Dentre os vários contingentes de exilados trazidos para o planeta Terra, o caso mais vivo em nossa memória espiritual, talvez por ter sido o mais recente, é o dos exilados provenientes do sistema de Capela. Conforme nos relata Ramatis em "Mensagens do Astral", obra psicografada por Hercílio Maes:
“... temos à
disposição em nosso mundo, literatura mediúnica que cita muitos casos de espíritos
expulsos de outros orbes para a Terra, em fases de seleção entre o "trigo
e o joio" ou entre os "lobos e as ovelhas", fases essas pelas
quais tereis em breve de passar, para higienização do vosso ambiente degradado.
Entre os muitos casos de exílio que vosso mundo tem acolhido, ocorreram
diversos casos isoladamente (em pequenos contingentes), e bem como emigrações
em massa, como a proveniente do sistema de Capela, as quais constituíram no
vosso mundo as civilizações dos chineses, hindus, hebraicos e egípcios, e ainda
o tronco formativo dos árias. Esse o motivo por que, ao mesmo tempo em que
floresciam civilizações faustosas e se revelavam elevados conhecimentos de
ciência e arte, desenvolvidos pelos exilados, os espíritos originais da Terra
mourejavam sob o primitivismo de tribos acanhadas. Ombreando com o barro
amassado, das cabanas rudimentares do homem terrícola, foram-se erguendo
palácios, templos e túmulos faustosos, comprovando um conhecimento e poder
evocado pelos exilados de outros planetas."
"No vosso mundo, esses enxotados de um paraíso
planetário constituíram o tronco dos árias, descendendo dele os celtas,
latinos, gregos e alguns ramos eslavos e germânicos; outros formaram a
civilização épica dos hindus, predominando o gênero de castas que identificava
a soberbia e o orgulho de um tipo psicológico exilado. As mentalidades mais avançadas
constituíram a civilização egípcia, retratando na pedra viva a sua
"Bíblia" suntuosa, enquanto a safra dos remanescentes, inquietos,
indolentes e egocêntricos, no orbe original, fixou-se na Terra na figura do
povo de Israel. Certa parte desses exilados propendeu para os primórdios da
civilização chinesa, onde retrataram os exóticos costumes das corporações
frias, impiedosas e impassivas do astral inferior, muito conhecidas como os
"dragões" e as "serpentes vermelhas". Segundo Edgar Armond
na obra "Os Exilados da Capela", "esta humanidade atual foi
constituída, em seus primórdios, por duas categorias de homens, a saber: uma
retardada, que veio evoluindo lentamente através das formas rudimentares da
vida terrena, pela seleção natural das espécies, ascendendo trabalhosamente da
inconsciência para o Instinto e deste para a Razão; homens vamos dizer
autóctones, componentes das raças primitivas das quais os "primatas"
foram o tipo anterior melhor definido; e outra categoria, composta de seres
exilados da Capela, o belo orbe da constelação do Cocheiro a que já nos
referimos, outro dos inumeráveis sistemas planetários que formam a portentosa,
inconcebível e infinita criação universal." "Esses milhões de ádvenas
para aqui transferidos, eram detentores de conhecimentos mais amplos, e de entendimento
mais dilatado, em relação aos habitantes da Terra e foi o elemento novo que arrastou
a humanidade animalizada daqueles tempos para novos campos de atividade construtiva,
para o aconchego da vida social e, sobretudo, deu-lhe as primeiras noções de
espiritualidade e do conhecimento de uma divindade criadora."
"Essa permuta de
populações entre orbes afins de um mesmo sistema sideral, e mesmo de sistemas
diferentes, ocorre periodicamente, sucedendo sempre a expurgos de caráter
seletivo; como também é fenômeno que se enquadra nas leis gerais da justiça e
da sabedoria divinas, porque vem permitir reajustamentos oportunos, retomadas
de equilíbrio, harmonia e continuidade de avanços evolutivos para as
comunidades de espíritos habitantes dos diferentes mundos."
