Em
uma das palestras de Divaldo Pereira Franco, ele narra o caso de um obsessor
que o perseguiu anos a fio. Divaldo nos conta que tentou todas as formas de
prece e de doutrinação para tentar ajudar aquele irmão sofredor, mas nada
surtia o efeito desejado. Até que um dia, um dos membros da Mansão do Caminho
(instituição modelo, criada e presidida por Divaldo Franco, que abriga crianças
órfãs), foi chamá-lo porque uma criança recém-nascida fora encontrada na lata
de lixo. Divaldo correu até o local e, no momento em que subia as escadas com a
criança nos braços, o irmão obsessor se fez visível no alto da escada e
perguntou a ele:
- Você ama essa criança feia e suja desse
jeito?
Divaldo
respondeu:
- Ainda não amo, mas pretendo aprender
a amá-la.
Prosseguiu
o irmão desencarnado:
- Então, a partir de agora, eu vou deixar
você em paz, porque essa criança é minha mãe.
Os
Espíritos amigos tiveram que atingir as fibras mais íntimas do obsessor para
que ele se comovesse e deixasse Divaldo em paz.
Os maus espíritos não vão senão onde
acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para afastá-los, não basta
pedir-lhes nem mesmo ordenar: é preciso despojar de nós o que os atrai. Os maus espíritos farejam as chagas da
alma, como as moscas farejam as chagas do corpo; do mesmo modo que limpamos o
corpo para evitar a bicheira, limpemos também à alma de suas impurezas para
evitar os maus espíritos.
Jesus quando expulsava o “demônio”
dizia: “Vá, e não peques mais”; ou seja, “vá e não erre mais”, para não atrair
novamente estes “demônios.”
Nas sessões de descarrego, nas casas
“Evangélicas”, o Espírito é afastado porque as pessoas erguem as mãos, dizendo:
“sai demônio”. Não é pelo grito ou ordem que ele se afasta, mas sim porque das
mãos das pessoas saem magnetismo, e o Espírito não consegue ficar ali. Só que
este Espírito voltará, enquanto não limparmos a casa (mental) das coisas ruins.
Em Lucas cap. 11, v. 24 a 27 diz: “Quando um espírito mau sai de um homem,
fica vagando em lugares desertos à procura de repouso, e não encontra. Então
diz: ‘Vou voltar para a casa de onde saí. ’ Quando ele chega, encontra a casa
vazia, varrida e arrumada. Então ele vai, e traz consigo outros sete espíritos
piores do que ele. Eles entram e moram aí; no fim, esse homem fica em condições
pior do que antes. É o que vai acontecer com esta geração má.”
Se limparmos da nossa casa as coisas
boas, certamente ficarão as ruins. Assim, a casa estará de acordo com o gosto
de certos Espíritos.
Um Espírito perverso, ignorante,
numa sessão de descarrego, sendo xingado, imagine qual será a reação dele. .
. Geralmente ele irá querer revidar. Se
nós discutirmos com o Espírito, nós estaremos entrando na sintonia dele. A
autoridade que devemos ter é a autoridade moral. Temos que falar com energia,
porém, com amor. Respeitando seus sentimentos. Quem nos garante que não fomos,
ou não somos obsessores?
Na verdade, o obsessor não é nosso
inimigo, ele é nosso amigo. Porque pede reforma, boa conduta, amor. Ele,
indiretamente, nos leva a vigiar
nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos, “para não cairmos em
tentação.” Ele é como o médico que nos pede um regime, para que nos curemos ou
controlemos uma doença. O regime é chato, duro, mas necessário para uma boa saúde.
Ele é uma pessoa que de alguma forma está reivindicando amor, coisa que faltou
no passado. Por isso, ele age como uma criança que bate o pé e quer ser amado.
O obsedado não é o coitadinho, ele é
o culpado. O obsessor, evidentemente, é alguém que não conseguiu perdoar, e que
deve ter sofrido muito nas mãos dessa pessoa. Então, ele vem com o propósito de
se vingar. Emmanuel diz que não existem “coitados”, existem “culpados”.
Mas, este “demônio”, nada mais é que
nosso irmão. Não é um arcanjo que se rebelou. Se formos criados simples e
ignorantes, como dizem os Espíritos, prova que todos nós temos a mesma criação.
Allan Kardec fala que desde o átomo até o arcanjo, ou seja, todos nós passamos
pela mesma fieira evolucionista. Ninguém foi criado para o mal, e nem perfeito
como os anjos.
Nós, durante a caminhada erramos,
uns mais outros menos. Podemos ficar um longo período dentro do erro, mas um
dia teremos que sair dele.
Criar um Espírito com este poder tão
grande que pode enfrentar Deus, será tirar todo poder de Deus, seria pôr um
igual a Ele. Seria um combate eterno entre Deus e o Diabo, o que seria um
absurdo.
Diabo é um símbolo, é uma luta entre
o bem e o mal, simbolicamente falando.
Agora, “diabinho” somos todos,
porque até alcançarmos uma evolução maior, temos uma ligeira tendência, uns
mais outros menos. E através da reencarnação vamos nos depurando, e aprendendo
que vale a pena ser Bom.
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