CEMITÉRIO PÈRE LACHAISE -
PARIS
Em 31 de março de 1869, com 65 anos incompletos, desencarnava Allan Kardec, devido ao rompimento de um aneurisma. Nessa época ele residia na Rue Saint-Anne, 59. Aí também se realizavam as reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por ele em 1 de abril de 1858, a livraria e o escritório da "Revista Espírita", mantida e publicada mensalmente.
Com o crescimento do interesse pelo Espiritismo, o local já estava pequeno para tantas atividades; por isso, a livraria e o escritório seriam transferidos para outro endereço, na Rue Lille. Assim, enquanto tratava da mudança, juntamente com seus auxiliares, ao atender um caixeiro, ele cai ao chão, já sem vida. O susto foi grande para os que estavam com ele naquele momento.
A inauguração da livraria havia sido marcada, com antecedência, para o dia 1 de abril. Vários amigos haviam sido convidados, vindos de outras localidades e, certamente já estavam a caminho, não havendo mais possibilidades de cancelar a inauguração em cima da hora. Quando os convidados chegaram foram surpreendidos pela triste notícia.
Sua esposa, Sra. Amelie Boudet, na época com 74 anos, mesmo assim, realizou a inauguração da Livraria, conforme havia sido anunciado e, no dia seguinte, 2 de abril, foi feito o sepultamento. Inicialmente, o corpo foi sepultado nos fundos de um cemitério localizado na periferia de Paris, um local pobre, triste e afastado.
Nas semanas que se seguiram, seus amigos mais próximos, juntamente com os integrantes da Sociedade Espírita, sugeriram que o corpo fosse transferido para o Cemitério Père-Lachaise, onde grandes vultos de várias áreas do conhecimento se encontram sepultados. Construiriam um monumento em memória a Kardec, não com o objetivo de transformá-lo num local de veneração, mas como uma forma de honrar a memória de um benfeitor.
Ficou definido que o monumento seguiria os padrões dos antigos povos celtas, formado por quatro enormes pedras, pesando, aproximadamente, dezoito toneladas. Embaixo, no centro, sobre um pedestal de um metro de altura, também de granito, foi erigido um busto de Kardec, em bronze. Na imensa pedra horizontal, cujo peso é de quatro toneladas, está gravada a famosa frase: “Naitre, mourir, renaitre encore et progresser sans cesse, telle est la loi.” (Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei). O monumento foi inaugurado um ano depois, 31 de março de 1860. Aí também foi sepultada sua esposa, Sra. Amelie.
O curioso em relação a esses fatos é que esse cemitério, cujas sepulturas são verdadeiros monumentos, é um local de aspecto sombrio. O túmulo mais visitado e o único que sempre tem flores é justamente o de Kardec. Não se sabe quem as coloca... O que se supõe é que Kardec tenha muitos admiradores anônimos...
Mas, os adversários do Espiritismo, e consequentemente de Kardec, não se intimidam... Na madrugada de um domingo, 2 de julho de 1989, por volta das duas horas da madrugada, uma violenta explosão foi ouvida, vinda do cemitério... Terroristas profissionais colocaram cargas de explosivos em pontos estratégicos do monumento com o objetivo de fazer desabar a imensa pedra horizontal. O pesado busto de bronze desabou e uma das colunas verticais escorregou atingindo o caixão com os restos mortais de Kardec e sua esposa...
As autoridades parisienses, pressionadas pela Confederação Espírita Europeia, restauraram os estragos em curtíssimo tempo. Apesar da repercussão mundial desse acontecimento, os terroristas nunca foram encontrados pela polícia.
Este monumento é o único patrimônio material que restou de Allan Kardec.
A União Espírita Francesa é a responsável pela conservação do túmulo perante a administração do cemitério. No entanto, o túmulo de Kardec não é de propriedade francesa, visto que Kardec é um patrimônio internacional. Ali afixaram uma placa informando sobre a vida e obra de Kardec, reprovando qualquer manifestação de idolatria.
