André Luiz conta no capítulo 8,
do livro Missionários da Luz, que no plano espiritual onde ele se encontra há
um centro de estudos, com número superior a 300
associados, no entanto, apenas 32 conseguem romper as teias inferiores das mais
baixas sensações fisiológicas, para assimilarem as lições. Muitos faltam aos
estudos porque atendem a seduções comuns, reduzindo-se ainda mais a frequência
geral. Certa madrugada de estudo (2:00h), percebeu-se que faltavam apenas 2
companheiros: Vieira e Marcondes. Alexandre, o orientador, recomendou ao
auxiliar Sertório, que fosse saber o que se passava com os faltosos. André Luiz
o acompanhou. Primeiro foram à residência de Vieira. Ao adentrar o quarto,
perceberam que Vieira estava sofrendo um pesadelo cruel. Seu corpo perispirítico
estava unido à forma física, embora parcialmente desligados entre si. Ao seu
lado, permanecia uma entidade singular, trajando vestes absolutamente negras.
Vieira soltava gritos agudos, e sufocava-se, angustiadamente, enquanto a
entidade escura fazia gestos que André Luiz não compreendia. Sertório, então,
iniciou um diálogo com a entidade, que disse ser velho conhecido de Vieira. E
que estava ali porque o mesmo o chamou com suas reiteradas lembranças que o
acusava de faltas que, dizia ele, não ter cometido. Que já sofria muito após a
morte para ter que ouvir falsos testemunhos de amigos maledicentes.
Decepcionado com o amigo, que ele achava de confiança, resolveu esperar Vieira
nos momentos de sono, a fim de prestar-lhe os necessários esclarecimentos.
Sertório conversou com a entidade das sombras inferiores, para que desculpasse
o amigo, dizendo que não devemos exigir dos outros conduta rigorosamente
correta, se ainda não somos criaturas irrepreensíveis. A entidade ficou de pensar.
Sertório então, resolveu socorrer Vieira, acordando-o energicamente gritando
seu nome com força. Assim, Vieira não pode comparecer aos trabalhos da noite.
Em seguida, foram visitar Marcondes.
Segundo André Luiz, o quadro agora era muito mais triste e constrangedor.
Marcondes não estava sob impressões de pavor, como aconteceu com Vieira, mas
estava acompanhado de 3 entidades femininas de galhofeira expressão que
permaneciam em atitudes menos edificantes. Marcondes não soube disfarçar a
surpresa da visita. Envergonhado, tentou dar explicações. Mergulhou a cabeça
nas mãos, como desejasse esconder-se de si mesmo. As entidades atrevidas e
nervosas afirmavam que estavam ali porque Marcondes as chamou, por isso, elas
não permitiriam seu afastamento. Apesar de envergonhado, Marcondes não
conseguia reagir. Sertório então, resolveu ir embora dizendo: - Cada qual
escolhe as companhias que prefere. Futuramente você compreenderá que somos seus
amigos leais e que desejamos todo o bem. Sertório explicou para André Luiz que
não poderia agir ali do mesmo modo que agiu com Vieira. Marcondes deveria
demorar-se em tal situação para que outro dia a lembrança desagradável mais
duradoura, fortificando-lhe a repugnância pelo mal.
André Luiz
Resumo de Rudymara Blog: Grupo de Estudos "Allan Kardec"
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