Um trecho do livro Missionários da Luz, de André Luiz (Psicografado por Chico Xavier), que narra à reencarnação de Segismundo:
“Leve rumor, que apenas encontrava eco em nossos ouvidos se fazia sentir acima de nossas cabeças. Ergui-me, surpreso, e pude ver que uma coroa brilhante e infinitamente bela descia do alto sobre a fronte de Raquel, ajoelhada, em silêncio. Tive a impressão de que a auréola se compunha de turmalinas eterizadas, que miraculoso ourives houvera tornado resplandecentes. Seu brilho feria-nos o olhar e o próprio Alexandre, ao fixá-la, curvou-se, reverente. A coroa sublime, sustentada por Espíritos muito superiores a nós, que eu não podia ver, descansou sobre a fronte de Raquel.
Notei, embora a comoção do momento, que o meu instrutor fez um gesto à depositária de Segismundo, para que efetuasse a entrega do reencarnante aos braços maternais.
Raquel, dando-me a impressão de que não via a luminosa auréola, ergueu os olhos rasos de lágrimas e recebeu o depósito que o Céu lhe confiava. Alexandre estendeu-lhe a destra, ajudando-a a levantar-se, e vi que Adelino se aproximou da esposa, estreitando-a carinhosamente nos braços, beijando-lhe a fronte orvalhada de luz.
Foi então, ó divino mistério da Criação Infinita de Deus, que a vi apertar a “forma infantil” de Segismundo de encontro ao coração, mas tão fortemente, tão amorosamente, que me pareceu uma sacerdotisa do Poder da Divindade Suprema. Segismundo ligara-se a ela como a flor se une à haste. Então compreendi que, desde aquele momento, era alma de sua alma aquele que seria carne de sua carne."
Nenhum comentário:
Postar um comentário