Estou na fossa,
estou em depressão.
Em poucas palavras podemos definir a depressão
como sendo um estado de tristeza profundo e prolongado. Pode haver
uma ligação entre melancolia, baixa autoestima, a falta de
atividade e a introversão do comportamento depressivo, de um lado, e por outro
a exaltação, a mania de grandeza, tagarelice e a agitação do comportamento
maníaco, caracterizando a Depressão Bipolar – (psico-maníaco depressiva).
Quando o Espírito está enfermo, as forças orgânicas ficam sem resistência,
sendo dominadas pelos invasores microbianos que levam ao corpo também as
enfermidades. Como se sabe corpo, espírito e perispírito agem interconectados,
qualquer alteração em um deles afeta o seu correspondente.
Pode ocorrer com o depressivo, a chamada
“somatização”, isto é, os distúrbios emocionais e espirituais terminarão por se
projetar no sistema orgânico.
O depressivo pode vir a sofrer de múltiplos
males, desde distúrbios digestivos, ulceras no estomago, ou duodeno,
disritmia cardíaca, oscilação de pressão, problemas hepáticos, disfunção
intestinal, manifestações cancerígenas, estados degenerativos graves, infecções
lamentáveis, alergias e comprometimento do metabolismo em geral e profundo
desgaste. Quando isso ocorre não será suficiente o tratamento orgânico,
cuidando-se somente dos efeitos, sendo necessário, sobretudo, socorrer a alma
(espírito), eliminando, assim, a causa.
Devemos muito a ciência no tratamento
dos transtornos mentais, sem deixar de contar com o valioso concurso da
Doutrina Espírita que trabalha investigando as causas dos distúrbios e trabalhando
no afastamento dessas parasitoses espirituais que subjugam e vampirizam suas vítimas.
A depressão não é uma doença característica de nossos tempos, mas tão antiga
quanto o homem. Num passado muito distante era conhecida por melancolia,
síndrome essa que vamos encontrar na narrativa bíblica em que o rei Saul,
angustiado, era consolado pelos salmos de Davi, que enquanto cantava dedilhava
a harpa ou a cítara para diminuir suas angustias. Esses salmos funcionavam como
terapia para aquele rei arbitrário, infeliz que periodicamente era tomado pela
melancolia e pela exaltação (Depressão Bipolar).
Encontramos ainda na bíblia um dos exemplos
mais clássicos que é a história do personagem Jô, que possuindo esposa, filhos
e empregados, e muitos bens materiais como bois, jumentos, ovelhas e camelos,
em determinado momento da vida, perde praticamente tudo. Perda, que pode ser
uma das causas da depressão, que caracteriza o sentimento de perda. Jô enfrentou,
ainda, adversidades, enfermidades e incontáveis aflições, depois de curta
resistência, acaba caindo em profunda melancolia, amaldiçoando a vida e
desejando a morte, conduta própria da vítima de depressão. Mas sem desafiar
Deus, tudo recupera (Jô – 3: 20 a 23).
As estatísticas apontam algo em torno de 10% a
15% da população mundial seriam depressivos, há quem afirme ser mais.
Fazendo-se uma projeção das estatísticas que envolvem encarnados e
desencarnados, isto porque a alma poderá seguir enferma depois do desencarne,
aí então, as cifras serão alarmantes. Mas como nem toda tristeza é depressão,
então vamos ver o que nos elucida o Espírito Hammed, através de Francisco do
Espírito Santo Neto: “Somos também natureza, possuímos as estações da alegria,
do entusiasmo, da moderação e do desânimo, assim como os da primavera, do
verão, do outono e do inverno”.
Em muitas circunstâncias podemos
considerar a tristeza, o desânimo, a magoa e o aborrecimento como natural
período de transição. São tempos de mudança e crescimento, estações de
crescimento do ser em processo de evolução. De todas as experiências que a vida
nos oferece deve se feita uma reciclagem com reaproveitamento de tudo que é
considerado bom como também os maus. Tudo tem seu devido valor na existência,
tudo tem um fim utilitário para crescermos integralmente. Diante disso tudo,
temos de entender nossos ciclos depressivos, recolhendo assim as abençoadas
sementes da “Arte de Viver”.
Considerando a complexidade da vida moderna,
suas lutas e incertezas, muito natural não se conseguir manter um estado
psíquico positivo e inalterável. Que vez ou outra apresentemos algumas
tristezas, mágoas, aborrecimento que até certo grau e desde que passageiro, não
pode ser classificado de depressão propriamente dita. Não podemos confundir o
estado depressivo clinico com o estado passageiro de tristeza, mágoa e
aborrecimentos que não duram mais do que um dia e basta um fato positivo para
que a pessoa se sinta novamente disposta, alegre e motivada para o
enfrentamento da luta. Esses sintomas, portanto são reações consideradas
normais e até saudáveis, quando de curta duração. No linguajar brasileiro este
estado de tristeza comumente se diz que a pessoa está na fossa, ou baixo
astral, ou deprê.- Eu estou deprê. É mais atual e com status.
E você também está deprê?
Fontes:
Doenças ou Transtornos Espirituais? – Divaldo P. Franco e
outros autores; Depressão, Causas, Cons.e Tratamento. – Izaias Claro e
Renovando Atitudes – Fco.Esp.Santo Neto (Hammed)
Nenhum comentário:
Postar um comentário