domingo, 30 de junho de 2013

A PARÁBOLA DA ROSA



Certa vez, um homem plantou uma roseira e passou a regá-la constantemente.
Assim que ela soltou seu primeiro botão que em breve desabrocharia, o homem notou espinhos sobre o talo e pensou consigo mesmo: "como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos?”
Entristecido com o fato, ele se recusou a regar a roseira e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar a rosa morreu.
Isso acontece com muitos de nós com relação à nossa semeadura.
Plantamos um sonho e, quando surgem as primeiras dificuldades, abandonamos a lavoura.
Fazemos planos de felicidade, desejamos colher flores perfumadas e, quando percebemos os desafios que se apresentam, logo desistimos e o nosso sonho não se realiza.
Os espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los.
Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma, nossos músculos se tornem mais fortes.
Não há como chegar ao topo da montanha sem passar pelos obstáculos naturais da caminhada. E o mérito está justamente na superação desses obstáculos.
O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar nossos objetivos e, por isso, desistimos com facilidade e até justificamos o fracasso lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa.
O importante é que tenhamos sempre em mente que se desejamos colher flores, temos que preparar o solo, selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las, regá-las sistematicamente e, só depois, colher.
Se esperamos colher antes do tempo necessário, então a decepção surgirá.
Se temos um projeto de felicidade, é preciso investir nele. E considerar também a possibilidade de mudanças na estratégia.
Se, por exemplo, desejamos uma relação afetiva duradoura, estável, tranquila, e não conseguimos, talvez seja preciso analisar ou reavaliar nossa forma de amar.
Quando os espinhos de uma relação aparecem, é hora de pensar numa estratégia diferente, ao invés de culpar homens e mulheres ou a agitação da vida moderna, ou simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede.
Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. Vão se contentando com pouco, na esperança de sofrer menos.
Mas o ideal é estabelecer um objetivo e investir esforços para
concretizá-lo.
Se no percurso aparecerem alguns espinhos, é que estamos sendo desafiados a superá-los, e jamais a desistir.




