de que, prestando atenção aos apontamentos do Código da Vida Eterna, o Senhor, em retribuição à nossa boa-vontade, dar-nos-á entendimento em tudo.

Emmanuel
Chico Xavier
Fonte Viva 

Espiritismo e a importância do pensamento



O conhecimento do Espiritismo aumenta a nossa responsabilidade. Nunca estamos sós. Somos úteis ou prejudiciais mesmo sem tomar conhecimento disso. Pra ver a importância do pensamento… 
Você, pessoa maravilhosa que está lendo, é um espírito encarnado (assim eu presumo). Você tem um corpo, e através desse corpo você se manifesta. Você fala, gesticula, franze a testa, sorri se cala. O que não falta pra nós são maneiras de nos expressarmos. Mas a manifestação por excelência do espírito imortal é o pensamento.
É através do pensamento que tudo começa.  Somos muitos bilhões de espíritos encarnados e desencarnados pensando ao mesmo tempo, o tempo todo. O pensamento é alguma coisa. Não sabemos exatamente o quê, um tipo de energia, provavelmente. Mas ele é alguma coisa. Você, eu e mais os outros bilhões de espíritos enchemos o espaço com nossos pensamentos.
Assim como as ondas de rádio e televisão estão no ar, nossos pensamentos estão no ar. Quando você fala no seu telefone celular, sua voz é transformada em sinais elétricos que caminham como ondas de rádio, viajando pelo ar. Nossos pensamentos também viajam pelo ar. O número para o qual você liga é conectado com o seu aparelho, e sua voz chega até ele. Com nossos pensamentos acontece a mesma coisa. Quem estiver receptivo ao tipo de pensamento que emitimos, quem estiver aberto ao “sinal” característico do pensamento que emitimos, recebe nosso pensamento em sua mente. Nosso pensamento é captado como ideia ou emoção.
Você acha que isso é um exagero? Não é. É uma característica do período em que vivemos. Cem anos atrás não tínhamos nem dez por cento da população urbana que temos hoje. Vivemos num conglomerado de mentes, umas influenciando às outras. Um dos efeitos desse fenômeno é que todos nós somos cada vez mais sensíveis ao que nos cerca, ao meio em que vivemos às pessoas com quem convivemos aos ambientes que frequentamos.
Allan Kardec nos alertou que todos somos médiuns, não é? Pois hoje não é tarefa simples saber distinguir o que é pensamento nosso e o que é influência externa. A Terra e o espaço que a circunda está saturada de pensamentos. Você sabe tão bem quanto eu que a maior parte das pessoas não cultiva bons pensamentos. Você não precisa que eu lhe demonstre que a maioria dos pensamentos que nos cercam são pensamentos doentios, enfermiços, dolorosos. É nesse meio que nós vivemos. É no meio desse enorme peso mental que nós nos desenvolvemos e aprendemos.
A recomendação de Jesus, “orai e vigiai”, nunca esteve tão atual e necessária. Ao se descuidar dos seus pensamentos, ao deixar que seus pensamentos sigam seu curso livre, no piloto automático, você está permitindo que seu padrão vibratório baixe, dando abertura para que milhões de pensamentos de mesmo nível sintonizem com o seu. Não é à toa que a depressão já é chamada de “o mal do século XXI”. Ao menor descuido, seu padrão vibratório cai, e suas energias caem também.
A boa notícia é que ao manter seu pensamento elevado, sua influência sobre os que o cercam encarnados e desencarnados,  é muito benéfica. Muitos não sabem que funcionam como um oásis para espíritos sedentos de boas energias. Os desencarnados carentes de energia, que desconhecem seu estado de desencarnados ou que têm alguma dificuldade para seguir seu rumo, costumam se aproximar de encarnados de bom padrão vibratório. Buscam algum conforto, sentem-se bem com as energias positivas do encarnado vigilante de seus pensamentos.
Quando você vai ao centro espírita, ou quando contata com os espíritos trabalhadores, em suas orações ou durante o sono físico, muitos desencarnados carentes acompanham você e são encaminhados ao socorro e esclarecimento.
Nunca estamos sós. Somos úteis ou prejudiciais mesmo sem tomar conhecimento disso. Pra ver a importância do pensamento… 

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