Existem casos específicos em que é necessário
se fazer um passe dentro de uma sala onde se irá fazer um trabalho mediúnico,
ao invés de se fazer o passe em uma sala de passes? Se sim, quais seriam estes casos específicos?
R: Geralmente, não há necessidade específica
para isso. Talvez se possa fazer duas exceções:
1) Nos casos de obsessão, quando o assistido
recebe passe na sala mediúnica, o espírito já fica ali retido e já canalizado
para atendimento através de determinado médium, que lhe irá servir de
intermediário.
2) No caso de assistido que costuma apresentar
reações desequilibradas no momento do passe, aplicando-o em separado, se evita
impressionar ou perturbar os demais assistidos; tal situação, porém, deverá ser
corrigida o mais breve possível, orientando-se o assistido para bem se
comportar, mesmo ante a influência espiritual que sofre, e, então, voltará a
receber passe com os demais.
Quando um assistido cai desmaiado, por exemplo,
por que dizem que não se pode socorrê-lo? Não pode por a mão?
R: Pode-se socorrer, sim, mas é preciso estar
habilitado para isso. Num caso assim, todos querem socorrer mas nem sempre se
deve tocar no desmaiado nem mover o seu corpo do lugar, pois não se sabe o que
causou o desmaio. É preferível que o dirigente ou encarregado da reunião (o qual
deve ter o preparo prévio para essas emergências) promova o socorro necessário,
que abrange várias medidas, sendo as principais:
1) Falar com o acompanhante do assistido para
obter informações sobre a possível causa do desmaio (acontece sempre? sofre de
alguma enfermidade? etc.).
2) Se a causa do desmaio for física (como
ataque cardíaco ou epiléptico) poderá recorrer ao auxílio de algum médico ou
enfermeiro presente ou providenciar a remoção do assistido para o
pronto-socorro.
3) Se a causa for uma influência espiritual e
desequilíbrio mediúnico, não há necessidade de se tocar no assistido desmaiado.
Recorrer à prece (rogando o amparo dos bons espíritos) e ao passe dispersivo;
se possível; chamar a pessoa pelo nome, estimulando-a a retornar ao seu normal
e se recompor.
Ao médium aplicar o passe, o paciente tem que
ficar de olhos abertos, ou fechados? E qual a razão de uma vez os olhos do
paciente fechado o médium mandar abrir? Se uma pessoa está prestes a dar
passividade, e não queremos que isto aconteça, qual tipo de passe utilizaremos
para este fim?
R: Não é indispensável que o assistido feche os
olhos. Porém, de olhos fechados se abstrairá melhor do que acontece ao redor e
fará a sua introspecção, concentrando-se para receber o passe.
Mas, se o assistido ameaça entrar em transe,
diremos que abra os olhos e se desconcentre, para que o transe não se
aprofunde, pois o momento do passe não é o adequado para as comunicações
mediúnicas.
Podemos, também, aplicar passes dispersivos e
chamar atenção da pessoa para que se desconcentre e retome o comando de seu
corpo.
Onde Allan Kardec fala sobre o passe e
fluidificação?
Em “O Livro dos Médiuns”, “A Gênese” e alguns
volumes da “Revista Espírita”.
Para sua pesquisa sugerimos consultar:
“Prontuário da Obra de Allan Kardec”, de Neyda Silva Pinheiro (Edicel).
Quais são os livros onde posso encontrar
experiências científicas sobre a eficácia do passe?
R: Para o estudo sobre passes, preparo do
passista e do assistido, formas de aplicá-los, etc. há várias obras na
literatura espírita. Permito-me começar com o nosso “Fluidos e Passes”, citando
em seguida alguns outros: “Você e o Passe”, de Wilson Garcia e Wilson Francisco
(Co-edição Eldorado/EME); “Terapia pelos Passes”, do Projeto Manoel P. de
Miranda (da LEAL), “Manual do Passista”, de Jacob Melo (Editora Mnêmio Túlio).
Quanto a experiências científicas a respeito da
eficácia do passe, conheço o “Magnetismo Curativo”, de Alphnse Bué e o
“Magnetismo Espiritual”, de Michaelus (ambos editados pela FEB). No mais, tenho
lido esparsamente na imprensa notícias sobre pesquisas em torno da eficácia da
prece e do passe, falando de resultados favoráveis, mas não observei a citação
de livros.
Gostaria de saber qual a diferença que
realmente existe, entre o passe espírita e o passe reikiano?
R: Ambos falam da possibilidade de
beneficiarmos as criaturas, canalizando a energia universal e impondo as mãos.
Mas há algumas diferenças fundamentais entre os dois.
No passe espírita há a união da energia
universal com a do passista e, também, a dos bons espíritos; sua prática requer
apenas algum conhecimento de nossa natureza espiritual e dos fluidos e,
principalmente, boa conduta moral; quem transmite o passe espírita nada cobra
por isso.
No reiki, dizem que não há transmissão de
energia pessoal, apenas a universal e vital; mas para aprender a aplicar o
reiki é preciso uma iniciação feita por mestres e existem 3 graus a serem
alcançados; o curso é pago e também quem aplica o reiki cobra dos seus
pacientes. A prática do reiki admite a mescla com outras técnicas, por exemplo,
os cristais, o que não ocorre no passe espírita.
Fonte:
Centro Espírita Allan Kardec
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