quarta-feira, 25 de setembro de 2013

SÍMBOLOS NAS PALAVRAS


Em nos reportando à indulgência, recorde-se que o verbo pode ser definido em variadas comparações.
A palavra de bondade é uma semente de simpatia.
A frase de acusação é um golpe agravando a ferida que nos propomos curar.
O conceito otimista é luz no caminho.
O grito de cólera é curto-circuito na sistemática das forças em que venha a surgir.
O diálogo construtivo é terapêutica restauradora.
O comentário deprimente é pasto da obsessão.
A nota de esperança é porta de paz.
O conceito pessimista é nuvem enregelante.
A frase calmante é ingrediente de paz.
O verbo agressivo é indução à doença.
Conversando podemos criar saúde ou enfermidade, levantar ou abater, recuperar ou ferir.
A nossa palavra enfim pode ser uma pancada ou uma bênção.
E o uso dessa força que equilibra ou desequilibra, obscurece ou ilumina, ergue ou abate está em nós.


Pelo Espírito ANDRÉ LUIZ
Do livro: BUSCA E ACHARÁS
Psicografia de FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Colônias Espirituais no Brasil

Colônia Espiritual, cidade espiritual, comunidade espiritual ou mundos transitórios é o lugar onde vivem os espíritos após a morte. Existem vários tipos de colônias espirituais, temos: Colônias correcionais, de estudo e desenvolvimento das artes, socorristas, pesquisa no autoconhecimento e científicas e várias outras. Lá os espíritos trabalham, mandam mensagens espirituais para as pessoas encarnadas, se recuperam, preparam-se para encarnar novamente, além de muitas outras coisas.

Vamos citar nessa postagem algumas colônias espirituais situadas sobre o Brasil, mostraremos sua localidade e sua função como colônia espiritual, vamos a elas:

- Colônia Regeneração: Localizada nas proximidades de Goiânia até Brasília, esta Comunidade trabalha com a recuperação de espíritos mutilados no períspirito, além de proceder com atendimentos fluídico concentrados, terapias, academias, tudo com o intuito de renovação interior.

- Colônia Amigos da Dor: Encontra-se no norte de Minas e extremo sul da Bahia. Realiza socorro a recém-desencarnados através de missas. Os espíritos servidores dessa Colônia prestam atendimento em igrejas, santas casas de misericórdia e é uma das mais antigas Colônias em terras brasileiras.

- Colônia Redenção: Se situa no leste da Bahia em formato mais ou menos triangular. Sendo uma grande referência no mundo espiritual, esta Colônia realiza um grande trabalho em laboratório fluídico por intermédio de seus socorristas na Terra. Encontra-se lá um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o mundo já viu, começando pela história de Jesus em cenas vivas.

- Colônia Arco-Íris: Esta Comunidade Espiritual é localizada na região norte do Brasil, indo de Porto Velho (RO) a Manaus (AM) em linha reta. Seus servidores oferecem grande amparo aos encarnados e conhecidos como “filhos do arco-íris”.

Colônia Raios do Amanhecer: Localizada na parte central do planeta, tendo maiores núcleos no Brasil, no norte do Amapá. Seus diferentes núcleos espalhados por vários países representam uma atividade diferente. No Brasil se parece com um grande parque infantil, pois é um mundo espiritual de crianças.

- Colônia Bom Retiro: Localiza-se no Paraná tendo um formato de losango. Além de dar socorro aos desencarnados, ela tem como principal função dar a volta ao reequilíbrio do espírito.

- Colônia Padre Chico: Situada no Triangulo Mineiro, é também conhecida no mundo espiritual como Colônia das Margaridas. É uma colônia muito movimentada, pois nela tem espíritos abrigados para socorro e para trabalhar em nome de Cristo.

- Colônia da Praia: Fica no sudeste do Espírito Santo. É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvem estudo e mantém observação atuando no equilíbrio exercido pelo Oceano.

- Colônia Nova Esperança: Localizada bem próximo de Palmelo (GO), esta Colônia tem como função a catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no planeta, que hoje em dia é de aproximadamente 30 bilhões de espíritos.

- Colônia das Águas: Situa-se próxima à entrada do rio Amazonas, Sua especialidade é receber os desencarnados por problemas circulatórios e que foram afetados no períspirito.

- Colônia Morada do Sol: Encontrada na parte leste do Brasil e se estendendo até o norte da Bahia. Esta Colônia coordena equipes espalhadas pelo planeta, os servidores levam amparo aos portadores de “doenças tropicais” encarnados.

- Colônia das Flores: Sendo uma das maiores colônias espirituais, ela inicia na parte centra de Santa Catarina indo até Goiás, tendo pontos no Paraná e adentrando São Paulo. Especializada em socorro aos desencarnados vítimas de câncer e que geralmente conservam esta impressão no períspirito.

- Colônia Gramado: Sobre o Rio Grande do Sul, possui vários núcleos de atendimento socorrista. Entre elas destacam-se as colônias “Das Orquídeas”, “Girassóis”, “Do Guaíba” e “Estrela D’alva”, todas recebem o nome de Colônia Gramado. Específica em trabalhos de técnicas de estudo relacionados à coluna vertebral, coordenação motora das pernas e dos pés.

