Publicação
original foi no jornal "Folha Espirita" de outubro de 1995
A
FAMÍLIA FOX
Em 11 de dezembro de 1847, a família Fox instalou-se em modesta casa no
vilarejo de Hydesville, Estado de New York, distante cerca de 30 km da cidade
de Rochester.
O nome da família Fox origina-se do sobrenome Voss, depois Foss e
finalmente Fox. Eram de origem alemã, da parte paterna; e francesa, holandesa e
inglesa, da parte materna. Seus antecessores foram notoriamente dotados de
faculdades paranormais.
O grupo compunha-se do chefe da família, Sr. John D. Fox, da esposa D.
Margareth Fox e mais duas filhas; Kate, com 7 anos e Margareth, com 10 anos. O
casal possuía mais filhos e filhas.
Inicialmente, tomaram parte nos acontecimentos somente Kate e Margareth,
mas posteriormente Leah juntou-se a elas e teve participação ativa nos
episódios subsequentes ao de Hydesville.
A
CASA DE HYDESVILLE JÁ ERA ASSOMBRADA
Lucretia Pulver era jovem que servira como dama de companhia do casal
Bell, quando elas habitavam a referida casa até 1846. Ela contou uma curiosa
história de um mascate que se hospedara com os Bells. Na noite em que o
vendedor passou com aquele casal, Lucretia foi mandada a dormir na casa dos
pais. Três dias depois tornaram a procurá-la. Então disseram-lhe que o mascate
fora embora. Ela nunca mais viu esse homem.
Depois disso, passado algum tempo, aproximadamente em 1844, começaram a dar-se fenômenos
estranhos naquela casa. A mãe de Lucretia, Sra. Ann Pulver, que mantinha
relações com a família Bell, relata que, em 1844, quando visitara a Sra. Bell,
indo fazer tricô em sua companhia, ouvira desta uma queixa, Disse-lhe que se
sentia muito mal e quase não dormia à noite. Quando lhe perguntou qual a causa,
a Sra. Bell declarou que se tratava de rumores inexplicáveis; parecera-lhe ter
ouvido alguém a andar de um quarto para outro; acordou o marido e fê-lo
levantar-se e trancar as janelas. A princípio, tentou afirmar a Sra. Pulver que
possivelmente se tratasse de ratos. Posteriormente, confessou não saber qual a
razão de tais rumores, para ela inexplicáveis.
A jovem Lucretia Pulver também testemunhou os fenômenos insólitos
observados naquela casa.
Os Bells terminaram por mudar-se.
Em 1846, instalou-se ali a família Weekman: Sr. Michael Weekman, Sra.
Hannah Weekman e suas filhas. Alguns dias após terem-se alojado na referida
casa, passaram a ser perturbados por ruídos insólitos: batidas na porta da
entrada, sem que ninguém visível o estivesse fazendo; passos de alguém andando
na adega ou dentro de casa.
A família Weekman, como era de esperar-se, não permaneceu muito tempo
naquela casa sinistra. Em fins de 1847 deixou-a vaga, saindo de lá
definitivamente.
Desse modo, atingimos a data de 11 de dezembro de 1847, quando a referida
casa passou a ser ocupada pela família Fox, conforme já mencionamos no início
deste artigo.
A
NOITE DAS PRIMEIRAS TRANSCOMUNICAÇÕES
Inicialmente os Fox não sofreram nenhum incômodo em sua nova residência.
Entretanto, algum tempo depois, mais precisamente nos dois primeiros meses de
1848, os mesmos ruídos insólitos que perturbaram os antigos inquilinos voltaram
a manifestar-se outra vez. Eram batidas leves, sons semelhantes aos arranhões
nas paredes, assoalhos e móveis, os quais poderiam perfeitamente ser confundido
com rumores naturais produzidos por vento, estalos do madeiramento, ratos, etc.
Por isso a família Fox não deveria ter-se sentido molestada ou alarmada. Entretanto,
tais ruídos cresceram de intensidade, a partir de meados de março de 1848.
