André Luiz, conta no livro
“Missionários na Luz”, cap. 12, a história de um Espírito que, em sua última
encarnação, cometeu revoltante crime, assassinando um pobre homem a facadas na região do
estômago. Este ato impensado levou este Espírito a grandes aflições, porque a
vítima desencarnada o obsedou dia a dia até sua desencarnação. E após sua
desencarnação, além do remorso natural, foi para regiões umbralinas, sofrendo
ali grandes aflições também. Depois de muito tempo, quando estava consciente do
erro que cometeu, ajudou sua vítima "diminuindo" assim seu débito.
Então, para reparar de vez o crime, ele pediu que, na sua nova encarnação,
desencadeasse nele, uma úlcera de importância que começaria a incomodá-lo logo
que chegasse à maioridade física. Carregaria a própria ferida, conquistando,
dia a dia, a necessária renovação. Sofreria e lutaria incessantemente, desde a
eclosão da úlcera até sua desencarnação. Imaginemos então, este Espírito já
encarnado. Devido ao esquecimento ao reencarnar, provavelmente, procurará a
cura para sua doença na medicina e não encontrará. Então, certamente dirá:
“Estes médicos, não sabem nada, porque são todos mercenários!” Ele talvez,
procurará fazer promessas na Igreja Católica, e nada. . . Talvez faça oferta no
templo protestante, e nada. . . Talvez tome passes na Casa Espírita, e nada também.
Se for adepto da saúde, não fumando, não bebendo, ingerindo alimentos
saudáveis, fazendo exercícios físicos, etc., alguém dirá: "Tá vendo! O que
adiantou cuidar da saúde? Por isso, fumo, bebo, como de tudo . . ." Esta
atitude é comum, para quem não vê além da matéria. Muitas vezes, o Centro Espírita
mal orientado se dedica quase que inteiramente à tentativa das curas físicas
pela ação mediúnica, sem considerar que: · as enfermidades não acontecem por
acaso; elas refletem condições espirituais; guardam relação com o estado
evolutivo do ser; revelam carências, lesões, perturbações espirituais com
origem nesta ou em existências anteriores; serve de freio ou de prova para
evoluir mais rápido e, portanto, nem todos os doentes poderão ser curados. Se
não explicarmos estes detalhes aos que procuram a cura nas Casas Espíritas,
corremos o risco de sermos chamados de charlatães, por aqueles que não
alcançarem o almejado. · a Casa Espírita existe não para tratar de corpos, mas
de almas, porque o Espiritismo cura, sobretudo, os males morais. Quando Joanna
de Ângelis diz que "não há doenças, há doentes", ela quis dizer que a
doença só aparece porque somos doentes da alma. Porque ainda abrigamos ódio,
rancor, mágoa, revide, abusamos da alimentação, das bebidas alcoólicas, etc. E
estas transgressões, refletem no corpo físico através de doenças. Divaldo
Pereira Franco, no Livro “Diretrizes de Segurança”, recomenda que: “Não devemos
trazer para o Espiritismo o que pertence aos outros ramos do conhecimento. A
missão de curar é do médico. O espiritismo não veio competir com a ciência
médica. Não devemos pretender transformar a casa espírita em nosso consultório
médico.” Mas afinal, porque há Centro Espírita que tem trabalho de cura
espiritual e outro não? Na verdade, todo Centro Espírita possui um trabalho de
cura muito bem montada através da FLUIDOTERAPIA, que são os passes e a água
fluidificada. O magnetismo tem poder de cura, o próprio Allan Kardec nos fala
na Revista Espírita e nas obras da codificação. Antes de estudar fenômenos
espíritas, ele estudou magnetismo por mais de 30 anos. O Espiritismo não faz milagres;
unicamente descobriu algumas leis que regem os fluidos e as aplica em benefício
da humanidade sofredora. Os médiuns curadores irradiam fluidos de alto poder
magnético, dos quais os espíritos curadores se utilizam para a produção das
curas e manipulação dos remédios fluídicos. Os que estão recebendo o passe
deverão ligar seu pensamento ao alto, para ajudar a receptividade. De
pensamento elevado, o magnetismo penetra mais facilmente. E de pensamento
negativo, dificulta a penetração dos fluidos. Os doentes incuráveis (sabemos
que nem todos receberão a cura) encontrarão profundo alívio no passe e na água
magnetizada. Vejamos o que diz Marlene Nobre, médica e presidente da AME-Brasil
e do jornal Folha Espírita, dirigente do centro espírita Cairbar Schutel-S.P
sobre cirurgias espirituais dentro das casas espíritas: “Nos centros espíritas
que verdadeiramente estudam Kardec as pessoas não tem o aparato das cirurgias
espirituais, elas tem, com certeza, assistência gratuita de todos os serviços e
a mesma cura, quando são “merecedoras” disso. Pelo que se tem visto, é
preferível os trabalhos de FLUIDOTERAPIA dos centros espíritas. Quanto às
cirurgias espirituais executadas com cortes e introdução de objetos, não são
aceitas pela AME (Associação Médica Espírita), acredita-se que a intervenção (a
cura) pode se dar sem esses objetos.” Quanto às terapias alternativas
(cromoterapia, cristalterapia, fitoterapia, aromaterapia, florais de Bach e
outros), podem ter alguns pontos concordantes com o conhecimento espírita,
caberá à ciência definir; não são, porém, atividade própria do centro espírita,
porque, além de curar corpos não ser o objetivo primordial do Espiritismo,
essas terapias requerem profissionais habilitados e locais apropriados e, no
centro espírita, estariam desviando finalidades. Existiu uma época que houve
curas espirituais que tinham a função de atrair e convencer os descrentes da
existência de um mundo espiritual. Mas agora o ser humano despertou a
consciência para essa vida espiritual.
Fonte: Grupo de Estudos Allan Kardec
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