Aluney Elferr Albuquerque Silva
Antes de adentrarmos nas técnicas mais
comuns do passe, direcionadas para as mais diversas necessidades, existe um
ponto de muita importância que Jacob Melo nos avisa em Seu Livro "Manual
do Passista". No momento da aplicação em si, os passistas
poderão sentir através de leves roçaduras ou impressões nas pontas dos dedos ou
nas palmas das mãos, os fluidos sendo emanado e a experiência nos mostra que
realmente acontece, há passistas que sentem no centro da palma da mão uma
impressão diferente no momento da aplicação, todavia há ainda outros que sentem
a mesma impressão nas pontas dos dedos. Jacob Melo, no Livro supracitado, nos
informa que aqueles que sentem estas impressões na ponta dos dedos, poderiam
sem chamados de Médiuns Passistas Digitais, e os que sentem esta leve impressão
nas palmas das mãos, seriam os Médiuns Passistas Palmares. Gostaríamos ainda,
de deixar claro que os médiuns que já militam nessa área e que não sentem estas
impressões, de forma alguma devem pensar que não existe intercâmbio de fluidos
em seus passes, diríamos que estas sensações também se adquirem por prática e
dependem de outros fatores na sensibilidade de cada um.
E as mãos deverão ficar conforme o
passista se sinta mais tranquilo e relaxado para desenvolver a aplicação,
continuando assim, com o modo pelo qual o médium praticava tal aplicação.
DIAGNÓSTICO OU TATO – MAGNÉTICO
O primeiro passo realmente, levando em
consideração que no momento do passe estamos na condição de verdadeiros
intermediários, seria conhecer um pouco mais o irmão que comparece para o
passe, tratando de posicionar as mãos ou a mão primeiramente sobre o coronário
e depois paulatinamente descer, sem se demorar muito, no intuito de sentir as
vibrações do campo vibratório do paciente, as oscilações do seu tônus
vibratório, as emanações de seu corpo perispiritual, tendo em vista até mesmo
descobrirmos pontos no organismo com vibrações diferenciadas e problemáticas,
mentalmente não estamos doando nada, por enquanto somente reconhecendo o
paciente, entrando em relação fluídica com o paciente. Esta técnica também se
desenvolve através da prática. Facultando os médiuns encontrarem campos em
desequilíbrio do paciente, alguns passistas através desta técnica detectam informações
valiosas e que muito auxiliam no tratamento fluidoterápico. Utilizando
dispersivos para assim, de uma certa maneira poder “clarear” o campo vibratório
do paciente e consequentemente localizar com maior facilidade as desarmonias
existentes. Façamos uma rápida comparação da utilidade dos dispersivos nesta
técnica: se uma pessoa esta com problemas na região gástrica, seu campo vibratório
ficará desorganizado. Fazendo uso do tato-magnético neste momento poderemos
captar uma desorganização é claro, generalizada e não local ou até mesmo
verificar que ele se encontra mais sério na região do abdômen, mas se fizermos
um dispersivo agiremos diretamente nos fluidos desordenados, os ordenado e até
mesmo extrairemos os mesmo que envolvem o corpo deixando o foco em desarmonia,
mas acessível ao nosso tato. Da mesma forma quando fazemos um curativo,
primeiramente assepsiamos e depois cuidamos do foco infeccionado.
EMANAÇÃO DE FLUIDOS
Em "A GÊNESE - CAP. XIV - ITEM
33", Kardec nos demonstra que "a ação magnética pode produzir-se por
diversas formas:"
1. Pelo próprio fluido do magnetizador
(Passista) – é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação
é subordinada à potência e, sobretudo à qualidade do fluido.
2. Pelos fluidos do Espírito
(desencarnado). – atuam diretamente e sem intermediários sobre o encarnado,
seja para curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico
espontâneo, seja para exercer sobre o indivíduo uma influência física ou moral
qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está na raiz das qualidades
do espírito.
3. Pelos fluidos do Espírito
(desencarnado) combinando com os fluidos do magnetizador (Passista). – fluidos
derramados sobre o magnetizador e ao qual ele serve de condutor. É o magnetismo
misto, semi-espiritual ou, se assim melhor nos expressamos, humano-espiritual.
Vemos neste, o fluido espiritual, combinado com o fluido humano, dando a este
último as qualidades que lhe faltam. O auxílio dos espíritos, em tais
circunstâncias, é por vezes espontâneo, porém com mais frequência é provocado
pelo apelo do magnetizador.
Conforme já verificamos, o pensamento e
a vontade exercem ação preponderante sobre os fluidos.
