As crianças desde o berço podem e devem estar
presentes no momento do Evangelho no Lar. Sua participação vai variar conforme
a idade: desde bem pequenas podem ser incentivadas a participar, fazendo a
prece, os comentários e as vibrações, e quando souberem ler, poderão realizar a
leitura.
Quando houver crianças participando, a leitura
e os comentários devem ser realizados com linguagem que permita o entendimento
por parte delas. Podem ser utilizados livros com histórias de conteúdo moral,
evangélico ou espírita. É interessante que os pais conheçam previamente os
livros e as histórias que serão lidas naquele dia, facilitando, assim, os
comentários após a leitura.
É de grande importância que os adultos
incentivem a participação das crianças e expliquem a elas o que acontece
naquele momento de estudo e reunião em família.
Um roteiro de
como explicar para as crianças o que é e quais as etapas do Evangelho no Lar.
O Evangelho é um livro onde podemos aprender
sobre Jesus, as histórias que ele contava e as lições de paz e de amor que ele
ensinou durante sua vida.
Para estudarmos o Evangelho de Jesus reunimos a
família e fazemos o "Evangelho no Lar".
Devemos marcar um horário na semana, e convidar a família a estudar e trocar ideias. Tem a duração de aproximadamente 20 a 30 minutos.
Devemos marcar um horário na semana, e convidar a família a estudar e trocar ideias. Tem a duração de aproximadamente 20 a 30 minutos.
Iniciamos o Evangelho no Lar com a prece do Pai
Nosso ou outra prece simples e espontânea, depois lemos um trecho
escolhido ou aberto ao acaso do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo"
ou de outro livro que contenha os ensinamentos do Mestre Jesus.
Após a leitura, conversamos e cada pessoa diz o
que entendeu, ou qual a mensagem do texto, sempre evitando discórdia ou
"cobranças" de atitudes dos familiares.
O próximo passo é fazer as vibrações. Vibração
é um momento em que mandamos bons pensamentos e energias positivas para outras
pessoas. Podemos vibrar pelos familiares, pelos amigos, pelos doentes e por
todas as pessoas que achamos que necessitam de auxílio. Também podemos mandar
boas vibrações para que as pessoas não briguem, não maltratem as crianças e os
animais, que tenham emprego e saúde.
Neste momento podemos solicitar a magnetização
da água. Magnetizar a água é colocar um pouco de água em um recipiente e
solicitar, durante as vibrações, que os bons espíritos coloquem naquela água o
remédio e os bons fluidos de que os participantes precisam naquele momento.
Terminamos o Evangelho no Lar com uma pequena
prece.
Ao final, servimos a água magnetizada aos
presentes, mantendo o clima de respeito e recolhimento.
O Evangelho no Lar promove a união da família,
atrai a assistência dos bons espíritos e evangeliza encarnados e desencarnados
que convivem conosco e na nossa casa.
Sugestões de
livros que podem ser usados quando as crianças participam do Evangelho no Lar:
- A Cartilha do Bem, psicografia de Francisco
C. Xavier, Espírito Memei, Editora FEB;
- Pai Nosso, psicografia de Francisco C.
Xavier, Espírito Memei, Editora FEB;
- O Evangelho Segundo o Espiritismo para a
Infância, de Maria Helena Fernandes Leite, Edições FEESP;
- Coleção Grãos de Mostarda - Um projeto do
Grupo de Estudos Espíritas “Os Mensageiros”;
- Coleção Conte Mais – Um projeto da Federação
Espírita do Rio Grande do Sul - FERGS;
- Não vale a pena mentir, psicografia de Raul
Teixeira, Espírito Levy, Editora FRATER;
- Aprenda a Conversar com Seu Anjo, psicografia
de J. Raul Teixeira, Espírito Levy, Editora FRATER;
E muitos outros
livros espíritas, com conteúdo evangélico-moral, que auxiliam a cultivar os valores
eternos (amor, caridade, paz, amizade, perdão, etc).
- Jesus no Lar, psicografia de Francisco C.