"Por outro lado é a misericórdia divina que se manifesta, possibilitando a
reciprocidade do auxílio, a permuta de ajuda e de conforto, o exercício enfim,
da fraternidade para todos os seres da criação. Os escolhidos, neste caso,
foram os habitantes de Capela que deviam ser dali expurgados por terem se tornado
incompatíveis com os altos padrões de vida moral já atingidos pela evoluída
humanidade daquele orbe." "Mestres, condutores e líderes que então se
tornaram das tribos primitivas, foram eles, os exilados, que definiram os novos
rumos que a civilização tomou, conquanto sem completo êxito." Vamos
prosseguir neste tópico com informações trazidas por Emmanuel em "A Caminho
da Luz", obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, as quais nos
proporcionam uma rápida ideia de como e em que regiões do planeta foram
organizados os exilados provenientes de Capela.
O Sistema de Capela
Nos mapas zodiacais, que os astrônomos terrestres compulsam
em seus estudos, observa-se desenhada uma grande estrela na Constelação do
Cocheiro, que recebeu, na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Magnífico sol entre
os astros que nos são mais vizinhos, Capela é uma estrela inúmeras vezes maior
que o nosso Sol e, se este fosse colocado em seu lugar, mal seria percebido por
nós, à vista desarmada. Na abóbada celeste está situada no hemisfério boreal,
limitada pelas constelações da Girafa, Perseu e Lince; e quanto ao Zodíaco, sua
posição é entre Gêminis, Perseu e Tauro. Na sua trajetória pelo Infinito,
faz-se acompanhar, igualmente, da sua família de mundos, cantando as glórias do
Ilimitado. A sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar à face da Terra, considerando-se,
desse modo, a regular distância existente entre Capela e o nosso planeta, já
que a luz percorre o espaço com a velocidade aproximada de 300.000 quilômetros
por segundo. Quase todos os mundos que lhe são dependentes já se purificaram
física e moralmente, examinadas as condições de atraso moral da Terra, onde o homem
se reconforta com as vísceras dos seus irmãos inferiores, como nas eras
pré-históricas de sua existência, marcham uns contra os outros ao som de hinos
guerreiros, desconhecendo os mais comezinhos princípios de fraternidade e pouco
realizando em favor da extinção do egoísmo, da vaidade, do seu infeliz orgulho.
Um Mundo em Transições
Há muitos milênios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas
afinidades com o globo terrestre, atingira a culminância de um dos seus extraordinários
ciclos evolutivos. As lutas finais de um longo aperfeiçoamento estavam delineadas,
como ora acontece convosco, relativamente às transições esperadas no século XX,
neste crepúsculo de civilização. Alguns milhões de Espíritos rebeldes lá existiam,
no caminho da evolução geral, dificultando a consolidação das penosas
conquistas daqueles povos cheios de piedade e virtudes, mas uma ação de saneamento
geral os alijaria daquela humanidade, que fizera jus à concórdia perpétua, para
a edificação dos seus elevados trabalhos. As grandes comunidades espirituais,
diretoras do Cosmos, deliberam, então, localizar aquelas entidades, que se
tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longínqua, onde aprenderiam a
realizar, na dor e nos trabalhos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas
do coração e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus irmãos inferiores.
Espíritos Exilados na Terra
Foi assim que Jesus recebeu, à luz do seu reino de amor e de
justiça, aquela turba de seres sofredores e infelizes. Com a sua palavra sábia
e compassiva, exortou essas almas desventuradas à edificação da consciência
pelo cumprimento dos deveres de solidariedade e de amor, no esforço regenerador
de si mesmas. Mostrou-lhes os campos imensos de luta que se desdobravam na
Terra, envolvendo-as no halo bendito da sua misericórdia e da sua caridade sem
limites. Abençoou-lhes as lágrimas santificadoras, fazendo-lhes sentir os sagrados
triunfos do futuro e prometendo-lhes a sua colaboração cotidiana e a sua vinda
no porvir. Aqueles seres angustiados e aflitos, que deixavam atrás de si todo
um mundo de afetos, não obstante os seus corações empedernidos na prática do
mal, seriam degredados na face obscura do planeta terrestre; andariam desprezados
na noite dos milênios da saudade e da amargura; reencarnariam no seio de raças
ignorantes e primitivas, a lembrarem o paraíso perdido nos sofrimentos
distantes. Por muitos séculos não veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam
na Terra acariciados por Jesus e confortados na sua imensa misericórdia.