- Colônia das Montanhas: Encontrada no noroeste de Minas Gerais, próximo à divisa de Goiás. Adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolve toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.

- Colônia Estudo e Vida: Fica no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. Tem por finalidade o estudo da vida. Possibilita que todos os espíritos tenham autoconhecimento para compreender próprios conflitos e desencontros para qualquer assunto.

- Colônia das Violetas: Situada entre Amazonas, Tocantins, Paraná e Mato Grosso, está Colônia realiza técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas.

- Colônia do Sol Nascente: No sudoeste do estado de São Paulo, esta Comunidade apresenta um setor de preparação do espírito para reencarnar, aguardando um momento determinado por Deus.

- Colônia do Abacateiro: Abrangendo os estados de Goiás e Mato Grosso, esta Cidade Espiritual é toda cercada por abacateiros e desenvolve técnicas e atendimentos renais, tanto no períspirito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal.

- Colônia do Rouxinol: Ao norte do Brasil, no Maranhão, a Colônia passa uma profunda sensação de paz e ali ficam espíritos que desencarnaram após longo período de enfermidade ou que tiveram morte súbita.

- Colônia do Moscoso: Encontra-se na parte centro-leste do Espírito Santo, esta Comunidade tem o formato de um retângulo e com características orientais, fundada por Moscos (povos que habitavam o Mar Negro e o Mar Cáspio). A Colônia desenvolve técnicas que auxiliam o espírito a desenvolver a autodescoberta, como essência divina.

Além destas temos outras, como: Nosso Lar, Colônia Socorrista Moradia, Colônia Campo da Paz, Casa Transitória de Fabiano,  Colônia Redenção,  Colônia da Música,  Colônia Espiritual de Eurípedes Barsanulfo, Colônia Alvorada, Nova Colônia, Casa do Escritor, Colônia Triângulo Rosa e Cruz, Sanatório Esperança, Moradias Colônia Porto da Paz,  Instituto de Confraternização Espírito Meimei, Colônia A Cruzada, Colônia Gordemônio

Espero que tenham gostado dessa portagem, para entenderem melhor o que é uma colônia espiritual.  É bom lembrar...Que as cidades espirituais que se localizam mais próximas a terra, normalmente são planos transitórios. Existem outros planos superiores e também inferiores.Nas colônias os espíritos aprendem a se desligar da matéria, alguns lentamente, outros com uma adaptação mais depressa. Cada espírito é um espírito, e seu tempo em determinada colônia, em um plano inferior ou em até mesmo quando reencarnado é relativo.Nas colônias existem animais, pois eles são princípios espirituais que estão a caminho da evolução, da mesma forma que nós procuramos progredir. Eles também reencarnam e são bem utilizados, cuidados e amados no mundo espiritual.

No Brasil existem mais colônias do que as mostradas aqui. Este é um trabalho que pretende mostrar uma pequena noção do que é e como se localizam as colônias e moradas. Como disse nosso mestre Jesus: "Há várias moradas na casa do meu pai."

Além das colônias que foram criadas recentemente, existem colônias Indígenas. Apesar disso não existe colônias para católicos, separados dos espíritas, assim como não se separam celebridades e fãs, todos somos iguais, apenas diferenciados pelo nosso pensamento, não pela cor ou pelo credo. Mas devemos lembrar que os espíritos mantém sintonia, seja com o bem ou com o mal, isso é que definirá onde irá se encontrar.Lembrando que existem colônias especializadas em desenvolvimento tecnológico, existem as que preparam trabalhadores para trabalharem nos Grupos Espíritas e em outros núcleos também que trabalham com amor e para o amor, como as casas de Umbanda. Tem colônias que trabalham como pronto-socorro e outras como grandes editoras, espíritos que trabalham para trazerem obras magníficas para nós encarnados. Espero ter ajudado e não confundido.

Fórum Espírita


Colônias Espirituais

Colônias espirituais são cidades no plano espiritual, onde vivem os desencarnados.

Vejamos um resumo do que Patrícia nos relata em seu livro Vivendo no Mundo dos Espíritos:

“Em todos os locais em que há cidades materiais há um espaço espiritual e nele ficam os postos de socorro* e as colônias. Pequenas localidades de encarnados, como vilas e cidadezinhas, também têm seu espaço espiritual, só que às vezes não têm colônias e seus habitantes, ao desencarnar e se tiverem condições, vão para as colônias vizinhas. Cada cidade na Terra possui seu núcleo espiritual correspondente. A Índia e o Tibete têm colônias encantadoras, de uma arquitetura diferente, em que usam muito a cor dourado-clara.”

Existem vários tipos de colônias espirituais, com várias finalidades. As colônias não são iguais, mas a maioria possui a mesma base organizacional, com sistemas de defesa, hospitais, escolas, jardins, praças, locais para reuniões e palestras, governadoria, entre outros, sempre de acordo com a finalidade específica de cada local.


Patrícia, em Vivendo no Mundo dos Espíritos, nos fala a respeito das colônias de estudo: “as colônias de estudo são somente uma escola ou universidade. Nelas há alojamentos para os professores e para os alunos, salas de aula, bibliotecas e imensas salas de vídeo.”

