Essa
melancolia profunda que chega sorrateira, e se enraíza no coração, é saudade de
regiões mais felizes, onde a dor não mais tem razão de ser, e o espírito aspira
por ali viver. Imanado ao corpo, como se estivesse encarcerado em cela estreita,
as forças se lhe diminuem, fazendo-o cair em abatimento.
Essa
tristeza inexplicável, que derrama sombras nas paisagens íntimas, resulta, algumas
vezes, de recordações de fatos ditosos, ora distantes, que parecem não mais se
repetirão. O Espírito, sentindo-se impedido de fugir das algemas carnais,
entorpece-se e tomba em desânimo.
Esse
desencanto insistente, que tira o coração de lutar e leva à depressão, provém
da consciência do degredo que o Espírito experimenta, na terra, longe dos
afetos e da paz que não consegue reencontrar. Sabendo-se em situação penosa, de
provação necessária, receia não conquistar a liberdade para voar.
Tais
acontecimentos podem tomar a existência mais amarga, extenuando o ser em luta,
que lentamente se entrega e exaure.
Há
outros motivos de deperecimento emocional, que resultam dos problemas naturais
da atual existência, contribuindo para a infelicidade, especialmente quando
considerada do ponto de vista imediato.
Surgem
assim, distúrbios psicossociais, desarranjos graves quão funestos.
Resiste
com todo vigor às sortidas desses estados da alma.
Eles
terminarão, se perseveram, rompendo as forças da tua vontade e dos elos que
mantêm o Espírito ligado ao corpo.
Recorda-te
de que, após a noite, esplende, luminoso, o dia, como à enfermidade sucede a saúde
benfazeja.
É
natural que aneles por mais largas conquistas.
Para
isso, aqui estás, em luta contínua, ao lado de outros espíritos também necessitados,
a fim de que evoluam qual ocorre contigo mesmo.
Quando
concluídas as tuas provações, que deves enfrentar com resolução, librarás, ditoso,
nesses lugares de plenitude, que nos aguardam após necessárias aflições terrenas.
Pelo
espírito: Joanna de Ângelis
Psicografia
de Divaldo Franco
Do
livro: Luz da Esperança
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