Diante das vozes e dos braços que te amparam na enfermidade, coopera com os instrumentos da cura, abençoando a ti mesmo.
Em qualquer desajuste orgânico, não condenes o corpo.
O operário há de amar enternecidamente a máquina que o ajuda a viver, lubrificando-lhe as peças e harmonizando-lhe os implementos, se não deseja relegá-la à inutilidade e à secura.
Abençoa teu coração.
É o pêndulo infatigável, marcando-te as dores e alegrias.
Abençoa teu cérebro.
É o gabinete sensível do pensamento.
Abençoa teus olhos.
São companheiros devotados na execução dos compromissos que a existência te confiou.
Abençoa teu estômago.
É o servo que te alimenta.
Abençoa tuas mãos.
São antenas no serviço que consegues realizar.
Abençoa teus pés.
São apoios preciosos em que te sustentas.
Abençoa tuas faculdades genésicas.
São forças da vida pelas quais recebeste no mundo o aconchego do lar e o carinho de mãe.
Eis que Deus te abençoa, a cada instante, no ar que respiras, no pão que te nutre, no remédio que refaz, na palavra que anima, no socorro que alivia, na oração que consola...
Junto das células doentes ou fatigadas, não empregues o fogo da tensão, nem o corrosivo do desespero.
Abençoa também.
Emmanuel
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