A Civilização Egípcia
Dentre os Espíritos degredados na Terra, os que constituíram
a civilização egípcia foram os que mais se destacaram na prática do Bem e no culto
da Verdade. Aliás, importa considerar que eram eles os que menos débitos
possuíam perante o tribunal da Justiça Divina. Em razão dos seus elevados patrimônios
morais, guardavam no íntimo uma lembrança mais viva das experiências de sua
pátria distante. Um único desejo os animava que era trabalhar devotadamente
para regressar, um dia, aos seus penates (deuses do lar entre os romanos e
etruscos - Derivação: sentido figurado. casas paternas; lares, famílias)
resplandecentes. Uma saudade torturante do céu foi à base de todas as suas
organizações religiosas.
Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
Em nenhuma civilização da Terra o culto da morte foi tão altamente desenvolvido. Em todos os corações a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas e adiantadas civilizações de todos os tempos, as expressões do antigo Egito desapareceram para sempre do plano tangível do planeta. Depois de perpetuarem nas pirâmides os seus avançados conhecimentos, todos os Espíritos daquela região africana regressaram à pátria sideral.
A Ciência Secreta
Em virtude das circunstâncias mencionadas, os egípcios
traziam consigo uma ciência que a evolução não comportava. Aqueles grandes
mestres da antiguidade foram, então, compelidos a recolher o acervo de suas
tradições e de suas lembranças no ambiente reservado dos templos, mediante os
mais terríveis compromissos dos iniciados nos seus mistérios. Os conhecimentos
profundos ficaram circunscritos ao círculo dos mais graduados sacerdotes da
época, observando-se o máximo cuidado no problema da iniciação. A própria Grécia,
que aí buscou a alma de suas concepções cheias de poesia e beleza, através da
iniciativa dos seus filhos mais eminentes, no passado longínquo, não recebeu
toda a verdade das ciências misteriosas. Tanto é assim, que as iniciações no
Egito se revestiam de experiências terríveis para o candidato à ciência da vida
e da morte - fatos esses que, entre os gregos eram motivos de festas inesquecíveis.
Os sábios egípcios conheciam perfeitamente a inoportunidade das grandes
revelações espirituais naquela fase do progresso terrestre; chegando de um
mundo de cujas lutas, na oficina do aperfeiçoamento, haviam guardado as mais
vivas recordações, os sacerdotes mais eminentes conheciam o roteiro que a
Humanidade terrestre teria de realizar. Aí residem os mistérios iniciáticos e a
essencial importância que lhes era atribuída no ambiente dos sábios daquele
dinheiro no facebook tempo. O Politeísmo Simbólico Nos círculos esotéricos,
onde pontificava a palavra esclarecida dos grandes mestres de então, sabia-se
da existência do Deus Único e Absoluto, Pai de todas as criaturas e Providência
de todos os seres, mas os sacerdotes conheciam, igualmente, a função dos
Espíritos prepostos de Jesus, na execução de todas as leis físicas e sociais da
existência planetária, em virtude das suas experiências pregressas. Desse ambiente
reservado de ensinamentos ocultos, partiu, então, a ideia politeísta dos
numerosos deuses, que seriam os senhores da Terra e do Céu, do Homem e da Natureza.
As massas requeriam esse politeísmo simbólico, nas grandes festividades
exteriores da religião. Já os sacerdotes da época conheciam essa franqueza das
almas jovens, de todos os tempos, satisfazendo-as com as expressões exotéricas
de suas lições sublimadas. Dessa ideia de homenagear as forças invisíveis que controlam
os fenômenos naturais, classificando-as para o espírito das massas, na categoria
dos deuses, é que nasceu a mitologia da Grécia, ao perfume das árvores e ao som
das flautas dos pastores, em contato permanente com a Natureza.
O Culto da Morte e a Metempsicose
Um dos traços
essenciais desse grande povo foi à preocupação insistente e constante da Morte.
