APOSTILA COM
HISTÓRIAS DE CHICO XAVIER
GRUPO DE
ESTUDO “ALLAN KARDEC”
Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, nasceu em Pedro
Leopoldo, interior de Minas Gerais, no dia 2 de Abril de 1910 numa família
humilde.
Foi um dos mais conhecidos
espíritas do Brasil.
Foi educado na fé
católica, mas teve seu primeiro contato com os Espíritos desencarnados aos 4
anos de idade.
Sua mãe desencarnou quando
ele tinha 5 anos de idade.
O pai, sem ter condições
de criar os 9 filhos, os distribuiu entre os familiares.
Chico ficou por 2 anos na
casa da madrinha Rita de Cássia que logo se mostrou cruel ao aplicar-lhe
torturas terríveis.
O espírito da mãe
desencarnada aparecia para ele e recomendava "paciência, resignação e fé em Jesus".
O pai casou-se novamente e
a madrasta Cidália exigiu reunir os 9 irmãos. O casal teve mais 6 filhos. Chico
começou a vender legumes da horta da casa para ajudar na despesa.
Chico era motivo de
chacota na escola por ver e falar com espíritos. O pai pensou em interná-lo,
mas o padre Scarzelli disse que era apenas "fantasias de menino".
Aconselhou que ele começasse a trabalhar. Então, ingressou como operário em uma
fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho
fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da vida; depois foi servente de
cozinha no bar de Claudovino Rocha; caixeiro no armazém de Felizardo Sobrinho e
aposentou como inspetor agrícola na Fazenda Modelo, onde trabalhou de 1930 até
ao final dos anos 1950. Hoje, a Fazenda Modelo tornou-se o Espaço Cultural
Chico Xavier.
Em 1924 terminou o curso primário e nunca mais voltou a estudar.
Em 1924 terminou o curso primário e nunca mais voltou a estudar.
Quando ele estava com 17
anos sua madrasta desencarnou e ele começou a estudar o Espiritismo.
Sofria com doença complexa
nas vistas: o deslocamento do cristalino e estrabismo. Sofreu crises de angina
e dois enfartes.
Em 1931 teve o primeiro
contato com Emmanuel e publicou o primeiro livro "Parnaso de Além
Túmulo".
Psicografou mais de
quatrocentos livros, e nunca admitiu ser o autor de nenhuma obra. Pois insistia
dizer que reproduzia o que os espíritos ditavam.
Nunca aceitou o dinheiro
lucrado com a venda de seus livros, doando os direitos autorais para
instituições espíritas.
A venda dos livros ajudava
e ainda ajuda pessoas necessitadas.
O seu nome foi muito
conhecido no Brasil, por sua humanidade e assistência ao próximo.
Chico dizia que gostaria de desencarnar no dia em que o povo brasileiro estivesse feliz. Seu pedido foi atendido. Ele desencarnou em 2002 já com 92 anos de idade no dia em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo. Merecimento por tantos anos de dedicação a causa espírita cristã. Pensou até o último instante na dor alheia e mostrou mais um ato de humildade. Não queria a atenção só para si.
Chico dizia que gostaria de desencarnar no dia em que o povo brasileiro estivesse feliz. Seu pedido foi atendido. Ele desencarnou em 2002 já com 92 anos de idade no dia em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo. Merecimento por tantos anos de dedicação a causa espírita cristã. Pensou até o último instante na dor alheia e mostrou mais um ato de humildade. Não queria a atenção só para si.
O ÓBVIO -
Chico Xavier
Certa vez, um amigo abordou o médium Chico Xavier e
lhe perguntou:
- Chico, em sua opinião, qual é o homem mais rico?
- Para mim, - respondeu ele, - o homem mais rico é
o que tenha menos necessidades.
Arriscando nova pergunta, o companheiro quis saber:
- E o homem mais justo e sábio?
Com o fraterno sorriso de sempre, ele voltou a
responder:
- O homem mais justo e sábio é o que cumpre com o
dever.
- Mas – voltou a insistir o homem, certamente
querendo uma resposta ou revelação diferente – o que você está me dizendo é o
óbvio!
Sem parar o que estava fazendo e, com a
espontaneidade de sempre, Chico terminou dizendo:
- Meu filho, tudo que está no Evangelho é o óbvio!
Não existem segredos nem mistérios para a salvação da alma. Nada mais óbvio que
a verdade! O nosso problema é justamente este: QUEREMOS ALCANÇAR O CÉU, VIVENDO FORA DO ÓBVIO NA TERRA!
O querido médium da paz, na sua humildade de
sempre, mostrou excelsa sabedoria ao apontar uma característica humana dos dias
atuais: a de complicar o que é extremamente simples.
Assim criamos fórmulas, palavras mágicas, receitas
e esquemas mil, para entender o que sempre esteve tão claro nas palavras do
Evangelho.
Por vezes,
parece que a fuga do óbvio é fuga da responsabilidade.
Responsabilidade de quem já sabe o que deve fazer,
de quem já tem o conhecimento, mas deixa a ação, a mudança, a renovação sempre
para amanhã.
Por que
relutamos tanto em entender o óbvio? Será entendimento o que falta? Acreditamos
que não. Nossa geração já tem entendimento e inteligência suficientes.
O que falta é o movimento interior da mudança, de
deixar as paixões negativas para trás.
Viver de acordo com as lições de um mestre, como
Jesus, não é ser fanático religioso, extremista e cego. Não, de forma alguma. O
verdadeiro cristão é discreto, porém atuante e firme nas ações.
Não enxerguemos Jesus como um santo, inatingível,
que serve apenas para ser adorado. Já passamos desse tempo.
Hoje é tempo de vê-lO como um exemplo, um
referencial, num mundo onde as referências são tão pueris.
A lição do Evangelho é o óbvio. O óbvio tão
necessário para acalmar nossas almas angustiadas com as incertezas do mundo.
É via segura à nossa frente, conduzindo à tão sonhada
felicidade.
Redação do
Momento Espírita
A SOPA -
reflexão
Uma pessoa
que, ao observar os necessitados tomando sopa, perguntou para Chico Xavier:
- O senhor acha que um prato de sopa vai
resolver o problema da fome no mundo?
Chico, sem
titubear respondeu:
- O banho também não resolve o problema da
higiene no mundo, mas nem por isso podemos dispensá- lo.
Emmanuel aconselha na mensagem
"Crítica e Serviço":
"Se muitos companheiros estão
vigiando os teus gestos procurando o ponto fraco para criticarem, outros muitos
estão fixando ansiosamente o caminho em que surgirás, conduzindo até eles a
migalha do socorro de que necessitam para sobreviver.
É impossível não saibas quais deles
formam o grupo de trabalho em que Jesus te espera."
Observação
de Rudymara: Uns vigiam nossos gestos para
criticar, outros nos aguardam para receber a migalha que levamos para eles e
que necessitam para sobreviver. Que grupo Jesus espera que façamos
parte? O grupo que trabalha ou o que critica?
CHICO XAVIER
E O HOMEM ASSALTADO
Certa vez, bateu na porta humilde da casa de Chico
Xavier um sujeito pouco conhecido na cidade. Mas o nome do Chico já havia
decolado, o sujeito descobriu onde ele morava e foi direto pra lá. Era três
horas da madrugada e ele dando murros na porta acordando a casa inteira. Quando
ele foi atender, deparou-se com um cara todo rasgado, machucado, cheio de hamatomas...
Daí ele disse ao sujeito:
- Pois não!- O senhor é o Chico Xavier??
- Sim, sou...- Chico, aconteceu uma desgraça! Fui
assaltado...
- Puxa, mas que bom...- Acho que o senhor não
entendeu, eu estou dizendo que fui assaltado e ainda quebraram a minha cara.
- Meu Deus, que ótimo...- Escuta aqui senhor Chico
Xavier, eu estou dizendo que fui assaltado, que quebraram a minha cara, levaram
meus documentos e dinheiro, aliás levaram tudinho. E o senhor fica
debochando???? Não esperava isso do senhor não...
- Eu não estou debochando! É que você não se deu
conta de uma coisa: Agora quem vai ter que pagar o mal que fez é o ladrão
espancador e não você!!! Você está isento de culpa. Deus sempre sabe o que
faz...
Sabe-se que o cara, abaixou a cabeça em pose
reflexiva e nunca mais apareceu.
Observação: Culpa de
que? Todos temos débito com a lei divina. Talvez o homem assaltado tenha
sido um assaltante no passado. E o ocorrido tenha quitado seu débito. O
assaltante não nasceu para assaltar alguém, mas como ele resolveu cometer este
ato, ou seja, usou mal seu livre arbítrio, o homem assaltado foi impelido
a passar no local para que pudesse ressarcir o débito. No livro "E a vida
continua . . ." de André Luiz, o benfeitor Ribas esclareceu:
"Somos mecanicamente impelidos para pessoas e circunstâncias que se afinem
conosco ou com os nossos problemas." A Lei de Causa e Efeito é uma legislação
criada por Deus, que tem a finalidade de manter a justiça perfeita no Universo.
É infalível, justa e perfeita porque, não sendo de origem humana, mas sim
divina, é isenta de falibilidade, imperfeição e corrupção. A execução
dessa lei é administrada por espíritos das mais altas hierarquias, sabedorias e
competência. E Jesus a ensinou, afirmando: "A cada um será dado segundo as
suas obras." (Mt 16:27)
Aparecimento dos efeitos: O retorno de uma ação,
boa ou má, o aparecimento dos seus efeitos pode se dar:
- de imediato: pratica-se um ato e, logo, a curto
prazo ou um pouco mais tarde, recebe-se a conseqüência, a reação, mas ainda
dentro desta encarnação;
- após a morte: às vezes, o efeito do que fizemos
como encarnados somente aparece na vida espiritual;
- na reencarnação: o que fizemos numa existência
pode vir a se refletir em outra de nossas vidas, em outra reencarnação.
Assim, certas falhas (que não parecem punidas nesta
vida) e certas virtudes (que não parecem recompensadas) terão certamente os
seus efeitos; se não for nesta vida, o será na vida espiritual ou em nova
existência corpórea.
BATISMO E CHICO XAVIER
Cezar Carneiro de Souza, no seu livro
“Encontros com Chico Xavier”, editado pela Editora e Livraria do Centro
Espírita Aurélio Agostinho, de Uberaba, Minas Gerais conta que, muitas mães,
agradecidas pela assistência recebida e pelo carinho que devotavam ao nosso
estimado amigo Chico Xavier, pediam que este aceitasse ser padrinho de batismo
de seus filhos. E numa dessas ocasiões, Cezar estava ao lado de Chico quando
este explicou com muito respeito que no Espiritismo não existem tais
cerimônias, e concluiu:
- Mas a senhora me dá o nome da criança
e dos pais, que irei ao cartório para registrá-la. Ficarei, assim, sendo seu
padrinho espiritual...
O QUE PRETENDIA JOÃO COM O BATISMO?
Além de anunciar a vindo do Cristo,
João pretendia com o ato simbólico do batismo no rio Jordão, ressaltar ser
indispensável o arrependimento, o reconhecimento dos deslizes do passado, para
receber as bênçãos que o mensageiro divino traria. A imersão era precedida de
uma confissão pública e da profissão de fé do iniciado, que se dispunha à
renovação, combatendo as próprias fraquezas. É o que fica evidente, em
passagens como estas: “Arrependei-vos, fazei penitência, porque é chegado o
reino dos céus”; “Eu na verdade, vos batizo com água para vos trazer à
penitência; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas
alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo e com o
fogo”. Aqui, João deixa claro que, Jesus batizaria as pessoas não mais com
água, mas com o Espírito Santo e com o Fogo.
MAS O QUE É O BATISMO COM FOGO E COM O
ESPÍRITO SANTO?
Batismo de fogo é o esforço de vencermos nossos instintos e hábitos inferiores, procurando praticarmos o bem. Este esforço é uma luta dentro de nós e em meio a tudo e a todos. E o batismo com o Espírito Santo é a sintonia com os benfeitores do plano invisível, através de manifestações mediúnicas ostensivas (ver, ouvir, etc., os desencarnados) ou sutis (pressentir, intuir, etc.). Os discípulos receberam um magnífico Batismo do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, quando os Espíritos do Senhor se manifestaram através deles, em diversos idiomas, aos habitantes e visitantes de Jerusalém (Atos, cap.2).
Batismo de fogo é o esforço de vencermos nossos instintos e hábitos inferiores, procurando praticarmos o bem. Este esforço é uma luta dentro de nós e em meio a tudo e a todos. E o batismo com o Espírito Santo é a sintonia com os benfeitores do plano invisível, através de manifestações mediúnicas ostensivas (ver, ouvir, etc., os desencarnados) ou sutis (pressentir, intuir, etc.). Os discípulos receberam um magnífico Batismo do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, quando os Espíritos do Senhor se manifestaram através deles, em diversos idiomas, aos habitantes e visitantes de Jerusalém (Atos, cap.2).
Então, para os espíritas, o batismo,
foi tão somente um divisor de águas, o marco de uma vida nova. Disse Emmanuel
que: "A renovação da alma pertence àqueles que ouviram os ensinamentos
do Mestre Divino, e que exercitam através da prática. Pois, muitos recebem notícias
do Evangelho, todos os dias, mas somente os que ouvem e praticam estarão
transformados." E como disse Allan Kardec: “Reconhece-se o
espírita, pelo esforço que ele faz para melhorar-se”; “O espírita deve ser hoje
melhor do que foi ontem, e ser amanhã melhor do que foi hoje.” Este deve
ser o batismo de fogo dos espíritas.
Compilação de Rudymara
PERGUNTAS INÚTEIS SOBRE JESUS - Chico Xavier
Certa vez, alguém perguntou a Chico Xavier,
sobre o que os Espíritos dizem a respeito da natureza do corpo de Jesus, ele
respondeu:
- Jesus é como o Sol num dia de céu azul, e nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O que é importante saber, e discutir, é sobre os seus ensinamentos e sua Vivência Gloriosa.
