CAUSAS
DAS MORTES PREMATURAS
Como explicar a situação da criança, cuja vida
material se interrompe? E por que esse fato ocorre? Duas indagações que surgem
naturalmente ao nos depararmos com a morte na infância.
Allan Kardec [Livro dos Espíritos – questão
nº199] registra o pensamento dos Espíritos Superiores:
"A duração da vida da criança pode ser,
para seu Espírito, o complemento de uma vida interrompida antes do tempo
devido, e sua morte é frequentemente uma prova ou uma expiação para os
pais."
Observamos pelo exposto que a morte prematura
está quase sempre vinculada a erro grave de existência pretérita: almas
culpadas que transgrediram a Lei geral que vige os destinos da criatura e retornam
à carne para recomporem a consciência ante o deslize. São, muitas vezes,
ex-suicídas (conscientes ou inconscientes) que necessitam do contato com os
fluidos materializados do planeta, para refazerem a sutil estrutura
eletromagnética de seu corpo espiritual.
Lembram ainda os Benfeitores que os pais estão
igualmente comprometidos com a Lei de Causa e Efeito e, na maioria das vezes,
foram cúmplices ou causadores indiretos da falta que gerou o sofrimento de
hoje.
Emmanuel [Criança no Além-prefácio]
afirma: ”Porque a desencarnação de crianças, vidas tolidas em flor”?
Muitos problemas observados exclusivamente do
lado físico assemelham-se a enigmas de solução impraticável; entretanto,
examinados do ponto de vista da imortalidade e do burilamento progressivo da
alma, reconhecer-se-á que o Espírito em evolução pode solicitar conscientemente
certas experiências ou ser induzido a ela em benefício próprio. Nas
realizações terrestres, é comum a vinculação temporária de alguém a determinado
serviço por tempo previamente considerado.
Há quem renasça em limitado campo de ação para
trabalho uniforme em decênios de presença pessoal e há quem se transfira dessa
ou daquela tarefa para outra, no curso da existência, dependendo, para isso, de
quotas marcadas de tempo. Encontramos amigos que efetuam longos cursos de
formação profissional em lugares distantes do recanto em que nasceram e outros
que se afastam, a prazo curto, da paisagem que lhes é própria, buscando as
especializações de que se observam necessitados. E depois destes
empreendimentos concluídos, através de viagens que variam de tipo, segundo as
escolhas que façam, ei-las de regresso aos locais de trabalho em cuja
estruturação se situam.
Esta é a imagem a que recorremos para que a
desencarnação de crianças seja compreendida, no plano físico, em termos de
imortalidade e reencarnação."
Casos, no entanto, existem que não estão
inseridos no processo de Ação e Reação e configuram sim, ações meritórias de
Espíritos missionários que renascem para viverem poucos anos em contato com a
carne em função de tarefas espirituais.
É o que afirma André Luiz:
"Conhecemos grandes almas que renasceram
na Terra por brevíssimo prazo, simplesmente com o objetivo de acordar corações
queridos para a aquisição de valores morais, recobrando, logo após o serviço
levado a efeito, a expectativa apresentação que lhes era costumeira."
CRIANÇAS NO PLANO ESPIRITUAL
Com relação à posição espiritual dos Espíritos
que desencarnam na infância, André Luiz informa-nos que todos eles são
recolhidos em Instituições apropriadas, não se encontrando Espíritos de
crianças nas regiões umbralinas.
Há inúmeras descrições espirituais de Escolas,
parques, colônias e instituições diversas consagradas ao acolhimento e amparo
às crianças que retornam do Planeta através da desencarnação.
Chico Xavier, analisando a situação espiritual
e o grau de lucidez desses Espíritos diz:
"Os benfeitores espirituais habitualmente
nos esclarecem que a criança desencarnada no Mais Além, recobra parcialmente
valores da memória, quando na condição de Espírito, tenha já entesourado alta
gama de conhecimentos superiores, com pouco tempo depois da desencarnação,
conseguindo, por isso, formular conceitos e anotações de acordo com a
maturidade intelectual adquirida com laborioso esforço.
O mesmo não acontece com o Espírito que ainda
não adquiriu patrimônio de experiência mais dilatados, seja por estar nos
primeiros degraus da evolução humana ou por essência de aplicação pessoal ao
estudo e a observação dos acontecimentos.
Para o Espírito nesse estágio, o
desenvolvimento na vida espiritual é semelhante ao que se verifica no plano
físico em que o ser humano é compelido a aprender vagarosamente as lições da
existência e adiantar-se gradativamente, conforme as exigências do tempo."
André Luiz [Entre a Terra e o Céu] vai
pronunciar-se da mesma forma: ”Acreditamos que o menino desencarnado retoma,
de imediato, a sua personalidade de adulto”... Em muitas situações, é o que acontece
quando o Espírito já alcançou elevado estágio evolutivo.
Contudo, para a grande maioria das crianças que
desencarnaram, o caminho não é o mesmo. Almas ainda encarceradas no automatismo
inconsciente acham-se relativamente longe do autogoverno. Jazem conduzidos pela
Natureza, à maneira de criancinhas no colo materno. “É por esse motivo que não
podemos prescindir de períodos de recuperação, para que se afasta do veículo
físico, na fase infantil.”
QUADRO
XII - Morte Prematura – Possibilidades
- Assumir a forma da última existência
- Conservar a forma infantil que vai se
desenvolvendo a semelhança do que ocorre na Terra
- Reencarnar pouco tempo depois do falecimento
Bibliografia
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan
Kardec
3) Entre a Terra e o Céu - André Luiz/Chico
Xavier
4) Resgate e Amor - Tiaminho/Chico Xavier
5) Escola no Além - Cláudia/Chico Xavier
6) Crianças no Além - Marcos/Chico Xavier
Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora
- MG
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