sábado, 29 de junho de 2013

ESTUPRO: A VISÃO ESPÍRITA



Por Marcelo Henrique Pereira

     Dentre os crimes existentes, mormente no âmbito da natureza sexual, um dos mais aberrantes e horrendos é, sem dúvida nenhuma, o estupro. A legislação humana - particularmente, a brasileira, - impinge-lhe uma severa capitulação, dispondo sobre ele no título reservado aos Crimes contra os Costumes, no capítulo dos Crimes contra a Liberdade Sexual, conforme os artigos reproduzidos no quadro ao lado.
 A moderna legislação pátria considera-o, ainda, como crime hediondo (1), o qual significa depravado, vicioso, sórdido, imundo, repelente, repulsivo, horrendo, sinistro, pavoroso, medonho.
(Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, 2ª ed., p. 884, Nova Fronteira, 1986).
     As características fundamentais do tipo-crime dão-nos conta de que o sujeito ativo só pode ser homem e o passivo, mulher, e que o delito pode ocorrer mediante coação física e/ou moral.
     Deixando de lado os aspectos puramente legais do tema, pretendemos traçar uma abordagem acerca da visão espírita (e espiritual) deste ato, assim como de suas causas e consequências, abstratamente falando. Queremos deixar bem claro que nossas posições são pessoais, com base em informações genéricas contidas nas obras básicas da Codificação Kardequiana, em virtude da escassa bibliografia existente.
      Dentre as liberdades de que a criatura humana é detentora, na qualidade de direitos fundamentais, talvez a mais significativa seja a liberdade sexual. Afinal de contas, baseada em padrões de moralidade, distintos entre si e peculiares a cada individualidade, a escolha de parceiros sexuais não obedece a nenhum padrão. O ser, baseado em sentimentos e (ainda) em instintos, deixa aflorar sua sexualidade, partindo para a busca e o encontro de um companheiro para satisfazer seu prazer, na permuta de energias sexuais.
     Por isso, quando se tem notícia de que ocorreu um estupro, isto é, a conjunção carnal forçada, imposta pela força física ou pela coação moral (psicológica), está diante da maior violência que se pode praticar contra o ser, excetuando-se, é claro, o aborto, onde a vítima é totalmente incapaz de defender-se.
     No estupro, o que conta não é a possibilidade (ou não) de resistência da vítima às ações do agressor. Isto é secundário. Tampouco se deve verificar se a primeira, por sua ação ou intenção, manifesta em gestos, comportamentos, olhares, sinais, ou, ainda, em sua forma de trajar ou sua conversação, tenha provocado o aflorar dos desejos sexuais de outrem. Ou, ainda, se o criminoso possuía um estado psicopatológico anterior que o mantinha intimamente ligado à ideia da relação sexual, ou, até, a sua vinculação mental (fixação mental) ao objeto de seus desejos. O que realmente conta é a atitude desmedida, agressiva e irracional, e a enorme carga de responsabilidade que resulta do ato cometido, que agride a função sexual da vítima e interfere na energia contida nas gônadas femininas.
     Em alguns encontros espíritas, presenciamos discussões que procuravam delimitar o estupro perante a Espiritualidade, isto é, tentavam analisar se, dentre as provas e expiações a que o homem se sujeita, em razão de seu grau evolutivo e da sua passagem por este planeta, não poderia estar planejada uma situação em que ocorreria o estupro, como forma de resgate de erros pretéritos, por parte da vítima.
     O exame das obras básicas é como dissemos, fundamental e constitui o primeiro passo, para entender tal situação.
     Então, o que constitui o Planejamento Encarnatório?
     Do exame de "O Livro dos Espíritos" (2), podemos extrair a cristalina ideia de que nem todas as tribulações que experimentamos na vida foram previstas e escolhidas por nós. A escolha se resume ao gênero da prova. Exemplificadamente, o Espírito de Verdade nos adverte: "Se o Espírito quis nascer entre malfeitores, por exemplo, sabia a que tentações se expunha, mas ignorava cada um dos atos que viesse a praticar. Estes atos são efeito de sua vontade, ou de seu livre arbítrio.”
     A regra norteadora, como sempre é a liberdade de ação, com a necessária atenção para a responsabilidade quanto ao reflexo destes, o resultado.
     Fazendo, pois, uma analogia com o suicídio, encontramos na literatura espírita a consideração de que todos os desencarnes são previstos pela Espiritualidade, à exceção daquele, quando o ser renuncia voluntariamente à oportunidade de vida, abreviando sua existência.
     Assim, afirmamos que há certa resistência de nossa parte em aceitar que uma brutalidade como o estupro possa estar incluída como uma prova escolhida pelo espírito reencarnante, tendo em vista que, deste modo, quem seria "escalado" para ser o algoz, o estuprador? Não estaria sendo ele, instrumento de uma severa e dolorosa forma de "resgate"?
     Poderiam afirmar alguns: quem sabe a vítima, numa vida, poderia retornar para ser o agressor em outra? Pois bem! Onde fica a Lei de Justiça, Amor e Caridade? Ou, quem sabe, voltaríamos nós à época da barbárie, onde a Lei de Talião era a severa espada da justiça, isto é, o que se fez da mesma maneira se sofre? A razão espírita repudia tais considerandos...
     Todavia, há que se mencionar, também, a questão da "necessidade dos escândalos" (Mateus: 18, 6-11), tão bem enfocada por Jesus. Mas, "ai de quem seja instrumento dos escândalos", diz a passagem, demonstrando claramente que a Lei Natural presente no Universo aproveita as situações surgidas pela vontade humana, filtrando-as e enquadrando-as no contexto das encarnações dos seres. Uma guerra ocorre por vontade humana, dos dirigentes das nações e sua efetivação ceifará muitas vidas, entre civis e militares. Portanto, as pessoas atingidas pela desencarnação violenta decorrente das guerras, assim como aquelas que terão sequelas físicas e psicológicas, aproveitam o acontecimento funesto para resgatarem dívidas de ontem. Mas, e quanto a seus algozes, os guerreiros que provocaram mortes e ferimentos? Evidentemente, por suas atitudes, serão julgados pelo tribunal da consciência e carecerão de novos reajustes, onde saldarão seus débitos, em outras existências.
     O estupro, assim, não obedece a nenhum planejamento espiritual. Todavia, em acontecendo, vítima e agressor submetem-se aos desígnios da Lei Maior, sujeitos à completa análise espiritual da questão, resultando para a primeira, por suportar a prova com coragem e resignação, condição de progresso espiritual e, para o segundo, dolorosa senda de refazimento de seus atos, esperando contar, ainda, com o perdão da primeira como forma de ajuda para superar suas próprias deficiências.
     E para nós, que ainda nos revoltamos quando presenciamos notícias sobre a ocorrência de um estupro, bradando justiça, entendamos que nada escapa aos desígnios da Providência e, antes de nos transformarmos em juízes dos infelizes seres que cometem tal atrocidade, lembremos-nos da mensagem do Nazareno do "atire a primeira pedra", recolhendo-nos à meditação e à prece em seu favor, para que os mesmos possam sair do mar de lama em que se encontram, arrependendo-se sinceramente de seus atos, reivindicando, assim, nova oportunidade benfazeja de reparação, para, ao final, alcançar a paz e a serenidade.