Verificamos também, que a ação dos
Espíritos é que realmente dá eficácia curadora, no magnetismo, aos fluidos
humanos.
Dessa forma é importante a
conscientização, em nossas Casas Espíritas, dos médiuns passistas e mesmo
daqueles caracterizados como curadores, de que são os Espíritos que provocam as
curas, servindo o médium como intermediário, pois são eles, os Espíritos quem aumentam,
dirigem e qualificam nossos fluidos.
Pesquisando Kardec, vamos encontrar
na Revista Espírita - Ano Vii - Jan. 1864 - Pag. 7,
importante estudo, que nos elucida no assunto, quando nos diz:
..."Em geral o que magnetiza
(Passista) não pensa senão em desdobrar essa força fluídica, derramar seu
próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus cuidados. SEM se ocupar se
há ou não uma Providência interessada no caso, tanto ou mais que ele. AGINDO
SÓ, não pode obter senão o que a sua força, sozinha, pode produzir; ao passo
que os médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus, e a reconhecer
que, POR SI MESMOS, nada podem... Esse socorro que envia, são os bons Espíritos
a que vem penetrar o médium de seu fluido benéfico, que é transmitido ao
doente... e, que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre
o médium; ao passo que o magnetizador (passista) ordinário se esgota, por vezes
em vão, a fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela
simples imposição de mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos".
Continuando, à pag. 8 da mesma Revista
Espírita, encontramos:
..."Na ação magnética propriamente
dita, é o fluido pessoal do magnetizador que é transmitido, e esse fluido, que
não é senão o perispírito sabe-se que participa sempre, mais ou menos, das
qualidades materiais do corpo, ao mesmo tempo em que sofre a influência do Espírito..."
Verificamos dessa forma, que não há
diversos tipos de Passes. Nos trabalhos de socorro ao próximo, sempre, estaremos
secundados pelos Espíritos.
Assim, o Passe possui um único tipo,
que podemos designá-lo, se assim o desejarmos de humano-espiritual, dado à
simbiose que sempre haverá entre encarnados e desencarnados, mormente nesse
campo de atividade.
TIPOS DE PASSE
IMPOSIÇÃO
Trata-se de técnica concentradora de
fluidos, dependendo da distancia da aplicação efetuada, funcionará como
concentradora e bastante ativante se aplicado de perto do paciente - e calmante
se aplicado de longe do paciente, desta forma descarregando fluidos pesados,
facilitando a circulação sanguínea.
A forma de executá-lo é muito simples;
posiciona-se a (s) mão (s) sobre o lugar onde se deseja fazer a aplicação
fluídica, sem movimentos e sem algum toque no paciente. A (s) mãos devem ficar
abertas, com os dedos levemente afastados um dos outros, dificultando assim, as
contrações musculares nas mãos.
Os passistas digitais, que acima
explicamos vão tender a deixar os dedos levemente baixos em direção ao ponto de
será fluidificado, e os passistas palmares concentrarão melhor as palmas das
mãos, com os dedos sem qualquer arqueadura.
Observações importantes:
As imposições, quando se tratando de
inflamações, infecções e cânceres requerem a aplicação de passes dispersivos ou
de distribuição na localidade onde foi efetuada a fluidificação:
Mas qual a função neste particular dos
passes de distribuição ou dispersivos?
1. Acelerar de certa forma a absorção dos
fluidos pelo a área afetada pela infecção ou inflamação
2. Evitar que algumas emanações fluídicas
desarmonizadas da área afetada impregnem as mãos do passista, sobretudo
lembrando que a concentração por imposição gera um elevado campo magnético, com
isso uma grande corrente de energia circulando entra as mãos do passista e a
região onde se esta fluidificando.
A imposição carrega de fluidos e por
ser caracteristicamente concentradoras esta técnica, sendo praticada onde se
demora muito sobre o coronário podem provocar tonturas dores de cabeça no
paciente, ações irritantes sobre o sistema nervoso, podendo ocasionar sérios
embaraços magnéticos, neste caso também recomendamos, os dispersivos
intercalados com as imposições nas áreas fluidificadas, buscando evitar essas
sensações, pois como veremos abaixo os dispersivos ou como é costumeiramente
chamados os passes de limpeza ou distribuição, auxiliam realmente
na maior assimilação e distribuição energética por todo o corpo, como também na
retirada dos excessos.
PASSES LONGITUDINAIS
Passe longitudinal é aquele feito ao
longo do corpo, de cima para baixo. A base fundamental desta aplicação é a
formação de uma corrente de fluidos que, partindo do passista e veiculado pelas
suas mãos, transmite-se ao corpo do paciente em todo o seu campo vibratório.