Batidas mais nítidas e sons de arrastar de móveis começaram a fazer-se ouvir,
pondo as meninas em sobressalto, ao ponto de negarem-se a dormir sozinhas no
seu quarto, e passarem a querer dormir no quarto dos pais. A princípio os
habitantes da casa, ainda incrédulos quanto à possível origem sobrenatural dos
ruídos, levantavam-se e procuravam localizar a causas natural dos mesmos.
Na noite de 31 de março de 1848, desencadeou-se uma série de sons muito
forte e continuados. Aí, então, deu-se o primeiro lance do fantástico episódio,
que ficou como um marco inamovível na história da fenomenologia paranormal. A
garota de sete anos de idade - a Kate Fox - em sua espontaneidade de criança
teve a audácia de desafiar a "força invisível" a repetir, com os
golpes, as palmas que ela batia com as mãos! A resposta foi imediata, a cada
estalo um golpe era ouvido logo a seguir! Ali estava a prova de que a causa dos
sons seria uma inteligência incorpórea. Para apreciar-se bem o sabor desta
incrível aventura, vamos transcrever alguns trechos do depoimento da Sra.
Margareth Fox.
"Na noite de sexta-feira, 31 de março de 1848, resolvemos ir para a cama
um pouco mais cedo e não nos deixamos perturbar pelos barulhos; íamos ter uma
noite de repouso. Meu marido que aqui estava em todas as ocasiões, ouviu os
ruídos e ajudou a pesquisar. Naquela noite fomos cedo para a cama - apenas
escurecera. Achava-me tal alquebrada e com falta de repouso que quase me sentia
doente. Meu marido não tinha ido para a cama quando ouvimos o primeiro ruído
naquela noite. Eu apenas me havia deitado. A coisa começou como de costume. Eu
distinguia de qualquer outro ruído jamais ouvido. As meninas, que dormiam em
outra cama no quarto, ouviram as batidas e procuraram fazer ruídos semelhantes,
estalando os dedos. Minha filha menor, Kate, disse, batendo palmas:
"Senhor Pé Rachado, Faça o que eu faço." Imediatamente seguiu-se o
som, com o mesmo número de palmadas. Quando ela parou, o som logo parou. Então
Margareth disse brincando: “Agora faça exatamente como eu”. Conte um, dois,
três, quatro" e bateu palmas. Então os ruídos se produziram como antes.
Ela teve medo de repetir o ensaio. Então Kate disse, na simplicidade infantil:
"Oh! mamãe! eu já sei o que é. Amanhã é primeiro de abril e alguém quer
nos pregar uma mentira."
"Então pensei em fazer um teste que ninguém seria capaz de
responder. Pedi que fossem indicadas as idades de meus filhos, sucessivamente.
Instantaneamente foi dada a exata idade de cada um, fazendo pausa de um para
outro, a fim de separar, até o sétimo, depois do que se fez uma pausa maior e
três batidas mais fortes foram dadas, correspondendo à idade do menor, que
havia morrido.
"Então perguntei: Eh um ser humano que me responde tão corretamente?
Não houve resposta. Perguntei: É um espírito? Se for, de duas batidas. Duas
batidas foram ouvidas assim que fiz o pedido. Então eu disse: Se for um
espírito assassinado dê duas batidas. Essas foram dadas instantaneamente,
produzindo um tremor na casa. Perguntei: Foi assassinado nesta casa? A resposta
foi como a precedente. A pessoa que o assassinou ainda vive? Resposta idêntica,
por duas batidas. Pelo mesmo processo verifiquei que fora um homem que o
assassinaram nesta casa e os seus despojos enterrados na adega; que a família
era constituída de esposa e cinco filhos, dois rapazes e três meninas, todos
vivos ao tempo de sua morte, mas que depois a esposa morrera. Então perguntei:
Continuará a bater se chamarmos os vizinhos para que também escutem? A resposta
afirmativa foi alta."
