Vive
a nacionalidade brasileira um momento de extraordinária significação: ser
conhecido praticamente em todo o mundo, naquilo que tem de melhor, excluindo os
tradicionais comentários sobre a “alegria e festas, as mulatas, o samba e o
football.”
A
COPA proporcionou a mais de um bilhão e quinhentos milhões de pessoas que não
conhecem o Brasil ou recebem notícias, distorcidas umas, lamentáveis outras, de
corrupção, de crime, de desrespeito aos direitos democráticos, fenômeno, aliás,
que acontece em todos os países, em uns mais do que noutros, a ocasião de
apresentarmos desde a sua abertura o que temos de melhor, considerando-se
sermos a sétima economia do mundo.
Há
problemas governamentais, escassez de escolas e de hospitais, desemprego e
violência, sem dúvida, mas também existem milhões de cidadãos honrados, de
jovens dignos que disputam nas universidades e institutos de tecnologia um
lugar ao Sol, de idosos veneráveis e de crianças geniais, de estudiosos dos
problemas humanos e de lutadores que anelam por uma sociedade feliz.
Se
houve motivos para que muitos cidadãos não concordassem com a realização da
COPA em nosso território, em face de mais urgentes necessidades, aliás,
urgentíssimas, não seria através do desrespeito na abertura do Evento a Senhora
Presidente, eleita pela maioria dos cidadãos, especialmente através de
agressões covardes e chulas, daqueles mesmo que estando contra, lá se
encontravam.
Os
jornais do mundo, que também gostam do escândalo, falaram sobre a COPA, sim,
mas deram destaques às vaias, às badernas nas ruas, demonstrando o primarismo
em que muitos brasileiros ainda nos encontramos.
Não
será por esse processo que se construirá um povo digno, uma sociedade feliz,
mas sim, através do voto, que logo mais seremos convocados a exercer como
direito soberano de liberdade, elegendo pessoas dignas, que nos não comprem com
um par de sandálias japonesas, nem com os cargos oferecidos nas planilhas
governamentais...
Divaldo
Franco
Artigo
publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião em 19-06-2014
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