A sua vida era apenas um esforço para bem morrer. Seus papiros e afrescos estão
cheios dos consoladores mistérios do além-túmulo. Era natural. O grande povo
dos faraós guardava a reminiscência do seu doloroso degredo na face obscura do
mundo terreno. E tanto lhe doía semelhante humilhação, que, na lembrança do
pretérito, criou a teoria da metempsicose, acreditando que a alma de um homem
podia regressar ao corpo de um irracional, por determinação punitiva dos
deuses. A metempsicose era o fruto da sua amarga impressão, a respeito do
exílio penoso que lhe fora infligido no ambiente terrestre. Inventou-se, desse
modo, uma série de rituais e cerimônias para solenizar o regresso dos seus
irmãos à pátria espiritual. Os mistérios de Ísis e Osíris mais não eram que
símbolos das forças espirituais que presidem aos fenômenos da morte.
Os Egípcios e as Ciências Psíquicas
As ciências psíquicas da atualidade eram familiares aos
magnos sacerdotes dos templos. O destino e a comunicação dos mortos e a pluralidade
das existências e dos mundos eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos.
O estudo de suas artes pictóricas positivam a veracidade destas nossas afirmações.
Num grande número de afrescos, apresenta-se o homem terrestre acompanhado do
seu duplo espiritual. Os papiros nos falam de suas avançadas ciências
nesse sentido, e, através deles, podem os egiptólogos modernos reconhecer que
os iniciados sabiam da existência do corpo espiritual preexistente, que
organiza o mundo das coisas e das formas. Seus conhecimentos, a respeito das
energias solares com relação ao magnetismo humano, eram muito superiores aos da
atualidade. Desses conhecimentos nasceram os processos de mumificação dos
corpos, cujas fórmulas se perderam na indiferença e na inquietação dos outros
povos. Seus reis estavam tocados do mais alto grau de iniciação enfeixando nas
mãos todos os poderes espirituais e todos os conhecimentos sagrados. É por isso
que a sua desencarnação provocava a concentração mágica de todas as vontades,
no sentido de cercar-lhes o túmulo de veneração e de supremo respeito. Esse
amor não se traduzia, apenas, nos atos solenes da mumificação. Também o
ambiente dos túmulos era santificado por estranho magnetismo. Os grandes
diretores da raça, que faziam jus a semelhantes consagrações, eram considerados
dignos de toda a paz no silêncio da morte.
As Pirâmides
A assistência carinhosa do Cristo não desamparou a marcha
desse povo cheio de nobreza moral. Enviou-lhe auxiliares e mensageiros,
inspirando-o nas suas realizações, que atravessaram todos os tempos provocando
a admiração e o respeito da posteridade de todos os séculos. Aquelas almas
exiladas, que as mais interessantes características espirituais singularizam, conheceram,
em tempo, que o seu degredo na Terra atingira o fim. Impulsionados pelas forças
do Alto, os círculos iniciáticos sugerem a construção das grandes pirâmides,
que ficariam como a sua mensagem eterna para as futuras civilizações do orbe.
Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudos e iniciação, ao mesmo tempo em que constituiriam, para os pósteros (que ainda vai acontecer; futuro - a geração ou as gerações que vêm depois da de quem fala ou escreve) um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridade do porvir. Levantaram-se, dessarte (advérbio - destarte - assim, desta maneira; dessarte) as grandes construções que assombraram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico (relativo ou pertencente à cosmogonia; cosmogenético - conjunto de teorias que propõe uma explicação para o aparecimento e formação do sistema solar) do planeta e à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia. Redenção Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos. Com seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis. Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga. Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservou-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.