Desse modo foram chamados vários vizinhos, os quais por sua vez
convocaram outros, de maneira que, mais tarde e nos dias subsequentes, o número
de curiosos era enorme. Naquela noite compareceram o Sr. Redfield, o Sr. e Sra.
Duesler e os casais Hyde e Jewell.
"Mr. Duesler fez muitas perguntas e obteve as respostas. Em seguida
indiquei vários vizinhos nos quais pude pensar, e perguntei se havia sido morto
por algum deles, mas não obtive resposta. Após isso, Mr. Duesler fez perguntas
e obteve as respostas. Perguntou: Foi assassinado? Resposta afirmativa. Seu
assassino pode ser levado ao tribunal? Nenhuma resposta. Pode ser punido pela
lei? Nenhuma resposta. A seguir disse: Se seu assassino não pode ser punido
pela lei de sinais. As batidas foram ouvidas claramente. Pelo mesmo processo
Mr. Duesler verificou que ele tinha sido assassinado no quarto do leste, a cinco
anos passados, e que o assassínio fora cometido à meia noite de uma
terça-feira, por Mr...; que fora morto com um golpe de faca de açougueiro na
garganta; que o corpo havia sido enterrado; tinha passado pela dispensa,
descido a escada e enterrado a dez pés abaixo do solo. Também foi constatado
que o móvel fora dinheiro.
"Quanta a quantia: cem dólares? Nenhuma resposta. Duzentos?
Trezentos? etc. Quando mencionou quinhentos dólares as batidas confirmaram.
"Foram chamados muitos dos vizinhos que estavam pescando no
ribeirão. Estes ouviram as mesmas perguntas e respostas. Alguns permaneceram em
casa naquela noite. Eu e as meninas saímos. Meu marido ficou toda a noite com
Mr. Redfield. No sábado seguinte a casa ficou superlotada. Durante o dia não se
ouviram os sons, mas ao anoitecer recomeçaram. Diziam que mais de trezentas
pessoas achavam-se presentes. No domingo os ruídos foram ouvidos o dia inteiro
por todos quantos se achavam em casa".
Estes são os principais trechos do depoimento da Sra. Margareth Fox, que
mais nos interessam para dar uma descrição viva dos acontecimentos de
Hydesville, na sinistra noite de 31 de março de 1848.
AS
ESCAVAÇÕES NA ADEGA
Os mais interessados em esclarecer o caso resolveram escavar a adega,
visando encontrar os despojos do suposto assassinado. Eis que, através de combinação
alfabética com as pancadas produzidas, chegaram à identidade da vítima.
Tratava-se de um mascate de nome Charles B. Rosma, o qual tinha trinta e um
anos quando, há quatro anos passado, fora assassinado naquela casa e enterrado
na adega. O assassino fora um antigo inquilino. Só poderia ter sido o Sr.
Bell... Mas onde a prova do fato, o cadáver da vítima? A solução seria
procurá-lo na adega, onde estaria enterrado.
As escavações, porém, não levaram a resultados definitivos, pois deram
n'água, sem que se tivessem encontrado quaisquer indícios. Por essa razão foram
suspensas.
No verão de 1848, o próprio Sr. David Fox auxiliado por alguns
interessados retomou o empreendimento. A uma profundidade de um metro e meio,
encontraram uma tábua. Aprofundada a cova, encontraram o carvão, cal, cabelos e
alguns fragmentos de ossos que foram reconhecidos por um médico como
pertencentes a esqueleto humano; mais nada.
As provas do crime eram precárias e insuficientes, razão talvez pela qual
o Sr. Bell não foi denunciado.
A
DESCOBERTA DO ESQUELETO
Em o número de 23 de novembro de 1904, do Boston Journal, foi notificada
a descoberta do esqueleto de um homem cujo Espírito se supunha ter ocasionado
os fenômenos na casa da família Fox em 1848. Meninos de uma escola achavam-se
brincado na adega da casa onde moravam os Fox. A casa tinha fama de ser
mal-assombrada. Em meio aos escombros de uma parede - talvez falsa - que
existira na adega, os garotos encontraram as peças de um esqueleto humano.