Os passes longitudinais movimentam os
fluidos e os distribuem, mas quando ultrapassam as extremidades (pés e mãos),
os descarregam.
Conforme o nome sugere a direção de sua
movimentação:
Ao longo de - é também chamado passe de
extensão. Ao
contrário, os longitudinais são feitos com movimentos e não com as mãos fixas sobre
um só ponto.
Esta técnica é muito rica entre todas
as outras técnicas. Dependendo da velocidade e da distância com que são
aplicados, os longitudinais atendem todos os padrões e técnicas estabelecidas
pela combinação desses dois fatores. Assim, um longitudinal lento e
próximo terá características concentradoras de ativantes e
se lento e distante, funcionará como concentrador de
calmante. Os movimentos do passe, através da força mental, é que irão
conduzir, ou melhor, dizendo, direcionar ou dispersar os fluidos que as
técnicas concentradoras acumularam.
Os longitudinais, quando usados como
dispersivos ou passes de distribuição geral, são excelentes para promover a
distribuição e introjeção de fluidos concentrados no campo vibratório do
paciente para absorção do mesmo, restabelece a harmonia das vibrações anímicas
e físicas, auxiliando nas dores, todavia na resolução de problemas de transe
mediúnico, hipnótico ou sonambúlico, seu efeito é lento e se faz necessária
muita movimentação para isso, devendo se utilizada nestes casos as técnicas
mais objetivas para estes problemas. Grande vantagem ai vista é que, por sua
versatilidade, podemos fazer uso desta técnica para atender a praticamente
todos os casos de fluidificação, ressalvadas as especialidades que solicitam
técnicas mais objetivas.
O passe tradicionalmente visto nas
casas espíritas é composto de três movimentos:
1-
O primeiro é a imposição das mãos na altura
dos parietais, onde é estabelecido o contato entre as correntes magnéticas, do
passista e do receptor.
Os passes se executam com os braços
estendidos naturalmente, sem nenhuma contração e com a necessária flexibilidade
para a realização dos movimentos; como regra geral, que deve ser rigorosamente
observada, os passes não podem ser feitos no sentido contrário às correntes,
isto é, de baixo para cima, o que seria, se assim podemos nos exprimir, uma
verdadeira "desmagnetização", verificando acima de tudo que este
movimento, digo, de baixo para cima, causaria uma força contrária a rotação
natural dos xacras dificultando a assimilação e levando os xacras a não
absorverem e manterem os fluidos nas suas periferias. Todavia acontecendo tais
movimentos errôneos, é necessário aplicar alguns dispersivos ou comumente chamado
os passes de distribuição, movimentando os fluidos presos nas periferias das
xacras devido os movimentos terem sido de baixo para cima.
Por isso, as mãos devem descer
suavemente, em movimento nem muito lento, nem muito apressado, até o ponto
terminal do passe e cada vez que se repete um passe, deve-se ter o cuidado de
fechar as mãos e afastá-las do corpo do paciente e, assim voltar rapidamente ao
ponto de partida.
2-
O segundo Com a descida das mãos,
inicia-se movimento que é a limpeza dos fluidos arrastados pelas mãos; ao
final do movimento, as mãos se fecham e em seguida é feita a eliminação dos
fluidos negativos da mesma, para baixo ou para trás.
3-
O terceiro movimento é a colocação dos
fluidos salutares. Neste momento, através das mãos, se realiza a doação dos
fluidos e o movimento deve ser suave, não sendo necessário imprimir força ao
mesmo. Com relação a esta terceira etapa, pode-se estabelecer a seguinte comparação:
Na frente do paciente existe uma linha contendo gotas de orvalho que descerão
sobre o mesmo, de forma suave. Assim deve-se dimensionar o ato de doação.
Poderemos verificar que existe uma
mescla acima do Passe Longitudinal com as Imposições.
Normalmente este modalidade, onde
encontramos a imposição com os longitudinais, servem para os pacientes com
desarmonias fluídicas gerais, quando se detecta problemas no trânsito fluídico
pelos centros vitais, crises de epilepsia, convulsões, perdas do domínio das
funções nervosas, quando necessita de reforço fluídico para uma maior
harmonização entre todos os centros vitrais. Sua aplicação é bastante simples,
como poderemos ver: com uma das mãos fazemos uma imposição sob o centro vital
que iremos fluidificar, com a outra iremos fazer um longitudinal, a partir do
centro vital onde estamos fazendo a imposição, fazendo assim, dispersivos
gerais. Ressaltamos, ainda que ao final dessa técnica de conjugação, devemos fazer
dispersivos localizados, sobre o centro em desarmonia, pois o mesmo poderá
reter uma carga grande de fluidos, pois, enquanto uma mão faz o longitudinal à
outra é fixada sob o xacra desarmonizado. Depois do dispersivo localizado no
chacra desarmonizado aconselhamos um dispersivo geral sob todo o campo
vibratório do paciente.
