O grave problema social deste século é, sem
dúvida, o dos tóxicos.
Jovens que eram a esperança de seus lares
surgem como vultos tristes e escuros, caminhando pelas estradas dos vícios.
Vidas cheias de perspectivas promissoras quedam, estagnadas, perdidas nos
descaminhos dos erros.
O que os leva a essa tentativa inútil de fuga?
Vários são os problemas que induzem os jovens
aos desregramentos de toda espécie. O primeiro é claro, a falta de bom senso
que os tornam permeáveis aos problemas do mundo.
Mas, justamente por serem assim é que precisam
do apoio dos pais e dos educadores. Enquanto alguns possuem a força moral para
resistir às provocações do mundo a grande maioria sucumbe.
Todos os livros que tratam dos problemas dos
jovens, principalmente o que dizem respeito às drogas, reconhecem que o maior
fator da viciação é a falta de amor. Pais que vivem preocupados com o bem estar
dos filhos, e que esquecem a arma poderosa do diálogo, não os auxiliam tanto
quanto deviam. Os jovens sentem-se abandonados, e procuram na rua o apoio que
não encontram em casa.
Os pais devem explicar aos jovens quanto os
amam, e como sentem não poderem dedicar mais tempo aos filhos. Explicar-lhes
que assim procedem para lhes dar o conforto necessário. Devem, ainda, aguardar
os fins de semana para as conversas indispensáveis com os filhos.
Outro problema que atinge os jovens é a falta
de aceitação de certos pais. Amamos só os que nos amam, os que nos causam
orgulho, os que correspondem ao arquétipo social existente. Não amamos as
pessoas difíceis, carentes ou necessitadas. A grande maioria despreza o filho
excepcional abaixo da média. Não entendemos Jesus quando disse: "Se não
amais senão os que vos amam, que merecimento tereis?" Contou ainda a
parábola do filho pródigo, aquele que havia errado muito e que foi recebido
pelo pai com todo o amor. Jesus nos exortou a estendermos nosso amor a todos os
que necessitam e que aparecem na feição de um viciado em drogas, de um
alcoólico, de um desajustado sexual. Não vamos ser sócio de seus erros, nem apoia-los
em seus desajustes. Vamos, sim, fazê-lo sentir que os amamos. E, se sentirem
que confiamos neles, estarão mais perto da cura o amor cobre uma multidão de
erros. O amor cura, ajusta, equilibra.
Heloisa
Pires, do livro "Educação Espírita", capítulo 14.
Fonte:
Orientação Espírita
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