terça-feira, 29 de outubro de 2013

CONCLUSÃO DA VIDA



Diante dos problemas e obstáculos do cotidiano convém estabelecer, de quando a quando pelo menos, ligeira pausa para pensar, de maneira a observarmos o rendimento das horas que a vida nos atribui, no território do tempo.
E se no curso de nossas reflexões ponderarmos:

no montante das bênçãos que temos recebido;
nas vantagens que usufruímos em confronto com as lutas e contratempos que assinalam milhares de irmãos na retaguarda;
nos resultados contraproducentes da irritação;
no caráter destrutivo de quaisquer manifestações de rebeldia ou azedume;
no lado escuro das reclamações;
no peso morto das aflições sem proveito;
nas calamidades da violência;
nos prejuízos do desânimo;
nas lições que podemos extrair das provas dignamente atravessadas;
na importância da indulgência;
nos donativos de calma e bondade que os outros aguardam de nós, a fim de consolidarem a própria segurança;
no poder da gentileza para construir a benemerência e o respeito em torno de nossa vida;
no alto significado da compreensão e da tolerância que nos decidamos a exercitar a benefício de nós mesmos;
e nos testemunhos de amor e cooperação de que somos capazes para contribuir com os Mensageiros do Cristo na preservação da paz e do bem sobre a Terra;
decerto que, acima de quaisquer desgostos e insucessos, saberíamos colocar a luz da esperança com o privilégio do trabalho, sem nos afastarmos da paciência, hora alguma.


Emmanuel 

XAVIER, Francisco Cândido. "Encontro de Paz". Por Espíritos diversos. 5ª ed. Araras, SP: IDE, 1995, cap. 5.

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