sábado, 7 de setembro de 2013

Na visão espírita, é errado a prática do sexo oral e sexo anal no casamento?


A sexualidade, como uma atividade gerada pela energia criativa do espírito, exige educação, controle, responsabilidade e discernimento. Como tudo na nossa existência, a utilização das energias genésicas está sujeita à lei de causa e efeito que rege a vida espiritual. Sendo assim, a sexualidade deve ser tratada com responsabilidade e equilíbrio, sabendo-se que qualquer desajuste ou excesso cometido neste campo repercutirá, inevitavelmente, cedo ou tarde, sobre nós mesmos. 

A prática do ato sexual ainda faz parte das nossas necessidades fisiológicas e espirituais, considerando o estágio evolutivo em que nos encontramos. É uma troca de energias, que devem ser saudáveis para nos fazer bem. E só há uma maneira de trocarmos energias positivas, saudáveis: é praticarmos a relação sexual com amor, pois a grande Lei que rege o Universo é a Lei do Amor. O relacionamento sexual somente deve ser evitado quando exercitado de modo desequilibrado, desregrado, com exacerbações, quando visa, unicamente, satisfazer ao culto ao erotismo e ao desejo. Quando há respeito, equilíbrio e, principalmente, um sentimento afetivo entre as partes, é uma prática saudável e, até, como dissemos, uma necessidade para nós, espíritos em evolução, numa faixa ainda primária e presos a um corpo muito denso, que precisa desse tipo de atividade,
até mesmo para atender aos dispositivos da lei de reprodução. 

Portanto, à luz do Espiritismo, o que legitima a prática do ato sexual não é o atendimento a um dispositivo de natureza puramente humana, como o casamento nem a forma como o praticamos, mas o sentimento que nos move ao praticá-lo. Não conhecemos nenhuma orientação ou entendimento doutrinário especificamente a respeito da pergunta formulada. O que podemos dizer é que a resposta deve ser obtida através de um exame de consciência. Cada um deve refletir sobre o assunto e tirar as suas conclusões. Para tanto, lembramos a lição de Emmanuel, contida no livro "Vida e Sexo", psicografado por Chico Xavier): 

 “O sexo se define, desse modo, por atributo não apenas respeitável, mas profundamente santo da Natureza, exigindo educação e controle. (...) Sexo é espírito e vida, a serviço da felicidade e da harmonia do Universo. Conseguintemente, reclama responsabilidade e discernimento, onde e quando se expresse. Por isso mesmo, nossos irmãos e nossas irmãs precisam e devem saber o que fazem com as energias genésicas, observando como, com quem e para que se utilizam de semelhantes recursos, entendendo-se que todos os compromissos na vida sexual estão igualmente subordinados à lei de causa e efeito; e, segundo esse exato princípio, de tudo o que dermos a outrem, no mundo afetivo, outrem também nos dará.”

CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo


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