Esses grandiosos monumentos teriam duas finalidades simultâneas: representariam os mais sagrados templos de estudos e iniciação, ao mesmo tempo em que constituiriam, para os pósteros (que ainda vai acontecer; futuro - a geração ou as gerações que vêm depois da de quem fala ou escreve) um livro do passado, com as mais singulares profecias em face das obscuridade do porvir. Levantaram-se, dessarte (advérbio - destarte - assim, desta maneira; dessarte) as grandes construções que assombraram a engenharia de todos os tempos. Todavia, não é o colosso de seus milhões de toneladas de pedra nem o esforço hercúleo do trabalho de sua justaposição o que mais empolga e impressiona a quantos contemplam esses monumentos. As pirâmides revelam os mais extraordinários conhecimentos daquele conjunto de Espíritos estudiosos das verdades da vida. A par desses conhecimentos, encontram-se ali os roteiros futuros da Humanidade terrestre. Cada medida tem a sua expressão simbólica, relativamente ao sistema cosmogônico (relativo ou pertencente à cosmogonia; cosmogenético - conjunto de teorias que propõe uma explicação para o aparecimento e formação do sistema solar) do planeta e à sua posição no sistema solar. Ali está o meridiano ideal, que atravessa mais continentes e menos oceanos, e através do qual se pode calcular a extensão das terras habitáveis pelo homem, a distância aproximada entre o Sol e a Terra, a longitude percorrida pelo globo terrestre sobre a sua órbita no espaço de um dia, a precessão dos equinócios, bem como muitas outras conquistas científicas que somente agora vêm sendo consolidadas pela moderna astronomia. Redenção Depois dessa edificação extraordinária, os grandes iniciados do Egito voltam ao plano espiritual, no curso incessante dos séculos. Com seu regresso aos mundos ditosos da Capela, vão desaparecendo os conhecimentos sagrados dos templos tebanos, que, por sua vez, os receberam dos grandes sacerdotes de Mênfis. Aos mistérios de Ísis e de Osíris, sucedem-se os de Elêusis, naturalmente transformados nas iniciações da Grécia antiga. Em algumas centenas de anos, reuniram-se de novo, nos planos espirituais, os antigos degredados, com a sagrada bênção do Cristo, seu patrono e salvador. A maioria regressa, então, ao sistema da Capela, onde os corações se reconfortam nos sagrados reencontros das suas afeições mais santas e mais puras, mas grande número desses Espíritos, estudiosos e abnegados, conservou-se nas hostes de Jesus, obedecendo a sagrados imperativos do sentimento e, ao seu influxo divino, muitas vezes têm reencarnado na Terra, para desempenho de generosas e abençoadas missões.
A Índia
Dos Espíritos degredados no ambiente da Terra, os que se
agruparam nas margens do Ganges foram os primeiros a formar os pródromos (Uso:
formal: o que antecede a (algo); precursor, prenúncio, antecedente - Ex.: os p.
da revolução - 2 espécies de prefácio; introdução, preâmbulo) de uma sociedade
organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem de ascendentes
das coletividades do porvir. As organizações hindus são de origem anterior à própria
civilização egípcia e antecederam de muito os agrupamentos israelitas (sempre sofreram
as consequências nefastas do orgulho e do exclusivismo), de onde sairiam mais
tarde personalidades notáveis como as de Abraão e Moisés. As almas exiladas
naquela parte do Oriente muito haviam recebido da misericórdia do Cristo, cuja
palavra de amor e de cuja figura luminosa guardavam as mais comovedoras
recordações, traduzidas na beleza dos Vedas e dos Upanishads. Foram elas as primeiras
vozes da filosofia e da religião no mundo terrestre, como provindo de uma raça
de profetas, de mestres e iniciados, em cujas tradições iam beber a verdade os
homens e os povos do porvir, salientando-se que também as suas escolas de pensamento
guardavam os mistérios iniciáticos, com as mais sagradas tradições de respeito.
- O povo hindu não aproveitou como devia as experiências sagradas no orbe
terrestre, embora grandes emissários como CRISNA e BUDA tenham sido mandados em
sua ajuda - Muitos destes encontram-se ainda hoje em sua jornada de redenção no
globo terrestre.
Os Arianos
Era na Índia de então que se reuniam os arianos puros, entre
os quais cultivavam-se igualmente as lendas de um mundo perdido, no qual o povo
hindu colocava as fontes de sua nobre origem. Alguns acreditavam se tratasse do
antigo continente da Lemúria, arrasado em parte pelas águas dos Oceanos
Pacífico e Índico. A realidade, porém, qual já vimos, é que, como os egípcios e
os hindus eram um dos ramos da massa de proscritos da Capela, exilados no planeta.
