A mediunidade é a capacidade que todos nós temos, em maior ou menor grau e tipos diferentes, de servirmos de veículo de comunicação entre o plano físico e o plano espiritual. A mediunidade pode ficar latente durante toda a vida e não causar maiores problemas, ou pode "explodir", causando transtornos na saúde, na vida sentimental e na vida profissional.
Devemos esclarecer, entretanto, que não é a
mediunidade que causa esses transtornos e sim o comportamento irregular que a
pessoa passa a ter, uma vez que fica sem autocontrole, instável emocionalmente,
e captando vibrações nem sempre boas, das pessoas com quem convive e dos
ambientes que frequenta.
Tudo isso contribui para que a pessoa se
indisponha com seus entes mais queridos, se indisponha no seu ambiente de
trabalho e, muitas vezes, perca a sua boa saúde anterior, já que normalmente
assumirá um estado mental negativo.
A mediunidade é um dom que precisamos aprender
a controlar e que precisa ser disciplinada. A solução é o desenvolvimento
mediúnico.
Principais
sintomas da mediunidade:
a) Sintoma clássico: suor excessivo nas mãos e axilas,
principalmente nas mãos. As mãos ficam molhadas, quase geladas. Os pés também
podem ficar gelados; as maçãs do rosto muito vermelhas e quentes; as orelhas
ardem.
b) Depressão psíquica: a pessoa fica totalmente instável,
passando de uma grande alegria para uma profunda tristeza sem motivo aparente.
Fica melancólica e sente uma profunda solidão. É como se o mundo todo estivesse
voltado contra ela. É facilmente irritável e, nessa fase, ela vai ferir com
palavras e gestos aqueles de que mais gosta.
c) Alterações no sono: sono profundo ou insônia. A insônia é
provocada pela aceleração no cérebro devida à vibração. Os pensamentos voam de
um assunto para outro, incontroláveis, e a pessoa não consegue dormir. O sono
profundo é devido à perda de ectoplasma, de força vital. Há um enfraquecimento
geral do organismo e as vibrações da pessoa são reduzidas.
d) Perda de equilíbrio e sensação de
desmaio: a perda de equilíbrio é uma sensação muito rápida. A
pessoa pensa que vai cair e tenta se segurar em alguma coisa, mas a sensação
termina antes que ela consiga fazer qualquer gesto. É extremamente
desagradável. A sensação de desmaio normalmente ocorre quando a vibração
abandona a pessoa bruscamente. Ela fica muito pálida e tem que sentar para não
cair. Às vezes ocorre sensação de vômito ou de diarreia. Um copo de água com
bastante açúcar e respiração pela narina direita normalmente bastam para
contornar essa situação.
e) Taquicardia: comum
em algumas pessoas. Há uma súbita alteração no ritmo dos batimentos cardíacos,
fruto do aceleramento provocado pela vibração atuando.
f) Medos e fobias: a pessoa fica com medo de sair
sozinha, de se alimentar, de tomar remédios, pois acha que tudo lhe fará mal.
Às vezes tem medo de dormir sozinha ou com a luz apagada. É muito comum,
também, uma total insegurança em tudo o que vai fazer.
Todos esses sintomas tendem a desaparecer com a
preparação espiritual e o desenvolvimento mediúnico, mas o tempo necessário ao
desenvolvimento dependerá muito do grau de mediunidade, do interesse e da
preparação espiritual do médium.
Existem mais de 100 tipos de mediunidade, mas
os mais comuns são os seguintes:
a) Intuição: é um tipo de mediunidade onde o médium
recebe em seu pensamento, sob a forma de uma sugestão, mensagens provindas de
um espírito. A intuição nem sempre deve ser seguida, a não ser que o médium
consiga identificar a entidade que o está intuindo. Essa identificação, ele
aprenderá a fazer no seu desenvolvimento, pois cada entidade produz uma sintonia
diferente no organismo.
b) Incorporação: é a mediunidade em que o médium
sintoniza a vibração da entidade e essa vibração toma conta de todo o seu
corpo. A sintonia é mental e pode produzir uma incorporação parcial ou uma
integral. Na incorporação parcial, o médium fica consciente, isto é, ele sabe
que está ali, sente, observa, mas não domina o corpo nem controla o raciocínio.