No livro A Casa do EscritorPatrícia fala-nos sobre a colônia de mesmo nome, destinada ao estudo dos desencarnados que pretendem trabalhar, junto aos médiuns encarnados, ditando textos, através da psicografia. Os desencarnados que irão reencarnar como médiuns também passam um período preparando-se para tal missão estudando em colônias como esta. Os desencarnados ligados às colônias de estudos também associam-se, através da inspiração, a jornalistas e escritores encarnados. A casa do escritor é móvel, ou seja, movimenta-se no plano espiritual, levando seus habitantes aonde seja mais necessária sua presença. Vejamos um resumo do que ela nos conta a respeito dessa colônia:


“A colônia de estudo não tem sistema de defesa. Todos os que nela habitam vibram numa mesma intensidade, sustentando-a. E só consegue vê-la quem vibra igual. A colônia está suspensa no ar, como que em cima de uma grande e sólida nuvem. Para os encarnados, no lugar não existe nada, não é perceptível à visão deles e, também, dos desencarnados que não se sintonizam com suas vibrações.”

Em A Casa do EscritorPatrícia descreve ainda a colônia Triângulo, Rosa e Cruz, uma colônia intermediária entre o Oriente e o Brasil, habitada por orientais e brasileiros. Está localizada no espaço ao centro do Brasil, não muito longe da colônia Nosso Lar, um pouco mais para o norte.


Nosso Lar, por sua vez, é uma colônia situada no espaço espiritual do Rio de Janeiro e que nos foi descrita por André Luiz através do livro homônimo, assim como no livro “Cidade no Além”, onde a médium Heigoriana Cunha, através de desdobramento espiritual durante o sono (amparada pelo Espírito Lucius), visitou por várias vezes a cidade e por conta desta experiência (logo após o retorno desses seus desdobramentos), pôde realizar desenhos mediúnicos mostrando o plano piloto da colônia, alguns de seus edifícios e sua localização nas esferas espirituais da Terra, além de nos passar algumas informações a respeito desta maravilhosa colônia.


A colônia Nosso Lar divide-se em setores de trabalho, lazer e residenciais, como qualquer grande cidade terrena. É administrada por um Governador Espiritual. Possui 6 Ministérios, orientados, cada um, por 12 Ministros, totalizando assim, 72 Ministros. Os Ministérios de Nosso Lar são: da regeneração, do auxílio, da comunicação, do esclarecimento, da elevação e da união divina. Nosso Lar apresenta em sua planta um formato semelhante a uma grande estrela de seis pontas, ficando a Governadoria ao centro e em cada ramificação lateral a área destinada a cada um dos ministérios. Conta ainda com postos de socorro espiritual espalhados por vários pontos das regiões do Brasil.


Postos de socorro são locais para onde geralmente os espíritos socorridos do umbral (região espiritual onde ficam os espíritos endurecidos, como os suicidas, assassinos, entre outros) ou por ocasião do desencarne são levados e onde têm permanência transitória, lá eles são amparados e orientados. São locais menores de socorro imediato na crosta e no umbral. Podem ser grandes, médios ou pequenos. Não são cidades, embora alguns postos possuam as mesmas repartições que uma cidade. Estes postos também são chamados de casasmansões etc.


Sugestão de leitura acerca do tema:

Nosso Lar” – André Luiz (autor espiritual) / Psicografado por Francisco Cândido Xavier
Violetas na Janela” – Patrícia (autora espiritual) / Psicografado por Vera Lúcia M. de Carvalho
Vivendo no Mundo dos Espíritos” – Patrícia (autora espiritual) / Psicografado por Vera Lúcia M. de Carvalho
A Casa do Escritor” – Patrícia (autora espiritual) / Psicografado por Vera Lúcia M. de Carvalho



ESPÍRITA NA NET

COLÔNIAS ESPIRITUAIS: NO BRASIL E EM ISRAEL

Aos dezesseis anos de idade, despertou-me a curiosidade de saber como se vivia “do lado de lá”. Ao ganhar de um amigo Espírita o exemplar do livro Nosso Lar, fiquei sabendo como vivem os espíritos desencarnados na outra dimensão, segundo as narrativas do Espírito André Luiz (pelo médium Chico Xavier), que foi médico em sua última existência na Terra, descrevendo a vida deles em “Nosso Lar”, cidade localizada no mundo espiritual.

André Luiz conta que, após a sua desencarnação, permaneceu durante oito anos em estado de perturbação no plano espiritual, em consequência dos erros cometidos, principalmente, na sua juventude. Depois de ser socorrido por uma equipe de Benfeitores Espirituais residentes em “Nosso Lar”, ele foi levado para tratamento em um hospital dessa cidade, na condição de enfermo espiritual.

Já refeito do seu desequilíbrio, André Luiz descobriu um mundo palpitante pleno de vida e atividades, constatando que os Espíritos desencarnados procedentes da Terra, assim como ele, passam por um estágio de recuperação e educação espiritual em diversos departamentos especializados dessa cidade. Constatou, também, que lá existem setores visando o planejamento de novas reencarnações na Terra para esses espíritos, que tratam da escolha da família, da configuração do seu novo corpo, do mapa das provas que deverão passar, etc.

