sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

NO PLANO DOS SONHOS



André Luiz conta no capítulo 8, do livro Missionários da Luz, que no plano espiritual onde ele se encontra há um centro de estudos, com número superior a 300 associados, no entanto, apenas 32 conseguem romper as teias inferiores das mais baixas sensações fisiológicas, para assimilarem as lições. Muitos faltam aos estudos porque atendem a seduções comuns, reduzindo-se ainda mais a frequência geral. Certa madrugada de estudo (2:00h), percebeu-se que faltavam apenas 2 companheiros: Vieira e Marcondes. Alexandre, o orientador, recomendou ao auxiliar Sertório, que fosse saber o que se passava com os faltosos. André Luiz o acompanhou. Primeiro foram à residência de Vieira. Ao adentrar o quarto, perceberam que Vieira estava sofrendo um pesadelo cruel. Seu corpo perispirítico estava unido à forma física, embora parcialmente desligados entre si. Ao seu lado, permanecia uma entidade singular, trajando vestes absolutamente negras. Vieira soltava gritos agudos, e sufocava-se, angustiadamente, enquanto a entidade escura fazia gestos que André Luiz não compreendia. Sertório, então, iniciou um diálogo com a entidade, que disse ser velho conhecido de Vieira. E que estava ali porque o mesmo o chamou com suas reiteradas lembranças que o acusava de faltas que, dizia ele, não ter cometido. Que já sofria muito após a morte para ter que ouvir falsos testemunhos de amigos maledicentes. Decepcionado com o amigo, que ele achava de confiança, resolveu esperar Vieira nos momentos de sono, a fim de prestar-lhe os necessários esclarecimentos. Sertório conversou com a entidade das sombras inferiores, para que desculpasse o amigo, dizendo que não devemos exigir dos outros conduta rigorosamente correta, se ainda não somos criaturas irrepreensíveis. A entidade ficou de pensar. Sertório então, resolveu socorrer Vieira, acordando-o energicamente gritando seu nome com força. Assim, Vieira não pode comparecer aos trabalhos da noite. Em seguida, foram visitar Marcondes.
Segundo André Luiz, o quadro agora era muito mais triste e constrangedor. Marcondes não estava sob impressões de pavor, como aconteceu com Vieira, mas estava acompanhado de 3 entidades femininas de galhofeira expressão que permaneciam em atitudes menos edificantes. Marcondes não soube disfarçar a surpresa da visita. Envergonhado, tentou dar explicações. Mergulhou a cabeça nas mãos, como desejasse esconder-se de si mesmo. As entidades atrevidas e nervosas afirmavam que estavam ali porque Marcondes as chamou, por isso, elas não permitiriam seu afastamento. Apesar de envergonhado, Marcondes não conseguia reagir. Sertório então, resolveu ir embora dizendo: - Cada qual escolhe as companhias que prefere. Futuramente você compreenderá que somos seus amigos leais e que desejamos todo o bem. Sertório explicou para André Luiz que não poderia agir ali do mesmo modo que agiu com Vieira. Marcondes deveria demorar-se em tal situação para que outro dia a lembrança desagradável mais duradoura, fortificando-lhe a repugnância pelo mal.

André Luiz

Resumo de Rudymara Blog: Grupo de Estudos "Allan Kardec"

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