Perde, também, a noção de tempo e, embora tenha sido espectador de si mesmo,
perde a noção de muita coisa que se passou, ao desincorporar. Na incorporação
parcial pode haver uma quebra de sintonia ocasional, o que permitirá ao médium
interferir na comunicação. Na incorporação integral, o médium fica totalmente
inconsciente, pois há uma perfeita sintonia com a vibração da entidade. Nesse
caso, não há possibilidade de interferência e, ao desincorporar, o médium não
vai se lembrar de nada do que se passou. Queremos esclarecer que a incorporação
parcial é tão autêntica quanto a integral. O único problema é o médium não
interferir, procurando se isolar e deixar que a entidade atue livremente. A
esmagadora maioria dos médiuns (mais de 95%) trabalha em incorporação parcial e
uma pequeníssima minoria (menos de 5%), em incorporação integral.
c) Vidência: é o tipo de mediunidade que permite,
àquele que a possui desenvolvida, ver as entidades, as irradiações. Pode ser de
três tipos: direta, intuitiva e focalizada. Na vidência direta, o médium pode
ver as entidades de quatro maneiras diferentes:
1 - Na projeção, o médium vê apenas um facho de
luz, uma coloração que depende da vibração atuante. Não vê forma humana, nem
identifica a entidade.
2 - Na parcial, o médium percebe uma forma
humana ao lado de quem está trabalhando espiritualmente, mas ainda não dá uma
perfeita identificação. Vê somente o contorno, a forma.
3 - No acavalamento, o médium vê a entidade por
cima dos ombros de outro médium. Já percebe se é masculina ou feminina, se é
caboclo ou preto-velho ou outro falangeiro qualquer, se os cabelos são longos
ou curtos, etc. Muitos médiuns que tiveram esse tipo de vidência afirmam, por
desconhecimento, que as entidades vistas possuíam mais de dois metros de
altura, não percebendo que a entidade, vista acima dos ombros de outro médium,
produziu uma falsa impressão de altura.
4 - No encamisamento, o médium vê a entidade
toda, perfeita. Isso acontece na incorporação integral, quando a entidade toma
conta do corpo de um outro médium.
Na vidência intuitiva, o médium vê apenas com a
mente. Ele se concentra e recebe a imagem mental, por intuição.
Na vidência focalizada, o médium utiliza algum
objeto para a vidência, como um copo d'água ou um cristal. As imagens aparecem
no objeto de vidência.
d) Clarividência: é
o tipo de mediunidade que permite ver fatos que ocorreram no passado e que
ocorrerão no futuro. Os clarividentes podem ver os corpos astral e mental de
outras pessoas, e tomar conhecimento da vida em outros planos espirituais. É um
tipo de mediunidade difícil de ser encontrado.
e) Audição: o médium ouve uma voz clara e
nítida nos seus ouvidos e dessa forma recebe as mensagens. Na audição, devemos
ter o mesmo cuidado que temos na intuição, no que diz respeito à identificação
de quem está dando a mensagem.
f) Transporte: é a capacidade de visitar
espiritualmente outros lugares, enquanto o corpo físico permanece repousando
tranquilamente; o espírito se desliga do corpo e vai para o espaço. Esse
transporte pode ser voluntário ou involuntário. No transporte voluntário, o
médium se predispõe a realizá-lo. Ele se concentra e se projeta espiritualmente
a outros lugares, tomando conhecimento do que vê e do que ouve. O transporte
involuntário ocorre durante o sono. Todos nós nos desligamos do corpo físico
durante o sono e entramos em contato com pessoas e lugares dos quais não nos
recordamos ao acordar. Às vezes, recebemos nesses transportes soluções para os
nossos problemas que, mais tarde, nos parecerão ideias próprias. A respeito, diz
um ditado popular: "Para a solução de um grande problema, nada melhor que
uma boa noite de sono".
g) Desdobramento: é um transporte em que o espírito do
médium fica visível à outra pessoa. O corpo físico fica repousando, o espírito
do médium se transporta a outro ambiente e, nesse ambiente, torna-se visível.
h) Psicografia: tipo de mediunidade muito comum,
podendo ser intuitiva, semimecânica ou mecânica. É a capacidade de receber
comunicações pela escrita. Na psicografia intuitiva, o médium recebe as
mensagens na mente e as passa para o papel. É pura intuição. Na psicografia
semimecânica, o médium, à medida que vai escrevendo, vai também tomando
conhecimento do que escreve. O espírito atua, simultaneamente, na mente e na
mão do médium. Na psicografia mecânica, o espírito atua somente na mão do
médium, que escreve sem tomar conhecimento da mensagem recebida. Quando, ao
invés de escrever, o espírito utiliza a mão do médium para pintar, esse tipo de
mediunidade é chamado de psicopictografia.
Fonte: CASA
DE CARIDADE LUZ ETERNA
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