“NOSSO LAR” COMPROVADA POR OUTRO MÉDIUM
  
A existência dessa cidade foi comprovada posteriormente pela médium Heigorina Cunha, que durante o sono, em desdobramento espiritual, visitou varias vezes “Nosso Lar” utilizando a volitação, que é a faculdade que o espírito goza para deslocar-se pelo espaço afora. Ao despertar no corpo, Heigorina desenhava o que via em suas visitas durante a emancipação de sua alma ao dormir, retratando jardins, avenidas, prédios e até a planta baixa da cidade, que abriga cerca de um milhão de espíritos desencarnados. Esses desenhos estão reunidos no livro Cidade no Além, trabalho mediúnico que recebeu a assistência pessoal do médium Chico Xavier; além disso, a guisa de introdução, o Espírito André Luiz, pelo próprio Chico, apresenta 22 anotações em torno de “Nosso Lar”.

  “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” E AS COLÔNIAS ESPIRITUAIS  

Na questão 234 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec formulou a seguinte pergunta aos Espíritos Instrutores, no item “Mundos Transitórios”, quando aborda questões relativas à “Vida Espírita”:

  
234 – “Há de fato, como já foi dito, mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes?

   RESPOSTA - “Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação temporária, espécies de bivaques de campos onde descansem de uma demasiada longa erraticidade, estado este sempre penoso. (...)
  
É claro que, como são graduais as revelações dos Espíritos Superiores à humanidade, eles não poderiam em 1857 falar de comunidades de Espíritos errantes, isto é, de espíritos que aguardam novas reencarnações até chegar à perfeição espiritual, habitando cidades estruturadas em edificações de natureza sólida na atmosfera terrestre sobre terreno fértil à vegetação, e em tudo com estreita semelhança ao que conhecemos na crosta. Seria bem possível que os adversários do Espiritismo, diante dessa revelação, e de tamanha heresia, mandassem reacender certamente uma fogueira inquisitorial para queimar Allan Kardec como herege. Só para ilustrar o que digo, nos idos de 1980, quando estive pessoalmente com Chico Xavier em sua casa em Uberaba, ele me contou que, quando estava psicografando o livro Nosso Lar, na década de 30, foi taxado de “médium fascinado”, criando uma situação que o deixou bastante confuso na época.

Porém, para desfazer tudo isso, o Benfeitor Espiritual André Luiz levou-o em desprendimento num ponto bem acima de “Nosso Lar”, para que ele visse de cima a cidade e pudesse constatar a realidade do que estava psicografando. Nesse momento, Chico esclareceu-me, ainda, que o que ele viu naquela noite, está exatamente desenhado no mapa da planta baixa da colônia pela médium Heigorina Cunha, apresentado no livro Cidade no Além.


OUTRAS COLÔNIAS
  
No livro Quando se Pretende Falar da Vida, o jovem de formação israelita Roberto Muszkat, desencarnado em 14 de março de 1979, apresenta 22 mensagens psicografadas através do médium Chico Xavier, endereçadas aos seus pais e familiares. Na mensagem de 16 de novembro de 1979, ao relatar para a mãe o seu desligamento do corpo, diz da ajuda de seu avô Moszek Aron, o qual, ao pronunciar as palavras “Leshaná Habaá bi- Yerushalayim” (era um adeus, significando o ano que vem em Jerusalém), tranquilizou-o, e  fê-lo dormir como uma criança.

Quando acordou, viu-se num leito alvo com a sua avó Rachel velando por ele. Depois de algum tempo, viu seu avô Moszek, que o levou ao encontro de outros espíritos amigos para um recinto dedicado à oração, no amplo educandário-hospital. Esses amigos cantaram o hino Shalom Aleichem (hino que dá as boas vindas aos anjos da paz, cantado na sexta-feira à noite) e seu avô, em seguida o abençoou. As lágrimas banharam seu rosto, enquanto seu avô promovia o Seder (reunião festiva na primeira e segunda noite da Páscoa judaica), em cuja reunião teve a oportunidade de fazer muitas perguntas.

Diz ainda textualmente na mensagem o espírito Roberto Muszkat:
  
“Vim, a saber, então, que me achava em Erets Israel (Terra de Israel), ou Terra do Renascimento, cuja beleza é indescritível. Ali, naquela província do Espaço Terrestre, se erguia uma outra cidade luminosa dos Profetas (...). Com estes apontamentos não quero dizer que estava tanto quanto prossigo, numa cidade privilegiada, porque outras nações as possuem nas esferas que cercam o Planeta, mas aquele recanto era o meu coração pulsando com milhares ou milhões de outros corações, consagrados ao Pai Único”.
  Diante dessas informações, acredito que devam existir milhares de colônias em torno da Terra, cada uma reunindo espíritos afins de acordo com a raça, religião, cultura, progresso moral, etc. Admitindo-se que em torno da Terra vivem em torno de 13 bilhões de Espíritos desencarnados, e dividindo tal valor por um milhão de espíritos em cada colônia (tomando por base a população de Nosso Lar), teremos no mínimo 13 mil colônias espalhadas por todo o espaço em torno da Terra.  

