Relacionamento é um tema que aflige a humanidade em todas as épocas,
desde o contato com os animais, vegetais, com a natureza, até as relações
dos homens entre si e consigo mesmo.
Quando no mundo espiritual, preparamo-nos para
uma nova encarnação, propondo-nos a ter uma vida onde possamos resgatar nossos
equívocos com irmãos de caminhada, ou reencontrarmo-nos com espíritos
afins, que nos fortalecerão na nossa evolução. No instante em que nos deparamos
novamente encarnados, reiniciamos relacionamentos que geralmente não são novos,
mas sim continuidades de nossas vivências. Devido à bagagem existente, os
relacionamentos muitas vezes são difíceis, pois ainda são predominantes o
orgulho e o egoísmo.
Não estamos libertos de
nossos vícios morais, e ainda não aprendemos a nos relacionar conosco
mesmo. Na busca de desejar conhecer o outro, visualizamos facilmente os
defeitos sem perceber que, seguidamente, enxergamos no próximo os nossos
próprios equívocos, embora sem os reconhecer.
De encarnação em encarnação temos oportunidade
de aprimorarmo-nos moralmente, de vermos em nosso semelhante um ser com as
mesmas dificuldades, buscando também, assim como nós, a compreensão e o perdão.
A questão nº 766 de O Livro dos Espíritos nos
esclarece: "Deus fez o homem para viver em sociedade e deu-lhe a palavra e
todas as demais faculdades necessárias ao relacionamento".
A partir do momento em que procuramos nos
conhecer, vivendo em equilíbrio, estamos nos preparando para uma boa
convivência com os mais próximos, iniciando na família (primeira escola do
espírito) um relacionamento maduro de ajuda mútua, contribuindo para o
progresso da sociedade. Neste instante estamos desenvolvendo em nós melhores
sentimentos, contribuindo assim para um mundo onde as relações se tornem
amigáveis e fraternas.
Sendo os nossos relacionamentos encontros ou
reencontros, Deus nos deu o livre arbítrio para agirmos de acordo com a nossa
consciência. Fazer da liberdade um caminho de luz é oportunidade inadiável,
pois quando verdadeiramente nos iluminamos, jamais apagaremos essa chama. A
inveja, o ciúme, a maledicência recuarão, mesmo que imperceptivelmente aos
nossos grosseiros sentidos. As Leis Divinas sendo justas, se somarão aos
esforços de amor e caridade que colocamos como objetivos em nossas vidas.
A luz divina existente em cada um de nós se
ilumina quando nos libertamos de nosso egocentrismo e partimos em busca de
nossa reeducação, corrigindo nossos erros e nos relacionando com Deus através
do exemplo de Jesus, amando ao próximo como a nós mesmos.
Diomar Formenton
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