terça-feira, 1 de outubro de 2013

Vivencie sua mediunidade com consciência!


Não foi Allan Kardec quem inventou os espíritos, sabe por quê? Porque todos nós somos espíritos. O espírito sobrevive à morte do corpo carnal, ou seja, tanto os vivos (encarnados) quanto os mortos (desencarnados) são espíritos. Porém, normalmente, quando falamos em “espíritos”, nos referimos aos “mortos”. Quando o espírito está encarnado, dizemos que se trata de uma alma.
Se desde o início da história da humanidade nós morremos – pois esta é uma lei que rege a vida aqui na Terra – desde o princípio existem espíritos. É óbvio, não é?
Os fundamentos que compõem a base da doutrina espírita – como a preexistência e sobrevivência da alma e a reencarnação – foram transmitidos por espíritos através da mediunidade. São universais, pois também podem ser encontrados em diversas religiões, em várias épocas da humanidade.
 Mediunidade é o potencial que toda pessoa tem de servir como intermediária entre os espíritos e os homens. Todos a possuímos, em maior ou menor grau, porém, designamos por médiuns aqueles que exercem essa faculdade de forma ostensiva, o que não é comum. Portanto, nem todos os espíritos que reencarnam estão preparados ou têm condições para exercerem a mediunidade.
Os médiuns intuitivos e os inspirados são muito mais comuns. Mas o que seriam estas modalidades mediúnicas? Vejamos o que diz Kardec, em O Livro dos Médiuns, cap. XV, sobre os médiuns intuitivos: “A transmissão do pensamento também se dá por meio do Espírito do médium, ou, melhor, de sua alma, pois que por este nome designamos o Espírito encarnado. O Espírito livre, neste caso, não atua sobre a mão, para fazê-la escrever; não a toma, não a guia. Atua sobre a alma, com a qual se identifica. A alma, sob esse impulso, dirige a mão e esta dirige o lápis. Notemos aqui uma coisa importante: é que o Espírito livre não se substitui à alma, visto que não a pode deslocar. Domina-a, mau grado seu, e lhe imprime a sua vontade. Em tal circunstância, o papel da alma não é o de inteira passividade; ela recebe o pensamento do Espírito livre e o transmite. Nessa situação, o médium tem consciência do que escreve, embora não exprima o seu próprio pensamento. É o que se chama médium intuitivo.”
Já no caso dos médiuns inspirados, Kardec explica: “Todo aquele que, tanto no estado normal, como no de êxtase, recebe, pelo pensamento, comunicações estranhas às suas ideias preconcebidas, pode ser incluído na categoria dos médiuns inspirados. Estes, como se vê, formam uma variedade da mediunidade intuitiva, com a diferença de que a intervenção de uma força oculta é aí muito menos sensível, por isso que, ao inspirado, ainda é mais difícil distinguir o pensamento próprio do que lhe é sugerido.”
Na época da codificação espírita, grandes pesquisadores e cientistas, reconhecidos mundialmente, se propuseram a analisar os fenômenos espíritas com o objetivo de ridicularizar o Espiritismo, porém, conforme se aprofundavam em suas pesquisas, ficavam cada vez mais convencidos da veracidade dos fatos. Apesar de hoje, as manifestações de efeitos físicos, para análise, serem raras, não podemos perder o bom senso e a seriedade nos estudos; nosso ambiente de investigação não é tanto o laboratório, mas, a própria alma!


Victor Rebelo



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