PROVAS CIENTÍFICAS
  
Agora, se dependermos da oficialização da Ciência humana para comprovar a existência de colônias espirituais, lembremos que, se Allan Kardec precisasse da confirmação científica da existência da alma ou da reencarnação para publicar O Livro dos Espíritos, até hoje ele estaria aguardando o pronunciamento oficial e por muito tempo ainda. Ora, não podemos perder de vista o aspecto REVELADOR do Espiritismo, que se antecipou ao conhecimento humano a respeito da existência da alma e da reencarnação, inclusive à do perispírito.

Exemplo dessa antecipação reveladora do Espiritismo é o caso da existência de água no solo de Marte. Desde 1939 o Espírito Humberto de Campos, através do médium Chico Xavier, no livro Novas Mensagens, fala dessa existência; no entanto, somente em 2004, ou seja, 65 anos após a publicação dessa obra, a NASA apresentou as primeiras provas químicas e geológicas diretas da existência de água no passado. Porém, em 31 de julho de 2008, com a sonda Phoenix o cientista William Boynton, da Universidade do Arizona, declarou que “eles tinham evidência de gelo nas observações da sonda Mars Express, mas essa é a primeira vez que a água em Marte é tocada”.


Se para “tocar” coisas materiais a ciência humana levou mais de 60 anos para confirmar a mensagem mediúnica, que dirá para “tocar coisas da dimensão espiritual”, no caso as Colônias Espirituais, como também, chegar à conclusão que a alma existe e de que ela reencarna várias vezes... Naturalmente, vamos esperar muitos séculos para tanto.

Por último, é preciso lembrar que Allan Kardec, em A Gênese, ao tratar dos “Caracteres da Revelação Espírita”, esclarece: “A revelação Espírita, por sua natureza, tem uma dupla característica: é ao mesmo tempo uma revelação Divina e uma revelação científica”. Portanto, o ônus da prova das revelações feitas pelo Espiritismo cabe à ciência humana, e não a ele.

    
Gerson Simões Monteiro Vice-presidente da FUNTARSO 

Colônias Espirituais

Um dos temas mais interessantes e complexos do Espiritismo é o das colônias espirituais. É um assunto que antecede o Espiritismo em milhares de anos, mas que ganhou uma amplitude inédita após as narrativas do livro “Nosso lar”.

O conceito de que nosso mundo é composto por várias e diferentes camadas de realidades não é novo. As mais antigas civilizações do planeta já se referiram a isso de diversas maneiras, com descrições que variavam de acordo com as crenças e as culturas que as elaboraram.

Da mesma forma, também foram diferentes as maneiras pelas quais as descrições de outros planos de existência chegaram até os encarnados: visões, revelações, sonhos, êxtases, encontros com entidades superiores, psicografias, canalizações. Os meios mudam, mas muitas vezes as descrições têm muito em comum.

No Espiritismo, as descrições das colônias espirituais – tais como a mais conhecidas de todas, “Nosso Lar” – têm lugar de destaque em muitas obras, sendo fornecidas pelos Espíritos para os médiuns.

O conhecido divulgador da Doutrina Espírita e autor Richard Simonetti concorda que essa realidade espiritual envolvendo colônias, cidades ou moradias, está presente nas informações prestadas por médiuns em todas as culturas.

Mas, ele diz, sempre de forma nebulosa e fantasiosa. Nunca de forma tão clara e precisa quantos nos ofereceu André Luiz, pela incomparável mediunidade de Chico Xavier.

Marcel Mariano, vice-presidente da FEEB (Federação Espírita do Estado da Bahia), também destaca a importância da obra “Nosso Lar” (1944, FEB). Ele diz que devemos entender as colônias espirituais como os aglomerados urbanos situados fora do plano material no qual se encontram os encarnados.

Esses núcleos estão para os espíritos desencarnados como as grandes cidades estão para nós. Sempre ouvimos essa ou aquela referência a essas colônias, até porque quem nelas esteve e morou quando na erraticidade traz vaga lembrança, desejoso de para ela voltar quando da desencarnação.

Alguns livros do século 19, de natureza mediúnica, já se referiam a tais adensamentos de seres desvestidos do corpo, mas foi tão somente com a obra de “Nosso Lar”, de autoria espiritual de André Luiz, pelo médium Chico Xavier, que o assunto ganhou uma dimensão doutrinária em nosso movimento.

Allan Kardec a elas se referiu sutilmente, conforme se pode observar pela questão proposta por ele aos Espíritos Codificadores, na questão 234 de “O Livro dos Espíritos”. O dirigente baiano também disse que existe diferença entre as colônias espirituais citadas no Espiritismo e cidades espirituais semelhantes mencionadas por outras doutrinas ou religiões.

A diferença existe, diz Mariano, e gira em torno do desdobramento, de onde esta se situa, e como funciona, o que foi feito magistralmente por André Luiz na obra já referida. As muitas citações deixam claro que elas existem, diferindo apenas pelo canal por onde vazam esses informes, que podem ser genéricos ou específicos.

