domingo, 3 de novembro de 2013

Trabalhador Espírita e Tatuagens


Tatuagens são permitidas ao trabalhador espírita?

Em princípio, cabe lembrar que a Doutrina Espírita nada proíbe. No entanto, dota os indivíduos de elementos para reflexão para que decidam conscientemente. Não é a utilização de tatuagens que desmerecerá o caráter de uma pessoa. No entanto, alguns tipos de tatuagens, com motivos funestos, classificam-se como inconvenientes e impróprias para um trabalhador espírita.
Segundo 
Divaldo Pereira Franco, respeitado médium e orador espírita, pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o enchem de piercings, são almas que ainda trazem reminiscências vivas de encarnações em épocas bárbaras, quando guerreiros sanguinários se utilizavam desses meios para se impor frente aos adversários.
Necessário sairmos da superficialidade. A questão cultural é muito importante para entendermos porque alguns povos adotam certos costumes estranhos a outras culturas. Na Tailândia, fronteira com Myanmar, antiga Birmânia, existe uma tribo isolada onde 
as mulheres cultuam pescoços longos. Para tal, utilizam argolas no pescoço, desde a infância, para provocar o aumento do pescoço.
Para os integrantes da tribo, todo este procedimento é muito natural, pois faz parte de suas crenças e seus costumes. Trata-se de culto ao corpo e a beleza, sem conotação de autoagressão.
Nota-se que a compreensão espiritual dos nativos dessa tribo é bastante diferenciada do restante do mundo. Essas particularidades de entendimento implicam em consequências diferentes no mundo espiritual, pois cada qual está na situação de elevação espiritual que já tenha conquistado.
É necessário compreender o indivíduo de forma integral. As reações expressas no corpo são consequências de seus pensamentos e estes resultados das crenças, experiências e visão de mundo. Tudo é muito relativo até que se descubra como funcionam determinadas Leis Divinas. A Doutrina dos Espíritos não proíbe - esclarece. Não condena - conscientiza. Não se coloca ‘em cima do muro’, mas mostra como construir e trilhar o melhor caminho.
Uma tatuagem por si só não faz ninguém melhor ou pior. No entanto, perguntemos o que está por trás dessa tatuagem? Quais sãos os sentimentos, os anseios, as crenças daqueles que cobrem seus corpos com tais símbolos?
É preciso compreender as razões de alguém tatuar todo o corpo, camuflando-se de si mesmo. Grande parte o faz conduzido pelo modismo. Outros tantos ainda se encontram presos a hábitos de outras encarnações, que transitam do inconsciente para o consciente do indivíduo, resultando na transfiguração do indivíduo.
Espiritismo não julga, porém compreende que, com o amadurecimento, o Espírito cultivará apenas os valores que nortearão sua verdadeira vida. Tatuagens, piercings, são todas práticas transitórias. Convém perceber, contudo, se tais pessoas estão abaladas, desequilibradas emocional e espiritualmente. O que as faz quebrar a barreira do bom senso e do discernimento? Por que provocam para si as dores e sofrimentos?
Frente a tais perguntas, a Doutrina Consoladora busca no íntimo do ser o seu real problema. Convida-o ao autoconhecimento e ao exercício do autoaprimoramento. Recomenda bom senso, amor a si mesmo, equilíbrio e a busca incessante ao Pai Criador, o único que poderá nos preencher de alegria e felicidade.
Hoje a moda cobre o corpo de desenhos e objetos. Amanhã o mundo será coberto de almas verdadeiramente engajadas no trabalho de servir, deixando de lado o culto exterior – superficial – para as conquistas de valores espirituais duradouros.
Analisemos a alma para descobrir o porquê do estado do corpo. Compreendamos o profundo para entender claramente o superficial. O certo e o errado, o bem e o mal nada mais são que experiências condizentes ou não com as Leis Naturais. Valorizar o corpo e a alma é ensinamento que todos os homens compreenderão e, então, já não discutiremos assuntos superficiais, mas assuntos da alma. Deixando do lado o embrulho para valorizar o conteúdo.


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