Aprende-se na Doutrina Espírita que a existência de Deus, causa primária de tudo o que existe, é a base sobre a qual repousa o edifício da criação universal.
Acreditar na existência de Deus é ponto fundamental para a compreensão da grande equação da vida. Muito mais importante que acreditar é sentir e compreender que a existência de um Ser Superior sempre foi é e será um princípio que o homem jamais deixará de buscar.
Sabe-se que a inteligência humana não é a causa da vida, nem é suficiente para manter ou conservar o poder da vida.
Quem, então, seria a causa?
A Doutrina Espírita responde sem hesitar: Deus!
A linguagem humana é, entretanto, impotente para exprimir a ideia do Ser Infinito. Desde que o homem utiliza termos e nomes limitados em seus conceitos, limita o que é sem limites.
Todas as definições são insuficientes e, de certo modo, induzem a erro, mas, pouco a pouco, com as revelações espirituais, o homem começa a entrever a evolução grandiosa da vida e o significado maior das palavras de Jesus: “Meu Reino não é deste mundo".
A Doutrina Espírita ajuda o homem a perceber que tudo revela e manifesta a presença divina, especialmente após esclarecimentos feitos pelos Espíritos, sem alegorias, dando às coisas um sentido claro e preciso que não possa ser objeto de nenhuma falsa interpretação.
Os Espíritos ensinam que a maravilhosa obra da criação não pode ser obra do acaso, porquanto todo efeito INTELIGENTE tem de decorrer de uma causa INTELIGENTE.
Allan Kardec narra (GÊNESE DE ALLAN KARDEC, cap. II, item 6- parágrafo 2º), um exemplo significativo desta afirmação:” Ao se contemplar um relógio, por exemplo, de mecanismo complexo e engenhoso, poder-se-ia dizer que ele é um relógio inteligente, que se fez a si mesmo? Ou então que aquela obra-prima teria saído do nada? Ou que foi criação de um cérebro ignorante? "
A existência de Deus, é, pois uma realidade comprovada não somente pela revelação, como pela evidência material dos fatos. Observando-se a grandiosidade da vida, do micro ao macrocosmo, deduz-se a existência de uma suprema e soberana inteligência, infinita em todas as perfeições, que se denomina Deus.
O homem não deve procurar Deus nos templos de pedra ou de mármore e sim no templo eterno da natureza, no espetáculo dos mundos a percorrerem o infinito, seja na Terra, nos esplendores da vida que se expande em sua superfície, em suas planícies, vales, montanhas e mares, que a morada terrestre oferece, seja na potente máquina do Universo que se agita, silenciosamente, nos bilhões de sóis e outros astros que a compõem.
Assim, o homem sentirá a majestade de um poder misterioso, de uma Inteligência, que não se impõe, mas que está no seio das coisas, e cuja presença as revela ao pensamento e ao coração.
Deus está assim, em cada uma das criaturas, no templo vivo da consciência humana que somente precisa desenvolver suas percepções para reconhecê-lo.
O princípio espiritual ou alma é corolário (consequência de uma verdade já estabelecida) da existência de Deus; sem esse princípio Deus não teria razão de ser, visto que não poderia conceber a soberana inteligência a reinar, pela eternidade afora, unicamente sobre a matéria bruta, como não se poderia conceber que um monarca terreno, durante toda a sua vida, reinasse, exclusivamente sobre pedras.
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