terça-feira, 4 de junho de 2013

A ESCOLHA DAS PROVAS



Quem escolhe?
Cabe ao espírito à escolha do gênero de provas que deseja enfrentar, nisso consiste o seu livre-arbítrio. Na sua origem, por ser criado simples, ignorante e sem experiência, portanto sem conhecimento de causa para fazer todas as escolhas, Deus supre sua inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir como fazemos com uma criança desde o berço, deixando-lhe, pouco a pouco, a liberdade de fazer as opções, à medida que seu livre-arbítrio se desenvolve.

Quando escolhe?
Na erraticidade, enquanto ainda não atingir o estágio que o possibilita não mais retornar ao mundo físico, prepara-se para uma nova vivência na carne. É nessa etapa que planeja a sua vida futura. Quando encarnado, também terá oportunidade de fazer escolhas. A cada nova ação a vida lhe oportunizará escolhas, as quais delinearão e desencadearão os rumos que sua vida tomará.

Como escolhe?
Os espíritos que lhe são superiores o orientam nas suas escolhas, as quais têm como base as imperfeições e fraquezas que necessitam ser superadas, bem como os erros que precisam ser reparados. Sua consciência, como juiz maior de suas ações, serve como bússola a direcionar e impulsionar sua vontade para os ajustes e reparações que se fazem necessária. O desejo de progresso, que trará a felicidade e a paz, lhe dá suporte na estruturação de seu projeto de vida futura.

O que escolhe?
Escolhe o gênero das provas, os detalhes são consequências da posição escolhida e frequentemente das próprias ações. Só os grandes acontecimentos, aqueles que influem no destino, estão previstos. É um erro crer que as menores circunstâncias da vida são estabelecidas, por antecipação, de maneira irrevogável; se fosse assim o homem seria uma máquina sem iniciativa, e, consequentemente, sem responsabilidade.

Por que escolhe?
Quis Deus que o ser humano ficasse sujeito à lei do progresso e que a evolução resulte do seu trabalho, para que o fruto desses lhes pertença, da mesma maneira que lhe cabe a responsabilidade do mal que, por sua vontade, pratique. Conquistar, uma a uma, todas as virtudes, todas as ciências, ascenderem a todos os degraus da hierarquia dos Espíritos é a finalidade para o qual Deus criou as almas e dispôs os mundos. 

Quais os limites?

a) Situação evolutiva: Suprida, a princípio, pelo instinto, que pouco a pouco desaparece para dar lugar à razão, a liberdade é muito escassa nos graus inferiores e em todo o período de sua educação primária. Com a evolução, pelo desenvolvimento intelectual e moral, conquista maior liberdade. Quanto maior o conhecimento maior é a liberdade.

b) Leis Divinas: Acima da nossa percepção limitada e variável estão as Leis Divinas. Em nenhuma hipótese o exercício da liberdade humana pode se opor aos planos divinos, do contrário, a ordem das coisas seria a cada instante perturbada.

c) Colheita obrigatória: Desencadeadas as escolhas, optamos por resultados que não podem ser mais mudados. Todavia, a ação no bem pode amenizar ou até postergar a colheita espinhosa da semeadura equivocada. Mesmo no sofrimento, pode escolher entre a resignação e a revolta.

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Cleto Brutes 
Fonte: Grupo Espírita Seara do Mestre

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