De fato, a Humanidade tem deixado de lado os Ensinamentos Morais do Cristo, para discutir coisas que em nada nos modifica as disposições interiores. Exemplo: como é a natureza do corpo de Jesus, como Ele conseguiu ficar quarenta dias com os apóstolos, o que foi feito de seu corpo após a ressurreição, qual sua aparência física, etc. Somos ainda pequeninos “palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia”, e distantes nos encontramos de absorvermos todas as verdades contidas no Universo, para nos determos nestas questões que a muitos ainda confundem.
Certamente, vivenciando seus ensinamentos e crescendo em Espírito e Verdade, futuramente teremos condições de apreender todo este conhecimento por processos naturais(...)
(Maria T Compri no livro Evangelho no Lar, capítulo
IV)
POR QUE
CHICO XAVIER MUDOU DE NOME?
Uma influente autoridade religiosa de Belo
Horizonte implicou com os Xavier, principalmente com o Chico Xavier, cujo nome
começava a se projetar junto com as suas obras mediúnicas.
Escrevendo para o Sr. Rômulo Joviano, o chefe da
Fazenda Modelo, onde Chico trabalhava, aquela autoridade exigia que o Chico
fosse despedido do trabalho.
O assunto era sério e precisava ser solucionado. àquela época, por decreto do presidente
O assunto era sério e precisava ser solucionado. àquela época, por decreto do presidente
Getúlio Vargas, todo brasileiro que ainda não se houvesse
registrado, poderia fazê-lo, gratuitamente, por um período de 5 anos.
Pensando no problema, o Sr. Rômulo propôs a Chico
registrar-se novamente, porque assim ele forneceria à dita autoridade religiosa
de Belo Horizonte uma nova relação dos funcionários da Fazenda Modelo, em Pedro
Leopoldo, esclarecendo que não havia mais nenhum Xavier na repartição e que
suas “ordens” tinham sido cumprida à risca.
Chico concordou e assim foi feito.
Chico concordou e assim foi feito.
Olhando no calendário, o Sr. Rômulo observou que o
dia 2 de abril, data de aniversário do Chico, era consagrado à São Francisco de
Paula e sugeriu que, para Chico não deixar de ser Chico, ao invés de Francisco
Cândido Xavier ele passasse a assinar Francisco de Paula Cândido. Assim ele
continuaria a ser Chico e “Cândido”, como sempre o fora.
A providência inteligente do Sr. Rômulo, que era um homem enérgico, mas muito humano, evitou que Chico perdesse o emprego numa época em que ele tratava de 14 pessoas em sua casa, entre as quais um sobrinho paralítico de nome Emmanuel Luiz, filho de José.
A providência inteligente do Sr. Rômulo, que era um homem enérgico, mas muito humano, evitou que Chico perdesse o emprego numa época em que ele tratava de 14 pessoas em sua casa, entre as quais um sobrinho paralítico de nome Emmanuel Luiz, filho de José.
A autoridade religiosa se acalmou, recebendo a
merecida lição, e o Chico continuou a trabalhar recolhendo-se à paz de
temporário anonimato.
Em 2 de abril de 1910 nascia Chico Xavier.
Um homem que passou muitas humilhações, mas nunca
revidou uma agressão ou sentiu ódio e rancor.
Em seu coração só cabia perdão, humildade,
caridade, tolerância, enfim, todo sentimento que deriva do AMOR.
Jesus profetizou dizendo aos seus apóstolos:
"se me perseguiram, também perseguirão vocês. Se obedecerem a minha
palavra, também obedecerão a de vocês."
Jesus sabia que depois de sua partida, seus
discípulos seriam perseguidos. Mas, alertou dizendo que, se eles fizessem o que
pregassem as pessoas os respeitariam. Foi o que aconteceu com o apóstolo Chico
Xavier. O que ele pregava ele vivia. Ele não foi cristão só no rótulo, mas
principalmente nas atitudes. Por isso, muitos o respeitavam e respeitam, até
mesmo pessoas de outras religiões.
Esta é nossa singela homenagem nesta data onde
lembramos seu nascimento.
O HOMEM DOS VINTE CONTOS
Um amigo de Belo Horizonte
disse, um dia, ao Chico:
—
Tenho ido ao Centro “LUIZ GONZAGA”, sempre que me é possível, e, nas preces,
tenho rogado a Loteria.
E vendo a estranheza do
Médium acentuou:
—
Se eu ganhar,darei ao “LUIZ GONZAGA” vinte contos.
Os dias correram e o homem
ganhou a sorte grande. Duzentos mil cruzeiros.
Quando isso aconteceu,
sumiu de Pedro Leopoldo…
Se via o Chico por Belo
Horizonte, evitava-lhe a presença.
—
Imaginem! — costumava dizer na prosperidade crescente que o Céu
lhe concedera — em minha ingenuidade,
prometi uma dádiva a um Centro Espírita, se melhorasse de sorte! Quanta asneira
falamos sem perceber!
Catorze anos rolaram e o
homem da sorte grande morreu… Passados alguns dias, apareceu, em espírito, numa
das sessões do “Centro Espírita LUIZ GONZAGA”.
—
Chico! Chico! — disse ao Médium, buscando abraçá-lo, — preciso pagar a minha dívida! Estou devendo
vinte contos ao “LUIZ GONZAGA” e vou trazer o dinheiro…
—
Acalme-se, meu amigo, agora é tarde — respondeu o Médium, — o câmbio mudou para você. Não se preocupe.
A sua fortuna está em outras mãos.
—
Por que? Nada disso… O dinheiro é meu…
—
Já foi, meu irmão! Você está desencarnado.
A entidade gritou… gritou…
e acabou perguntando em lágrimas:
—
E, agora, que fazer?
Mas o Chico lhe respondeu:
—
Esqueça-se da Terra, meu amigo. Nós todos somos devedores de Jesus. Paguemos a
Jesus nossas contas e tudo estará bem. Amparado pelos benfeitores espirituais
da casa, o homem dos vinte contos, já desencarnado, retirou-se chorando.
CHICO XAVIER E O VERME
Um confrade entusiasta elogiava o Chico à
queima-roupa, ao fim de movimentada sessão pública, e o Médium desapontado,
exclamou:
— Não me elogie desta maneira. Isso é desconcertante. Não passo de um verme neste mundo.
— Não me elogie desta maneira. Isso é desconcertante. Não passo de um verme neste mundo.
Emmanuel, junto dele, ouvindo a afirmação,
falou-lhe paternal:
— O verme é um excelente funcionário da Lei, preparando o êxito da sementeira pelo trabalho constante no solo e funciona, ativo, na transmutação dos detritos da terra, com extrema fidelidade ao papel de humilde e valioso servidor da natureza... Não insulte o verme, pois, comparando-se a ele, porquanto muito nos cabe ainda aprender para sermos fiéis a Deus, na posição evolutiva que já conseguimos alcançar...
O Médium transmitiu aos circunstantes o ensinamento que recebeu, ensinamento esse que tem sido igualmente assunto de interesse em nossas meditações.
— O verme é um excelente funcionário da Lei, preparando o êxito da sementeira pelo trabalho constante no solo e funciona, ativo, na transmutação dos detritos da terra, com extrema fidelidade ao papel de humilde e valioso servidor da natureza... Não insulte o verme, pois, comparando-se a ele, porquanto muito nos cabe ainda aprender para sermos fiéis a Deus, na posição evolutiva que já conseguimos alcançar...
O Médium transmitiu aos circunstantes o ensinamento que recebeu, ensinamento esse que tem sido igualmente assunto de interesse em nossas meditações.
Do livro: Lindos casos de Chico Xavier
CHICO
E A MALEDICÊNCIA ESPÍRITA
No início da década de 30,
quando Chico, em casa, efetuava a revisão de algumas páginas mediúnicas que
seriam inseridas no livro “Parnaso de Além-Túmulo, ele começou a sentir, de
inesperado, no olho esquerdo, o problema que haveria de acompanhá-lo a vida
inteira.
Tendo ficado com a visão
prejudicada e sofrendo muitas dores, inclusive acompanhadas de constantes
hemorragias, o médium resolveu consultar um especialista, em Belo Horizonte, o
qual, à época, diagnosticou uma espécie de catarata inoperável, com o
prognóstico de que, muito provavelmente, ficaria cego daquele olho, ainda com o
risco de que o direito também se comprometesse.
Então, por orientação do
mesmo oftalmologista, Chico, periodicamente, passou a freqüentar o consultório
em Belo Horizonte, com a finalidade de receber tratamento preventivo,
consistindo na aplicação, diretamente no olho esquerdo, de injeções de
corticóide.
As dores, segundo ele,
eram terríveis! Repercutiam por toda a cabeça, e, quando se faziam acompanhar
por crises hemorrágicas, ele praticamente ficava impedido de caminhar sozinho,
quanto mais de pegar o trem na estação ferroviária de Pedro Leopoldo e
dirigir-se à capital do Estado.
Então, uma de suas irmãs
se ofereceu para acompanhá-lo ao consultório do médico, localizado numa das
avenidas mais movimentadas de Belo Horizonte. Quando desciam do trem, Chico
dava o braço à irmã e, quase guiado por ela, os dois seguiam a pé, entrando,
depois de percorrido determinado trecho, num pequeno prédio de dois ou três
andares.
O tempo correu e, certo
dia, o médium estava numa das reuniões semanais do Centro Espírita “Luiz
Gonzaga”, em Pedro Leopoldo, quando já quase no encerramento, foi interpelado
por um grupo de espíritas da Capital Mineira. Rodeado pelos demais, um deles,
que Chico preferiu deixar em piedoso anonimato, tomou a palavra e disse-lhe sem
rodeios:
—
Chico, nós estamos aqui para lhe fazer uma fraterna advertência. Você tem sido
visto, praticamente toda semana, em Belo Horizonte, em atitude suspeita e de
muita intimidade com uma mulher, que sequer sabemos se é casada, ou não! Está
certo que você é solteiro, mas o que está acontecendo não fica bem para a sua
condição de médium. Em plena luz do dia, você trocando sorrisos com uma mulher
e, de braços dados com ela, entrando num prédio de movimentada avenida!...
Dizem que você, quando sai de lá, depois de quase duas horas, certamente para
não ser reconhecido, tenta esconder o rosto com um lenço!
Constrangido com a
situação, o jovem Chico, com pouco mais de 20 anos de idade, deixou que os
confrades falassem à vontade, dando ao fato a interpretação e o colorido que só
a maledicência humana sabe dar quando deseja.
Quando, por fim,
terminaram, alguns deles fazendo girar nas mãos, pela aba, os chapéus bem
cuidados, imaginando terem-se desincumbido de um alto dever que lhes fora,
quiçá, conferido pela Espiritualidade Superior, ouviram o médium dizer-lhes,
candidamente:
—
Meus irmãos, eu creio estar havendo um engano. O prédio a que vocês se referem
é onde fica o consultório do oftalmologista que se ofereceu para tratar, de
graça, deste meu olho esquerdo, do qual, de algum tempo para cá, estou ficando
cego. A senhora que lhes disseram andar de braços dados com muita intimidade
comigo, é simplesmente minha irmã, que me guia como alguém que guia um cego
pela rua. Quanto ao lenço com o qual eu cubro o rosto,um deles é este aqui –
disse, retirando do bolso da calça um lenço todo amarrotado e manchado de
sangue! –, porque, depois das aplicações com as injeções de corticóide
diretamente no olho, as hemorragias pioram muito. De modo que eu não sei do que
os senhores estão falando...
Carlos A. Baccelli
COMO É A NOSSA FÉ?
Certa vez, Chico Xavier chegou ao
Centro Espírita e viu uma multidão na porta. Ele perguntou:
- O que estas pessoas querem?
- Eles vieram buscar passe. - respondeu um trabalhador da casa.
Chico respondeu:
Chico respondeu:
- Eles não precisam de passe, precisam
de "pá".
Os ensinamentos de Jesus pedem "pá",
ou seja, trabalho no campo do espírito: sacrifício, renúncia, esforço,
força de vontade, transformação moral, atitude ...
Precisamos aprender a não olhar para
Deus e Jesus somente com interesse de pedir-lhes algo. Deveríamos nos
desvincular da idéia de que frequentando uma casa religiosa e realizando liturgias,
rituais, dogmas e pagando o dízimo já estamos agradando Deus. Por pensar
assim, séculos de evolução foram perdidos. Pois, dentro da casa religiosa
muitos seguem as exigências dos religiosos e fora dela transgridem as leis de
Deus por acharem que já cumpriram sua obrigação dentro dela. Se cada vez que
saíssemos de uma casa religiosa nos comprometêssemos, com nós mesmos, a
praticar uma boa ação naquela semana, em nosso favor e/ou a favor do próximo,
já estaríamos entendendo o propósito da vinda do Cristo à Terra. Em nosso favor
é deixar de reclamar, cultivar bons pensamentos, boas palavras, boas atitudes,
deixar de fazer comentários maldosos e humilhantes de alguém, é perdoar ou
relevar uma ofensa, é diminuir ou eliminar o cigarro, a bebida alcoólica, é
cuidar do corpo físico, etc. E em favor do próximo significa fazer o bem a
alguém. Mas, infelizmente, muitas pessoas só buscam o centro espírita para
solucionar problemas, para pedir algo, sendo que o Espiritismo explica a causa
dos problemas, a necessidade da transformação moral, da prática da caridade com
o próximo e com nós mesmos, etc. Querem atacar as causas de suas dores e
aflições ao invés de atacarem os efeitos. É preciso agir na prevenção.
