No
espiritismo vez ou outra nos deparamos com a palavra “Ovóides”, geralmente
ligada a comentários sobre obsessões; mas o que são esses tais “ovoides”?
Para
poder abordar esse assunto deve-se antes ter noção de o que é obsessão, onde
podemos definir como espíritos que através de influencias telepáticas nos
impulsionam para o mal e/ou nos causa danos físicos ou mentais, sobre esses
espíritos Kardec afirma: “Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo
moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento
e constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de
fenômenos até então Inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação
racional se não no Espiritismo.
”[...]
“As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos
atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las
com coragem e resignação. Os Maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo
ver-nos “sucumbir e assemelhar-nos a eles.”[1]
Sobre
essa ótica, Emmanuel comenta que obsessão é: “[...] o equilíbrio de forças
inferiores, retratando-se entre si” [2]
Os “ovoides”, são uma tipo de obsessor, onde seu nome foi definido devido a seu formato (ovo), André Luiz na obra “Evolução em dois mundos” nos diz que: “os órgãos do períspirito se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo”. Diz-se então que o “desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovoide”
“A
forma ovoide guarda consigo todos os órgãos de exteriorização da alma, tanto
nos planos espirituais quanto nos terrestres, tal qual o ovo ou a semente, que
trazem em si a ave ou a árvore do futuro.”[3]
Suely
Caldas Schubert nos revela no livro “Obsessão e desobsessão” que após o
desencarne, espíritos desejosos de vingança ou ainda presos a vícios, envolvem
e influenciam aqueles que lhes são objeto de perseguição ou atenção e auto
hipnotizam-se com as próprias ideias, que se repetem indefinidamente. Em
consequência, os órgãos do perispírito se retraem, por falta de função,
assemelhando-se então a ovóides. “vinculados às próprias vítimas que, de
modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação”, por trazerem os
fatores predisponentes, quais sejam a culpa, o remorso, o ódio, o egoísmo, que
externam em vibrações incessantes, sob o comando da mente. Configurasse, neste
caso, a parasitose espiritual. ”[4]
André
Luiz explica que esses ovóides são como grandes amebas, do tamanho de um crânio
humano. Mesmo em repouso, elas estão ligadas ao halo vital de outras personalidades.
[5]
Todavia,
devemos tomar alguns cuidados sobre as informações que são passadas a respeito
desse tema, J. Herculano Pires nos lembra em seu livro “Vampirismo” que a ação
vampiresca desses ovóides é aceita por muitos espíritas amantes de novidades.
Mas essa novidade não tem condições científicas nem respaldo metodológico para
ser integrada na doutrina. Nenhuma pesquisa séria, por pesquisadores
competentes, provou a realidade dessa teoria.
“Não
basta o conceito do médium para validá-la. As exigências doutrinárias são muito
mais rigorosas no, tocante. à aceitação de novidades. O Espiritismo estaria
sujeito a mais completa deformação, se os espíritas se entregassem ao delírio
dos caçadores de novidades.”[6]
Essa afirmação de Herculano é enfatizada no tocante aos cuidados com as mensagens/informações que recebemos a respeito desses parasitas, e deixa claro isso quando afirma:
“No caso do parasitismo e do vampirismo todo rigor é pouco, pois os erros e os enganos de interpretação podem levar os trabalhos de cura a descaminhos perigosos.
Se
não encararmos o parasitismo e o vampirismo em termos rigorosamente
doutrinários, no devido respeito ao método kardequiano, estaremos sujeitos a
ser enganados por espíritos mistificadores que passarão a nos vampirizar.
Porque o vampirismo é um fenômeno típico das relações interpessoais. Na vida
material como na vida espiritual o vampirismo é um processo comum e universal
do relacionamento afetivo e mental das criaturas. ”[7]
Os
ovoides parasitam sobre suas vitimas na maioria das vezes por afinidade e/ou
vingança; isso ocorre porque como em tudo na Natureza, ocorre à busca do
equilíbrio pelas trocas energéticas. As trocas se fazem ao nível do
períspirito, do corpo físico e da mente. Fluídos mentais, perispirituais, e
fisiológicos são assimilados ou eliminados, alterando-se o estado mental, perispiritual
e fisiológico.
