quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ALGUNS CASOS DE EPÍLEPSIA



Caso 1: Livro Grilhões Partidos, de Manoel P de Miranda

Caso Ester: moça, de 15 anos, previamente “normal”. Quadro súbito de contratura generalizada, palidez cutânea, sudorese abundante. Segue-se atitude agressiva do pai, a quem sempre tratou com carinho, seguida de palavras duras, gritos e agitação. Após a medicação injetável, ocorre sonolência intercalada por convulsões.
Diagnóstico espiritual: “Disritmia cerebral secundária a ligação obsessiva, com manifestação do obsessor através de psicofonia atormentada, após a convulsão. O Eletroencefalograma [ECG] era normal antes e após a convulsão. Se não forem evitados os ataques de subjugação, aparecerá lesão cerebral, que já existe no perispírito”.

Ester era espírito com grave débito no passado, com lesão perispiritual na região cerebral. Utilizou sua inteligência para causar prejuízo grave à vida de vários semelhantes.
Observar que após a convulsão seguia-se a fala do obsessor (fala lógica e inteligente), dirigida contra o pai de Ester.

O diagnóstico médico seria crise convulsiva generalizada tônico-clônica seguida de estado crepuscular como a ocorrência de confusão mental, inquietação motora, automatismos, distúrbios da fala, do conhecimento e da ação, após a crise convulsiva.
Esse caso mostra a ocorrência da convulsão são e ressalta a importância da terapia desobsessiva na prevenção de lesão do corpo físico.
Bezerra de Menezes indica o tratamento: “A terapia há de ser múltipla acadêmica e espírita”, mostrando a importância de usar medicação apesar de ser processo de origem espiritual.

Caso 2: Livro: Nos Domínios da Mediunidade, cap. 9.

Caso Pedro: Paciente com doença mental.
Visão espiritual: Observa-se o obsessor ligando-se a Pedro, seguindo-se convulsão generalizada tônico-clônica, com relaxamento de esfíncteres. O mentor Aulus afirma ser possessão completa ou epilepsia essencial e analisa que, no setor físico, Pedro está inconsciente, não terá lembrança do ocorrido, mas está atento em espírito, arquivando a ocorrência e enriquecendo-se. Passado espiritual semelhante aos demais pacientes analisados, com obsessão na espiritualidade antes da atual reencarnação.
Após a prece e o passe dos demais encarnados, ocorre o desligamento do desencarnado, termina a convulsão e Pedro entra em sono profundo.

O mentor Aulus o classifica como médium, mas desaconselha à procura de desenvolvimento mediúnico, até que Pedro desenvolva recursos pessoais no próprio reajuste, com o estudo e reforma íntima, e explica: “Com a terapia desobsessiva exitosa, será possível terminar com os ataques de “possessão”, mas Pedro sofrerá os reflexos do desequilíbrio em que se envolveu, a se expressarem nos fenômenos mais leves da epilepsia secundária que emergirão por algum tempo, ante recordações mais fortes da luta atual até o reajuste integral do perispírito (reflexo condicionado)”.

Esse caso mostra que, apesar de tratar-se de obsessão, não ocorreu a manifestação do obsessor (estado crepuscular) após a convulsão, provavelmente devido ao passe aplicado durante a convulsão, que produziu o desligamento do espírito desencarnado. Fato semelhante ocorreu no caso retirado do Evangelho, onde no texto de Marcos (9: 14-30) observa-se que o jovem apresenta a convulsão e após a interferência de Jesus ele fica “como morto”. Outro ensinamento desse caso é quanto ao prognóstico de cura após o tratamento desobsessivo, analisado pelo mentor Aulus, surgindo à epilepsia secundária a reflexo condicionado.

CONCLUSÃO

Os quadros de epilepsia podem ser provocados por obsessão, mas existem casos sem ação de desencarnados e casos mistos.
Independentemente do caso, com ou sem envolvimento obsessivo, há necessidade de uso de medicação da medicina acadêmica.
Segundo Bezerra de Menezes, a presença do estado crepuscular é diagnóstico de ação obsessiva.
A terapia desobsessiva é altamente eficaz, devendo ser usada como preconiza a obra kardequiana.

O estudo dos casos clínicos sugere que a maioria dos quadros de epilepsia representa processo obsessivo atual ou passado, e que todo paciente epiléptico deve ser abordado com processo terapêutico nesse sentido. As exceções seriam os casos de lesão cerebral no passado ou na vida atual, como nos casos de suicídio.
O quadro secundário a processo obsessivo, se não socorrido em tempo hábil, pode levar à lesão física.
Existe uma sequencia evolutiva do processo de cura: obsessão com lesão física -> obsessão sem lesão física -> epilepsia por reflexo condicionado -> estado convalesceste (com crises dependendo do comportamento do paciente) -> cura.

 “Estai de sobreaviso, vigiai e orai, porquanto, não sabeis quando será o tempo.” Jesus - Mc. 13 - 33.


 (Extraído da revista Cristã de Espiritismo 23, páginas 12-14)

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