Enfim, busquemos Jesus para aprender seus ensinamentos para colocá-los em
prática onde estivermos. Porque Ele deixou bem claro que: “a fé sem obras é
morta”, ou seja, acreditar Nele e não fazer o que Ele pediu é inútil.
Então perguntemos: "Como é a nossa fé?" "Com ou sem
obras?" Pensemos nisso!
Rudymara
VÁ COM DEUS
Eram oito horas da manhã de um sábado
de maio. Chico levantara-se apressado. Dormira demais. Trabalhara muito na véspera,
psicografando uma obra erudita de Emmanuel.
Não esperara a charrete. Fora mesmo a pé para o escritório da Fazenda.
Não esperara a charrete. Fora mesmo a pé para o escritório da Fazenda.
Não andava, voava, tão velozmente
caminhava.
Ao passar defronte à casa de D. Alice,
esta o chama:
- Chico, estou esperando-o desde as
seis horas. Desejo-lhe uma explicação.
- Estou muito atrasado, D. Alice. Logo
na hora do almoço lhe atenderei.
D. Alice fica triste e olha o irmão,
que retomara os passos ligeiros a caminho do serviço.
Um pouco adiante, Emmanuel lhe diz:
- Volte, Chico, atende à irmã Alice.
Gastará apenas cinco minutos, que não irão prejudica-lo.
Chico volta e atende.
- Sabia que você voltava, conheço seu
coração.
E pede-lhe explicação como tomar
determinado remédio homeopático que o caroável
Dr. Bezerra de Menezes lhe receitara,
por intermédio do abnegado Médium.
Atendida, toda se alegra. E
despedindo-se:
- Obrigada, Chico. Deus lhe pague! Vá
com Deus!
Chico parte apressado. Quer recobrar os
minutos perdidos.
Quando andara uns cem metros, Emmanuel,
sempre amoroso, lhe pede:
- Pare um pouco e olhe para trás e veja
o que está saindo dos lábios de D.Alice e caminhando para você.
Chico para e olha: uma massa branca de
fluídos luminosos sai da boca da irmã atendida e encaminha-se para ele e
entra-lhe no corpo...
- Viu, Chico, o resultado que obtemos
quando somos serviçais, quando
possibilitamos a alegria cristã aos nossos irmãos?
possibilitamos a alegria cristã aos nossos irmãos?
E concluiu: - Imagine se, ao invés de
VÁ COM DEUS, dissesse, magoada, "vá com o
diabo". Dos seus lábios estariam saindo coisas diferentes, como cinzas, ciscos, algo pior...
E Chico, andando agora naturalmente, sem receio de perder o dia, sorri satisfeito com a lição recebida. Entendendo em tudo e por tudo o SERVIÇO DO SENHOR, refletindo nos menores gestos, com os nomes de Gentileza, Tolerância, Afabilidade, Doçura, Amor.
Extraído do livro "Lindos Casos de Chico Xavier" de Ramiro Gama
Caridade e Mudança de Vida
diabo". Dos seus lábios estariam saindo coisas diferentes, como cinzas, ciscos, algo pior...
E Chico, andando agora naturalmente, sem receio de perder o dia, sorri satisfeito com a lição recebida. Entendendo em tudo e por tudo o SERVIÇO DO SENHOR, refletindo nos menores gestos, com os nomes de Gentileza, Tolerância, Afabilidade, Doçura, Amor.
Extraído do livro "Lindos Casos de Chico Xavier" de Ramiro Gama
Caridade e Mudança de Vida
Em
1928, um mendigo cego sofreu um acidente ao cair de um viaduto, numa altura de
quatro metros, e foi levado por algumas pessoas até o centro Luiz Gonzaga para
que lhe dessem ajuda. Chico fez o que pôde pelo pobre homem, ajudando-o à noite
(o período em que tinha tempo para isso). Apesar da assistência dada pelo
médium, o acidentado precisava de cuidados durante o dia. Assim, Chico publicou
uma nota no jornal semanal de Pedro Leopoldo pedindo ajuda, independentemente
de serem católicos, espíritas ou ateus. Seis dias depois, surgiram no local
duas conhecidas meretrizes da cidade, dizendo que tinham lido o pedido e
estavam dispostas a ajudar. E o fizeram, ficando durante o dia com o enfermo e
saindo quando Chico retornava. Antes de irem embora, oravam com ele. O cego
ficou melhor depois de um mês e, quando Chico terminou uma oração de
agradecimento, os quatro choraram, e uma das mulheres disse a ele que a prece
havia modificado suas vidas. As duas estavam se mudando para Belo Horizonte
para trabalhar. Uma foi trabalhar numa tinturaria, e a outra se tornou enfermeira.
Água da Paz
Uma das histórias mais conhecidas a respeito de
Chico é a da Água da Paz. Dizem que era muito comum, antes de se iniciarem as
sessões no centro espírita Luiz Gonzaga, ocorrerem algumas discussões a
respeito de mediunidade, especialmente provocadas por pessoas pouco
esclarecidas sobre o assunto. Essa situação começou a provocar certa irritação
em Chico, que tentava explicar o que acontecia, mas nem sempre era
compreendido.
Num dos momentos de irritação, sua mãe apareceu a
ele mais uma vez e ensinou-lhe uma forma simples para acabar com essa situação.
“Para terminar suas inquietações”, ela falou, “use a Água da Paz”. Chico ficou
contente com a solução e começou a procurar o medicamento nas farmácias de
Pedro Leopoldo – sem sucesso. Procurou em Belo Horizonte, e nada. Duas semanas
depois, ele contou à mãe que não estava encontrando a Água da Paz, ao que ela
lhe disse: “Não precisa viajar para procurar. Você pode conseguir o remédio em
casa mesmo. Quando alguém lhe provocar irritações, pegue um copo de água do
pote, beba um pouco e conserve o resto na boca. Não jogue fora nem engula.
Enquanto durar a tentação de responder, deixe-a banhando a língua. Esta é a
água da paz”. Chico entendeu o conselho, percebendo que havia recebido mais uma
lição de humildade e silêncio.
Espíritos Brincalhões
Um caso bem-humorado era contado pelo próprio
Chico, envolvendo um estudioso da doutrina, de Uberlândia que tinha o hábito de
abrir O Evangelho Segundo o Espiritismo para encontrar as orientações
adequadas, sempre que sentia necessidade – uma prática comum entre muitos
espíritas. Certo dia, quando se encontrava em sua chácara, uma tempestade
violentíssima desabou sobre a cidade, com muitos raios e relâmpagos, assustando
a todos. Um raio caiu bem próximo de onde ele e outras pessoas se encontravam,
chegando a matar um gato. O homem reuniu os parentes, avisando que o pior não
tinha acontecido graças à proteção dos espíritos, e pegou o Evangelho,
abrindo-o numa página ao acaso. A mensagem que leu começava assim: “Se fosse um
homem de bem, teria morrido...” Foi o que bastou para que todos, apesar do
clima de meditação, caíssem na gargalhada. Diz-se que os próprios espíritos
providenciaram a brincadeira.
Pagamento na Hora Certa
Quando José – irmão de Chico que dirigia as sessões
do centro – morreu, Chico ficou com a tarefa de cuidar da família e, além
disso, também de uma dívida deixada pelo irmão referente a uma conta de luz, no
valor de onze cruzeiros. Na época, a quantia era elevada para Chico, cujo
ordenado mal dava para as necessidades básicas. Quando pensava em como faria
para pagar a dívida, Emmanuel lhe disse para não se preocupar e esperar.
Algumas horas depois, alguém bateu à porta. Chico atendeu e viu um senhor da
roça que lhe disse ter sabido da morte de seu irmão José, e que estava ali para
pagar uma dívida que tinha com ele, de uma bainha para faca que José havia
feito para ele há tempos. O homem lhe deu um envelope e se foi. Quando Chico
abriu, encontrou a quantia exata de onze cruzeiros.
A horta educativa
Quando
dona Cidalia reuniu os filhos menores de dona Maria João de Deus, observou que
eles precisavam do grupo escolar. O senhor João Cândido Xavier, pai de numerosa
família, foi consultado.
Entretanto,
a situação era difícil. 1918, a época a que nos referimos, marcara a passagem
da gripe espanhola.
Tudo
era crise, embaraço... E o salário, no fim do mês, dava escassamente para o
necessário.
Não
havia dinheiro para cadernos, lápis e livros. A madrasta, alma generosa e
amiga, chamou o enteado e lembrou:
- Chico, vocês precisam ir á escola. E como não há
recurso para isso, vamos plantar uma horta.
Adubaremos
a terra, plantarei os legumes e você fará a venda na rua... Com o resultado, espero
que tudo dê certo...
- A senhora pode contar comigo, - prometeu o menino.
A
horta foi plantada.
Em
algumas semanas, Chico já podia sair á rua com o cesto de verduras.
- Olhe a couve, a alface! Almeirão e repolho! E o
povo comprava.
Cada
molho de couve ou cada repolho valia um tostão.
Dona
Cidalia guardava o produto financeiro num cofre.
Em
dezembro de 1918, já haviam ajuntado trinta e dois cruzeiros.
Quando
abriram o cofre, dona Cidalia, feliz, falou para o enteado:
- Você está vendo o valor do serviço? Agora vocês
já podem freqüentar as aulas do grupo.
E
foi assim que, em janeiro de 1919, Chico Xavier começou o ABC.
O Benzedor
de Cobras
|
Quando o Chico estava na Comunhão Espírita Cristã, certo casal de
jovens fazendeiros aproximou-se dele em público, buscando orientação tal,
que, de primeiro momento, nos pareceu infantil, mas trazendo-nos, ao
contrário, interessantes ensinamentos.
- Procuramos o senhor, porque estamos apavorados.
Em nossas terras, em Ituiutaba, existe grande quantidade de cobras cascavel.
Meu pai já foi ofendido sete vezes! Por sorte, ele não morreu... Está agora
hospitalizado, em estado grave. Por isso viemos aqui.
Estimulado pela atenção que lhe era dispensada, prosseguiu:
- Será que não existe um jeito de espantar essas
cobras? Nós já perdemos muitas reses e cavalos, picados por elas. Lá na fazenda,
nós corremos sérios riscos...
O jovem, aguardando a resposta do médium, mal sabia do espanto que nos
causava tal solicitação, mas o Chico, mostrando entender com naturalidade o
drama exposto, respondeu:
- Coloquem nitrato de prata, aos montinhos, nos
lugares mais comuns onde as cobras costumam aparecer. Isto, às vezes, dá
resultado. Mas se não adiantar...(vimos, então, o médium de Pedro Leopoldo
aprumar-se, num gesto muito seu, sorridente, observando-nos surpresos)
procurem um benzedor!
- Alguém pode não acreditar - continuou - mas eu, que sou do interior de Minas Gerais, conheço inúmeros casos
que deram bons resultados com a benzedura. Vocês vão encontrar algum -
asseverou - Levem-no à fazenda. Mesmo se ele cobrar, paguem o que ele pedir.
Quando ele fizer suas orações, as cobras irão embora.
”Como é que isso pode acontecer?” pergunta alguém.
- O benzedor, naturalmente é médium de fluidos
materializantes. E, quando ele fizer suas orações, os espíritos que cuidam da
Natureza utilizarão esses fluidos, tocando as cobras dali para uma região de
menos perigo.
Percebendo, talvez, que desejariam pedir-lhe que fosse fazer tais
orações na fazenda, antecipou bem humorado:
- Mas se o Chico Xavier for lá,
não adiantará nada: elas não irão embora... A minha tarefa é com os livros!
|
José Silvério Horta - Chico Xavier
Pai Nosso, que estás nos Céus
Na luz dos sóis infinitos,
Pai de todos os aflitos
Neste mundo de escarcéus.
Santificado, Senhor,
Seja o Teu nome sublime,
Que em todo Universo exprime
Concórdia, ternura e amor.
Venha ao nosso coração,
O teu reino de bondade,
De paz e de claridade
Na estrada redenção.
Cumpre-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra.
Nos Céus, como em toda a Terra
De luta e de sofrimento.
Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão no caminho,
Feito de luz, no carinho
Do pão espiritual.
Perdoa-nos, meu Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniqüidade e de dor.
Auxilia-nos também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar aos nossos irmãos
Que vivem longe do bem.
Com a proteção de Jesus
Livra a nossa alma do erro,
Neste mundo de desterro,
Distante da vossa luz.
Que a nossa ideal igreja,
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade
Do vosso amor ...
Assim seja.
Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido
Xavier, ditada pelo Espírito Monsenhor José Silvério Horta, constante do livro
"Parnaso de Além-Túmulo,(12ª Ed. - FEB).
O
VENTO - Chico Xavier
Certa vez, uma senhora foi até Uberaba e lá, diante do Chico, começou a se queixar de que não conseguia nada do que precisava, mesmo trabalhando na Doutrina e orando dia e noite.
Ao ouvir suas queixas,
Chico lhe disse:
- Quando a gente tem fé,
quando confia, eles ajudam, minha filha!
Uma vez, em Pedro Leopoldo , eu ensinava catecismo às crianças, mas, um dia, me proibiram.
Uma vez, em Pedro Leopoldo , eu ensinava catecismo às crianças, mas, um dia, me proibiram.
Eu ensinava catecismo para
quarenta crianças... e fui proibido porque me tornara espírita. Fiquei em casa.
Mas as crianças queriam o
tio Chico...
Então as famílias levaram
as crianças lá em casa.
E eu fiquei com muita
pena, porque na igreja elas tinham lanche. Já eram duas horas e eu só tinha
água e uns pedacinhos de pão em casa.
Eram quarenta crianças...
Como eu iria alimentar aquelas crianças?
Eu fiz uma prece e pedi a
Deus que me ajudasse, porque elas não podiam ficar sem comer.
Como é que eu iria fazer?
Estávamos embaixo de uma
árvore.
E, então, um vento muito
estranho começou a balançar as folhas da árvore.