(1) Lei Federal n.o 8.072/90.
(2) Questões 258 a 273.

Código Penal Brasileiro

Art. 213. Constranger mulher à conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.07.90)
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.281, de 04.06.96)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos. (Redação dada ao parágrafo pela Lei nº 8.069, de 13.07.90)

Art. 223. Se da violência resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.07.90)

Parágrafo único: Se do fato resulta a morte:
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 25 (vinte e cinco) anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.07.90)

Art. 224. Presume-se a violência, se a vítima:
a) não é maior de 14 (catorze) anos;
b) é alienada ou débil mental, e o agente conhecia esta circunstância;
c) não pode, por qualquer outra causa, oferecer resistência. 
Por Marcelo Henrique Pereira
Sociedade Espírita NOVA ERA

Estudando a Obsessão



Basicamente, podemos classificar os tipos de obsessão em:
* Doenças nervosas e mentais de causa orgânica, pertencentes ao campo da Neurologia.
* As doenças nervosas e mentais de causa orgânica, pertencentes ao campo da Psiquiatria.
* As doenças nervosas e mentais sem causa orgânica.
No campo da Neurologia temos os fatores que atingem a estrutura do sistema nervoso, tais como as infecções, as formações tumorais, os acidentes vasculares, os traumatismos etc.
Ao campo da Psiquiatria, os distúrbios provocados por agentes agressores do sistema nervoso, verificados na uremia, nos focos infecciosos, nas intoxicações de várias naturezas, nas toxicomanias, no alcoolismo, nos distúrbios metabólicos etc.
Às doenças nervosas e mentais sem causa orgânica damos o nome genérico de obsessão, que podemos dividir em auto e hetero-obsessão.

Auto-obsessão

O paciente apresenta estado mental doentio, ideia fixa em alguma coisa, manias, cacoetes, atitudes estranhas, recalques, complexos diversos, delírios e alucinações. Aqui, é o paciente o responsável por toda a sintomatologia e as causas residem nas dificuldades da vida, na educação mal conduzida, nas influências do meio ambiente, nos estados de desnutrição, nos distúrbios emocionais e, sobretudo, nas causas anteriores, de vidas passadas, gravadas no arquétipo do paciente, que se acha lesado ou fora de sintonia...
O perispírito é o corpo do espírito, o que lhe dá a forma humana e que grava indelevelmente todos os atos e pensamentos do ser humano.
Na união com o corpo, no processo da reencarnação, todas as falhas do perispírito tendem a exercer influência mais ou menos acentuada, tanto na área psíquica como física do paciente.
Comumente agem como fatores desencadeantes o remorso ou a falta de ambientação à nova vida e a não aceitação da personalidade atual. Inconscientemente há retorno ao passado, cujos acontecimentos se acham arquivados no perispírito e a vivência deste passado, que se torna presente, leva com frequência ao isolamento, ao autismo e a um tipo de vida em desacordo com o habitual do paciente. Várias entidades nosológicas da Psiquiatria atual se acham enquadradas nesse item.