PASSE COLETIVO
Caracteriza-se esta modalidade, quando
o número de passistas é insuficiente para atender a todos os frequentadores
individualmente, pode-se lançar mão deste recurso como medida de emergência.
Realiza-se esse trabalho com o diretor, após a prece e a preleção evangélica, pedindo
a todos os passistas presentes que doem fluidos aos trabalhadores do plano espiritual
e mentalizem as aplicações dos passes necessários a cada paciente.
Esta modalidade poderá ser aplicada
mentalmente, imaginando os passistas aplicando os passes através das projeções
mentais sob os pacientes no recinto.
PASSE A DISTÂNCIA – IRRADIAÇÕES
Nesta modalidade, comumente verificamos
uma equipe de médiuns que visitam hospitais e que na busca do auxílio reservam
uma atividade para as irradiações à distância para aqueles enfermos visitados
nos hospitais.
O médium sintonizado com o necessitado,
a distância canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos. Os doentes são
beneficiados não somente em virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos
encarnados como pelas energias extraídas dos presentes pelos cooperadores
espirituais.
O passe a distância, entretanto é
praticado da seguinte maneira:
Concentração e prece
Idealizar a figura material do doente –
se for conhecido – dando como presente; ou, então, imaginar sua figura, no
local indicado e ir lá com o pensamento.
Fazer sobre essa figura, imaginada ou
ideoplastizada, os passes indicados, encerrando com uma prece.
AS VIBRAÇÕES IRRADIADAS E AS AQUISIÇÕES
ESPIRITUAIS:
"O Espírito não se acha
encerrado no corpo como numa caixa, irradia por todos os lados..." (Allan
Kardec. O Livro dos Espíritos.
q. 420)
"Quando o pensamento está em
alguma parte, a alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O pensamento
é um atributo".
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos.
q. 89 a)
“Todos os Espíritos irradiam com igual
força”?
Longe disso. Essa força depende do grau
de pureza de cada um".
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos.
92 a)
Pelas questões acima podemos perceber a
importância das qualidades morais e espirituais para uma ação eficaz no campo
das vibrações. Por isso é fundamental que o integrante da reunião mediúnica, ou
reunião de passes magnéticos a distância se aprimore a cada dia, procurando
superar as suas imperfeições a fim de que a sua participação no auxílio aos que
mais sofrem se processe de forma mais consistente.
A VONTADE E O SEU PAPEL NAS VIBRAÇÕES:
"A vontade é a gerência
esclarecida e vigilante; governando todos os setores da ação mental".
"... ela (à vontade) é o leme de
todos os tipos de forças incorporados ao nosso conhecimento.
Só a vontade é suficientemente forte
para sustentar a harmonia do espírito". (Emmanuel. Pensamento e Vida. Cap. II, páginas 16 e 17)
"A vontade é, assim, a expressão
do nosso livre-arbítrio. Por ela damos os nossos testemunhos e demostramos os
nossos ideais no bem. (...) A vontade é constituída dos seguintes fatores
dinâmicos: impulso, autodomínio, deliberação, determinação e ação. Todos eles
interligados e decorrentes entre si".
(Ney Prieto Peres. Manuel Prático do
Espírita. Parte III, Cap. 42, pág. 203)
Pelo que percebemos diante das
colocações acima, a vontade é um instrumento fundamental na ação do bem. Urge
que desenvolvamo-la com esforço perseverante, pois, igualmente através do seu
exercício, nós conseguirmos vencer as nossas más inclinações e atingirmos o
nosso progresso moral.
TRANSVERSAL
Técnica essencialmente dispersiva, por
este fato muito eficiente quando aplicada com conhecimento.
Funciona basicamente, com os braços
paralelamente esticados sem enrigecimento dos mesmos e as mãos voltadas em
direção ao ponto que se deseje aplicar o transversal, abrindo-os com rapidez e
vigor. Tendo bastante cautela quanto à distância tomada entre as mãos e o corpo
do paciente, para não batermos no mesmo.
