É
comum as pessoas perguntarem como o Espiritismo explica o resgate de débitos
contraídos por uma pessoa que pratica um crime. Em todos os casos, há que ter
uma outra pessoa para assassiná-la para que ela quite o seu débito?
Sendo a resposta
positiva, quando terminaria o ciclo de crimes?
O raciocínio é correto.
Se fosse assim, teríamos de admitir que a Justiça Divina não fosse perfeita.
Felizmente, não é desta maneira. Tudo o que Deus faz é perfeito. O que a
Doutrina Espírita nos ensina é que a Justiça Divina utiliza os homens e os
espíritos de má índole como instrumentos de resgate, já que querem praticar o
mal. Por outro lado, desvia do seu caminho quem não tem este tipo de débito a
quitar. Foi por isto que Jesus alertou: É necessário que venham escândalos, mas
ai do homem por quem o escândalo venha. (Mateus, 18) Aquele, pois, que, usando
o seu livre arbítrio, pratica um crime responde pelo seu ato. Tem que resgatar
um dia.
Qual é a outra forma de
resgate? Há várias maneiras, sendo as doenças as principais. As enfermidades
passageiras, como gripe, verminose, distúrbios gastrintestinais fazem parte das
dificuldades naturais do nosso orbe; porém as doenças mais graves, como, por
exemplo, o câncer, os transtornos mentais, são importantes instrumentos de
resgate de débitos. Para se cumprir, a Justiça Divina não depende de que algum
homem ou espírito pratique o mal. Ela se realiza sem que isto aconteça.
É importante ressaltar
que nenhum espírito reencarna para fazer o mal. Todos vêm com o objetivo de
progredir e expiar os seus erros. Os que praticam o mal são espíritos que se
desviaram do caminho do bem. A melhora ou cura das doenças, quase sempre, tarda
exatamente porque funciona como instrumento de resgate. E não temos meios de
saber quando este termina. Sabemos, porém, que é possível abreviar o tempo de
sofrimento com resignação, oração, reforma íntima e prática do bem, porquanto a
Misericórdia Divina é ilimitada.
ANABOR CARDOSO ARAÚJO
Grupo Espírita Renascer - Iguatama - MG
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