Não
será pelo fato de viver num mundo marcado por provações imensas que cortaremos
relações com a alegria.
Não
será porque passamos por situações difíceis, que nos dão ensejo de restabelecer
nosso equilíbrio perante as Leis Supremas da vida, que cultivaremos a tristeza
ou o negativismo.
Cada
vez que procuramos justificar nossas atitudes infelizes, nossos comportamentos
enfermiços, negativos, lamentáveis, alegando que vivemos num mundo inferior,
jogando a culpa no meio que nos rodeia, estaremos culpando as Leis de Deus
pelas desarmonias que nós insistimos em manter à nossa volta, sem coragem de
fazer com que melhorem.
Se
observarmos com atenção, veremos que ao lado da nossa dificuldade, Deus sempre
nos apresenta caminhos de soluções e apoios, e entenderemos que temos motivos
de sobra para cultivar as sementes da alegria que o Criador depositou em todos
nós.
Se
porventura nos chocamos com cenas patéticas ou com palavras ásperas que alguém
nos dirige, meditemos que, muito antes de chorar e sofrer por causa da
decepção, temos bons olhos e ouvidos que nos dão a honra de poder ver e ouvir
tudo o que se passa à nossa volta.
Se
a enfermidade nos prende ao leito por algum tempo, impedindo que façamos o que
gostaríamos de fazer, alegremo-nos porque, apesar de momentaneamente impedidos,
podemos pensar e encontrar na nossa lucidez a chance de planejar o futuro,
elaborando novos recursos, novos rumos na busca da cura verdadeira.
Se
vivemos a tortura de filhos ingratos ou irresponsáveis, ou de afetos presos a
vícios perturbadores, meditemos na oportunidade que Deus nos concedeu de
amá-los, de socorrê-los até os limites das nossas forças, liberando-nos de
sérios compromissos fixados no passado.
Pensemos,
ainda, que essas almas são nossos filhos ou parentes somente pelos laços
carnais, fazendo maior ou menor sintonia conosco desde o ontem, mais ou menos
distante.
Contudo,
todos são filhos de Deus como nós mesmos o somos. E, embora nos caiba
orientá-los, aconselhá-los, exemplificar o bem para que o vejam somente ao Pai
Criador cabe o juízo quanto às realidades de cada um dos Seus filhos.
Em
última análise, só poderemos fazer em favor dos afetos queridos aquilo que eles
se permitam receber de nós.
Se
alguém não nos cumprimentou como gostaríamos, não percamos o espírito
desportivo, e pensemos que a pessoa pode não nos ter visto e que, por outro
lado, cada pessoa carrega suas enfermidades, seus problemas, havendo
dias melhores e dias piores em suas vidas.
E
alegremo-nos por exercitar o entendimento fraterno a respeito dos outros.
Se
alguém nos calunia ou nos dirige palavras ásperas, não percamos nosso precioso
tempo em vinganças ou em sofrimentos.
Pensemos
que chegará o tempo de todos os acertos, sob o olhar do Criador, e cultivemos a
alegria.
A
alegria é um estado íntimo de integração consciente com as fontes Divinas de
energias.
Alegrar-se
é procurar cumprir cada compromisso para com a existência com boa disposição e
com entusiasmo.
Seja
na família ou nos círculos das amizades, seja na área profissional ou conosco
mesmos, empenhemo-nos no desenvolvimento da alegria, superando com vontade
firme todas as lutas, todas as dificuldades com que nos deparemos na caminhada
terrena.
* * *
Cultiva
a alegria, que independe das coisas de fora, mas que nasce na fonte cantante e
abençoada do solo do coração e verte linfa abundante como rio de paz, por todos
os dias até a hora da libertação - começo feliz da via por onde seguirás na
busca da ventura plena.
Redação
do Momento Espírita com base no cap. 6 do livro Para uso diário, pelo
Espírito Joanes, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 19.07.2010.
Em 19.07.2010.
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