Na questão 234 de “O Livro dos Espíritos”, à qual Marcel Mariano se referiu, Kardec pergunta se existem de fato mundos que servem de estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes. A resposta é que eles existem, mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que podem servir-lhes de habitação temporária, campos nos quais possam descansar de uma erraticidade demasiada longa.

São, entre os outros mundos, posições intermediárias, graduadas de acordo com a natureza dos Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de maior ou menor bem-estar.

O pesquisador, escritor e médium Eurípedes Kuhl entende que pode haver alguma semelhança entre as cidades citadas pelo Espiritismo e aquelas, por exemplo, da Grande Fraternidade Branca. Não posso afirmar categoricamente que as colônias espirituais citadas na literatura espírita sejam as mesmas referidas em outras fontes, diz Kuhl.

No entanto, nada me objeta refletir e deduzir que sim, de alguma forma assemelham-se, em parte, como a citação de esferas (degraus) espirituais, na psicosfera terrena, nas quais habitam espíritos bons e maus.

As diferenças existentes decorrem da diversidade, não só da forma de expressão humana para registrar acontecimentos, quase sempre eivada de animismo, mas principalmente em razão da cultura dos diversos povos, ao longo da história, além dos fundamentos de cada corrente do pensamento religioso.

Via de regra proclamando existência terrena única e “juízo final”, ao passo que a Doutrina dos Espíritos, e não apenas ela, professa a reencarnação – vidas sucessivas – como forma individual (por merecimento) de alcançar o progresso moral e a felicidade.

Baseando-se no livro “Colônias Espirituais”, de Lúcia Loureiro, Eurípedes levanta exemplos na história de referência a colônias espirituais – também chamadas cidades ou moradas espirituais, entre outras designações.

Os Egípcios (por volta do ano 2100 A.C.) consideravam que os mortos seriam julgados diante de Osíris (deus do mundo infernal e juiz dos mortos); daí, os bons iriam para locais venturosos e os maus, para lugares tenebrosos, sem luz e sem alimentos, para sempre. Os Persas (1500 A.C.) proclamavam mais ou menos as mesmas condições dos egípcios, com a diferença de que no fim até os maus se salvariam.

Para os Gregos (500 a 400 A.C.), os bons – os deuses – estavam no Olimpo; quanto aos demais, após a morte haveria um julgamento presidido por “Hades” (um dos 12 deuses do Olimpo, senhor das profundezas subterrâneas, os infernos); os bons iriam para os “Campos Elíseos”, mansão dos bem-aventurados; os ímpios eram atirados ao “Tártaro” (lugar de expiação).

Sócrates e Platão filosofavam (intuíam) que as almas, após permanecerem por algum tempo no Hades, retornariam à vida terrena (antecedentes da reencarnação). Jesus declarou sumariamente a existência de “muitas moradas na Casa do meu Pai”.

Dante Alighieri (1265–1321), de acordo com o pensamento da idade Média, afirmou, na “Divina Comédia”, que na semana Santa do ano de 1300, desdobrou-se espiritualmente e, após atravessar os nove círculos do inferno, viu como é a vida no mundo do Além.

Emmanuel Swedenborg (1688-1772), sueco de grande cultura, precursor do Espiritismo, narrou ter recebido revelações espirituais. Numa delas, descreveu a visão que teve do mundo espiritual, citando, entre tantos detalhes, a existência de cidades, palácios, casas, livros, etc.

Eurípedes também se referiu ao fato de Kardec ter tocado levemente no tema das colônias ou cidades espirituais. Allan Kardec, de fato, foi econômico quanto a citações referentes a cidades espirituais, diz Kuhl, no entanto, relacionando ainda outra questão de “O Livro dos Espíritos”, a de número 86, na qual os Espíritos informam claramente que “... é incessante a correlação entre o mundo espírita (espiritual) e o mundo material.

Segundo Kuhl, infere-se daí que no plano espiritual há cidades e tudo o mais que temos aqui. “Sem pieguismos, minha ilação é que lá tem muito mais do que aqui.”

Posteriormente, segundo nos explica Eurípedes, Kardec deixou pequenas notas sobre habitações espirituais. Por exemplo, na “Revista Espírita”, de agosto de 1868, refere-se a cidades na espiritualidade, com comentários sobre habitações em Júpiter, com moradas e edifícios para varias finalidades. E em “O Céu e o Inferno”, registra o depoimento do Espírito da condessa Paula, dando conta das moradas aéreas, iluminadas por cores sublimes.

Para Simonetti, ainda que não existam descrições detalhadas sobre colônias espirituais na obra de Kardec, ele não ignorava sua existência, já que a condição gregária, isto é, a necessidade de conviver para evoluir, é uma característica  do espírito imortal. Não teria sentido imaginá-lo a viver de forma solitária na espiritualidade. Marcel Mariano entende que Kardec preocupou-se mais com a situação do Espírito no além do que como o lugar em que ele estava situado.

O presidente da Funtarso (operadora da Rádio Rio de Janeiro), Gerson Simões Monteiro, lembra que as revelações dos Espíritos Superiores à humanidade são graduais e, assim, em 1857 eles não poderiam falar de comunidades de Espíritos habitando cidades estruturadas em edificações de natureza sólida na atmosfera terrestre.