Hetero-obsessão

Caracterizada pela ação persistente que um espírito desequilibrado exerce sobre o indivíduo. Apresenta caracteres muito diversos, desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até perturbação completa das faculdades mentais. Intimamente ligada à imperfeição moral, que facilita a ação do espírito, em geral, sequioso de vingança e cheio de ódio, devido à ação delituosa que sobre ele exerceu o paciente, no pretérito.
Há obsessores que atuam sem justa causa, pelo simples prazer em fazer o mal. Outros procuram desviar as criaturas das grandes tarefas em prol da humanidade, desde que os seus interesses se acham ameaçados pela ideia que elas representam.
Na obsessão, há escravização do pensamento por parte do obsessor. Ele não se apossa do corpo do obsedado. Atua sutilmente sobre a sua vontade, usando técnicas semelhantes à dos hipnotizadores.
Apesar de não ter, de início, causa orgânica, a obsessão crônica pode ocasionar sérios distúrbios na área física, inclusive lesões irreparáveis. A sintomatologia apresentada pelos obsedados é a mesma descrita nos tratados de Psiquiatria e abrange grande parte das entidades nosológicas da classificação psiquiátrica. O espírito obsessor usa os elementos contidos na mente do obsedado e os desencadeia para que determinem um comportamento anômalo e ostensivo.
Para o estudo do mecanismo do processo obsessivo, ver A Gênese, de Allan Kardec, capítulo dos Fluidos.
Clinicamente é difícil o diagnóstico diferencial entre auto e hetero-obsessão, mesmo porque a atuação do espírito do obsedado é sempre existente e continua mesmo após a cessação do processo obsessivo. A não ser que o médico ou o encarregado do atendimento ao paciente tenha mediunidade intuitiva ou vidência bem desenvolvida, mister se faz uma consulta ao plano espiritual, através de um médium de confiança. O Dr. Inácio Ferreira, diretor do Sanatório Espírita de Uberaba, em sua obra Novos Rumos à Medicina, 1º volume, traz comovente dedicatória a Maria Modesto Cravo, a grande médium que o auxiliou durante vários anos, no diagnóstico e tratamento das obsessões.
O processo obsessivo, sendo, sobretudo, processo hipnótico, não guarda estrita relação com a mediunidade. Sendo, porém, esta mal orientada e em pessoas de maus costumes e de baixa moral, o campo de ação do obsessor se acha facilitado (Ver KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, cap. XXIII, item 243).
O estado de saúde física e psíquica faz com que o paciente ceda ao ataque da entidade obsessora. Os desequilíbrios orgânicos ou de ordem moral ou emocional, quebram as barreiras defensivas. Daí a necessidade de acompanhamento médico e psicológico durante todo o decurso da obsessão, quer auto ou hetero-obsessão.
A hetero-obsessão, segundo o grau de constrangimento e a natureza dos efeitos que produz, pode ser dividida em obsessão simples,  fascinação e subjugação.

Os tipos de obsessão

Caracterizada pela tenacidade de um espírito que exerce ação sobre uma pessoa que dele não consegue desembaraçar-se. Na fascinação, há ação direta do espírito sobre o pensamento do paciente, paralisando-lhe o raciocínio e impondo-lhe a sua vontade. Na subjugação, o domínio sobre a vontade é completa, constritiva e o paciente age a seu mau grado.
Costuma-se chamar hetero-obsessão a ação dominadora que os mortos exercem sobre os vivos. Temos observado, no entanto, que a ação também se pode fazer dos vivos sobre os vivos, dos vivos sobre os mortos, dos mortos sobre os mortos e também reciprocamente, isto é do obsessor sobre o obsedado e sobre o obsessor.

Obsessão
Cobrança que bate às portas da alma é um processo bilateral. “Faz-se presente porque existe de um lado o cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o devedor, trazendo impressas no seu perispírito as matrizes da culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu”.
(SCHUBERT, Sueli Caldas. Obsessão, Desobsessão, pág. 31).

Artigo cedido pela Associação Médico-Espírita do Brasil e publicado em 1999 na edição 01 da Revista Cristã de Espiritismo.
Escrito por Dr. Wilson Ferreira de Melo




ESPÍRITOS ELEMENTARES



P: - Existem os chamados Espíritos elementais ou Espíritos da Natureza?

R: - Sim, existem os espíritos que contribuem em favor do desenvolvimento dos recursos da Natureza. Em todas as épocas eles foram conhecidos, identificando-se através de nomenclatura variada, fazendo parte mitológica dos povos e tornando-se alguns deles ‘deuses’, que se faziam temer ou amar.

P: - Qual é o estágio evolutivo desses espíritos?

R: - Alguns são de elevada categoria e comandam os menos evoluídos, que se lhes submetem docilmente, elaborando em favor do progresso pessoal e geral, na condição de auxiliares daqueles que presidem aos fenômenos da Natureza.

P: - Então eles são submetidos hierarquicamente a outra ordem mais elevada de Espíritos?