O vento uivava entre os
galhos daquela árvore.
Uma vizinha saiu e
perguntou:
— Chico, que é isso? Que
barulho é esse?
— O vento...
— O vento?!... E essas
crianças aí?
— Catecismo!...
— Você não deu nada para
elas comerem?
— Não tenho!...
— Oh, Chico! Eu tenho,
aqui, bolo e pão.
E a outra vizinha do lado
também apareceu e perguntou:
— O que foi isso, Chico?
Que vento foi esse?
— O vento...
— E essas crianças aí?
— O catecismo...
E assim, doze famílias se
reuniram e passaram a oferecer o alimento, o lanche daquelas crianças, por
causa do vento.
Do livro: Minuto com Chico
Xavier.
Observação: Chico pediu ajuda à Deus, e Ele não veio trazer lanche para as crianças, mas achou um meio de chamar a atenção das pessoas para que elas ajudassem o Chico. Assim acontece conosco. Em todos os momentos estamos sendo chamados para ajudar alguém ou algum lugar. Mas não nos importamos. Geralmente só lembramos de nossos pedidos a Ele. Esquecemos que Ele também está pedindo algo para nós, todos os dias.
CHICO XAVIER NÃO FOI KARDEC – afirma J. Raul
Teixeira
Porque é que há tanto mistério em torno de Allan
Kardec? Nas «Obras Póstumas», que não faz parte da codificação, diz que ele
voltaria para completar a sua obra. Uns dizem que o Allan Kardec poderia ter
sido o Chico, outros dizem que podia ser o Divaldo Franco porque tem todo o
perfil de educador, outros dizem que podia ser o Raul, outros dizem que ele
está no mundo espiritual, se está porque é que ele não se comunica, se ele se
comunica, se usa pseudônimos ou não usa, porquê tanto mistério quando as coisas
são tão simples?
J. Raul Teixeira –
Existem nessas suas abordagens algumas questões equivocadas. Há muitos anos, Chico
Xavier disse-me, pessoalmente, numa conversa que tivemos em Uberaba, que a
mensagem mais autêntica de Allan Kardec que ele tinha lido, tinha sido recebida
pela médium brasileira D. Zilda Gama, professora, que se achava num livro
chamado «Diário dos Invisíveis». Eu procurei esse livro, que está
esgotado, encontrei-o e estava lá a mensagem de Allan Kardec. Depois disso, nós
tivemos uma mensagem de Allan Kardec recebida por vários médiuns na França, no
Brasil. Como é que nós podemos dizer que o Chico Xavier é Allan Kardec se ele
dizia que a D. Zilda Gama recebera a mais autêntica mensagem? Se enquanto Chico
estava encarnado outros médiuns receberam mensagens de Allan Kardec? O «Reformador»
publicou essas mensagens. Então, não é que nós queiramos fazer complexidade, é
que as pessoas ficam tirando proveito da ignorância alheia. Quanto menos o povo
sabe, eu posso dizer as minhas tolices. Agora as pessoas dizem isso, alegam que
era por ele ser humilde; então ele enganou-me, porque podia ser humilde e não
dizer nada. Mas se ele me disse aquela mensagem, ele era merecedor de crédito,
eu não podia duvidar do que falava. Se ele diz a outras pessoas a mesma coisa,
ele não podia estar a fingir, senão eu perco o crédito que eu dava à
mediunidade de Chico Xavier e ao homem que ele era. De modo que não existe
confusão, existem exploradores. O Chico estando desencarnado, toda a gente fala
dele o que bem entende, o que bem deseja, e ele não está aí para defender-se,
de modo que nós, os espíritas é que temos de ter bom-senso, e bom-senso e água
fluidificada não nos fazem mal jamais. Eu não posso acreditar em tudo o que
dizem, eu tenho que ver aquilo que tem senso, que tem nexo, e se Allan Kardec
estivesse aqui reencarnado, qual seria a vantagem disso para nós? O nosso problema
é viver o Espiritismo e não Allan Kardec. Porque também já dizem que Jesus
Cristo está aqui reencarnado, e no Brasil há um que diz ser Jesus Cristo.
Entrevista
concedida pelo Dr. José Raul Teixeira ao Jornal de Espiritismo, da ADEP,
Portugal, no 6º Congresso Espírita Mundial, Valência, Espanha, Outubro 2010)
CHICO XAVIER FALA SOBRE AS DROGAS
“Eu
não sei como as autoridades competentes não resolvem o problema das drogas,
que, em última análise, diz respeito a todos... Quem é que não tem hoje, próximo
ou distante, um parente envolvido com elas?! Tenho escutado muitos pais, muitas
mães, muitos avós... Nos Estados Unidos, as drogas praticamente estão
comprometendo uma geração. Devemos combater, com veemência, este problema: nas
escolas, nos ambientes de trabalho e, sobretudo, nos lares... Não podemos
assistir, impassíveis, aos nossos jovens sendo vítimas de traficantes. A
propaganda contra as drogas ainda é muito tímida. De meia em meia hora, a
Televisão deveria combater o problema, o rádio, o jornal... Os livros escolares
deveriam, no processo de alfabetização, já começar esclarecendo a criança
contra o perigo das drogas – um “vírus” que tem matado mais gente que os
agentes viróticos mais violentes. A propaganda contra o uso de drogas tem que
ser maciça – nos intervalos dos “shows”, nas partidas de futebol, nas missas,
nas reuniões espirituais...”
CHICO XAVIER FALA SOBRE OBSESSÃO EM
CRIANÇAS
"JÁ PRESENCIEI ALGUNS CASOS DE
OBSESSÃO COM CRIANÇAS, MAS MUITO RARAMENTE ACONTECEM. NO PERÍODO DA INFÂNCIA, O
ESPÍRITO CONTA COM A PROTEÇÃO NATURAL QUE O IMUNIZA CONTRA ATAQUES DE SEUS
DESAFETOS DESENCARNADOS. MAS, QUANDO O ÓDIO É MUITO ENTRANHADO, QUANDO O
COMPROMISSO É RECENTE, O ESPÍRITO OBSESSOR SE MOSTRA IMPLACÁVEL. ENQUANTO NÃO
CONSEGUE OS SEUS OBJETIVOS DE VINGANÇA, ELE NÃO ABANDONA A VÍTIMA. POR ESTE
MOTIVO, VEMOS CRIANÇAS MORREREM BARBARAMENTE OU, AINDA, SEREM ALVO DE
SEQUESTROS, ESTUPROS, PANCADARIA POR PARTE DOS PAIS, COM SEQUELAS CEREBRAIS
IRREVERSÍVEIS.”
Esta
observação de Chico Xavier nos faz pensar que a criança, que julgamos inocente,
nada mais é que um espírito encarnado que traz uma história de outra encarnação
que pode ser de maldade, de abusos, de trapaças, vícios e outras mazelas. É
apenas um espírito velho em um corpo novo. Aquele que foi lesado por este
espírito poderá ter se tornado um obsessor que o acompanha buscando vingança.
Quando não consegue atingi-lo diretamente, poderá influenciar os que convivem
com ele para atingi-lo.
"OS ESPÍRITOS OBSESSORES, MUITOS
DELES, SÃO ALTAMENTE TREINADOS NA TÉCNICA DE HIPNOTIZAR: QUASE SEMPRE ELES
HIPNOTIZAM AS SUAS VÍTIMAS QUANDO ELAS SE RETIRAM DO CORPO NO MOMENTO DO SONO.
POR ESTE MOTIVO, MUITA GENTE ACORDA MAL-HUMORADA E VIOLENTA. SE SOUBÉSSEMOS O
QUE NOS ESPERA NO ALÉM, NÃO DORMIRÍAMOS SEM RECORRER AOS BENEFÍCIOS DA PRECE.
OS ESPÍRITOS QUE SÃO NOSSOS DESAFETOS NOS ESPREITAM; SE NÃO TIVERMOS DEFESA,
ELES FARÃO CONOSCO O QUE BEM ENTENDEREM. HÁ OBSESSÕES TERRÍVEIS QUE SÃO
PROGRAMADOS DURANTE O SONO; TODA NOITE É UMA SESSÃO DE HIPNOSE. DE REPENTE, É
UMA AGRESSÃO VIOLENTA DENTRO DE CASA, UM CRIME INEXPLICÁVEL.”
Esta
outra observação de Chico Xavier nos mostra que, todos nós estamos sujeitos a
este assédio. Não sabemos quem fomos ou quem foram nossos entes queridos. Não
sabemos se fizemos um inimigo no passado que hoje nos assedia ou assediará.
Sabemos apenas que todos temos débitos contraídos nesta ou em outra encarnação
e que teremos que reparar. Ninguém que encarna neste planeta é inocente.
Portanto, não julguemos as atitudes alheias.
Desconhecemos o que pode ter acontecido com aquela pessoa para que ela
tenha cometido aquele ato. Não sabemos se nós ou um dos nossos cometeremos algo
igual ou parecido. Aprendemos que os obsessores só conseguem nos influenciar
através de nossas falhas morais ou nossa invigilância. E, como ainda somos
espíritos imperfeitos, falíveis e muitas vezes invigilantes, não atiremos pedra
no telhado dos outros porque o nosso é de vidro.
ANIMAL NO PLANO ESPIRITUAL
No livro "Testemunhos
de Chico Xavier", de Suely Caldas Schubert, FEB, tem o seguinte depoimento
de Chico:
"Em
1939, o meu irmão José deixou-me um desses amigos fiéis (um cão). Chamava-se
Lorde e fez-se meu companheiro... Em 1945, depois de longa enfermidade, veio a
falecer. Mas, no último instante, vi o Espírito de meu irmão aproximar-se e
arrebatá-lo ao corpo inerte e, durante alguns meses, quando o José, em
Espírito, vinha ter comigo, era sempre acompanhado por ele... A vida é uma luz
que se alarga para todos..."
O
EVANGELHO ESTÁ ULTRAPASSADO?
Chico Xavier disse que
Emmanuel contou que de vez em quando ele vai ao plano espiritual assistir
cursos de Evangelho e lá ele se sente pequeno. Por que? Porque o Evangelho está
há pelo menos 20 bilhões de anos a nossa frente. Nosso olhar hoje para o
Evangelho é um. Daqui um milhão de anos será outro e assim por diante.
Um companheiro espírita,
certa vez, disse à Chico Xavier:
-
Chico, o Evangelho está ultrapassado.
Chico respondeu:
-
Emmanuel está aqui e pede para dizer a vocês que o Evangelho só vai ficar ultrapassado
o dia em que toda a humanidade colocá-lo em prática.
CHICO
XAVIER RECUSA DOAÇÃO DE DINHEIRO
Quando Frederico Figner
(1866 – 1947), direto da Federação Espírita Brasileira, desencarnou, deixou
para Chico Xavier , em testamento, um valor que aplicado lhe garantiria
rendimento suficiente para deixar de trabalhar, a fim de dedicar-se
exclusivamente à prática mediúnica.
Ao ter notícia da
concessão, o médium, surpreso, comentou:
- Senhor! O que será que esse dinheiro quer
fazer comigo?
E recusou a doação, assim
como muitas outras ao longo de seu apostolado.
Tentou devolve-la às
filhas de Figner. Estas se recusaram a
receber, alegando cumprir o desejo do pai.
Chico resolveu o assunto,
encaminhando o dinheiro ao departamento editorial da Federação Espírita
Brasileira, a ser utilizado para divulgação do livro espírita.
Histórias
de Chico Xavier que nos ensinam
Narrou-nos, certa vez, Sr.
Euclides, um grande amigo e fiel trabalhador do Espiritismo, diante de seus
mais de noventa anos, uma história que muito nos comoveu. Trata-se do casamento
de um sobrinho seu, de uma cidade do interior de Minas Gerais. Ele, espírita,
atuante, orador...
Ela, católica, atuante,
evangelizadora. Fizeram um acordo: nenhum imporia a sua religiosidade ao outro
nem impediria as realizações das tarefas de que deveriam se desincumbir.
E assim se deu, em
perfeito respeito mútuo. Chegavam as datas religiosas católicas. Ela pedia para
ir até Aparecida e ele a levava fraternalmente, sem nenhum constrangimento.
Sentia ele vontade de
visitar os trabalhos de Chico Xavier, em Uberaba; ela o acompanhava sem nenhum
questionamento. E foi em uma dessas visitas, quando estavam na periferia da cidade
participando do trabalho de assistência social, que o médium mineiro ali
realizava há anos, junto das famílias mais carentes, levando o agasalho, o
alimento e, algumas vezes, alguma ajuda monetária, que se deu o fato que ele
nos contou.
No final da tarde, quando
se aproximava a hora de partirem, o marido espírita se surpreendeu ao ver sua
esposa, católica e pregadora, conversando tranquilamente com Chico. Assim que
ela voltou daquele encontro, ele perguntou sobre o que falavam. Ela, pedagoga,
estudiosa e sempre interessada em aprender mais, disse ter-se aproximado do
médium para perguntar como podiam trabalhar daquela forma, com tanta gente,
mais de quinhentas pessoas, fora os que vinham de fora só para conhecer o
trabalho? Como era feita a organização naquele espaço simples, num terreno
baldio, a céu aberto? Como mantinham aquelas pessoas ali?
Chico respondeu:
“Nós
não organizamos nada, minha irmã, é a fome, é a necessidade quem organiza
tudo”.
E, então, ela voltou a
questionar:
“E
essa moedinha que vejo você tirar do bolso do paletó, para dar a alguns mais pobres,
de que adianta isso?
E ouviu do dedicado
servidor:
“É
o amor, minha irmã. Aqui eles sabem que são amados. Não dar as costas àqueles
que nos pedem é uma dádiva dos ensinos de nosso Senhor”.
Então, Euclides,
emocionado, voltou os olhos para longe, como quem recorda um passado de luz e
nos diz, num tom de exclamação, para concluir aquele caso: “Hoje ela é uma pregadora espírita.”