Quando estive pessoalmente com Chico Xavier em sua casa em Uberaba, nos idos de 1980, diz Gerson, ele me contou que quando estava psicografando o livro “Nosso Lar” foi tachado de “médium fascinado”. Ele mesmo estava meio confuso com toda aquela situação.

Certa noite, o Espírito André Luiz levou-o em desprendimento num ponto bem acima da cidade de “Nosso Lar”, para que ele visse de cima a cidade e pudesse constatar a realidade do que estava psicografando. E, nesse momento, esclareceu-me ainda que o que ele viu naquela noite está exatamente no mapa desenhado no livro “Cidade no Além, 1983” pela médium Heigorina Cunha.

Essa médium comprovou a existência da cidade em desdobramento espiritual durante o sono, explica Gerson Simões. Ao despertar no corpo, Heigorina desenhava o que via em suas visitas durante a emancipação de sua alma ao dormir, retratando jardins, avenidas, prédios e até a planta baixa da cidade, que abriga cerca de um milhão de espíritos desencarnados. Esses desenhos estão reunidos no livro “Cidade no Além”.

Com relação a essas colônias, lembra Eurípedes, deve-se considerar também que os Espíritos que habitam a espiritualidade são agrupados segundo o grau individual de evolução moral, sintonia, simpatias, objetivos, habilidades, tendências, hábitos, suas necessidades de aprendizado, de evolução moral. Assim, é de se imaginar que podem existir colônias espirituais que reúnam apenas determinados tipos de Espíritos. Podem existir até mesmo colônias “do mal”.

Espíritos trevosos, portanto infelizes, explica Kuhl, reunidos em falanges, constroem cidades no mundo espiritual, onde exercem tirania, subjugando incautos. Como por exemplo, citamos o capítulo II da obra “Libertação” (1949, FEB), do autor espiritual André Luiz, com psicografia de Chico Xavier.

Ainda, no capítulo XIV a impressionante descrição de uma cidade espiritual estranha, comandada por infortunado quanto poderoso governador: naquela cidade residem centenas de milhares de espíritos alienados e doentes. Construções no mundo espiritual, para o bem ou para o mal, obedecem ao manejo da vontade e do pensamento do espírito (O livro dos Médiuns, capítulo VIII e a Gênese, capítulo XIV, item 13).

Marcel Mariano segue pela mesma linha de raciocínio, lembrando a mesma obra “Libertação”, além de “Sexo e Obsessão” (Leal), de Manoel Miranda psicografado por Divaldo Franco:

“Entendemos, à luz dos ensinamentos espíritas, que os Espíritos formam colônias ou aglomerados de convivência no mais além, atraídos pela afinidade de propósitos, de sentimentos, o que nos leva a admitir a existência de colônias somente de suicidas, de sexólatras, de toxicômanos, e por aí vai. E, nessa linha de raciocínio, é igualmente admissível conceber cidades ou agrupamentos espirituais inteiramente dedicados ao mal”.

Gerson Simões Monteiro acredita que devam existir milhares de colônias em torno da Terra, cada uma reunindo Espíritos afins, de acordo com a raça, religião, cultura, progresso moral, etc. “Admitindo-se que em torno da Terra vivam cerca de 13 bilhões de Espíritos desencarnados, e dividindo por um milhão, tomando por base a população de “Nosso Lar”, teremos no mínimo 13 mil colônias espalhadas por toda a psicosfera terráquea”.

Um exemplo que fundamenta o ponto de vista de Gerson é o livro “Quando se pretende falar da vida” (1984, GEEM), citado por ele. Na obra, “o jovem de formação israelita Roberto Muszkat, desencarnado em 14 de março de 1979, enviou 22 mensagens pelo médium Chico Xavier, endereçadas aos seus pais e familiares. Na mensagem de 16 de novembro de 1979, relatando para a mãe o seu desligamento do corpo, ele fala da ajuda de seu avô, Moszek Aron, o qual, ao pronunciar as palavras “leshaná habaá bi-Yerushalayim”, tranqüilizou-o, fazendo com que dormisse como uma criança”.

Ao acordar, seu avô levou-o ao encontro de outros espíritos amigos e, numa reunião, teve a oportunidade de fazer muitas perguntas. Foi assim que ficou sabendo que estava em “Erets Israel” (Terra de Israel), ou Terra do Renascimento, uma província do espaço terrestre onde se erguia uma cidade luminosa dos profetas. Ele explicou ainda que não queria dizer que estava numa cidade privilegiada, uma vez que outras nações também possuem essas cidades nas esferas que cercam o planeta.

Richard Simonetti também fala em números altos ao imaginar a quantidade de colônias que podem existir no planeta. Se considerarmos, diz ele, consoante informações do médium Chico Xavier, que a população global do planeta é perto de 25 bilhões de espíritos em evolução e que estão encarnados aproximadamente 6 bilhões e 700 milhões, será fácil concluir que há incontáveis colônias nos vários níveis espirituais do planeta.

