Divaldo
Franco, Professor, médium e conferencista
Nunca
antes o ser humano enfrentou tantos desafios quanto na atualidade. Os avanços
tecnológicos e todas as comodidades, que possibilitam a facilidade de
comunicação, a aquisição de conhecimentos complexos e refinados, não
conseguiram tornar o ser humano mais pacífico e mais fraterno. Em alguns casos,
deu-se exatamente o contrário, por estimular-lhe os valores negativos que
permaneciam ocultos nos conflitos e que agora explodem com mais facilidade. As
ambições tornaram-se-lhe maiores, as falsas necessidades impuseram-se como
primordiais e a busca de distrações incessantes tem-no afastado dos deveres que
devem viger na sua agenda de realizações.
Nesse
báratro, a insatisfação e o vazio existencial assumem proporções imprevisíveis,
dando lugar ao crescimento da violência de todo jaez, que ameaça as estruturas
sociais, e da indiferença por si mesmo, assim como pela sociedade. O ego
exorbita e o individualismo alucina. Quanto mais se tem, mais se deseja, numa
sofreguidão sem precedentes, como se o significado da existência fosse o
prazer, o divertimento, o gozo momentâneo, que não preenchem as necessidades
emocionais da harmonia íntima.
Hipnotizado
pela ilusão, transita na incessante busca das satisfações pessoais, sem
qualquer respeito pelas lutas empreendidas pelo seu próximo, não se importando
com os embaraços que tal comportamento propicia aos demais. Certamente há
exceções valiosas, que são a esperança de um futuro melhor, com mais segurança
e equilíbrio.
Não
obstante essa correria desesperada para lugar nenhum, quando já não se acredita
nos valores éticos-morais, vale a pena a permanência nos ideais de
enobrecimento e de dignidade, que são alicerces para a estruturação da
existência feliz. Os descalabros e escândalos, que se sucedem e desanimam
aqueles que confiam no direito e no dever, são transitórios e assinalam o estágio
de atraso espiritual em que ora transitamos, valendo porfiar no bem sem receio.
Divaldo
Franco escreve quinta-feira, quinzenalmente.
Artigo
publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 21-05-2015.
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