Neste caso, é como se nós arrancássemos
a lama de um companheiro e jogássemos para longe, de forma que a sujeira não
volte mais para ele, simplesmente posicionando os braços à altura da cabeça,
peito e ventre e em seguida abrindo os braços no sentido de dispersão das energias
maléficas impregnadas no campo vibratório do paciente. Depois de abertos os
braços, recomenda-se fechar as mãos, retornando-as ao ponto onde se deseje
fazer nova dispersão.
Sua ação é muito efetiva quando se
requer uma dispersão muito intensa, tanto no sentido de introjetar fluidos
concentrados quanto para desfazer o estado de transe do paciente que se estamos
fluidificando.
Podemos ainda, verificar uma
ramificação da técnica ora estudada é o:
Transversal Cruzado Basicamente
tem o mesmo procedimento, só que em vez dos braços ficarem estendidos
paralelamente, eles são cruzados a frente do paciente, sempre em direção ao
ponto que se deseje dispersar. Com eles também visamos projetar fluidos
dispersivos que produzem como que um choque que desarticula as ligações
fluídicas do obsessor com o doente, movimentando as agregações fluídicas
obsessor-doente.
Interessante salientar, que pelo vigor
com que é praticada, essa técnica deveria cansar muito o passista, mas como o
passe, geralmente, é via de mão dupla, o efeito positivo dos dispersivos no
paciente traduz-se numa sensação de equilíbrio e satisfação no passista.
No caso de dispersão em paciente que
acabou de incorporar, ou que esteve sob efeito de hipnose ou sonambulismo e
está sentindo dificuldade de retornar ao domínio da própria consciência e até
às vezes do próprio corpo, o transversal deve ser aplicado sobre o chacra
frontal, com bastante vigor e atenção por parte do passista. Geralmente o
efeito desta prática é muito rápido. Os braços como acima vimos devem se
estender completamente no sentido lateral.
PERPENDICULAR
Também prática geralmente usada para
dispersar, onde o seu poder é mais consistente, pode também ser útil em
concentrações fluídicas em grandes regiões. Seu funcionamento solicita que o
paciente esteja formando um ângulo reto com o passista, no campo das concentrações
fluídicas deve ser aplicado com velocidade muito lenta.
O passista passará as mãos
simultaneamente, uma pela frente e outra pelas costas, perpendicularmente,
sempre no sentido da cabeça aos pés, com rapidez, no sentido de dispersar.
O passista faz um giro em torno do paciente
para formar o ângulo adequado da aplicação e posiciona uma mão sobre a parte da
frente da cabeça e a outra pela parte de trás, descendo as duas juntamente de
cada lado do corpo, até os pés.
Observações:
Quando formos usar o perpendicular como
concentrador de fluidos, deveremos movimentar as mãos ao longo do corpo do
paciente, numa velocidade muito lenta, conforme algumas experiências, em torno
de 8 segundos, da cabeça aos pés.
Verificamos patentemente a existência
de sub-chacras em nosso em nosso corpo fluídico, pois, conforme vemos esta
técnica também os aciona e uma forma patente de se verificar esta técnica é o
fato de nas reuniões mediúnicas os passistas atenderem os companheiros em trabalho
mediúnico pelas costas, com resultados sempre satisfatórios, indicando acima de
tudo o interligamento dos chacras.
Verificamos algo mais, que sempre as
imposições feitas para facilitar as manifestações mediúnicas são, quando não
sobre o coronário, sobre a região do umeral. (região localizada entre a nuca e
as omoplatas). O umeral também esta em relação com a medula espinhal, exerce
influência sobre as tensões musculares, atua também na parte do sistema
nervoso. Verificamos ai, que dispersivos localizados nas costas através dos
perpendiculares, são extremamente eficientes.
CIRCULAR OU ROTATÓRIO
Como podemos deduzir, é a técnica
definida que usa de movimentos circulares.
Esta técnica é definida como
concentradora, mesmo quando feitos em giros mais rápidos.
Mas. Por quê? Ë bastante simples.
Como os centros de força, conforme
tivemos a oportunidade de estudar, giram no sentido horário e as mãos, quando
operando esta técnica de circulares ou rotatórios, giram nesse mesmo sentido,
contribuem para um tempo maior de captação, de forma que o incremento de velocidade
das mãos nos circulares tornarão esses passes mais concentradores.
É verdade, conforme nos dizem os
grandes estudiosos da matéria como Jacob Melo (O Manual do Passista), “que
existe um limite para o aumento deste poder concentrante, todavia não sabemos
definir ainda com precisão até que ponto o incremento de velocidade repercute
no aumento do efeito concentrador”. O que na verdade verificamos, é que a
ponderação deverá seguramente ser a diretriz para qualquer passista,
principalmente sabendo que poderá causar danos magnéticos ao paciente, no caso
da demora.