Para Eurípedes Kuhl, são tantas as citações sobre essas colônias que imagino inviável quantificá-las. Numa comparação tosca, da qual me penitencio, cito que apenas no Brasil temos mais de cinco mil Municípios, além de uma infinidade de pequenos povoados, muitos deles sem registro nos mapas.

E no mundo? E quanto à localização dessas colônias, Eurípedes entende que só pode se saber por dedução. Considerando-se notícias vindas do Plano Maior, parece-me que, na maioria dos casos, a cada cidade terrena há uma correspondente espiritual, situada logo acima da respectiva psicosfera.

Já Marcel Mariano entende que “toda informação que indique o lugar onde uma colônia está situada, quantos habitantes possui, quantas são e como é sua estrutura político- administrativa, é matéria de fé. Pode ser rejeitada. Ninguém é obrigado a aceitar como verdade uma informação somente porque ela é de origem mediúnica. Sob hipótese alguma vou lançar fora o bom senso que deve presidir meu senso crítico, como nos recomendou Kardec.

Posso aceitar essa ou aquela informação, mas não posso prová-las materialmente. É o caso de “Nosso Lar”, que aceitamos genericamente em nosso movimento por estar lastreada pela idoneidade moral de Chico, calcada numa vida ímpar, de abnegação e desinteresse levados ao extremo em favor do próximo. Exercitemos a liberdade de pensamento acima de tudo.

Com relação às provas materiais, Eurípedes Kuhl segue pelo mesmo caminho que Marcel Mariano, entendendo que elas não existem, mas ao mesmo tempo salientando que as provas espirituais são infinitas, com lastro na fé raciocinada. Algo assim como um sofisma, ele diz, que me permito: “nunca fui ao Japão, no entanto tenho certeza absoluta de que a sua capital é Tóquio”.

Simonetti lembra que a prova está no que Kardec chamava de universalidade dos ensinos. Se, por intermédio de vários médiuns confiáveis, diz Simonetti, recebemos notícias idênticas sobre o assunto, temos aí a evidência de que existem colônias espirituais. Obviamente, é uma prova para quem a aceita. Até hoje há quem não aceite as evidências de que os americanos foram à Lua e, na Inglaterra, há uma sociedade cujos membros não acreditam que a Terra é redonda.

Marcel Mariano lembra que fotos obtidas pelo sistema VIDICOM já estão trazendo aspectos de residências e de abrigos no mundo espiritual. Essa palavra foi criada pelo pesquisador Klaus Schreiber, ao que se sabe em 1985, quando ele idealizou um sistema de comunicação com o mundo dos espíritos ou transcomunicação instrumental, com vídeo.

Consistia basicamente numa câmera em um tripé filmando a tela de uma televisão, sintonizada num canal sem imagens. Ou seja, filmava-se o “chuvisco” e, posteriormente, o filme era passado em velocidades menores; em alguns casos, são detectadas imagens.
Aguardemos, diz Marcel, que esta área da ciência experimental avance um pouco mais e nos traga confirmação desses informes de natureza mediúnica, sobretudo pela psicografia. Até lá, poderemos até acreditar, mas somente saberemos com o aval da ciência.

Gerson Simões Monteiro lembra que, se Allan Kardec precisasse da confirmação da ciência sobre a existência da alma ou da reencarnação para publicar “O Livro dos Espíritos”, estaríamos esperando o pronunciamento oficial até hoje. Não podemos perder de vista o aspecto revelador do Espiritismo, ele explica, que se antecipou ao conhecimento humano a respeito da existência da alma, da reencarnação, até mesmo a do perispírito.

Um exemplo dessa antecipação propiciada pelo aspecto revelador do Espiritismo, segundo apresenta Gerson, é ocaso da existência de água no solo de Marte. Desde 1939, ele explica, o espírito “Humberto de Campos”, pelo médium Chico Xavier, no livro “Novas Mensagens”, fala dessa existência. No entanto, somente em 2004, ou seja, 65 anos após a publicação da obra, a NASA apresentou as primeiras provas químicas e geológicas diretas da existência de água no passado.

Agora, em 31 de julho de 2008, com a sonda Phoenix, o cientista William Boynton, da Universidade do Arizona, declarou que eles tinham evidência de gelo. Se para “tocar” em coisas materiais, a ciência humana levou mais de 60 anos, o que dirá para “tocar” coisas da dimensão espiritual, no caso, as colônias espirituais, como também chegar à conclusão de que a alma existe e que ela reencarna várias vezes?

É preciso lembrar que Allan Kardec, em “A Gênese”, ao tratar dos Caracteres da Revelação Espírita, esclarece: “A revelação Espírita, por sua natureza, tem uma dupla característica: é ao mesmo tempo uma revelação Divina e uma revelação científica”. Portanto, o ônus da prova das revelações feitas pelos Espiritismo cabe à ciência humana, e não ao Espiritismo”.




Gilberto Schoereder
Revista Espiritismo e Ciência

 

ANOTE HOJE


Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje. Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.
No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.
No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.
Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.
Estimule o serviço com expressões de louvor.
Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.
Em qualquer lugar, pratique a boa influência.
Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.
Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.
Acrescente paz e reconforto à dádiva que fizer.
Evite gritar para não chocar a quem ouve.
Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.
Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.

André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Amanhece