R: - De acordo com o papel que desempenham, de maior ou menor inteligência, tornam-se responsáveis por inúmeros fenômenos ou contribuem para que os mesmos aconteçam. Os que se fixam nas ocorrências inferiores, mais materiais, são, portanto, pela própria atividade que desempenham, mais atrasados submetidos aos de grande elevação, que os comandam e orientam.

P: - Estes Espíritos se apresentam com formas definidas, como por exemplo fadas, duendes, gnomos, silfos, elfos, sátiros, etc?

R: - Alguns deles, senão a grande maioria dos menos evoluídos, que ainda não tiveram reencarnações na Terra, apresentam-se, não raro, com formas especiais, pequena dimensão, o que deu origem aos diversos nomes nas sociedades mitológicas do passado. Acreditamos pessoalmente, por experiências mediúnicas, que alguns vivem o Período Intermediários entre as formas primitivas e hominais, preparando-se para futuras reencarnações humanas.

P: - Quer dizer que já passaram ou passam, como nós, Espíritos humanos, por ciclos evolutivos, reencarnações?

R: - A reencarnação é lei da Vida através de cujo processo o psiquismo adquire sabedoria e ‘desvela o seu Deus interno’. Na questão 538 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec interroga: “Formam categoria especial no mundo espírita os Espíritos que presidem os fenômenos da Natureza? Serão seres à parte ou Espíritos que foram encarnados como nós?” E os Benfeitores da Humanidade responderam: “Que foram ou que serão“.

P: - Algum dia serão ou já foram homens terrestres?

R: - Os mais elevados já viveram na Terra, onde desenvolveram grandes aptidões. Os outros, menos evoluídos, reencarnar-se-ão na Terra ou outros mundos, após se desincumbirem de deveres que os credenciem moral e intelectualmente, avançando sempre, porque a perfeição é meta que a todos os seres está destinada.

P: - O elementais são autóctones ou vieram de outros planetas?

R: - Pessoalmente acreditamos que um número imenso teve sua origem na Terra e outros vieram de diferentes mundos, a fim de contribuírem com o progresso do nosso planeta.

P: - Que tarefas executam?

R: - Inumeráveis. Protegem os vegetais, os animais, os homens. Contribuem para acontecimentos diversos: tempestades, chuvas, maremotos, terremotos… interferindo nos fenômenos “normais” da Natureza sob o comando dos Engenheiros Espirituais que operam em nome de Deus, que “não exerce ação direta sobre a matéria. Ele encontra agentes dedicados em todos os graus da escala dos mundos“, como responderam os Venerandos Guias a Kardec, na questão 536b de “O Livro dos Espíritos”.

P: - Todos eles sabem manipular conscientemente os fluidos da Natureza?

R: - Nem todos. Somente os condutores sabem o que fazem e para o que fazem, quando atuam nos elementos da Natureza. Os mais atrasados “oferecem utilidade ao conjunto” não suspeitando sequer que são “Instrumentos de Deus“.

P: - Nós não os vemos normalmente. Isto significa que não se revestem de matéria densa?

R: - O conceito de matéria na atualidade, é muito amplo. A sua “invisibilidade” aos olhos humanos, a algum indivíduo, demonstra que sejam constituídos de maneira equivalente aos demais espíritos da Criação. Encontram-se em determinada fase de desenvolvimento, que são perceptíveis somente aos médiuns, as pessoas de percepção especial, qual ocorre também com os Espíritos Nobres, que não são detectados por qualquer pessoa destituída de faculdade mediúnica.

P: - Qual é o habitat natural desses Espíritos?

R: - A erraticidade, o mundo dos Espíritos, pertencendo a uma classe própria e, portanto, vivendo em regiões compatíveis ao seu grau de evolução. “Misturam-se” aos homens e vivem, na grande maioria, na própria Natureza, que lhes serve de espaço especial.

P: - Uma das grandes preocupações da humanidade, atualmente, é a preservação do equilíbrio ecológico. Qual a atitude ou providência que tomam quando a Natureza é desrespeitada pelos homens?

R: - Quando na infância do desenvolvimento, susceptíveis às reações mais primitivas, tornam-se agressivos e revoltados. À medida que evoluem, fazem se benignos e se apiedam dos adversários da vida em qualquer forma pela qual esta se expressa. Assim, inspiram a proteção à Natureza, o desenvolvimento de recursos que a preservem, a sua utilização nobre em favor da vida em geral, em suma, “fazem pela Natureza o que gostariam que cada qual fizesse por si mesmo“

Entrevista com Divaldo Franco
Fonte: site o Mensageiro

ESPÍRITA OU KARDECISTA?


