A doutrina espírita ensina que o ser humano é um conjunto de três elementos: o espírito que é a essência do ser, pensante e preexistente; o perispírito, que é o envoltório do espírito; e a parte mais exterior que é o corpo físico, ou soma como o chamavam os gregos. A ligação entre o espírito e o corpo físico se faz por intermédio do perispírito que a ele se liga por laços fluídicos, molécula a molécula.
Quando dormimos há um relaxamento desses laços
e o espírito ganha relativa liberdade. Os sonhos são, em grande porcentagem,
impressões recebidas por ele nas suas experiências extracorporais. Não
quer dizer que não haja sonhos provocados por impressões unicamente psicológicas.
Claro que há! No entanto, o sonho verdadeiro é o resultado do relativo
desprendimento dos laços perispirituais permitindo ao espírito visitar o mundo
espiritual, de acordo com o seu nível evolutivo, e realizar desejos, aspirações
mais íntimas.
Quando está no mundo espiritual, ainda que
vinculado a um corpo do qual não se desprendeu totalmente, o espírito
passa a vivenciar uma realidade que foge ao binário espaço. Poderíamos
dizer que está num estado atemporal. Nestas circunstâncias especialmente livre
do tempo o espírito pode ter sonhos que, do ponto de vista humano, estão
no futuro. São as chamadas premonições. Este fato que explica como determinadas
pessoas anteveem fatos que vão se dar no futuro, às vezes, anos depois. È que fugindo
aos condicionamentos do espaço-tempo o espírito assenhora-se de possibilidades
que o corpo material o impede de perceber.
Evidentemente que esses sonhos não ocorrem
sempre que dormimos, nem com todas as pessoas. São ocorrências ocasionais,
excepcionais e que objetivam o progresso, o avanço moral do espírito encarnado.
Como
maior exemplo de premonição, podemos citar o sonho do Faraó, esclarecido por
José, quando esteve prisioneiro dos egípcios. Foi na decifração do sonho das
sete vacasgordas e das sete vacas magras que ele conquistou a confiança do
Faraó, permitindo ao Egito estabelecer a hegemonia sobre o povo daquela região.
E o previsto se realizou.Vieram anos de fartura (vacas gordas) e o Faraó
determinou que se fizesse a compra de todo o trigo que se pudesse armazenar.
Chegaram os anos de carência (vacas magras) e o Egito passou a exercer
poder determinante sobre os demais povos porquanto possui a o alimento
estocado. Tudo se realizou como o Faraó sonhara e como José decifrara.
Na galeria dos videntes, há um que se tornou
famoso por previsões chamadas Centúrias. Trata-se de Michel de Nostradamus,
médico e filósofo francês. Conta-se que um amigo do vidente, querendo testar
seus dons, perguntou-lhe:qual o destino dos leitões de que era possuidor. Ele
respondeu: o branco será comido pelos lobos e o preto será servido no jantar. O
amigo, resolveu, então, contrariar a previsão do famoso vidente e mandou
preparar o leitão branco para o jantar. Enquanto trabalhava na preparação, o
cozinheiro se distraiu e os lobos comeram o leitão. Temeroso de não ter
o que servir no jantar, o cozinheiro sacrificou o leitão preto e o serviu
no jantar aos convivas do seu patrão. Exatamente como previra
Nostradamus. Dizem os árabes 'Maktub'! (estava escrito).
FELIPE
SALOMÃO - diretor do Instituto de Divulgação Espírita de Franca (IDEFRAN)
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Espírita
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