Quando um motivo de aflição nos advém, se lhe
procurarmos a causa, amiúde reconheceremos estar numa imprudência ou
imprevidência nossa, ou, quando não, em um ato anterior. Em qualquer desses
casos, só de nós mesmos nos devemos queixar. Se a causa de um infortúnio
independe completamente de qualquer ação nossa, é ou uma prova para a
existência atual, ou expiação de falta de uma existência anterior, caso, este
último, em que, pela natureza da expiação, poderemos conhecer a natureza da
falta, visto que somos sempre punidos por aquilo em que
pecamos.
Evangelho
– Cap.28 – Submissão e resignação, item 30 Prefácio
O problema da queda é também uma questão de
aprendizado e o mal indica posição de desequilíbrio, exigindo restauração e corrigenda.
A evolução confere-nos poder, mas gastamos muito tempo, aprendendo a utilizar
esse poder harmonicamente. Demoramos séculos no serviço de iluminação íntima,
porque não basta adquirir idéias e possibilidades, é preciso ser responsável, e
nem é justo tenhamos tão-somente a informação do raciocínio, mas também a luz
do amor. Daí as lutas sucessivas em continuadas reencarnações da alma! Temos
necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa. A reencarnação
é o meio, a educação divina é o fim.
André
Luiz – Missionários da Luz, cap.12 – Preparação de experiências
Livro
dos Espíritos 171 – Em
que se fundamenta o dogma da reencarnação?
_ Na Justiça de Deus e na revelação, pois não
cansamos de vos repetir: Um bom pai sempre deixa aos seus filhos uma porta
aberta ao arrependimento.
Todos os Espíritos tendem à perfeição, e Deus
lhes fornece os meios de alcançá-la através das provações da vida corporal.
Porém, em sua justiça, Ele lhes reserva – para suas novas existências – a realização
daquilo que não puderam fazer ou cumprir numa primeira provação.
Livro
dos Espíritos 262 a) - Quando
o Espírito goza do seu livre arbítrio, depende exclusivamente da sua vontade a
escolha da existência corporal, ou essa existência pode lhe ser imposta
pela vontade de Deus como expiação?
– Deus sabe esperar: não apressa a expiação.
Entretanto, Deus pode impor uma existência a um Espírito, quando este, por sua
inferioridade ou sua má vontade, não está apto a compreender o que poderia
ser-lhe mais salutar e quando vê que essa existência pode servir à sua
purificação e adiantamento, ao mesmo tempo que encontra nela uma expiação.
O Espírito renascente no berço terrestre traz
consigo a provação expiatória a que deve ser conduzido ou a tarefa redentora
que ele próprio escolheu, de conformidade com os débitos contraídos.
André
Luiz - Evolução em dois Mundos , cap.38 – Evolução e Destino
Para que possamos dar valor à felicidade é
necessário sabermos quanto ela custa. A dor, as humilhações, os reveses, as
enfermidades, o trabalho e o estudo são as provas e as expiações com as quais
compramos nossa felicidade
futura.
52
Lições de Catecismo Espírita – Eliseu Rigonatti, 37} Lição, As Provas e as Expiações,
pág.74
André
Luiz – Obreiros da Vida Eterna – cap.15 “da mesma forma que existem alegrias para todos os gostos,
existem dores para todas as necessidades”.
O
Consolador 246 - Qual a
diferença entre Provação e Expiação?
A provação é a luta que ensina o discípulo
rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A
expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
Resposta
da questão 246 O Consolador
A expiação implica necessariamente a idéia de
um castigo mais ou menos penoso, resultado de uma falta cometida; a prova
implica sempre a de uma inferioridade real ou presumida, porquanto, aquele que
chegou ao ponto culminante a que aspira, não mais necessita de provas. Em
certos casos a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação pode servir
de prova e reciprocamente.
Revista
Espírita – Ano VI – setembro de 1863 – Sobre provas e expiações
O
Consolador 247 – A Lei
da prova e da expiação é inflexível?
- Os tribunais da justiça humana, apesar de
imperfeitos, por vezes não comutam as penas e não beneficiam os delinqüentes
com o “sursis”? A inflexibilidade e a dureza não existem para a Misericórdia
Divina, que, conforme a conduta do Espírito encarnado, pode dispensar na lei,
em benefício do homem, quando a sua existência já demonstre certas expressões
do amor que cobre a multidão dos pecados.
Em
certos casos, a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação serve sempre
de prova, mas a prova nem sempre é uma expiação.
Não se deve crer, entretanto, que todo
sofrimento porque se passa neste mundo seja necessariamente o indício de uma
determinada falta: trata-se freqüentemente de simples provas escolhidas pelo
Espírito, para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a
expiação serve sempre de prova, mas a prova nem sempre é uma expiação.
Mas provas e expiações são sempre sinais de
inferioridade relativa, pois aquele que é perfeito não precisa de ser provado.
Um Espírito pode, portanto, ter conquistado um certo grau de elevação, mas
querendo avançar mais solicita uma missão, uma tarefa, pela qual será tanto
mais recompensado, se sair vitorioso, quanto mais penosa tiver sido a sua luta.
O
Evangelho – cap.V, item 9, Causas anteriores das aflições, pag.78
PROVA
É lição retardada que nós mesmos acumulamos no
caminho, através de erros impensados ou conscientes em transatas reencarnações,
e que somos compelidos a rememorar e a reaprender.
Estude e Viva – Chico Xavier,
cap.40, pag.230
Nenhum comentário:
Postar um comentário