     Espiritismo é uma doutrina filosófica, científica e religiosa.
     Espiritualismo é a crença em algo além da matéria. Muitas crenças creem na comunicação com os espíritos (espírito santo, caboclos, etc.), mas não são espíritas.
     Podemos concluir que todo espírita é espiritualista (porque crê em algo além da matéria), mas nem todo espiritualista é espírita (porque não segue os ensinamentos trazidos pelos espíritos através de Allan Kardec).
     Nós espíritas não podemos relutar em responder quando somos inquiridos qual é a nossa religião, e jamais dizer: “eu sou kardecista.” Devemos responder: “eu sou espírita”.    Quando respondemos "sou kardecista" estamos afirmando que o Espiritismo se divide com várias denominações, o que não é verdade. Muitos dizem, por exemplo: “alto espiritismo, espiritismo de mesa branca, linha Kardecista, Espiritismo do Bem, etc.” Mas Espiritismo é um só.   Centro Espírita só os que seguem a Doutrina dos Espíritos. As outras religiões que usam o nome de "Centro Espírita" e divergem dos ensinamentos dos Espíritos que estão nas obras básicas codificadas por Kardec, não são Centros Espíritas, são Casas Espiritualistas. Eis alguns exemplos de casas espiritualistas: "Centro Espírita Tenda Fraterna", "Centro Espírita de Umbanda Cobra Coral", etc. Tais casas deveriam mudar para "Casa Espiritualista Tenda fraterna"; "Casa Espiritualista de Umbanda Cobra Coral". Mas lembrando sempre que, todas devem ser respeitadas, principalmente quando acreditamos na nossa. 
      O Espiritismo é uma doutrina sem sacerdotes, sem dogmas, sem rituais, não adota em suas reuniões e em suas práticas qualquer tipo de paramentos ou vestes especiais (as vestes brancas devem ser as que nos cobrem o espírito e o nosso perispírito); não utilizamos sal grosso, plantas, amuletos, etc. (porque o nosso coração é nosso escudo, quando nele mora o amor); não adotamos cálice com vinho ou bebidas alcoólica (os espíritas não devem alimentar o vício do álcool nem do fumo, porque precisamos estar lúcidos para apreciar a beleza da vida); não utilizamos incenso, mirra, velas (porque são coisas materiais e nós usamos a prece para nos sustentar o espírito); não temos altares, imagens, andores, procissões, pagamento pelos trabalhos espirituais, talismãs, sacrifício animal, santinhos, administração de indulgências, confecção de horóscopos, exercício da cartomancia, quiromancia, astrologia, numerologia, cromoterapia, pagamento de promessas, despachos, riscos de cruzes e pontos, não temos curas espirituais com cortes, orações milagrosas para resolver problemas sentimentais, financeiros, etc.

Por que no Brasil se confunde Espiritismo com cultos africanistas, com terreiros e coisas assim?

Raul Teixeira responde: Isso se deve ao fato de termos um grande contingente de pessoas que desconhecem o que seja o Espiritismo e que não se interessam, nem desejam saber o que realmente ele é. Muitos espalham informações sobre o Espiritismo de acordo com o que supõem que seja, demonstrando grande dose de leviandade ou de má intenção. Ainda que o Espiritismo e, por sua vez, os espíritas, não tenham nada contra as práticas e crenças africanistas, é importante que cada coisa esteja no seu lugar, facilitando até a busca e o enquadramento das criaturas que estão procurando novas propostas de vida. Somente por meio das leituras sérias e dos estudos metódicos se conseguirá desfazer a confusão que gera tantos mal entendidos entre os espiritualismo. (Do livro: Ante o vigor do Espiritismo)

 GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC 


Comportamento ante a desencarnação


O Espiritismo é a Ciência nova que vem revelar aos homens, por meio de provas irrecusáveis, a existência e a natureza do mundo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo. (ESE cap. I it. 5)
Kardec insistiu em classificar o Espiritismo como uma Ciência Nova, pois as Ciências ordinárias assentam nas propriedades da matéria.
Ele no-lo mostra não mais como coisa sobrenatural, porém, ao contrário, como uma das forças vivas e sem cessar atuantes da Natureza, como a fonte de uma imensidade de fenômenos até hoje incompreendidos. Como uma das forças vivas (o Espírito), ao lado das forças Eletromagnética, Gravitacional, Nuclear Forte, Nuclear Fraca - a quinta força - ainda não descoberta pela Ciência.
Antes de Kardec, embora não nos faltasse à crença em Jesus, vivíamos na Terra atribulados por flagelos da mente... Depois de Kardec, com a fé raciocinada nos ensinamentos de Jesus, o mundo encontra no Espiritismo benefícios incalculáveis.
Do estudo da doutrina podemos tirar muitos recursos para o crescimento da nossa felicidade. Um deles é sem dúvida realizarmos uma profunda reflexão sobre a morte, certo é que todos estaremos diante dela.
Foi na Idade Média que adquirimos os hábito de encarar a morte de forma tenebrosa, pois cristãos primitivos não a temiam, pelo contrário, martirizados ou perseguidos, recebiam a penalidade como forma de sublimação e de mais fácil ascensão à glória imortal.
À medida que os fatos confirmam a indestrutibilidade da vida, morrer deixa de ser uma tragédia, transformando-se em mecanismo que facilita o renascimento em outra esfera, no mundo espiritual. O ressurgimento na espiritualidade é o coroamento da existência física, que se transforma através do fenômeno biológico da morte.
A certeza da vida futura não exclui as apreensões quanto à passagem desta para a outra vida. Há muita gente que teme não a morte, em si, mas o momento da transição.
Sofremos ou não nessa passagem?
A causa principal da maior ou menor facilidade de desprendimento é o estado moral da alma.
- atitudes, sentimentos
- o apego à matéria,
- preocupações exclusiva e unicamente à vida e gozos materiais
- nas almas puras, que cogitam com a vida espiritual, o apego é quase nulo.
Afinidade entre o corpo e o perispírito
A matéria é insensível. É a alma e não o corpo quem sofre, pois este não é mais que instrumento da dor. A alma tem sensações próprias cuja fonte não reside na matéria tangível.
O perispírito é o envoltório da alma e não se separa dela nem antes nem depois da morte. Ele forma com ela uma só entidade e não se concebe uma sem outro. Durante a vida encarnada o fluido perispirítico penetra o corpo em todas as suas partes e serve de veículo às sensações físicas da alma, atua sobre o corpo e dirige-lhe os movimentos. A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma, em consequência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo.
Basicamente, podemos agrupar em três, os principais gêneros de morte:

1. Morte por extinção das forças vitais (velhice ou doença)

A visão tradicional, sempre acha que a pessoa morreu "cedo", que poderia ficar "mais um pouquinho". E aquele que passou por um longo período de doença, estava sofrendo e por isso "descansou".
A visão espírita, entende que ninguém morre cedo ou tarde, mas permanece na carne, o tempo necessário ao cumprimento de sua tarefa e o doente está com a doença "recuperando a sua saúde espiritual".

2. Morte de pessoas materializadas e sensuais

Deve recear a morte quem se encarcera nas paixões inferiores, aquele que se escraviza nos apetites insaciáveis. O ser se agarra às manifestações do corpo transitório.

3. Mortes violentas

As sensações não são precisamente as mesmas. Está mais relacionado ao estado moral da alma.
Quando alguém desencarna, vitimado por um acidente ou por um distúrbio orgânico imprevisto, não se desprende por acaso, ou por fatalidade, nem punido pela vontade de Deus.

Reflexões - comportamento
* Quando nos lembramos das pessoas amadas desencarnadas com afeto, carinho e ternura, eles sentem-se felizes;
* Os que morrem, afastam-se fisicamente de nós, mas não se nos desvinculam;
* Nossos pensamentos de desespero os atingem com altas cargas vibratórias perturbadoras;
* A mágoa e o inconformismo os angustiam e aturdem;
* Sentir saudades é muito natural, desde que não extrapole da recordação dorida para a fixação malsinada, mediante evocações pouco procedentes;
* Se foi uma criança ou um adolescente que desencarnou, não acredite que seja injustiça. A idade jovem rapidamente encerrada é bênção que faculta diferente mecanismo de evolução a benefício do Espírito em crescimento;
Viva cada ser com elevação e desprendimento, treinando a libertação e, adaptando-se mentalmente.

