Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.
Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.
Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.
Não dispute a paternidade das ideias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertencem, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e Senhor.
Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração.
Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.
Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.
Abandone a toda espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação.
Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na Terra com o necessário equilíbrio.
Honre a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para que você esteja realmente habilitado a servir ao Mundo e à Humanidade, hoje e sempre.
André Luiz
(Do livro “Marcas do Caminho”, Francisco Cândido Xavier)
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