Veremos
dois grupos de aplicação nesta modalidade:
1 - Circulares normais - são executados com as mãos, com
os braços sem movimentos.
Como esses passes são além de
concentradores, muito ativantes, deverão ser aplicados muito próximos ao ponto
que se deseja realizá-los. Os dedos ficam levemente arqueados em direção a esse
ponto, com a palma girando, sempre em sentido horário.
Quando a mão finaliza um giro,
retorna-se a mesma, fechando-a, suspendendo-a na amplitude que a munheca
permitir - já que o braço, em tese, não deverá mover-se - e reinicia-se o círculo
outra vez, repetindo o processo até que a fluidificação esteja concluída.
2 - As aflorações - esta solicita o movimento do
braço e do antebraço. Normalmente, as mãos ficam espalmadas, sem contrações, ou
com os dedos levemente arqueados.
Como esta técnica é mais utilizada para
grandes regiões, pratica-se movimentando o braço no sentido de giro sobre a
região a ser tratada, sempre no sentido horário e a pequena distância.
Normalmente o giro é feito de forma contínua, mas se houver por algum motivo
interrupções, as mãos deverão ser afastadas, fechadas e depois, no reinicio do
passe, repousadas no mesmo ponto em que a floração será reiniciada.
“Os passes circulares são muito
eficientes em processos de inflamações em pequenas regiões, problemas
digestivos e males em geral do baixo ventre.
No caso de serem usadas às duas mãos,
deve estar muito atento ao sentido do giro, pois nosso automatismo fisiológico
normalmente impulsiona a que a mão tome o sentido horário e a outra o anti-horário.
Em caso de dúvidas, inicie o passe com uma mão apenas e, logo em seguida,
adicione a outra, que deverá seguir o mesmo sentido da anterior. Lembrando que
os circulares em sentido anti-horário causas congestões fluídicas, provocando
mal-estares. E dependendo do tempo da magnetização, poderá causar danos
imprevisíveis.
As aflorações também podem ser
aplicadas como se fossem longitudinais. Neste caso, os círculos seriam feitos
ao longo do corpo do paciente, sempre da cabeça aos pés, com os braços girando
em sentido horário”. (Jacob Melo – O manual do Passista)
SOPRO ou INSUFLAÇÃO
Consiste em insuflar com a boca, mais
ou menos aberta, o hálito humano sobre as partes afetadas do paciente, fazendo
penetrar o máximo possível na área dos tecidos. Para isso é necessário que o
passista aspire ar suficiente para dilatar seu tórax, além do normal, deverá
Ter capacidade bem ampla de respiração, podendo obtê-la através de exercícios
de respiração profunda.
André Luiz em Os mensageiros
– Cap. 19 – O Sopro, nos diz “Nossos técnicos não se forma de
pronto. Exercitam-se longamente, adquiririam experiência a preço alto. Em tudo
há uma ciência de começar. São servidores respeitáveis pelas realizações que
atingiram, ganharam remunerações de vultos e gozam de enorme acatamento, mas,
precisam conservar a pureza da boca e a santidade das intenções. Nos círculos
carnais, para que o sopro se afirme suficientemente, é imprescindível que o
homem tenha estômago sadio, a boca habituada a falar o bem, com abstenção do
mal, e mente reta, interessada em auxiliar. Obedecendo a esses requisitos,
teremos o sopro calmante e revigorador, estimulante e curativo. Através dele,
poder-se-á transmitir, também na Crosta, a saúde, o conforto e a vida”.
Dividem-se
em dois grande grupos:
1- Frias - são muito usadas como
dispersivos ou calmante a depender da distancia e da força que se imprime no
próprio sopro a verificar, pois são aplicadas, normalmente a uma relativa
distância da região que se deseje dispersar, como se ali estivesse uma a vela
que se queira apagar.
O sopro é dado com os pulmões cheio de
ar, liberando-os lentamente (se o objetivo é acalmar) e rapidamente e com vigor
(para o objetivo de dispersar, como acordar o paciente de um sono magnético,
sonambúlico ou mediúnico, depressão nervosa, afastamento de espírito). Poderemos
verificar que nesta aplicação o centro laríngeo será o grande usinador de
fluidos e que dependendo do seu estado, doará saúde ou desarmonia.
2- Quentes - ao contrário das frias, são
extremamente concentradoras de ativantes. São aplicadas o mais próximo possível
da região que se queira fluidificar, como se ali tivesse uma lâmina que
quiséssemos embaçar.