Em 31 de março de 1869, com 65 anos incompletos, desencarnava Allan Kardec, devido ao rompimento de um aneurisma. Nessa época ele residia na Rue Saint-Anne, 59. Aí também se realizavam as reuniões da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, fundada por ele em 1 de abril de 1858, a livraria e o escritório da "Revista Espírita", mantida e publicada mensalmente.
Com o crescimento do interesse pelo Espiritismo, o local já estava pequeno para tantas atividades; por isso, a livraria e o escritório seriam transferidos para outro endereço, na Rue Lille. Assim, enquanto tratava da mudança, juntamente com seus auxiliares, ao atender um caixeiro, ele cai ao chão, já sem vida. O susto foi grande para os que estavam com ele naquele momento.
A inauguração da livraria havia sido marcada, com antecedência, para o dia 1 de abril. Vários amigos haviam sido convidados, vindos de outras localidades e, certamente já estavam a caminho, não havendo mais possibilidades de cancelar a inauguração em cima da hora. Quando os convidados chegaram foram surpreendidos pela triste notícia.
Sua esposa, Sra. Amelie Boudet, na época com 74 anos, mesmo assim, realizou a inauguração da Livraria, conforme havia sido anunciado e, no dia seguinte, 2 de abril, foi feito o sepultamento. Inicialmente, o corpo foi sepultado nos fundos de um cemitério localizado na periferia de Paris, um local pobre, triste e afastado.
Nas semanas que se seguiram, seus amigos mais próximos, juntamente com os integrantes da Sociedade Espírita, sugeriram que o corpo fosse transferido para o Cemitério Père-Lachaise, onde grandes vultos de várias áreas do conhecimento se encontram sepultados. Construiriam um monumento em memória a Kardec, não com o objetivo de transformá-lo num local de veneração, mas como uma forma de honrar a memória de um benfeitor.
Ficou definido que o monumento seguiria os padrões dos antigos povos celtas, formado por quatro enormes pedras, pesando, aproximadamente, dezoito toneladas. Embaixo, no centro, sobre um pedestal de um metro de altura, também de granito, foi erigido um busto de Kardec, em bronze. Na imensa pedra horizontal, cujo peso é de quatro toneladas, está gravada a famosa frase: “Naitre, mourir, renaitre encore et progresser sans cesse, telle est la loi.” (Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei). O monumento foi inaugurado um ano depois, 31 de março de 1860. Aí também foi sepultada sua esposa, Sra. Amelie.
O curioso em relação a esses fatos é que esse cemitério, cujas sepulturas são verdadeiros monumentos, é um local de aspecto sombrio. O túmulo mais visitado e o único que sempre tem flores é justamente o de Kardec. Não se sabe quem as coloca... O que se supõe é que Kardec tenha muitos admiradores anônimos...
Mas, os adversários do Espiritismo, e consequentemente de Kardec, não se intimidam... Na madrugada de um domingo, 2 de julho de 1989, por volta das duas horas da madrugada, uma violenta explosão foi ouvida, vinda do cemitério... Terroristas profissionais colocaram cargas de explosivos em pontos estratégicos do monumento com o objetivo de fazer desabar a imensa pedra horizontal. O pesado busto de bronze desabou e uma das colunas verticais escorregou atingindo o caixão com os restos mortais de Kardec e sua esposa...
As autoridades parisienses, pressionadas pela Confederação Espírita Europeia, restauraram os estragos em curtíssimo tempo. Apesar da repercussão mundial desse acontecimento, os terroristas nunca foram encontrados pela polícia.
Este monumento é o único patrimônio material que restou de Allan Kardec.
A União Espírita Francesa é a responsável pela conservação do túmulo perante a administração do cemitério. No entanto, o túmulo de Kardec não é de propriedade francesa, visto que Kardec é um patrimônio internacional. Ali afixaram uma placa informando sobre a vida e obra de Kardec, reprovando qualquer manifestação de idolatria.
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