quarta-feira, 11 de setembro de 2013

PROVA E EXPIAÇÃO


Quando um motivo de aflição nos advém, se lhe procurarmos a causa, amiúde reconheceremos estar numa imprudência ou imprevidência nossa, ou, quando não, em um ato anterior. Em qualquer desses casos, só de nós mesmos nos devemos queixar. Se a causa de um infortúnio independe completamente de qualquer ação nossa, é ou uma prova para a existência atual, ou expiação de falta de uma existência anterior, caso, este último, em que, pela natureza da expiação, poderemos conhecer a natureza da falta, visto que somos sempre punidos por aquilo em que pecamos.               
Evangelho – Cap.28 – Submissão e resignação, item 30 Prefácio

O problema da queda é também uma questão de aprendizado e o mal indica posição de desequilíbrio, exigindo restauração e corrigenda. A evolução confere-nos poder, mas gastamos muito tempo, aprendendo a utilizar esse poder harmonicamente. Demoramos séculos no serviço de iluminação íntima, porque não basta adquirir idéias e possibilidades, é preciso ser responsável, e nem é justo tenhamos tão­-somente a informação do raciocínio, mas também a luz do amor. Daí as lutas sucessivas em continuadas reencarnações da alma! Temos necessidade da luta que corrige, renova, restaura e aperfeiçoa. A reencarnação é o meio, a educação divina é o fim.                                                                      
André Luiz – Missionários da Luz, cap.12 – Preparação de experiências

Livro dos Espíritos 171 – Em que se fundamenta o dogma da reencarnação?
_ Na Justiça de Deus e na revelação, pois não cansamos de vos repetir: Um bom pai sempre deixa aos seus filhos uma porta aberta ao arrependimento.
Todos os Espíritos tendem à perfeição, e Deus lhes fornece os meios de alcançá-la através das provações da vida corporal. Porém, em sua justiça, Ele lhes reserva – para suas novas existências – a realização daquilo que não puderam fazer ou cumprir numa primeira provação.

Livro dos Espíritos 262 a) - Quando o Espírito goza do seu livre arbítrio, depende exclusivamente da sua vontade a escolha da existência corporal, ou essa existência pode lhe ser imposta pela vontade de Deus como expiação?
– Deus sabe esperar: não apressa a expiação. Entretanto, Deus pode impor uma existência a um Espírito, quando este, por sua inferioridade ou sua má vontade, não está apto a compreender o que poderia ser-lhe mais salutar e quando vê que essa existência pode servir à sua purificação e adiantamento, ao mesmo tempo que encontra nela uma expiação.

O Espírito renascente no berço terrestre traz consigo a provação expiatória a que deve ser conduzido ou a tarefa reden­tora que ele próprio escolheu, de conformidade com os débitos contraídos.
André Luiz - Evolução em dois Mundos  , cap.38 – Evolução e Destino

Para que possamos dar valor à felicidade é necessário sabermos quanto ela custa. A dor, as humilhações, os reveses, as enfermidades, o trabalho e o estudo são as provas e as expiações com as quais compramos nossa felicidade futura.        
52 Lições de Catecismo Espírita – Eliseu Rigonatti, 37} Lição, As Provas e as Expiações, pág.74

André Luiz – Obreiros da Vida Eterna – cap.15 “da mesma forma que existem alegrias para todos os gostos, existem dores para todas as necessidades”.

O Consolador 246 - Qual a diferença entre Provação e Expiação?
A provação é a luta que ensina o discípulo rebelde e preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
Resposta da questão 246 O Consolador

A expiação implica necessariamente a idéia de um castigo mais ou menos penoso, resultado de uma falta cometida; a prova implica sempre a de uma inferioridade real ou presumida, porquanto, aquele que chegou ao ponto culminante a que aspira, não mais necessita de provas. Em certos casos a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação pode servir de prova e reciprocamente.
Revista Espírita – Ano VI – setembro de 1863 – Sobre provas e expiações

O Consolador 247 – A Lei da prova e da expiação é inflexível?
- Os tribunais da justiça humana, apesar de imperfeitos, por vezes não comutam as penas e não beneficiam os delinqüentes com o “sursis”? A inflexibilidade e a dureza não existem para a Misericórdia Divina, que, conforme a conduta do Espírito encarnado, pode dispensar na lei, em benefício do homem, quando a sua existência já demonstre certas expressões do amor que cobre a multidão dos pecados.
Em certos casos, a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação serve sempre de prova, mas a prova nem sempre é uma expiação.
Não se deve crer, entretanto, que todo sofrimento porque se passa neste mundo seja necessariamente o indício de uma determinada falta: trata-se freqüentemente de simples provas escolhidas pelo Espírito, para acabar a sua purificação e acelerar o seu adiantamento. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas a prova nem sempre é uma expiação. 
Mas provas e expiações são sempre sinais de inferioridade relativa, pois aquele que é perfeito não precisa de ser provado. Um Espírito pode, portanto, ter conquistado um certo grau de elevação, mas querendo avançar mais solicita uma missão, uma tarefa, pela qual será tanto mais recompensado, se sair vitorioso, quanto mais penosa tiver sido a sua luta.                  
O Evangelho – cap.V, item 9, Causas anteriores das aflições, pag.78

PROVA     

É lição retardada que nós mesmos acumulamos no caminho, através de erros impensados ou conscientes em transatas reencarnações, e que somos compelidos a rememorar e a reaprender.
Estude e Viva – Chico Xavier, cap.40, pag.230


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