(
Jornal “O Imortal” - JOSÉ ANTÔNIO V. DE PAULA)
O
NATAL DE CHICO XAVIER
A distribuição natalina que
Chico Xavier promove, juntamente com diversos amigos, há vários anos, desde
os tempos de Pedro Leopoldo, tem inspirado diversos grupos espíritas de todo
o Brasil. As chamadas "repartições" de Natal constituem hoje o
cartão de apresentação do trabalho assistencial desenvolvido pelos espíritas.
No mês de Dezembro, jamantas
carregadas de viveres, bolas, bonecas, roupas, doces, enxovais para
recém-natos, etc., chegam a Uberaba, procedentes de São Paulo, para a grande
festa da fraternidade.
Cerca de 4.000 pessoas, entre
adultos e crianças, são beneficiadas pela distribuição sem que haja qualquer
tumulto ou acontecimento deprimente.
O próprio Chico fazia questão
de entregar simbolicamente, algum dinheiro aos irmãos que têm, igualmente, as
suas mãos osculadas por ele.
Mas quem imagina que o Natal
de Chico Xavier se restringe a essa grande distribuição que muitos
interpretam erroneamente, estão equivocados.
Na véspera de Natal, na noite
do dia 24, sem que ninguém o veja, Chico sai com reduzido número de amigos
para visitar aqueles que nem sequer podem se locomover de seus barracos ...
Acobertado pelo manto da
noite, percorre vários bairros carentes de Uberaba, visitando pessoalmente,
em nome de Jesus, os doentes, as viúvas, os filhos do infortúnio oculto ...
Além de levar algum presente
para cada um, Chico conta casos, sorri com eles, lembra a sua infância, toma
café e, depois de orar, segue em frente ...
Poucas pessoas sabem que
Chico passa o Natal peregrinando. Enquanto muitos se reúnem em torno da mesa
faustosa, sem qualquer crítica a eles, ou a nós, esse verdadeiro apóstolo de
Jesus na Terra caminha quase solitário, levando um pouco de alegria aos lares
e aos corações dos que enfrentam rudes provas.
Para muitos, Chico é um
verdadeiro pai. Ainda há pouco tempo, uma senhora já bastante velhinha nos
disse:
- O
sêo Chico tem sido nem sei o que pra mim ... Deus é que vai abençoá ele pro
resto da vida... Quando o meu marido morreu, mandei avisá ele ... Nóis num
tinha dinheiro nem pro enterro ... Ele feiz tudo e mandô me dize que vai me
interrá tumém ...
Chico não é só o médium
missionário que conhecemos, cuja produção mediúnica não encontra similar no
mundo inteiro, seja em volume ou em variedade de temas de incontestável
qualidade; ele reconhece que não basta estar empunhando lápis ou falando aqui
e acolá ou tendo o seu nome nas páginas dos jornais... Na simplicidade de
suas atitudes está a grandeza do seu Espírito.
Se a vida de Chico nas
páginas abertas é bonita, nas páginas que ninguém conhece, naquelas que só o
Senhor pode ler, ela é muito mais, porquanto o seu amor pelo Cristo é algo
que transcende, se perdendo na noite insondável dos séculos ...
O Natal de Chico Xavier é
assim ...
Do livro CHICO XAVIER
mediunidade e coração, de CARLOS ANTÔNIO BACCELLI
|
Meu amigo, não te esqueças,
Pelo Natal de Jesus,
De cultivar na lembrança
A paz, a verdade e a luz.
Não esqueça a oração
Cheia de fé e de amor,
Por quem passa, sobre a Terra,
Encarcerado na dor.
Vai buscar o pobrezinho
E o triste que nada tem . . .
O infeliz que passa ao longe
Sem o afeto de ninguém.
Consola as mães sofredoras
E alegra o órfão que cai
Pelas estradas do mundo
Sem os carinhos de um pai.
Mas escuta: Não te esqueças,
Na doce revelação,
Que Jesus deve nascer
No altar do teu coração.
(Do livro Antologia Mediúnica
do Natal – pelo espírito Casimiro Cunha – pelo médium Chico Xavier)
Conversando
com o Chico
Pergunta: “Chico,
ante as lutas que surgiram ao longo do tempo, algumas vez chegou a pensar em
viver a sua própria vida, deixando a mediunidade?”
Resposta: “No princípio das tarefas, estranhei a
disciplina a que devia submeter-me. Fiquei triste ao imaginar que eu era uma
pessoa rebelde e, nesse estado de quase depressão, certa feita me vi, fora do
corpo, observando um burro teimoso puxando uma carroça que transportava muitos
documentos. Notei que o animal, embora trabalhando, fitava com inveja os companheiros
da sua espécie que corriam livremente no pasto, mas viu igualmente que muitos deles
entravam em conflitos, dos quais se retiravam com pisaduras sanguinolentas. O
burro começou a refletir que a vida livre não era tão desejada como supusera,
de começo. A viagem da carroça seguia regularmente, quando ele se reconheceu
amparado por diversas pessoas que
lhe ofereciam alfafa
e água potável. Finda a
visão-ensinamento, coloquei-me na posição do animal e compreendi que, para mim,
era muito melhor estar sob freios disciplinares, do que ser livre no pasto da
vida, para escoicear companheiros ou ser por eles escoiceado”.
Anuário
Espírita (1988)
UM CONTO
DE CHICO XAVIER
Conta o médium Divaldo em uma
de suas palestras, um belo caso de Francisco Xavier:
"Chico Xavier tinha o
hábito de visitar famílias que moravam sob uma velha ponte. Um dia esta ponte
ruiu deixando aquelas famílias ainda em piores condições. Chico Xavier, sua irmã
Luísa e alguns amigos da cidade de Pedro Leopoldo se reuniram, a fim de
conseguir víveres para serem doados àquelas famílias. Os colaboradores, todos
muito pobres, com salários deficientes mas com muita boa vontade, coletavam os
excedentes de legumes e verduras das feiras para distribuírem, anonimamente, no
Sábado, à noite, aos necessitados da ponte.
Houve um dia, porém, em que
ele, Luísa e seus auxiliares não tinham absolutamente nada. Ficaram
preocupados, porque aquela gente estava faminta.
Apareceu-lhe Dr. Bezerra de
Menezes e disse-lhe:
coloque algumas bilhas d'água,
pois vamos magnetizá-las e você distribuirá essa água às famílias da ponte. Ao
menos você levará alguma coisa. E usando o seu ectoplasma, o de Chico Xavier e
das pessoas, a água adquiriu suave odor.
Então, depois da reunião
convencional do Sábado, eles se dirigiram para a ponte. Quando lá chegaram
haviam umas duzentas pessoas entre carentes e doentes.
Não tinham como expressar a sua
angústia, o seu constrangimento por não terem nada para lhes oferecer, a não
ser a água magnetizada que levavam.
O povo não entendeu o que é
água magnetizada e não sabe da sua importância . . .
Chico Xavier subiu numa parte
da ponte e com muito carinho falou àquelas pessoas:
Meus irmãos, hoje não tenho
nada para lhes oferecer.
As pessoas ficaram de mau
humor, porque acostumaram-se que sempre lhes eram oferecidos donativos e
alimentos. Não aceitaram o fato de Chico Xavier estar de mãos vazias, não tendo
nada para lhes oferecer.
Foram desrespeitosos e Chico
Xavier começou a chorar.
De repente uma mulher se
levantou e falou:
Alto lá, esse homem e essas
mulheres vêm sempre aqui nos ajudar. Hoje eles não tem nada para nos oferecer e
cabe-nos dar-lhes a nossa alegria. Vamos cantar!
Enquanto ela estava falando,
chegou um caminhão e o motorista gritou do outro lado da estrada:
Quem é Chico Xavier?
O nosso Chico foi até lá e o
motorista o interrogou:
Chico, você se lembra do Dr. .
. .
E declinou-lhe o nome. Era um
casal que havia perdido o filho e Chico compareceu-se muito da sua dor. Numa
das suas reuniões o filho desencarnado veio acompanhado por Dr. Bezerra e
deu-lhe uma bonita mensagem.
Um dia Chico, eu hei de
retribuir-lhe de alguma forma - disse-lhe o pai comovido.
E o homem ficou muito grato,
também, a Dr. Bezerra de Menezes.
Eu estou trazendo esse caminhão
de alimentos - continuou o motorista - mandado pelo Dr. . . . que me deu o endereço lá do Centro Espírita.
Tive um problema na estrada e me atrasei. Quando passei na porta do Centro estava
tudo fechado e apareceu-me então um senhor de idade, de barba branca e
perguntou-me: "O que você deseja meu filho?" Eu respondi-lhe que
estava procurando pelo senhor Chico Xavier. Ele então orientou-me, dizendo:
"Siga em frente, ande por essa estrada até uma ponte caída, chegando lá,
chame por Chico Xavier e diga-lhe que fui eu quem lhe mandou."Então
perguntei-lhe: "Quem é o senhor?"
E ele respondeu: "Sou Bezerra de Menezes".
Chico muito contente exclamou,
olhando para o povo:
- Gente, chegou!
CHICO
E A IGREJA
Contou-nos o Prof. Lauro
Pastor, residente em Campinas, amigo de Chico Xavier desde Pedro Leopoldo, que,
certa vez, ao visitá-lo, caminhando em sua companhia pelas ruas da cidade, se
depararam com uma procissão... A igreja-matriz de Pedro Leopoldo ficava, como
fica, na mesma rua onde se ergueu o Centro Espírita “Luiz Gonzaga”; à época, os
católicos organizavam algumas procissões ditas de desagravo contra os
espíritas...
Observando que a
procissão, com diversos acompanhantes e andores, se aproximava, o Prof. Lauro
sugeriu a Chico que apressassem o passo, pois, caso contrário, não poderiam
depois atravessar a rua – a menos que cortassem a procissão pelo meio, o que
seria uma afronta.
Pedindo ao amigo que não
se preocupasse, Chico parou na esquina e, enquanto a procissão seguia o seu
roteiro, manteve-se o tempo todo em atitude de respeito e de oração, ainda convidando
o amigo para que ambos se descobrissem, ou seja, tirassem o chapéu – sim,
porquanto, naqueles idos de 1950, Chico também usava chapéu.
O Prof. Lauro, disse-nos
que nunca mais pôde esquecer aquela lição de tolerância religiosa que lhe foi
dada por Chico, enfatizando ainda que foi dessa maneira que, aos poucos, o
médium venceu a resistência de seus opositores da Doutrina.
A narrativa do Prof.
Lauro, me fez recordar
um outro episódio
digno de nota. Minha avó materna,
Dona Rola, como era carinhosamente conhecida por todos, havia desencarnado. Chico
compareceu ao enterro conduzido por um táxi. Quando o féretro parou na igreja
de São Benedito, para que, segundo a tradição católica, o vigário lhe
“encomendasse a alma”, Chico apeou e ... entrou na igreja. Eu, neto, espírita
convicto, que estava lá fora, sem querer entrar, até um tanto constrangido com
aquela situação, não tive outra alternativa – afinal, como ser mais realista do
que o rei, não é?...
Exemplos de Chico Xavier
que, nem sempre, em nossa atual condição evolutiva, temos assimilado; fazemos
da religião uma paixão clubística, sem atinarmos que Jesus não hesitava, inclusive,
de comparecer às sinagogas dos judeus, sem significar, todavia, que lhes
endossasse a ritualística em que, “a pretexto de longas orações, devoravam as
casas das viúvas”...
A
Flama Espírita - Uberaba, Agosto de 2000
CHICO
XAVIER E O AMOR AOS ANIMAIS
De quando em vez, Chico nos
fala dos animais. Ficamos admirados do seu amor por tudo que se refira à
Natureza, crescendo sempre mais o nosso respeito por esse espírito de escol...
Sem dúvida, é preciso ter-se
uma sensibilidade muito grande para "dialogar" com os animais, sim,
pois Chico "conversa" com os seus gatos, com o seu cachorro
"Pretinho", com o seu coelho...
Talvez muita gente vá pensar
que estar envolvido com animais é falta de tempo, ou até mesmo desequilíbrio,
mas não há o que estranhar, porque esses é quase certo que não amem nem os
semelhantes...
Há algum tempo um confrade,
veterinário, nos contou que Chico chorou feito criança abraçado a um gatinho de
estimação que morrera envenenado.
Foi o próprio Chico que nos
contou o que se segue. A sua casa era freqüentada por um gato selvagem que não
deixava ninguém se aproximar... Todos os dias o Chico colocava num pires alguma
alimentação para ele. Numa noite, quando retornava de uma das reuniões, um
amigo avisou que o gato estava morrendo estendido no quintal. Babava muito, mas
ainda mantinha a cabeça firme em atitude de defesa contra quem se aproximasse.
O Chico ficou bastante penalizado, pensando que ele poderia estar envenenado. O
amigo explicou que horas antes o vira brincando com uma aranha e que,
provavelmente, ele a engolira. E sugeriu que o Chico transmitisse um passe no
felino...
O gato, apesar de agonizante,
estava agressivo. Ficando à meia distância, o nosso querido amigo começou a
conversar com ele...
- Olha - falou o Chico - você
esta morrendo. O nosso amigo pediu um passe e eu, com a permissão de Jesus, vou
transmitir... Mas você tem que colaborar, pois está muito doente... Em nome de
Jesus, você fique calmo e abaixe a cabeça, porque quando a gente fala no nome
do Senhor é preciso muito respeito...
O gato teve, então, uma reação
surpreendente. Esticou-se todo no chão, permaneceu quieto até que o Chico
terminasse o passe...
Depois, tomando-o no colo, esse
admirável medianeiro do Senhor pediu que se trouxesse leite e, com um
conta-gotas, colocou o alimento na sua boca...
