APRENDENDO COM CHICO XAVIER
Na Prática da Solidariedade
Corria o ano de 1928, Francisco Cândido Xavier
estava na reunião do Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo, Minas
Gerais, quando algumas pessoas chegaram pedindo socorro para um mendigo cego que, sendo guiado por um companheiro embriagado,
caíra de um viaduto, de uma altura de quatro metros.
O cego sem ninguém, pois o guia tinha sumido,
vertia sangue pela boca.
Chico atendeu imediatamente e, mesmo sendo muito
pobre, alugou pequeno pardieiro, a fim de abrigar o doente, que foi atendido,
gratuitamente, por caridoso médico.
Trabalhando no comércio, o médium ficava junto ao
mendigo à noite, porém o enfermo precisava ser assistido durante o dia. Chico
Xavier providenciou a publicação de um apelo em pequeno jornal da cidade, de
circulação semanal, rogando a presença de alguém que pudesse atender ao cego
Cecílio, durante o dia. Poderia ser espírita, católico, ateu, não importava.
Decorridos seis dias e nada. Nenhum voluntário se
apresentou.
Entretanto, no final da semana, duas meretrizes,
muito conhecidas na cidade, se apresentaram, dizendo àquele jovem espírita:
- Chico lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos
servir...
- Ah! Como não? Entrem irmãs! Jesus há de
abençoar-lhes a caridade.
Todas as noites, antes de sair, elas oravam com o
Chico, perto do enfermo.
Um mês depois o velhinho estava restabelecido e
feliz. Reuniram-se, pela última vez, em prece de agradecimento a Jesus. Quando
Chico Xavier terminou a oração, os quatro choravam.
- Chico - disse uma das mulheres - a prece
modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos para Belo Horizonte,
a fim de trabalhar.
Uma foi servir numa tinturaria; a outra conquistou
o título de enfermeira.
(do livro
"Lindos Casos de Chico Xavier", de Ramiro Gama).
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