Xavier, Espírito Néio Lúcio, Editora FEB;
- Caminho, Verdade e Vida, psicografia de
Francisco C. Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Pão Nosso, psicografia de Francisco C.
Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Fonte Viva, psicografia de Francisco C.
Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Vinha de Luz, psicografia de Francisco C.
Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Agenda Cristã, psicografia de Francisco C.
Xavier, Espírito André Luiz, Editora FEB;
- Luz no Lar, psicografia de Francisco C.
Xavier, diversos espíritos, Editora FEB;
- Messe de Amor, psicografia de Divaldo Franco,
Espírito Joanna de Ângelis, Editora LEAL.
Realizar o Evangelho no Lar é convidar Jesus a
permanecer em nossa casa.
Conheça algumas
questões de O Livro dos Espíritos que podem elucidar quanto à importância da
participação das crianças na realização do Evangelho no Lar:
Q.383. Qual,
para este, a utilidade de passar pelo estado de infância?
“Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o
Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe,
capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os
incumbidos de educá-lo.”
Q.385. Que é o que motiva a mudança que se
opera no caráter do indivíduo em certa idade, especialmente ao sair da
adolescência? É que o Espírito se modifica?
“É que o Espírito retoma a natureza que lhe é
própria e se mostra qual era. Não conheceis o que a inocência das crianças
oculta. Não sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que serão. Contudo,
afeição lhes tendes, as acaricias, como se fossem parcelas de vós mesmos, a tal
ponto que se considera o amor que uma mãe consagra a seus filhos como o maior
amor que um ser possa votar a outro. Donde nasce o meigo afeto, a terna
benevolência que mesmo os estranhos sentem por uma criança? Sabeis? Não. Pois
bem! Vou explicá-lo.
As crianças são os seres que Deus manda a novas
existências. Para que não lhe possam imputar excessiva severidade, dá-lhes Ele
todos os aspectos da inocência. Ainda quando se trata de uma criança de maus
pendores, cobrem-se-lhe as más ações com a capa da inconsciência. Essa
inocência não constitui superioridade real com relação ao que eram antes, não.
É a imagem do que deveriam ser e, se não o são, o consequente castigo
exclusivamente sobre elas recai.
Não foi, todavia, por elas somente que Deus
lhes deu esse aspecto de inocência; foi também e, sobretudo, por seus pais, de
cujo amor necessita a fraqueza que as caracteriza. Ora, esse amor se
enfraqueceria grandemente à vista de um caráter áspero e intratável, ao passo
que, julgando seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e
os cercam dos mais minuciosos cuidados. Desde que, porém, os filhos não mais
precisam da proteção e assistência que lhes foram dispensadas durante quinze ou
vinte anos, surge-lhes o caráter real e individual em toda a nudez.
Conservam-se bons, se eram fundamentalmente bons; mas, sempre irisados de
matizes que a primeira infância manteve ocultos.
Como vedes, os processos de Deus são sempre os
melhores e, quando se tem o coração puro, facilmente se lhes apreende a
explicação.
Com efeito, ponderai que nos vossos lares
possivelmente nascem crianças cujos Espíritos vêm de mundos onde contraíram
hábitos diferentes dos vossos e dizei-me como poderiam estar no vosso meio
esses seres, trazendo paixões diversas das que nutris inclinações, gostos,
inteiramente opostos aos vossos; como poderiam enfileirar-se entre vós, senão
como Deus o determinou, isto é, passando pelo tamis da infância?
Nesta se vêm confundir todas as ideias, todos
os caracteres, todas as variedades de seres gerados pela infinidade dos mundos
em que medram as criaturas. E vós mesmos, ao morrerdes, vos achareis num estado
que é uma espécie de infância, entre novos irmãos. Ao volverdes à existência
extraterrena, ignorareis os hábitos, os costumes, as relações que se observam
nesse mundo, para vós, novo. Manejareis com dificuldade uma linguagem que não estais
acostumados a falar, linguagem mais vivaz do que o é agora o vosso pensamento.
Fonte: Lar Espírita Peixotinho
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