É praticada com os pulmões cheios de
ar, com o aquecimento do estômago, liberando-os lentamente, até esgotar o ar.
Findando a insuflação, afasta-se a boca
do local, respira-se normalmente algumas vezes e depois, com os pulmões
novamente cheios, repete-se a insuflação.
Verificamos que esta modalidade de
insuflação deverá ser é extremamente desgastante para o passista, podendo até
causar tonturas leves.
Cuidados na Aplicação:
Evite-se aplicar diretamente sob os
centros vitais principais; após um máximo de duas insuflações quentes, faça-se
uma série de dispersivos localizados antes de repeti-las, salvo exceções, nunca
faça mais de 5 insuflações quentes por sessão, pois a perda fluídica é muito
grande.
Além da boca sadia, tenha um hálito
mental equilibrado, conforme nos orienta André Luiz acima.
Antes dos passes evite alimentos
pesados e muito gordurosos. Tenha boa higiene bucal e evite fazer insuflações
se tiver problemas gástricos e de esôfago.
Não use a palavra para acusar, falar
mal, condenar, fofocar ou levantar falso.
Apesar dos inconvenientes de sua
prática, cabe às insuflações quentes o maior grau de eficiência em tratamentos
de inflamações e infecções em pequenas regiões (tumores localizados, feridas
com dificuldade de cicatrização). Entretanto, pelo seu poder muito concentrador
de ativantes, sempre há riscos de retorno de cargas fluídicas densas para a
fonte.
Assim é muito importante fazer sempre
uma intercalação com dispersões localizadas, inclusive algumas delas sendo
feitas por insuflações frias à pequena distância, como também o uso de flanela
fina para melhores cuidados (com essas precauções evitamos possíveis agregações
fluídicas desarmonizadas à boca do passista).
O AUTO PASSE
Edgar Armond, no Livro Passes
e Radiações nos informa que esta é uma modalidade bastante útil
porque permite ao próprio doente e aos médiuns trabalharem em sua própria cura
e utilizarem os recursos imensos que estão à disposição de todos pela
misericórdia de Deus, Criador e Pai. Os médiuns devem utilizar do Auto Passe
para limpeza psíquica de si mesmo e o recarregamento de energias dos plexos e
centros de força.
Todavia, se analisarmos que como
médiuns passistas, somos verdadeiros filtros e que colaboramos ou dificultamos
e até mesmo contaminados as aplicações fluídicas da espiritualidade no enfermo,
deveremos crer a partir destas informações que devemos estar cientes de nossa
postura em relação a nossa conduta moral, sabendo também que o passe é, via de
regra, uma via de mão dupla.
Então somos levados a crer que se
estamos descompensados, não estaríamos também incapacitados de aplicar o passe?
Nestes casos bastaria uma prece sincera
para restabelecermos nossa harmonização.
Kardec, na Revista Espírita,
set 1865, pág. 254 – Da mediunidade curadora, nos assevera: “A
prece, que é um pensamento, quando fervorosa, ardente, feita com fé, produz o efeito
de uma magnetização, não só chamando o concurso dos bons espíritos, mas
dirigindo ao doente uma salutar corrente fluídica”. E como somos
transmissores desta corrente, seguramente ficaremos também envolvidos de uma
certa forma nas mesmas.
Não descartamos e respeitamos todas as
opiniões dadas a respeito deste item, concordamos que a prece é sempre um
verdadeiro e profundo mecanismo de auto-passe. Concluindo que nossa conduta
moral mesclada com o trabalho no bem e o amparo a outros através do passe,
sempre nos facultará recursos imensuráveis de auxílio em busca de nosso próprio
crescimento.
DURANTE A APLICAÇÃO DO PASSE
Enquanto estamos no trabalho de
aplicação do passe, deveremos estar voltados para concentrações em coisas
edificantes, em prece, mentalizando um lugar harmônico, em fim:
1- Confiança na espiritualidade e desejo de ajudar, todo condicionado
na Providência Divina, ou melhor, dizendo, fé, amor e humildade.
2- Estar sereno para assim poder registrar pela intuição, as orientações
espirituais para a fluidificação a ser desempenhada.
3- Estar mentalizando a recuperação dos órgãos do enfermo, sob a ação
dos mensageiros do Senhor; sempre condicionando esta recuperação a vontade
Divina e direcionamento moral do paciente.
4 -Conhecer a localização dos centros de força, pois com isso os
espíritos que trabalham nesta atividade poderão através de sua intuição,
direcionar as cargas fluídicas benéficas para os chacras que influenciam as
localidades enfermas.
