Dentre as sentenças de que se compõe o “Pai Nosso” encontramos a seguinte: Seja
feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu.
Certamente que a vontade de Deus é soberana. A onipotência é um dos atributos da Divindade. Se assim não fora, não haveria como há perfeita ordem no universo, sob todos os aspectos. Haja vista a marcha ininterrupta dos mundos e dos sóis, girando, constantemente, dentro das suas respectivas órbitas.
Não consta dos anais da história que houvesse uma colisão entre as imensas moles que gravitam nas regiões etéreas. Os veículos se chocam na terra, no mar e até no espaço infinito. As colisões de automóveis, de vapores e de aviões são, mais ou menos, comuns, a despeito de todos os cuidados e de todas as precauções imaginadas para evitá-las. A razão é simples: os volantes e os lemes são dirigidos pelas mãos dos homens, enquanto que os astros obedecem ao impulso seguro e certo do Divino Timoneiro. Daí a harmonia imperturbável que reina entre os infinitos sóis e as incontáveis “moradas da casa do Pai”. A interdependência em que se encontram os corpos celestes constitui a segurança do inalterável equilíbrio universal.
Da mesma sorte, uma lei semelhante estabelece uma outra harmonia mais excelente: a harmonia da justiça, distribuindo a cada um àquilo que de direito lhe cabe, consoante o emprego que tem dado às suas faculdades, na órbita do respectivo livre-arbítrio já conquistado. Assim, pois, tanto no plano físico, como no espiritual, prevalece a soberania divina, pairando sobre as paixões e as veleidades humanas.
Não obstante, o Mestre nos ensina a orar, dizendo: Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu. Diante da onipotência de Deus, que significam essas palavras? Por elas aprendemos que, para felicidade nossa, cumpre subordinarmos a nossa vontade a vontade do Pai celestial. Só assim conseguiremos estabelecer a harmonia interna, tal como já está, pelas forças naturais, estabelecida a harmonia dos mundos e dos astros. Harmonia é equilíbrio e equilíbrio é felicidade, é vida eterna.
No uso da relativa liberdade que desfrutamos, podemos alimentar uma vontade que se contrapõe à vontade d’Aquele que criou e mantém a mecânica celeste. É do seu mesmo “querer” que assim seja. A criatura pode agir, dentro de determinados limites, em contradição com o Criador. Desse proceder, porém, resulta uma desarmonia cujo efeito é a dor. Esta cessará desde que se restabeleça o ritmo desfeito no interior das almas. Tal o motivo porque o sábio Mestre nos aconselha a harmonizarmos nossa vontade com a vontade de Deus. Infelizmente, o homem se esquece dessa advertência, procurando, debalde, fazer com que a sua vontade prevaleça. Ele acha que está com a razão em todas as conjunturas em que se encontre. Contraria-se e sofre, sempre que não consegue realizar os seus planos, os quais se lhe afiguram os melhores e os mais acertados. Certos acontecimentos, que com ele se dão, lhe parecem verdadeiramente injustos. O homem não pode alcançar o “porquê” desses casos. Por vezes se revolta, agravando a situação penosa em que se envolve.
Há, pois, sobejas razões para que nos submetamos de “motu próprio” à vontade divina. Essa vontade é a que nos convém porque satisfaz e assegura, no que vemos e no que não vemos, no que compreendemos e no que não compreendemos, a nossa felicidade.
A onipotência e a onisciência de Deus estão a serviço do seu infinito amor. Nós somos o objeto desse amor. Confiemos, portanto, e digamos sempre, em todas as emergências da nossa vida: Seja feita a tua vontade, Senhor, assim na terra como no céu!
(De “Na Escola do Mestre”, de Vinícius)
Certamente que a vontade de Deus é soberana. A onipotência é um dos atributos da Divindade. Se assim não fora, não haveria como há perfeita ordem no universo, sob todos os aspectos. Haja vista a marcha ininterrupta dos mundos e dos sóis, girando, constantemente, dentro das suas respectivas órbitas.
Não consta dos anais da história que houvesse uma colisão entre as imensas moles que gravitam nas regiões etéreas. Os veículos se chocam na terra, no mar e até no espaço infinito. As colisões de automóveis, de vapores e de aviões são, mais ou menos, comuns, a despeito de todos os cuidados e de todas as precauções imaginadas para evitá-las. A razão é simples: os volantes e os lemes são dirigidos pelas mãos dos homens, enquanto que os astros obedecem ao impulso seguro e certo do Divino Timoneiro. Daí a harmonia imperturbável que reina entre os infinitos sóis e as incontáveis “moradas da casa do Pai”. A interdependência em que se encontram os corpos celestes constitui a segurança do inalterável equilíbrio universal.
Da mesma sorte, uma lei semelhante estabelece uma outra harmonia mais excelente: a harmonia da justiça, distribuindo a cada um àquilo que de direito lhe cabe, consoante o emprego que tem dado às suas faculdades, na órbita do respectivo livre-arbítrio já conquistado. Assim, pois, tanto no plano físico, como no espiritual, prevalece a soberania divina, pairando sobre as paixões e as veleidades humanas.
Não obstante, o Mestre nos ensina a orar, dizendo: Seja feita a tua vontade, assim na Terra como no Céu. Diante da onipotência de Deus, que significam essas palavras? Por elas aprendemos que, para felicidade nossa, cumpre subordinarmos a nossa vontade a vontade do Pai celestial. Só assim conseguiremos estabelecer a harmonia interna, tal como já está, pelas forças naturais, estabelecida a harmonia dos mundos e dos astros. Harmonia é equilíbrio e equilíbrio é felicidade, é vida eterna.
No uso da relativa liberdade que desfrutamos, podemos alimentar uma vontade que se contrapõe à vontade d’Aquele que criou e mantém a mecânica celeste. É do seu mesmo “querer” que assim seja. A criatura pode agir, dentro de determinados limites, em contradição com o Criador. Desse proceder, porém, resulta uma desarmonia cujo efeito é a dor. Esta cessará desde que se restabeleça o ritmo desfeito no interior das almas. Tal o motivo porque o sábio Mestre nos aconselha a harmonizarmos nossa vontade com a vontade de Deus. Infelizmente, o homem se esquece dessa advertência, procurando, debalde, fazer com que a sua vontade prevaleça. Ele acha que está com a razão em todas as conjunturas em que se encontre. Contraria-se e sofre, sempre que não consegue realizar os seus planos, os quais se lhe afiguram os melhores e os mais acertados. Certos acontecimentos, que com ele se dão, lhe parecem verdadeiramente injustos. O homem não pode alcançar o “porquê” desses casos. Por vezes se revolta, agravando a situação penosa em que se envolve.
Há, pois, sobejas razões para que nos submetamos de “motu próprio” à vontade divina. Essa vontade é a que nos convém porque satisfaz e assegura, no que vemos e no que não vemos, no que compreendemos e no que não compreendemos, a nossa felicidade.
A onipotência e a onisciência de Deus estão a serviço do seu infinito amor. Nós somos o objeto desse amor. Confiemos, portanto, e digamos sempre, em todas as emergências da nossa vida: Seja feita a tua vontade, Senhor, assim na terra como no céu!
(De “Na Escola do Mestre”, de Vinícius)
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