Deles descendem todos os povos arianos, que floresceram na Europa e hoje atingem
um dos mais agudos períodos de transição na sua marcha evolutiva. O pensamento
moderno é o descendente legítimo daquela grande raça de pensadores, que se
organizou nas margens do Ganges, desde a aurora dos tempos terrestres, tanto
que todas as línguas das raças brancas guardam as mais estreitas afinidades com
o sânscrito, originário de sua formação e que constituía uma reminiscência da
sua existência pregressa, em outros planos.
Os Mahatmas
Da região do Ganges partiram todos os elementos irresignados
com a situação humilhante que o degredo na Terra lhes infligia. As arriscadas
aventuras forneceriam uma noção de vida nova e aqueles seres revoltados supunham
encontrar o esquecimento de sua posição nas paisagens renovadas dos caminhos;
lá ficaram, apenas, as almas resignadas e crentes nos poderes espirituais que
as conduziriam de novo às magnificências dos seus paraísos perdidos e distantes.
Os cânticos dos Vedas são bem uma glorificação da fé e da esperança, em face da
Majestade Suprema do Senhor do Universo. A faculdade de tolerar, e esperar,
afloraram no sentimento coletivo das multidões, que suportaram heroicamente
todas as dores e aguardaram o momento sublime da redenção. Os
"mahatmas" (grandes almas) criaram um ambiente de tamanha grandeza
espiritual para seu povo, que, ainda hoje, nenhum estrangeiro visita a terra
sagrada da Índia sem de lá trazer as mais profundas impressões acerca de sua
atmosfera psíquica. Eles deixaram também, ao mundo, as suas mensagens de amor,
de esperança e de estoicismo resignado, salientando-se que quase todos os
grandes vultos do passado humano, progenitores do pensamento contemporâneo,
deles aprenderam as lições mais sublimes.
Irmãos de Órion - Transmigrações Interplanetárias
Segundo pesquisadores, muitos de nós somos esses exilados
tentando recuperar o tempo perdido, portanto caminhemos juntos sempre com a
intenção de avanço, mas não só para o nosso progresso, mas para o de todas as
civilizações.
E o Sol sempre volta a brilhar...
Noites escuras, sombrias, frias... Sentimentos de dor, tristeza, mágoa, raiva,
ressentimento, aversão... Mentes confusas, perdidas,
inquietas, vazias... São tantas as emoções e sentimentos que passam pela alma
do ser humano... As aparências na maioria das vezes, não evidencia o que se
passa no interior do ser. Um sorriso estampado, não significa felicidade, como
uma vida confortável não significa paz interior. O ser humano ostenta máscaras
que diariamente apresenta ao mundo... A grande maioria da humanidade passa pela
vida sem aprender a amar e nem sabe onde encontrar a paz e a felicidade.
Acreditam que prazeres mundanos e materiais trazem a paz e felicidade.
Desconhecem que a Providência Divina atua diariamente em favor do espírito
encarnado. A invigilância e a falta de fé, ao lado do egoísmo e orgulho, são os
grandes vilões, responsáveis por esta imensa nuvem negra que encobre os
corações humanos. Os mais diversos tipos de relacionamentos são desfeitos pela
incompreensão e desconfiança. Corações amargurados e endurecidos se transformam
em corpos adoecidos. E quando tudo parece perdido e o abismo se abre obscuro, o
sol volta a brilhar... Eis que mais um belo dia surge para mostrar o amor do
Criador por seus filhos, lembrando diariamente, que sempre há uma luz no fim do
túnel. O Pai da Vida em sua infinita bondade concede seus mensageiros celestes
para amparar e guiar seus filhos, procurando fortalecê-los para dias melhores.
O Universo a cada dia conspira a nosso favor, trazendo oportunidades para abrir
o coração e a mente, para a felicidade e o amor. Faça da oração uma presença
constante na vida e entregue-se confiante nos braços de Deus. Pois, não há mal
que resista ao Bem... Não há ódio que resista ao amor e ao bom exemplo... Não
há dificuldade que dure para sempre... Saia da escuridão e deixe que a Luz
Divina brilhe em seu coração na certeza de que tudo passa...
Equipe Instituto Chico Xavier
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