O gato tornou-se um grande
amigo e ganhou até nome.
Carlos
A, Baccelli no livro Chico Xavier mediunidade e coração.
QUEM
DERA QUE VOCÊ FOSSE O CHICO
Numa livraria de Belo
Horizonte, servia um irmão que, pelo hábito de ouvir constantes elogios ao
Chico Xavier, tomou-se de admiração pelo Médium. Leu, pois, com interesse,
todos os livros de Emmanuel, André Luiz, Néio Lúcio, Irmão X e desejou,
insistentemente, conhecer o psicógrafo de Pedro Leopoldo. E aos fregueses
pedia, de quando em quando:
- Façam-me o grande favor de me
apresentar o Chico, logo aqui apareça.
Numa tarde, quando o Aloísio, -
pois assim se chamava o empregado - reiterava a alguém o pedido, o Chico entra
na Livraria. Todos os presentes, menos o Aloísio, se surpreendem e se alegram.
Abraçam o Médium, indagam-lhe as novidades recebidas. E depois, um deles se dirige
ao Aloísio:
- Você não desejava ansiosamente
conhecer o nosso Chico?
- Sim, ando atrás desse momento de
felicidade....
- Pois aqui o tem.
Aloísio o examina; vê-o tão
sobriamente vestido, tão simples, tão decepcionante. E correspondendo ao abraço
do admirado psicógrafo, com ar de quem falava uma verdade e não era nenhum
tolo, para acreditar em tamanho absurdo:
- Quem dera que você fosse o Chico, quem
dera!...
E Chico, compreendendo que
Aloísio não pudera acreditar que fosse ele o Chico pela maneira como se
apresentava, responde-lhe, candidamente:
- É mesmo, quem me dera...
E, despedindo-se, partiu com
simplicidade e bonomia, deixando no ambiente uma lição, uma grande lição, que
ira depois ser melhormente traduzida por todos, e, muito especialmente, pelo
Aloísio . . .
Casos
extraídos do livro "Lindos Casos de Chico Xavier" - Ramiro Gama - 17ª
ed. São Paulo, Lake – 1995
BATI
NA PORTA
Muita gente procurava
Chico em seu emprego e isto começou a causar-lhe problemas.
Certa vez uma senhora, em
adiantado estado de perturbação, foi procurá-lo. O chefe não queria que ele
atendesse ninguém em seu ambiente de trabalho, então, foi dito à senhora que o
Chico estava em casa. Para lá se dirigiu ela, sendo informada que o Chico
estava trabalhando. Voltou, novamente, ao emprego e disseram que o nosso amigo
saíra, a serviço.
Ela resmungou qualquer
palavrão e se foi.
À noite, quando as portas
do Centro se abriram, ela avançou sobre ele e deu-lhe inúmeros bofetões no
rosto.
Quando acabou de
desabafar, através da agressão, falou com voz nervosa e trêmula:
- Está pensando que tenho
tempo para andar atrás de você para cima e para baixo? E, agora, já para aquela
sala que você vai me dar um passe, cachorro.
A senhora sentou-se numa
cadeira e ficou esperando.
O Chico começou a pensar:
“Senhor Jesus, para se
transmitir um passe precisamos estar calmos, com o coração voltado para o amor
ao próximo. O Senhor sabe todas as coisas e sabe que não estou com raiva dela,
mas ela me deixou num estado meio diferente. Ajude-me, Senhor”.
Então, o espírito de
Emmanuel lhe aparece e diz:
- Para ajudá-la é preciso
alcançar-lhe o coração. Converse com ela.
E o Chico, falou para a
irmã em sofrimento:
- Minha irmã, a senhora me
perdoe ser uma pessoa tão ocupada. Não pude atendê-la em meu emprego porque meu
chefe não permite. A senhora compreende, estou ali para servir porque tenho
muitos irmãos para ajudar.
Foi conversando...
conversando, e a mulher se acalmando, para, em seguida, começar a chorar. O
Chico, então, transmitiu-lhe o passe e ela foi devolvida à razão.
Depois de sua saída, o
médium perguntou ao espírito de Emmanuel:
- Emmanuel, eu não estou
com a razão?
A resposta foi esta jóia
da caridade cristã:
- Você está com a razão,
mas ela está com a necessidade.
No outro dia, quando o
Chico chegou ao serviço, estava com o rosto todo inchado. Seu chefe indagou o
que ocorrera. E ele respondeu:
- Bati na porta.
Ele, então, olhou-o por
sobre os óculos e perguntou, novamente:
- Mas, dos dois lados?
Do livro: Chico, de Francisco.
Evolução
Lenta
Em 1952, quando o Chico
psicografava o livro “Ave Cristo”, certa noite visitou-o um espírito que viveu
na época de Moisés.
Tentou conversar com o
Chico mentalmente, mas o Chico olhou para Emmanuel e lhe disse:
- Não entendi nada do que ele quis me dizer.
Então o bondoso guia
explicou-lhe:
- Ele está dizendo que não
vem à Terra aproximadamente há 4.000 anos. Que achou as construções um pouco
diferentes, mas que a evolução moral foi muito pequena.
Livro:
Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira
CHICO XAVIER FALA DA
EUTANÁSIA
Chico
visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e
que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de alienado mental era
completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a
banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que morava.
O
quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de
pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico:
-
Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável?
Chico
respondeu:
-
Não creio doutor. Esse nosso irmão, em sua última
encarnação, tinha muito poder. Perseguiu, prejudicou e com torturas desumanas
tirou a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram
durante toda sua vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o
corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos
anos. Este corpo disforme e mutilado representa uma bênção para ele. Foi o
único jeito que a providência divina encontrou para escondê-lo de seus inimigos.
Quando mais tempo agüentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos de seus
inimigos o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia seria
devolvê-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.
-
E como resgatará ele seus crimes? – Perguntou o médico.
-
O irmão X costumava dizer que Deus usa o tempo e não a
violência.
CHICO XAVIER FALA SOBRE DOAÇÃO DE
ÓRGÃOS
Alguns
espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos
após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos
transplantes. Isso não é verdade! É preciso esclarecer que Chico Xavier quando
afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à
minha família, aos meus amigos, ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito.
Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fez porque quando
ainda encarnado Chico recebeu várias propostas (inoportunas) para que seu
cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível receio de
que seu corpo fosse profanado nesse sentido; depois pela sua idade, Chico não
poderia doar seus órgãos; e se pudesse, o receptor dos órgãos, talvez fosse
idolatrado.
Em
entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o
transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios é um problema da ciência
muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os Espíritos, segundo
Chico Xavier - não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis
naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico,
venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que
possam utilizá-los com proveito.
"SEREMOS UMA ESTRELA DE 5 RAIOS"
Quando
psicografava o maravilhoso livro Paulo e Estevão, do Espírito Emmanuel, o
Chico, via, ao seu lado, um sapo feio, gorduchão, que o amedrontava muito...
No
princípio, distava-lhe alguns metros. Depois, à proporção que a grande obra
chegava ao fim, o sapo estava quase aos pés do médium.
Isto
lhe dava um mal-estar intraduzível.
Emmanuel,
observando-lhe o receio, diz-lhe:
- O sapo é um animal inofensivo, um abnegado
jardineiro, que limpa os jardins dos insetos perniciosos. Não compreendo, pois,
sua antipatia pelo pobre batráquio... Procure observá-lo mais de perto, com
simpatia, e acabará sentindo-lhe estima.
Após
ponderação justa de seu Guia, o Chico começou a ter simpatia pelo sapo, e
achar-lhe até certa beleza, particular utilidade, um verdadeiro servidor.
Terminou
a recepção do formoso livro e Emmanuel, completando o acerto, pondera-lhe, bondoso:
- O homem, Chico, será um dia, uma Estrela de
Cinco Raios, quando possuir os pés, as mãos, e a cabeça levantados, liberados.
Já possui três raios: as mãos e a cabeça, faltando-lhes os dois pés, os quais
serão libertados quando perder a atração da Terra.
Existem,
no entanto, germens, animais, seres outros, com os cinco raios voltados para
baixo, para a Terra, sugando-lhe o seio, vivendo de sua vida.
Assim
é o sapo, coitado, que luta intensamente para levantar um raio, pelo menos a
cabeça. O boi já possui a cabeça levantada, já que progrediu um pouco.
É
preciso, pois, que o Homem sinta a graça que já guarda e lute, através dos três
raios já suspensos, pela aquisição dos outros dois.
Que
saiba sofrer, amar, perdoar, renunciar, até libertar-se do erro, dos vícios,
das paixões, e, desta forma, terá livres os pés para transformar-se numa
Estrela de Cinco Raios e participar da vida de outras Constelações, em meio das
quais brilha uma Estrela Maior, que é Jesus.
(do
livro Chico Xavier na intimidade, de Ramiro Gama)
CARINHO
AOS REEDUCANDOS
Chico visita um presídio e
participa de uma reunião, na hora de sair da sala, Chico disse ao diretor:
Eu quero, antes de sair
daqui, beijar e abraçar a todos.
Deus me livre. – disse o
diretor – Não, senhor. Você não vai abraçar, nem beijar ninguém.
Então, Chico disse a ele:
Não senhor doutor, eu não
viria aqui fazer prece, para depois me distanciar dos nossos irmãos. Não está
certo. Haverá tempo, o senhor disse que só precisará do salão daqui a uma
hora e tanto... sendo assim... eu lhe peço licença para abraçar.
Chico, - explicou o diretor -
nesse salão, no outro dia, mataram um guarda de 23 anos. Afiaram a colher até
virar punhal. Mataram e não se sabe quem matou. Aqui tem criminosos com
sentenças de 200 a 300 anos, eles podem te matar . . .
Pouco importa, - disse Chico
- vim aqui para o encontro e o senhor não me permite abraçar?
Então você vai abraçar
através da mesa. Ficam só duas senhoras tomando nota porque seus encontros
serão rápidos e nós vamos colocar 18 baionetas armadas em cima. Se houver qualquer
coisa você poderá morrer também.
Chico ficou na frente da mesa
e começou a abraçar os 542 presos. Ele abraçava e beijava; muitos falavam
comigo, um segredinho, podia falar assim, meio minuto. Dos 542, só um, de uns
40 anos, chegou perto dele e ficou impassível como uma estátua. O diretor
estava ali perto, e Chico pediu às duas senhoras que dessem a cada um, uma
rosa; quando aquele chegou e ficou parado Chico disse a ele:
O senhor permite que eu o
abrace?
Perfeitamente, -
respondeu-me. Então eu o abracei, mas ele estava ereto.
O Sr. deixa que eu o beije?
Pode beijar.
Ele beijou de um lado, de
outro, beijou quatro vezes, aí duas lágrimas rolaram dos olhos dele. Então
ele disse:
Muito obrigado.
E foi embora. Foi o único que
ficou ereto, e o único que chorou...
Mas todos receberam o abraço
carinhoso de Chico.
OBSERVAÇÃO:
Quem
estuda as obras de André Luiz percebe claramente que os Espíritos
orientadores jamais usam adjetivos depreciativos.
Não dizem:
Fulano é um cafajeste, um
vagabundo, um pervertido, um mau caráter, um criminoso, um monstro . . .
Vêem o irmão em desvio, o companheiro necessitado
de ajuda, o enfermo que precisa de tratamento . . .
Consideram que todo
julgamento é assunto para a Justiça Divina.
Só Deus conhece todos os
detalhes.
Mesmo quando lidam com
obsessores, tratam de socorrê-los sem críticas, situando-os como irmãos em
desajustes.
Por isso, Chico Xavier, que
viveu esse ideal evangélico de fraternidade autêntica, não pronunciava
comentários desairosos.
Se alguém comete maldades,
não diz tratar-se de um homem mau.
É apenas alguém menos bom.
Faz sentido!
Somos todos filhos de Deus.
Fomos criados para o Bem.
O mal em nós é apenas um
desvio de rota, um equívoco, uma doença que deve ser tratada.
RETRATO DE
MARIA
Algum tempo após tomarmos
conhecimento de um novo quadro de Maria, Mãe de Jesus, divulgado num programa
da TV Record, de São Paulo, com a presença de Francisco Cândido Xavier,
procuramos esse médium amigo para colher dele maiores esclarecimentos sobre a
origem do mesmo.
Contou-nos então, Chico
Xavier, no final da reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba,
na noite de 1º de dezembro de 1984, que, com vistas ás homenagens do Dia das
Mães de 1984, o Espírito Emmanuel ditou, por ele, um retrato falado de Maria
de Nazaré ao fotógrafo Vicente Avela, de São Paulo. Esse trabalho artístico
foi sendo realizado aos poucos, desde meados de 1983, com retoques sucessivos
realizados pela grande habilidade de Vicente, em mais de vinte contatos com o
médium mineiro, na Capital paulista.
Em nossa rápida entrevista,
Chico frisou que a fisionomia de Maria, assim retratada, revela tal qual Ela
é conhecida quando de Suas visitas às esferas espirituais mais próximas e
perturbadas da crosta terrestre; como, por exemplo, disse-nos ele, na Legião
dos Servos de Maria, grande instituição de amparo aos suicidas descrita detalhadamente
no livro Memórias de um Suicida, recebido mediunicamente por Yvonne A
Pereira. *
E, ao final do diálogo,
atendendo nosso pedido, Chico forneceu-nos o endereço do fotógrafo-artista,
para que pudéssemos entrevistá-lo oportunamente, podendo assim registrar mais
algum detalhe do belo trabalho realizado.
De fato, meses após essa
entrevista, tivemos o prazer de conhecer o sr. Vicente Avela, em seu próprio
ateliê, localizado na Rua Conselheiro Crispiniano, 343, 2º andar, na Capital
paulista, onde nos recebeu atenciosamente.