Junto ao esqueleto foi achada uma lata de uma espécie costumeira usada
por mascates. Esta lata encontra-se agora em Lilydale, a sede central regional
dos Espiritualistas Americanos, para onde foi transportada a velha casa de
Hydesville.
Como pode ver-se, cinquenta e seis anos depois, em 22 de novembro de 1904
(data do encontro do esqueleto do mascate), parece não haver dúvida de que
foram confirmadas as informações obtidas em 1848 a respeito do crime ocorrido
naquela casa. Este episódio constitui-se em um notável caso de TCD
(transcomunicação direta). As evidências são muito fortes.
O
MOVIMENTO ESPALHA-SE
As duas garotas, Margareth e Kate, foram afastadas de sua casa, pois
suspeitava-se que os fenômenos eram ligados, sobretudo à sua presença.
Margareth passou a morar com seu irmão David Fox. A Kate mudou-se para
Rochester, onde ficou em casa de sua irmã Leah, então casada e agora Sra. Fish.
Entretanto, os ruídos insistiam em acompanhar as irmãs Fox; onde elas se
achavam, ocorriam os fenômenos. Parece que agora se observava uma espécie de contágio,
pois, Leah Fish, a irmã mais velha, passou a apresentar também os mesmos
fenômenos. Logo mais, começaram a surgir em outras famílias:
"Era como uma nuvem psíquica, descendo do alto e se mostrando nas
pessoas suscetíveis. Sons idênticos foram ouvidos em casa do Rev. A.H.Jervis,
ministro metodista residente em Rochester. Poderosos fenômenos físicos
irromperam na família do Diácono Hale, de Greece, cidade vizinha de Rochester.
Pouco depois Mrs. Sarah A. Tamlin e Mrs. Benedict de Auburn, desenvolveram
notável mediunidade (...)".
O movimento espalhar-se-ia, mais tarde, pelo mundo, conforme fora afirmado em
uma das primeiras comunicações através das irmãs Fox. As próprias forças
invisíveis insistiram para que se fizessem reuniões públicas onde elas pudessem
manifestar-se ostensivamente. Era uma nova mensagem que vinha do mundo dos
Espíritos, conclamando os homens para uma outra posição filosófico-religiosa.
"ESPIRITUALISMO"
E ESPIRITISMO
A "Onda Espiritualista" passou da América para a Europa, cujo terreno
já se encontrava preparado pelo desenvolvimento científico, e onde os fenômenos
de TC (transcomunicação) iriam ser estudados mais tarde, com rigor e
profundidade pelos fundadores da "Psychical Reserch" e da Metapsíquica.
A forma bastante comum sob a qual a manifestações de TC
(transcomunicação) se apresentaram na Europa, foi a das "mesas
girantes". Vamos focalizar mais adiante e resumidamente esse período, do
qual também se originou o Espiritismo na França, graças às investigações científicas
e ao método didático do ilustre intelectual lionês, Denizard Hypplite Leon
Rivail (Allan Kardec).
Nunca é supérfluo enfatizar que não se deve confundir o
"Spiritualism" (Espiritualismo em inglês) com o espiritismo. O primeiro
nasceu como um movimento popular, provocado por evidências a favor da crença na
existência, sobrevivência e comunicabilidade do Espírito. Posteriormente o
"Spiritualism” adquiriu a forma de uma religião organizada que aspira,
também, ser uma Ciência e uma Filosofia.
Agora, um ponto importante: o "Spiritualism" não incorporou a ideia
da reencarnação. Ele admite apenas a continuidade da vida após a morte, sem
inferno ou céu, porém em contínuo aprendizado e evolução no "Mundo
Espiritual".
