À
noite, olhando as estrelas,
Como quem sonda um abismo:
Meu Deus! O que serão elas?
Almas gentis de crianças,
Voando as plagas serenas,
Como um bando de esperanças.
Como quem sonda um abismo:
Meu Deus! O que serão elas?
Almas gentis de crianças,
Voando as plagas serenas,
Como um bando de esperanças.
Cheias
de amor e de encantos,
Hóstias formosas, nevadas,
Eucaristia dos santos,
Desilusões de poetas,
Raios de luz desprendidos,
Das asas das borboletas.
Hóstias formosas, nevadas,
Eucaristia dos santos,
Desilusões de poetas,
Raios de luz desprendidos,
Das asas das borboletas.
Para
uma encantada horta,
Sorrisos tristes, magoados,
De uns lábios de noiva morta,
Formados da luz serena,
Que aureolava os cabelos,
Tão loiros de Magdalena.
Sorrisos tristes, magoados,
De uns lábios de noiva morta,
Formados da luz serena,
Que aureolava os cabelos,
Tão loiros de Magdalena.
Uma
alma branca de rosa,
Que os anjos levam da terra
Para a Santa mais formosa,
O manto azul de Maria,
E cada estrela um diamante
Que neste manto irradia.
Que os anjos levam da terra
Para a Santa mais formosa,
O manto azul de Maria,
E cada estrela um diamante
Que neste manto irradia.
De
um’asa nívea de arcanjo...
Pupilas em luz imersas
Dos olhos castos de um anjo...
No Azul imenso e sem véu...
Ninhos de ouro pequeninos
Dos beija-flores do Céu...
Pupilas em luz imersas
Dos olhos castos de um anjo...
No Azul imenso e sem véu...
Ninhos de ouro pequeninos
Dos beija-flores do Céu...
Os
astros, brancos arminhos:
Nós somos berços que escondem,
As almas dos passarinhos.
Nós somos berços que escondem,
As almas dos passarinhos.
Auta
de Souza
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