Confirmando as informações de
médium de Uberaba ele apenas destacou que, de fato, não houve pintura e sim
um trabalho basicamente fotográfico, fruto de retoques sucessivos num retrato
falado inicial, tudo sob a orientação mediúnica de Chico Xavier.
Quando o sr. Vicente concluiu
a tarefa, com a arte final em pequena foto branco-e-preto, ele a ampliou
bastante e coloriu-a com tinta a óleo (trabalho em que é perito, com
experiência adquirida na época em que não havia filmes coloridos e as fotos
em branco-e-preto eram coloridas a mãos).
Nesse encontro fraterno,
também conhecemos o lindo quadro original à vista em parede de seu
escritório, e ao despedirmo-nos, reconhecidos pela atenção, o parabenizamos
por esse árduo e excelente trabalho, representando mais uma notícia da vida
espiritual de Maria de Nazaré, que continua amparando com imenso amor
maternal a Humanidade inteira.
* D. Ivonne Pereira (um dos
mais belos médiuns do século XX, que psicografou Memórias de um Suicida,
entre outras obras monumentais), descreve no seu livro mediúnico referido a
Legião dos Servos de Maria, constituída pelos Espíritos que, no Além-túmulo,
se dedicam a socorrer os suicidas, levando-os para os hospitais espirituais.
Em um desses nosocômios há uma grande composição artística retratando a Mãe
do Mestre. Portanto não sabemos se Chico conheceu Maria pessoalmente ou
apenas viu o quadro que retrata sua fisionomia.
Do livro:
Anuário Espírita 1986
A
CARIDADE E A ORAÇÃO
"O Centro Espírita Luiz
Gonzaga" ia seguindo para a frente...
Certa feita, alguns populares
chegaram à reunião pedindo socorro para um cego acidentado.
O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, precipitando-se ao solo, de uma altura de quatro metros.
O guia desaparecera e o cego
vertia sangue pela boca.
Sozinho, sem ninguém...
Chico alugou pequeno pardieiro,
onde o enfermo foi asilado para tratamento médico.
Caridoso facultativo
receitou, graciosamente.
Mas o velhinho
precisava de enfermagem.
O médium velava junto dele à
noite, mas durante o dia precisava atender
às próprias obrigações na
condição de caixeiro do Sr. José Felizardo.
Havia, por essa época, 1928,
uma pequena folha semanal, em Pedro Leopoldo.
E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando o concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio, durante o dia, porque à noite, ele próprio se responsabilizaria pelo doente.
Alguém que pudesse
ajudar.
Não importava que o auxílio
viesse de espíritas, católicos ou ateus.
Seis dias se passaram sem
que ninguém se oferecesse.
Ao fim da semana, porém, duas meretrizes
muito conhecidas na cidade se apresentaram e
disseram-lhe:
- Chico, lemos o pedido e
aqui estamos.
Se pudermos servir...
- Ah! Como não? - replicou o
médium - Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade.
Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico,ao pé do enfermo.
Decorrido um mês, quando
o cego
se restabeleceu,
reuniram-se pela derradeira vez, em
prece, com o velhinho feliz.
Quando o Chico terminou a
oração de agradecimento a Jesus, os quatro choravam.
Então,
uma delas disse ao médium:
- Chico, a prece modificou a
nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos
para
Belo Horizonte,
a fim de trabalhar.
E uma passou
a servir numa tinturaria,
desencarnando anos depois e a outra conquistou o título de enfermeira,
vivendo, ainda hoje, respeitada e feliz.
|
A SURRA
DE BÍBLIA
Lutando no tratamento das
irmãs obsidiadas, José e Chico Xavier gastaram alguns meses até que surgisse a
cura completa.
No princípio, porém, da
tarefa assistencial houve uma noite em que José foi obrigado a viajar em
serviço da sua profissão de seleiro.
Mudara-se para Pedro
Leopoldo um homem bom e rústico, de nome Manuel, que o povo dizia muito
experimentado em doutrinar espíritos das trevas.
O irmão do Chico não
hesitou e resolveu visitá-lo, pedindo cooperação. Necessitava ausentar-se, mas
o socorro às doentes não deveria ser interrompido.
"Seu" Manuel
aceitou o convite e, na hora aprazada, compareceu ao "Centro Espírita Luiz
Gonzaga", com uma Bíblia antiga sob o braço direito.
A sessão começou eficiente
e pacífica.
Como de outras vezes,
depois das preces e instruções de abertura, o Chico seria o médium para a
doutrinação dos obsessores.
Um dos espíritos amigos
incorporou-se, por intermédio dele, fornecendo a precisa orientação e disse ao
"seu" Manuel entre outras coisas:
- Meu amigo, quando o perseguidor infeliz apossar-se do médium,
aplique o Evangelho com veemência.
- Pois não, - respondeu o diretor muito calmo, - a vossa ordem
será obedecida.
E quando a primeira das
entidades perturbadas assenhorou o aparelho mediúnico, exigindo assistência
evangelizante, "seu" Manuel tomou a Bíblia de grande formato e bateu,
com ela, muitas vezes, sobre o crânio do Chico, exclamando, irritadiço:
- Tome Evangelho! Tome Evangelho! . . .
O obsessor, sob a
influência de benfeitores espirituais da casa, afastou-se, de imediato, e a
sessão foi encerrada.
Mas o Chico sofreu intensa
torção no pescoço e esteve seis dias de cama para curar o torcicolo doloroso.
E, ainda hoje, ele afirma
satisfeito que será talvez das poucas pessoas do mundo que terão tomado
"uma surra de Bíblia" . . .
Do
livro: Lindos Casos de Chico Xavier
De:
Ramiro Gama
ISSO TAMBÉM
PASSA
O Chico passava por
grandes dificuldades. Problemas gigantescos se avolumavam sobre sua cabeça. E
tão gigantescos que ele perguntou ao espírito Emmanuel se não era possível
rogar às esferas superiores um conselho de Maria de Nazaré, que ajudasse
naqueles dias tão difíceis.
Alguns dias se passaram,
quando o espírito de Emmanuel lhe disse que o generoso espírito de Maria havia
atendido ao seu pedido, enviando-lhe a seguinte frase:
Isso Também Passa.
Disse-nos Chico:
- A frase foi para mim como anestesia sobre uma dor imensa.
Fez-me tanto bem que a escrevi num papel e o coloquei sobre a cabeceira de minha
cama. Todas às noites e todas as manhãs eu lia, sentindo grande consolo. Certo
dia, um amigo ao entrar em meu quarto, achou a frase muito interessante, e
disse;
- Chico, vou fazer o mesmo; colocar esta frase sobre a
cabeceira de minha cama.
- Faça isso mesmo, meu filho, mas não se esqueça de que o
espírito Emmanuel também me disse que ela serve tanto para os momentos tristes,
como para os momentos alegres.
Do
livro: Kardec Prossegue
De:
Adelino da Silveira
TESTE DE
VALOR
Não te prendas a dor,
Por mais que a dor te
aflija . . .
Verifica o que ela
Deseja te ensinar.
Ausculta o sofrimento
Sem revolta na alma.
O desespero agrava
Qualquer situação.
Toda prova que surge
É um alerta da vida.
Problema que aparece
É teste de valor.
Do
livro: Pão da Alma – psicografia Carlos A Baccelli – pelo espírito Irmão José.
Um
Ato de Amor e Fé
Nosso querido amigo Chico
há muito claudicava (mancava). Doía-lhe um pé. Dr. Rocha, médico vizinho e
amigo, já lhe ministrara medicamentos, sem, contudo, minorar seu sofrimento.
Dr. Rômulo, um admirável gerador magnético, já lhe havia aplicado assistência
fluido terápica. Tudo de pouca valia! As dores persistiam, fazendo Chico
manquitolar horrivelmente.
Uma tarde, Chico e seus
companheiros, retornavam às suas casas após o serviço servindo-se de uma
charrete. O veículo adentrava a cidade por uma rua onde se localizava, então, o
meretrício. E, ao passarem pelo “Biriba” - designação vulgar dada ao logradouro
- foram abordados por uma das moças que habitava o lugar. E, dirigindo-se ao
Chico, ela disse:
- Venha até a minha casa.
Preciso lhe falar.
Gracejos, motejos, risadas
e comentários infelizes fizeram-se ouvir. Chico desceu do carro com
dificuldade, acompanhando a moça até a sua residência.
Todas as meretrizes que lá
viviam receberam-no com profundo respeito, oferecendo-lhe uma cadeira, na qual
Chico assentou-se.
A moça que o abordara
trouxe uma pequena bacia com água limpa. Humildemente, pediu-lhe permissão para
descalçá-lo dos sapatos, colocando seu pé doente dentro da bacia. Segurando
raminhos de flores do campo, a moça rezou e todas as outras a acompanharam,
contritas. Ela molhava os raminhos e os batia, delicadamente, no pé de Chico,
repetidamente, por várias vezes. Em seguida, enxugou-o, beijou-o e o calçou
novamente.
Dois dias depois, chorando
de emoção, Chico contou-nos o que presenciara na casa de encontros. Através de
sua vidência, registrou que o líquido da bacia foi ficando escuro e lodoso, à
medida que a mulher banhava-lhe o pé, fazendo com que a dor se esvaísse
lentamente.
Para todos os presentes, a
água manteve-se inalterada, límpida, nada mudara.
Chico nunca mais sentiu
dor. A pobre meretriz, no ato humilde, no gesto simples, na bacia insignificante
e nos raminhos de mato, mais do que nós todos, colocara em sua oração algo sublime
e operador de maravilhas: o AMOR!
Do
livro: Chico Xavier, Mandato de Amor
MESA
DE CR$ 15,00
O CHICO ESTAVA EMPREGADO
NA VENDA DO Sr. JOSÉ FELIZARDO.
GANHAVA CR$ 60,00 POR MÊS.
MAL DAVA PARA AJUDAR A FAMÍLIA.
APENAS LHE SOBRAVA, QUANDO
SOBRAVA, MEIA DÚZIA DE CENTAVOS.
UMA DAS SUAS IRMÃS, QUE O
AUXILIAVA NO EXPEDIENTE DO LAR, FALOU-LHE,CERTA VEZ, DA NECESSIDADE QUE ESTAVAM
DE UMA MESA PARA A SALA DE JANTAR, POIS A QUE POSSUÍAM ERA PEQUENA E ESTAVA
VELHA, A PEDIR SUBSTITUIÇÃO. E ALVITROU-LHE :
-A
VIZINHA DO LADO TEM UMA QUE NOS SERVE. VENDE-A POR CR$ 15,00.
-MAS,
COMO PAGAREMOS SE NÃO POSSUO E NEM ME SOBRA ESTA QUANTIA, NO FIM DE CADA MÊS ?
A VIZINHA, DONA DA MESA,
SOUBE DAS DIFICULDADES DO CHICO E, DESEJANDO AJUDÁ-LO, PROPÔS-LHE VENDER O
ENTRESONHADO MÓVEL À RAZÃO DE 1 CRUZEIRO POR MÊS, EM QUINZE PRESTAÇÕES MENSAIS.
O CHICO ACEITOU E A MESA
FOI COMPRADA.
PAGOU-A COM SACRIFÍCIO.
FICOU SENDO UMA MESA
ABENÇOADA.
E FOI SOBRE ELA QUE, MAIS
TARDE, ENTENDEU COM EMMANUEL A LIÇÃO DO PÃO E DOS DEMAIS ALIMENTOS, VERIFICANDO
EM TUDO A FELICIDADE DO POUCO COM DEUS.
TERAPIA DO
TRABALHO
Conta, Terezinha Pousa
Paiva, que certa vez, quando estava no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba,
chegou uma mulher bem vestida e elegante, demonstrando tratar-se de pessoa bem
situada socialmente. Contudo, seu olhar vagava, às vezes, perdido, demonstrando
uma certa alienação mental. Essa mulher, aproximando-se do Chico, pediu-lhe uma
orientação. E, ele, atendendo-a, relatou a seguinte história:
Havia uma mulher, que
tinha vários perseguidores, que a molestavam constantemente, nunca a deixando
em paz. Aconteceu que essa mulher, por orientação de alguém, passou ao trabalho,
de manhã à tarde, durante todos os dias da semana, inclusive nos feriados, fins
de semana e dias santos, confeccionando roupas para os desvalidos.
De vez em quando, seus
perseguidores compareciam ao local de seu trabalho, a fim de verificarem se ela
ainda continuava trabalhando, ou se já o havia abandonado, na intenção de retomar
a possessão. Mas encontravam-na sempre nas tarefas, com a mente toda ocupada no
serviço.
E o tempo corria.
De quando em quando, um
dos perseguidores convidava os outros:
– Como é, pessoal, vamos ver como está a
fulana?
E quando lá chegavam,
encontravam-na sempre no trabalho.
E assim fizeram por várias
vezes.
Escoaram-se dez anos. Seus
obsessores, ao se aproximarem, mais uma vez, constataram que ela permanecia
fiel ao trabalho e ao compromisso assumido, com a mente absorvida no capricho
da agulha e da idéias renovadas.
Um deles, adiantando-se,
falou:
– Essa não tem jeito, não! Desistamos!
Deixemo-la, rapazes! Vamos embora!
E lá se foram e nunca mais
voltaram...
Esta história, é um alerta
para o cuidado que temos que ter com a hora vazia.
Extraído
do livro "Chico Xavier – Casos Inéditos", de Weimar Muniz de Oliveira
– 1ª Edição 1998
HORA VAZIA
Cuidado com a hora vazia,
sem objetivo, sem atividade.
Nesse espaço, a mente
engendra mecanismos de evasão e delira.
Cabeça ociosa é perigo a
vista.
Mãos desocupadas facultam
o desequilíbrio que se instala.
Grandes males são
maquinados quando se dispõe de espaço mental em aberto.