Destas trocas, pode resultar aquilo que André Luiz chamou de “Infecções Fluídicas”. Quando desencarnados atuam sobre encarnados, empolgando-lhes a imaginação com formas mentais monstruosas, determinando o colapso cerebral com arrasadora loucura.
“A dependência em que o homem se acha, algumas vezes, em relação aos Espíritos inferiores, provém de sua entrega aos maus pensamentos que estes lhe sugerem, e não de quaisquer acordos feitos entre eles. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria que simboliza uma natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos.”[8]
Destas trocas, pode resultar aquilo que André Luiz chamou de “Infecções Fluídicas”. Quando desencarnados atuam sobre encarnados, empolgando-lhes a imaginação com formas mentais monstruosas, determinando o colapso cerebral com arrasadora loucura.
“A dependência em que o homem se acha, algumas vezes, em relação aos Espíritos inferiores, provém de sua entrega aos maus pensamentos que estes lhe sugerem, e não de quaisquer acordos feitos entre eles. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria que simboliza uma natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos.”[8]
Emmanuel complementa:
“Em verdade, os Espíritos são atraídos pelos pensamentos e não pelas coisas materiais, que são utilizadas como “bengalas” psicológicas para alcançar seu objetivo”[9]
Para
evitar e/ou afastar esses seres é necessário conhecimento da doutrina…, reforma
intima e acima de tudo compreensão tanto de o que é seu obsessor quanto os
motivos que ele o vampiriza, na maioria das vezes os fatores sexuais e viciosos
são o de maior pertinência.
“[...] nos centros e grupos espíritas bem orientados, as perturbações espirituais de ordem sexual são tratadas de maneira especial, em pequenas reuniões privativas, com médiuns que disponham de condições para enfrentar o problema. Como no caso das obsessões alcoólicas, toxicômanas e outras do mesmo gênero, é necessário o máximo cuidado na seleção das pessoas que vão tratar do assunto e o maior sigilo e respeito, a fim de evitar-se o prejuízo dos comentários negativos, que influem fatalmente sobre o caso, provocando agravamentos inesperados da situação das vítimas”.[10]
[1]
Allan Kardec. “O Livro dos Espíritos”, Introdução.
[2] Trecho retirado do livro: “Pensamento e vida” de Francisco C. Xavier pelo espírito de Emmanuel.
[3] Evolução em dois Mundos, André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, capítulo 12, 5ª edição FEB.
[4] Trecho do Livro “Obsessão e Desobsessão” de Suely Caldas Schubert.
[5] Afirmação feita no livro “Libertação”, p.84.
[6] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. II Parasitas e Vampiros p.08; de J. Herculano Pires.
[7] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. II Parasitas e Vampiros p.08; de J. Herculano Pires.
[8] Trecho retirado do comentário deAllan Kardec à q. 549, no “O livro dos espíritos”.
[9] XAVIER, Francisco C. - O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Q. 214. Ed: FEB, Rio de Janeiro: 2009.
[10] Retirado do capítulo VIII do livro: “Mediunidade Vida e Comunicação” de J. Herculano Pires.
[2] Trecho retirado do livro: “Pensamento e vida” de Francisco C. Xavier pelo espírito de Emmanuel.
[3] Evolução em dois Mundos, André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, capítulo 12, 5ª edição FEB.
[4] Trecho do Livro “Obsessão e Desobsessão” de Suely Caldas Schubert.
[5] Afirmação feita no livro “Libertação”, p.84.
[6] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. II Parasitas e Vampiros p.08; de J. Herculano Pires.
[7] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. II Parasitas e Vampiros p.08; de J. Herculano Pires.
[8] Trecho retirado do comentário deAllan Kardec à q. 549, no “O livro dos espíritos”.
[9] XAVIER, Francisco C. - O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Q. 214. Ed: FEB, Rio de Janeiro: 2009.
[10] Retirado do capítulo VIII do livro: “Mediunidade Vida e Comunicação” de J. Herculano Pires.
Por:
Marcos Paterra
FONTE: http://www.redeamigoespirita.com.br/group/artigosespiritas/forum/topics/ovoides?xg_source=activity
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