sexta-feira, 25 de julho de 2014

REFORMA DE METADE



Desde a primeira hora da Doutrina Espírita recomendam os emissários da Esfera Superior uma reforma urgente, inadiável, intransferível: a reforma de cada um de nós, nas bases traçadas pelo Evangelho de Jesus.
Isso porque toda reforma nas linhas da boa intenção será respeitável, mas somente a renovação interior é fundamental.
Tudo o que vise melhorar a vida deve ser feito, no entanto, se não nos melhoramos, todas as aquisições efetuadas são vantagens superficiais.
Qualquer benefício externo para ser benefício externo para ser benefício real depende de nós.
A luz que nos auxilia a escrever uma página de fraternidade pode ser aproveitada pelo companheiro menos feliz para traçar uma carta que favorece o crime.
O dinheiro que nos custeou a movimentação para o estudo das leis morais que nos governam o destino é o mesmo que está sendo despendido pelos que compram a decadência do corpo e da alma nos redutos do álcool.
O automóvel que nos conduz ao cenáculo de oração onde louvamos a Bondade Divina transporta de igual modo a locais determinados os que se reúnem para a negação da fé.
A morfina que alivia o sofrimento na dose adequada não é diversa da que garante os abusos do entorpecente.
Justo que não se impeça a formação de medidas destinadas ao bem comum.
A higiene é um atestado eloquente de que ninguém deve e nem pode viver sem a Constante renovação exterior.
O Espiritismo, porém, nos adverte de que todas as modificações por fora, ainda as mais dignas, são reformas de metade, que permanecerão incompletas sem as reformas do homem que lhes manejará os valores.
Reflitamos nisso, observando o caminho e a meta. Sem estrada não alcançarmos o alvo, entretanto, a estrada é o meio e o alvo é o fim.
Para sermos mais precisos, resumamos o assunto com a lógica espírita, num raciocínio ligeiro e claro: todos nós, os ignorantes e os sábios, os justos e os injustos podem fazer o bem e devemos fazer o bem, acima de tudo, é preciso ser bom...

Pelo Espírito André Luiz
Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.

Do livro: Opinião Espírita

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