Se, por alguma
circunstância, surge-te uma hora vazia, preenche-a com uma leitura salutar, ou
uma conversação positiva, ou um trabalho que aguarda oportunidade para
execução, ou uma ação que te proporcione prazer . . .
O homem, quanto mais
preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a ação ou
a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para
o progresso.
Estabelece um programa de
realizações e visitas para os teus intervalos mentais, as tuas horas vazias, e
te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz.
Hora vazia, nunca!
(Joanna
de Ângelis – do livro: Episódios Diários – psicografado por Divaldo P. Franco)
CHICO
XAVIER FALA DO AUTISMO
Certa vez, um casal
aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços,
acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba. A mãe permaneceu a meia
distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante. O médico,
adiantando-se, explicou o caso ao Chico:
- A criança, desde que
nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de
medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal
consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante
alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia
chegado.
- Para mim, trata-se de um
caso de AUTISMO – respondeu ele.
O Chico disse que o
diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o
anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques.
Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo
infantil. Recomendou passes.
- Vamos orar- concluiu.
O casal saiu visivelmente
mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade. Chico
Explicou a todos que estávamos ali mais próximos:
- “o AUTISMO”, é um caso
muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve
crianças quanto adultos...
E o Chico falou ao médico:
- É preciso que os pais
dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. É necessário
chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permaneceram
na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa. Evidentemente que
não conseguimos registrar tudo, mas a essência do assunto é o que está exposto
aqui.
O espírito daquela criança
sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se (desencarnar)...
Sem dúvida, era preciso
convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim...
Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem.
OBSERVAÇÃO
DE DIVALDO FRANCO: Precisamos considerar que “somos herdeiros
dos próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a
nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos
débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de
fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias.
Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. No fenômeno do autismo estamos
diante de um ex-suicida a qual, desejando fugir à responsabilidade dos delitos
cometidos, envereda pela porta falsa da autodestruição. Posteriormente,
reencarna com o drama na consciência por não ter conseguido libertar-se deles.
São, também, os criminosos não justiçados pelas leis humanas ou Espíritos que
dissimularam muito bem suas tragédias. Assim, retornam à Terra escondendo-se da
consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem
esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo
inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: Estamos contentes por você
estar entre nós; Você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta
vida; Nós te amamos muito; etc.
CHICO XAVIER FALA DE MENINO MUTILADO
Chico
Xavier comentou, certa vez, sobre uma criança que nasceu sem braços e cega.
Seu
mentor Emmanuel disse que aquele Espírito vestia aquele corpo mutilado porque
em várias encarnações matou e matava-se. Então, para não enxergar objetos que o
tentasse cometer assassinato e suicídio, pediu para nascer cego e sem as mãos
para manipular tais objetos.
UMBANDA
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
Pergunta:
Quem são os “pretos-velhos”, “exus” e “pombas-giras” que incorporam na Umbanda?
Se são espíritos de luz, por que há necessidade de cigarro, cachaça e sons
barulhentos?
Resposta:
Para espíritos de luz, ou seja, espíritos superiores e puros, não existem
necessidades materiais. Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande
maioria, são aqueles que ainda guardam grandes necessidades das sensações
terrenas e por isso usam os médiuns para absorvelas; quando
não têm, fazem-no através dos despachos. São, na classificação da Doutrina
Espírita, chamados de espíritos mais simples. É claro que existem aqueles outros que, mesmo tendo
condição moral mais elevada,
manifestam-se nos terreiros de Umbanda, guardando os procedimentos ali adotados.
manifestam-se nos terreiros de Umbanda, guardando os procedimentos ali adotados.
Da
Obra “Plantão De Respostas “ – Emmanuel E Francisco Cândido Xavier.
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CANDOMBLÉ
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
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CANDOMBLÉ
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
Pergunta:
Qual a diferença entre as entidades de luz da Doutrina Kardecista e os orixás
do Candomblé, que são reverenciados em seus templos com bons pratos, roupas
tradicionais e músicas? Isso não seria prendê-los ao materialismo?
Resposta:
Primeiro; devemos esclarecer que a Doutrina não é Kardecista e sim dos
Espíritos. Allan Kardec foi o codificador dessa Doutrina, ou seja, através de
método científico, reuniu e compilou, com a ajuda de vários médiuns, as
informações que hoje conhecemos editadas nos livros básicos da Doutrina
Espírita.
Quanto à diferença entre “entidades de luz”, ou seja, espíritos de luz e os orixás do Candomblé; esta reside no fato de que os espíritos de luz encontram-se em elevada condição de evolução moral, estando, portanto, livres das sensações materiais.
Sem dúvida que as oferendas que recebem os “orixás” os prendem à matéria.
Quanto à diferença entre “entidades de luz”, ou seja, espíritos de luz e os orixás do Candomblé; esta reside no fato de que os espíritos de luz encontram-se em elevada condição de evolução moral, estando, portanto, livres das sensações materiais.
Sem dúvida que as oferendas que recebem os “orixás” os prendem à matéria.
Respostas sobre UMBANDA É
CANDOMBLÉ dadas pelo médium mineiro CHICO XAVIER no programa Pinga Fogo de 1971
Da Obra “Plantão De Respostas “ –
Emmanuel E Francisco Cândido Xavier.
CHICO
XAVIER FALA DE SEUS BENS MATERIAIS
“Partirei desta vida sem
um níquel sequer... Tudo o que veio a mim, em matéria de dinheiro,
simplesmente, passou por minhas mãos. Graças a Deus, a minha aposentadoria dá
para os meus remédios... Roupas?! Os amigos, quando acham que eu estou
malvestido, me doam... Sapatos, eu custo a gastar um par... Em casa, a nossa
comida é simples... Não tenho conta bancária, talão de cheques, nenhuma
propriedade em meu nome, a não ser esta casa que eu já passei em cartório para
outros, tenho apenas o usufruto... Nunca tive carros, nem mesmo uma carroça...
De modo que, neste sentido, nada vai me pesar na consciência. Fiz o que pude
pelos meus familiares, se não fiz mais, é porque mais eu não podia fazer...
Nunca contei o dinheiro que trazia no bolso, mesmo aquele que alguns amigos
generosos colocavam no meu paletó...”
CHICO XAVIER FALA SOBRE ALIENÍGENAS
O
texto que publico abaixo é da autoria de Geraldo
Lemos Neto baseado em suas conversas com Chico Xavier. Segue sua publicação
na íntegra:
"Há muito que tencionava relatar este caso de
nossas conversas com o Chico, e que não vi ninguém mais registrar até agora.
Pois bem, aproveito a oportunidade de seu próximo aniversário em 2 de Abril
para o registro que farei por seu intermédio...
Em nossas conversas nas madrugadas em sua casa,
muitas vezes eu perguntava ao Chico sobre o Universo, as galáxias e suas
nebulosas e estrelas com os planetas que se movimentam em seu derredor. Ele me
falava com muita vivacidade sobre o assunto, inclusive sobre a existência de
humanidades muito mais avançadas que a nossa, espalhadas pelo sem fim dos Multiversos.
Chico Xavier inclusive nos contou que já havia
estado com visitantes de outros orbes, e ao expressar a ele a minha vontade de
também um dia vir a conhecê-los ele foi enfático :
"Você deve ter muito cuidado Geraldinho,
porque embora a maioria das civilizações que já desvendaram os segredos das
viagens interplanetárias serem de grande evolução espiritual e votadas ao Bem e
à Fraternidade Geral, há também aqueles outros que somente se desenvolveram no
campo da técnica, enregelando sentimentos mais nobres no coração.
Representantes dessa outra turma também têm nos visitado mas com objetivos
escusos. Para eles nós somos tão atrasados que eles não prestam nenhuma atenção
às nossas necessidades e sentimentos. São eles que raptam pessoas e animais
para experiências horrorosas em suas naves. Quanto a esta turma nós devemos ter
muito cuidado. Uma vez eu estava indo de Uberaba a Franca para visitar a irmã
de Vivaldo, Eliana, que havia passado por uma cirurgia no coração naquela cidade.
Dr. Elias Barbosa foi dirigindo o automóvel na companhia de Vivaldo e eu, que
fiquei no banco de trás. Pois bem, íamos lá pelas 3 horas da manhã, na
madrugada, para evitar o trânsito, e a meio caminho uma luz meio baça, na cor
alaranjada envolveu o automóvel e passou a segui-lo. Dr. Elias achou por bem
encostar o carro e esperamos os três para ver o que ia acontecer.
Intuitivamente comecei a orar, pedindo aos amigos que me acompanhassem na
prece. O espírito de Emmanuel se fez presente e nos solicitou redobrada
vigilância. A nave apareceu então no pasto ao lado iluminando toda a natureza
em torno com a sua luz alaranjada e baça. Ela pairou no ar sem tocar o solo e
do meio dela saiu uma luz mais clara ainda de onde desceu uma entidade
alienigena. Ela tinha uma aparência humanóide, mas muito mais alta com cerca de
3 metros de altura, esquelética.
Senti um medo instintivo e roguei ao Senhor que nos
afastasse daquele cálice de amarguras, que pressentia com o auxílio de
Emmanuel. Subitamente a entidade parou e desistiu de nós, retornando para a sua
nave. Depois o veículo interplanetário elevou-se do solo e eu vi perfeitamente
uma vaca sendo levada até o seu interior como se levitasse até lá. Em seguida a
nave desapareceu de nossas vistas com velocidade espantosa.
O espírito de Emmanuel me revelou então que estes
irmãos infelizmente não eram vinculados ao Bem e ao Amor, eram sociedades que
pilhavam planetas em busca de experiências genéticas estranhas. De vez em
quando abduzem homens e animais para suas aventuras laboratoriais. Segundo
Emmanuel somente não fazem mais porque
Nosso Senhor Jesus estabeleceu normas e guardiães
para proteger a Humanidade Terrestre ainda tão ignorante quanto às realidades
siderais, em sua infância planetária.
Então meu filho, se você avistar alguma entidade
com as características que eu lhe dei, 3 metros de altura e corpo humanóide
esquelético, corra, Geraldinho... Pernas pra que te quero !!! - E riu-se o
Chico com seu modo característico.
Não contive a pergunta : Mas eles são minoria não é Chico ? E como serão os alienígenas
bonzinhos ?
Ao que ele me respondeu : Ah! São magníficos. Os
que eu conheci são criaturas de muito baixa estatura, de cerca de 1 metro
apenas. São grandes inteligências e por isto mesmo têm uma cabeça de tamanho
avantajado em relação à nossa, com grandes olhos amendoados e meigos, capazes
de divisar todas as faixas de vida nos diversos planos de matéria física e
espiritual. Não possuem narizes, orelhas e sua boca é apenas um pequeno
orifício. Seus sistemas fisiológicos são muito diferentes dos nossos e já não
possuem intestinos. Toda a sua alimentação é apenas líquida. São de uma bondade
extraordinária e protegem a civilização terrena assumindo um compromisso com
Jesus de nos guiar para o Bem. Um dia, Geraldinho, que não vai longe, eles
terão permissão para se apresentarem a nós à luz do dia, trazendo-nos avanços
tecnológicos, médicos e científico nunca dantes imaginados.
Fiquei imaginando como o Universo deve ser vasto, e
o quanto o Chico sabia sobre ele e ficava calado!
Tempos depois dessa conversa perguntei ao Chico
sobre Hitler. Onde estaria o espírito de
Hitler ? Chico então me contou uma história muito interessante. Segundo
ele, imediatamente após a sua desencarnação, o espírito de Hitler recebeu das
Altas Esferas uma sentença de ficar 1.000 anos terrestres em regime de
solitária numa prisão espiritual situada no planeta Plutão. Chico explicou-me
que esta providência foi necessária não somente pelo aspecto da pena que se lhe
imputara aos erros clamorosos, mas também em função da Misericórdia Celeste em
protegê-los da horda de milhões de almas vingativas que não o haviam perdoado
os deslizes lamentáveis. Durante este período de 10 séculos em absoluta solidão
ele seria chamado a meditar mais profundamente sobre os enganos cometidos e
então teria nova chance de recomeçar na estrada evolutiva.
Quando o espírito de Gandhi desencarnou, e ascendeu
aos Planos Mais Altos da Terra pela iluminação natural de sua bondade
característica, ao saber do triste destino do algoz da humanidade na II Grande
Guerra Mundial, solicitou uma audiência com Jesus Cristo, o Governador
Espiritual da Terra, e pediu ao Cristo a possibilidade de guiar o espírito de
Hitler para o Bem, o Amor e a Verdade. Sensibilizado pelo sacrifício de Ghandi,
Nosso Senhor autorizou-o na difícil tarefa e desde então temos Gandhi como dos
poucos que se aproximam do espírito de Hitler com compaixão e amor...
Impressionado perguntei ao Chico : Então Chico, o Planeta Plutão é uma planeta
penitenciária ?
E ele me respondeu : É sim, Geraldinho. Em nosso
Sistema Solar, temos penitenciárias espirituais em Plutão, em Mercúrio e na
nossa Lua terrena. Eu soube por exemplo que o espírito de Lampião está preso na
Lua. É por isso que alguns astronautas que lá pisaram, sentindo talvez um frio
na alma, voltaram à Terra meio desorientados e tristes. Soube de um até que se
tornou religioso depois de estar por lá !
Como vemos o nosso Chico era capaz de desvendar
muitos mistérios em torno da organização da vida mais além ! E com que
simplicidade e naturalidade ele nos falava dessas coisas ..."
Amigo e amigas que admiram
Chico Xavier e seguem nosso blog (GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC), esta apostilas
contem, apenas, algumas de muitas histórias de Chico Xavier. Assim que
encontrarmos mais, acrescentaremos aqui. Portanto, esta apostila não está
acabada. Ela é apenas um presente do GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC à memória de
Chico Xavier. Que hoje, 02 de abril, lembramos a data de seu nascimento.
Um forte abraço a todos!
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