Saída
do corpo, travessia de um túnel, visão de luzes sobrenaturais: os relatos de
quem voltou do “lado de lá”
O medo da morte já fez com que muita gente perdesse a alegria de viver. E, até recentemente, as correntes religiosas, filosóficas e científicas dominantes pareciam ter pouco a oferecer a essas pessoas angustiadas. Para as gerações mais velhas, era melhor nem pensar na morte. Pois o que isso trazia à memória eram as aulas de religião da escola primária, com suas descrições apavorantes do inferno e do purgatório, ou os livros materialistas lidos na adolescência, nos quais toda a consciência se extinguia com o último suspiro. Entre os cenários punitivos e a falta de qualquer perspectiva, havia pouco espaço para o conforto e a esperança.
O medo da morte já fez com que muita gente perdesse a alegria de viver. E, até recentemente, as correntes religiosas, filosóficas e científicas dominantes pareciam ter pouco a oferecer a essas pessoas angustiadas. Para as gerações mais velhas, era melhor nem pensar na morte. Pois o que isso trazia à memória eram as aulas de religião da escola primária, com suas descrições apavorantes do inferno e do purgatório, ou os livros materialistas lidos na adolescência, nos quais toda a consciência se extinguia com o último suspiro. Entre os cenários punitivos e a falta de qualquer perspectiva, havia pouco espaço para o conforto e a esperança.
Os
jovens de hoje têm o privilégio de respirar uma atmosfera bem menos opressiva.
Graças
ao fantástico progresso dos procedimentos médicos e das técnicas de reanimação,
cada vez mais pessoas vêm sobrevivendo a episódios de morte clínica (caracterizados
pela parada cardíaca). E os relatos que muitos fazem dessas situações-limite,
daquilo que viram, ouviram e sentiram na trajetória interrompida para o “lado
de lá”, apresentam uma nova visão da morte e da própria vida. Em lugar da
angústia de caminhar para o completo aniquilamento, eles falam da certeza
absoluta de que estavam apenas transitando de um plano a outro da existência.
E, embora alguns reportem vivências aflitivas, talvez provocadas por memórias
carregadas de culpa, a maioria descreve extraordinárias experiências de luz e
plenitude, sábias reavaliações dos momentos vividos, encontros com seres
carregados de compreensão, compaixão, amor e até mesmo bom humor.
Nos
Estados Unidos, essa vivência incomum foi batizada com a sigla NDE, formada pelas
iniciais da expressão Near Death Experience – Experiência Próxima da Morte, às
vezes também traduzida como Experiência de Quase-Morte. Desde a década de 70,
ela vem sendo estudada, com todos os requintes do método científico, por
médicos, psiquiatras, psicólogos e tanatólogos – como são chamados os
pesquisadores do fenômeno da morte. E foi feito até um levantamento de todos os
casos de NDE registrados no território americano. Segundo essa enquete,
realizada pelo Instituto Gallup, 5,2% da população adulta dos Estados Unidos já
passou por esse tipo de experiência. Em números atuais, essa porcentagem
corresponde a aproximadamente 13 milhões de indivíduos.
Cumprida
mais uma jornada na terra, seguem os espíritos para a pátria espiritual,
conduzindo a bagagem dos feitos acumulados em suas existências físicas. Aportam
no plano espiritual, nem anjos, nem demônios. São homens, almas em aprendizagem
despojadas da carne. São os mesmos homens que eram antes da morte. A
desencarnação não lhes modifica hábitos, nem costumes. Não lhes outorga
títulos, nem conquistas.
Não
lhes retira méritos, nem realizações. Cada um se apresenta após a morte como
sempre viveu. Não ocorre nenhum milagre de transformação para aqueles que
atingem o grande porto. Raros são aqueles que despertam com a consciência
livre, após a inevitável travessia. A grande maioria, vinculada de forma
intensa às sensações da matéria, demora-se, infeliz, ignorando a nova
realidade. Muitos agem como turistas confusos em visita à grande cidade, buscando
incessantemente endereços que não conseguem localizar. Sentem a alma visitada
por aflições e remorsos, receios e ansiedades. Se refletissem um pouco
perceberiam que a vida prossegue sem grandes modificações. Os escravos do
prazer prosseguem inquietos. Os servos do ódio demoram-se em aflição. Os
companheiros da ilusão permanecem enganados. Os aficionados da mentira
dementam-se sob imagens desordenadas. Os amigos da ignorância continuam
perturbados.
Além
disso, a maior parte dos seres não é capaz de perceber o apoio dispensado pelos
espíritos superiores. Sim, porque mesmo os seres mais infelizes e voltados ao
mal não são esquecidos ou abandonados pelo auxílio divino. Em toda parte e sem
cessar, amigos espirituais amparam todos os seus irmãos, refletindo a paternal
providência divina.
Morrer,
longe de ser o descansar nas mansões celestes ou o expurgar sem remissão nas
zonas infelizes, é, pura e simplesmente, recomeçar a viver. A morte a todos
aguarda. Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável. Apenas as almas
esclarecidas e experimentadas na batalha redentora serão capazes de transpor a
barreira do túmulo e caminhar em liberdade. A reencarnação é uma bendita
oportunidade de evolução. A matéria em que nos encontramos imersos, por ora, é
abençoado campo de luta e de aprimoramento pessoal. Cada dia de que dispomos na
carne é nova chance de recomeço. Tal benefício deve ser aproveitado para aquisição
dos verdadeiros valores que resistem à própria morte. Na contabilidade divina a
soma de ações nobres anula a coletânea equivalente de atos indignos. Todo amor
dedicado ao próximo, em serviço educativo à humanidade, é degrau de ascensão.
Quando
o véu da morte fechar os nossos olhos nesta existência, continuaremos vivendo,
em outro plano e em condições diversas. Estaremos, no entanto, imbuídos dos
mesmos defeitos e das mesmas qualidades que nos movimentavam antes do transe da
morte. A adaptação a essa nova realidade dependerá da forma como nos tivermos
preparado para ela. Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas, ou de
desdita, do amanhã.”
Site:
www.espirito.org.br
espírito: Otília Gonçalves
psicografia: Divaldo Franco
espírito: Otília Gonçalves
psicografia: Divaldo Franco
FONTE: https://aprendizadoespirita.wordpress.com/page/3/
Nenhum comentário:
Postar um comentário