Há algumas diferenças entre os princípios básicos do "Spiritualism" e
do Espiritismo. A mais profunda é a questão da "reencarnação". O
Espiritismo não só aceita o renascimento, como admite a Lei do Carma,
considerando serem estes os fatores naturais da evolução do Espírito. Embora
Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, considere Sócrates e Platão
como os precursores da ideia cristã e do Espiritismo, a sua atenção para a
realidade da comunicação dos Espíritos foi despertada pelo fenômeno das
"mesas girantes".
REPERCUSSÃO
ENTRE INTELECTUAIS
A partir do episódio das irmãs Fox, a transcomunicação, aqui no ocidente,
passou atrair a atenção de um pequeno grupo de cientistas. Inicialmente, tais
investigadores achavam-se, em sua maioria, imbuídos de forte cepticismo acerca dos
fenômenos paranormais que passaram a ganhar popularidade inusitada na Europa.
Somente a curiosidade diante da estranheza de tais ocorrências conseguiu levar
esses poucos cientistas a observá-las. Logo no começo da fase, as pesquisas
conduziram à formação de três categorias de pessoas, conforme suas opiniões acerca
da natureza dos referidos fenômenos.
O primeiro grupo consistiu nos que viram nesses fatos uma confirmação de suas crenças
na sobrevivência, na comunicabilidade e progresso dos Espíritos. A natureza do
homem, para eles, era dual, e continha um componente espiritual além do
material. Desta interpretação, surgiu um aspecto religioso como decorrência
imediata do reconhecimento da natureza espiritual da criatura humana. O
"Spiritualism", na Inglaterra, e o Espiritismo, na França, são exemplos
dessa interpretação, embora ambos reivindiquem, também, para suas doutrinas, os
aspectos filosóficos e científicos.
Um segundo grupo constituiu-se, em sua maioria, por cidadãos de acentuado interesse
científico. Alguns já eram cientistas profissionais, professores e
investigadores em diversas áreas de conhecimento teórico e prático. Outros, com
títulos e formação superior, embora não especialistas em disciplinas
científicas, sentiram-se também interessados em investigar de maneira racional
os referidos fatos, denominados, na época, "fenômenos psíquicos". Daí
a designação usual desta atividade: "Psychical Research" (Pesquisa
Psiquica). Na França, Charles Richet deu-lhe outro nome: "Metapsíquica".
No segundo grupo, figuravam, indistintamente, os espiritualistas, os
indiferentes e os materialistas. Apenas os seguintes objetivos pareciam
movê-los: confirmar ou negar os propalados fenômenos e, no caso afirmativo, descobrir
a sua real causa eficiente.
Finalmente, um terceiro grupo, compreendendo a maioria dos interessados,
colocou-se em franco antagonismo relativamente aos dois primeiros. Compunha-se
de cientistas, intelectuais em geral, jornalistas e pessoas comuns. Alguns eram
fieis ou chefes de religiões instituídas. Grande número desses cidadãos,
especialmente os intelectuais, achava-se impregnado de filosofias materialistas
e havia absorvido as ideias positivistas. Revelaram-se profundamente céticos e
procuraram liquidar com a crença nos aludidos fenômenos. Para eles, os
fenômenos paranormais eram manifestações de superstição, ilusões e fraudes, ou
alienação mental. Para alguns religiosos, poderiam ser armadilhas do
"demônio", ou tentativas de indivíduos mal intencionados que visavam
abalar as bases das religiões tradicionais. Outros chegavam a acreditar que se
tratava da revivescência da Magia e do Ocultismo, numa tentativa de domínio de
opinião pública.
CONCLUSÃO
Foi neste clima que se desenrolaram as dramáticas transcomunicações, cuja iniciativa,
ao que parece, partiu do Plano Espiritual. As manifestações mais em evidência
foram às chamadas "Mesas Girantes". Este episódio inaugurou o Período
Espíritico, conforme a classificação de Charles Richet. Segundo este sábio, tal
período vai das irmãs Fox ate as pesquisas de Sir Willian Crookes, em
1872.
Publicação original foi no jornal "Folha Espirita" de outubro de 1995
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