Perguntas e Respostas
1. Que sensações
experimenta a alma por ocasião da morte?
R.: Por ocasião da morte, a alma se acha como
que aturdida, no estado de uma pessoa que despertou de profundo sono e procura
orientar-se sobre a sua situação. A lucidez das ideias e a memória do passado
lhe voltam aos poucos, à medida que se apaga a influência da matéria que ela
acaba de abandonar e se dissipa a espécie de névoa que lhe obscurece os pensamentos.
2. Há Espíritos que
se sentem perturbados durante os instantes que se seguem à morte corporal?
R.: Sim. E o tempo que dura a perturbação é
variável, visto que pode ser de algumas horas, como também de muitos meses e
até de muitos anos. Para aqueles que já na existência corpórea se identificaram
com o estado que os aguardava, menos longa é essa perturbação, porque eles
compreendem imediatamente a posição em que se encontram.
3. O comportamento
religioso exerce alguma importância na situação da alma após a morte?
R.: Sim. O processo de desprendimento
espiritual é lento ou demorado, conforme o temperamento, o caráter moral e as
aquisições espirituais de cada ser, e, por isso, o comportamento religioso
exerce fundamental importância. Os que se fixaram às ideias niilistas,
materialistas, hibernam-se, não raro, como a fugir da realidade, num bloqueio
inconsciente de longo porte que os atormenta em forma de pesadelos
infelizes.
4. Qual a situação
das pessoas que cultivaram as religiões simplistas, que prometem o Céu a golpes
de facilidade e oportunismo?
R.: Essas pessoas são surpreendidas por uma
realidade bem diversa com que não contavam.
5. Em poucas
palavras, como definir o estado do Espírito por ocasião da morte?
R.: O estado do Espírito por ocasião da morte
pode ser resumido nas proposições que se seguem: Será tanto maior o sofrimento
quanto mais lento for o desprendimento do perispírito. A presteza do
desprendimento está na razão direta do adiantamento moral do Espírito. Para o
Espírito desmaterializado, de consciência pura, a morte é qual sono breve,
isento de agonia, e cujo despertar é suavíssimo.
Bibliografia:
O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, itens 164 e
165.
O Céu e o Inferno, de Allan Kardec, Parte 1, itens 6, 7, 12
e 13.
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