5- Silêncio não somente exterior, todavia interior localizando todas
as atenções na ação a ser desempenhada.
6- Reflexos das impressões dos pacientes é bastante comum os
passistas sentirem as sensações que os pacientes experimentam. Ora nosso campo
fluídico absorve com facilidade as emanações do paciente, nestes casos são
recomendados dispersivos gerais primeiramente antes das aplicações fluídicas. É
comum, também, os passes em pessoas sob a atuação de espíritos em
desequilíbrio, o passista poderá registrar reflexos negativos desde a hora em
que se propões a ajudar, podendo perdurarem ainda depois do passe. Sabendo que
somos ainda imperfeitos, somos também criados pela mesma matéria elementar e
que nosso campo vibratório assimila com facilidade outras emanações exteriores
que conosco se afinizem verificaremos a grande facilidade de absorvê-las, pois
ainda somos pequenos, daí a grandiosa frase deixada pelo Divino Amigo “Orai e
Vigiai”, só assim, através do altruísmo, da moralização do ser, paulatinamente
modificaremos o nosso ritmo vibratório não afinizando mais com energias deletérias.
É compreensível que os espíritos
envolvidos na trama obsessiva, conhecendo a disposição do passista em
colaborar, pretendam também mexer com o seu bom ânimo, afastando-o do caminho
do enfermo. Perseverança e conhecimento das responsabilidades são porções medicamentosas
para tais afecções.
DISPERSIVOS E SUAS IMPORTÂNCIAS
Já falamos bastante em dispersivos ou
passes de distribuição e limpeza, todavia gostaríamos de dar alguns destaques
breves sobre suas funções bem como a importância nas técnicas dos passes já
utilizadas por nós na nossa casa espírita. O termo dispersivo, também conhecido
por alguns como limpeza fluídica.
Analisando o dicionário Aurélio, o
termo dispersar entre outras coisas significa -fazer ir para diferentes
partes, pôr em debandada, espalhar.
A primeira significação desta palavra
em foco, na cabeça de muitos médiuns tem o sentido de dissipar, desfazer.
Por isso, conversar um pouco sobre os
mesmos nos levará, seguramente, a melhores compressões desta técnica.
Os dispersivos:
Aqui seguem algumas características dos
passes de distribuição ou dispersivos:
1-
Filtram os
fluidos, refinando-os para os atendimentos;
2-
Introjetam
os fluidos que ficam, por motivos vários, armazenados nas periferias dos centros
vitais para consumo gradual do paciente;
3-
Catalisam
fluidos, aumentando seu poder e velocidade de penetração, fazendo uma assepsia
no campo vibratório do paciente facilitando a penetração dos mesmos, facilita
também o alcance e transferência entre os centros vitais; quando em grande
circuito, faculta a harmonia e o equilíbrio entre os centros vitais;
4-
Espargem as
camadas fluídicas superficiais, deixando mais visíveis e sensíveis os focos de
desarmonias; elimina os excessos de concentrados fluídicos por ocasião do
passe, assim favorecendo ao paciente uma sensação de equilíbrio e ao passista
uma recompensação fluídico-magnética que dificulta a possibilidade de uma fadiga;
5-
Resolve
desarmonias causadas por fadigas, embora nestes casos seja quase sempre requerida
a ingestão simultânea de água fluidificada;
6-
Corrige
eventuais equívocos no uso de técnicas de passe; redireciona cargas fluídicas entre
os centros vitais. Por fim, é certo que os dispersivos extraem excessos
fluídicos redirecionando-os mesmo, para regiões mais necessitadas, mas não
extraem ou arrancam os fluidos que foram aplicados, como supõem alguns, nem
muito menos os joga fora.
Quando doamos fluidos através do passe,
o organismo vital do paciente os absorve e retêm, por um processo de afinidade,
não permitindo que fluidos retidos a partir de então, sejam retomados por um
simples dispersivo.
Os excessos são extraídos exatamente
porque não estão retidos pela combinação ou afinidade, daí a maleabilidade em
seus manuseios.
PASSE NOS CHACRAS
São aconselháveis para a reativação
para os centros de força nos casos de desenvolvimento mediúnico, no campo das
curas, levando-se em consideração a localização de cada um e sua repercussão
nos plexos do organismo físico. Aplicam-se os passes acima mencionados relativos
e direcionado aos pontos onde se encontram os chacras refletido em nosso
organismo físico pelos plexos. Levando sempre em consideração o tempo de sua
aplicação para ao invés de reativar, sobrecarregar.
Portal do
Espírito
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