 Por Cibele Neis
Fonte: Sociedade Espírita NOVA ERA

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Boas Maneiras

PRECE INICIAL: Pai Nosso

 TEMA: Boas maneiras


Objetivo: Enfocar o que é ter boas maneiras.
               Compreender a importância de utilizar as boas maneiras no dia a dia. Seja na escola, no trabalho, no lar, à mesa, na casa dos outros...
               Utilizar sempre as "palavrinhas mágicas": Obrigado (menino), obrigada (menina), por favor, com licença, desculpe, senhor, senhora, bom dia, boa tarde, boa noite...

Recurso: Livro em Power Point: O Livro de Boas Maneiras de Dora

Atividade: Desenhos com atividades para colorir

Metodologia: PERGUNTAS AOS PEQUENINOS:
v  Você tem o costume de dizer SENHOR ou SENHORA, quando seus pais lhe chamam?
v  Ao entrar em sala de aula ou na casa dos outros, você diz COM LICENÇA? 

v  Quando sua mãe lava o seu uniforme e lhe prepara um lanche você diz OBRIGADO(a)?

Sugestão: Para a tarefa abaixo, pode-se fazer plaquinhas com as palavrinhas mágicas. O evangelizador lê a pergunta e espera a resposta das crianças, a seguir levanta a plaquinha que corresponde a resposta.




terça-feira, 25 de junho de 2013

O Pescador de Homens



Havia um jovem, famoso na Mesopotâmia, que era conhecido como pescador de homens. Seu nome era Josué Bem Josuá e toda a região lhe conclamava feitos.
E vocês perguntarão, acostumados a ouvir falar de Jesus, o pescador de homens:
Como poderia esta criatura tão famosa ser, sem ser profeta, pescador de homens?
Acontece que naquela época havia uma arma bárbara que servia para aprisionar o inimigo. E na Mesopotâmia ela era largamente usada. Era uma rede de fios grossos, muito pesada, que era atirada sobre as criaturas que caíam e se debatiam aprisionadas. Esse jovem ficou famoso porque era o exímio na arte de lançar a rede que, na época, era conhecida como maldição, como símbolo da morte, como símbolo de cativeiro, como símbolo de tormento.
Mas eis que Josué, por ter muitos parentes em Jerusalém, para lá se dirigiu, no vigor de sua juventude, heroico, forte, destemido, onde passou a usufruir das regalias que as noites de Jerusalém também ofereciam.
Ébrio de juventude, usufruía de todos os prazeres.
Como era um jovem muito belo e com muita fama, logo foi aceito nos palácios romanos e mais se intensificou o processo de degradação moral daquele jovem.
Certo dia, depois de muito cansado, de tantas orgias, de tantas bebidas e de tanto banquete, ele se retirou, já manhãzinha, para a borda do lago de Genezaré, quando ouviu três pescadores, que jogavam a rede nos barcos para a pesca, comentarem:
Pois foi assim que ele me chamou, chegou e disse: venha comigo ser pescador de homens. E eu não reagi tudo abandonei, sem pensar no meu sustento daquele dia e o segui.
E Josué pôs-se então a meditar: mas que coisa mais estranha, alguém chamar três pescadores para serem pescadores de homens? Um, sem muito rigor embora ainda forte e rijo, os outros dois, muito jovens. E como? Ele não sabia que em Jerusalém se usava a rede para pescar homens.
E aproximou-se deles e disse:
Eu sou exímio na arte de jogar a rede e pescar homens. Quem os convidou para esta tarefa? Não ouvi falar que seja costume aqui em Jerusalém jogar a rede para a captura de um inimigo. Nós fazemos isto na guerra. 
Como pode passar e chamar vocês para serem pescadores de homens.
E eles olharam assombrados aquele jovem e um deles, o mais enérgico e mais velho, falou:
Olha meu rapaz, esse que nos chamou para sermos pescadores de homens não joga a rede para capturar homens como nós capturamos peixes. Nós pegamos peixe para o nosso sustento e aqueles que capturam homens com a rede, capturam para a degradação e para a morte. Ele não. A sua voz comanda, mas o seu coração é bondoso.
Não sabemos ainda o que ele espera de nós, mas sabemos que ele vai nos pedir o que Deus pediria se ele entre nós estivesse em pessoa.
E aquele jovem ficou a meditar. Sinceramente ele não conseguia entender nada e foi descansar porque o cansaço o dominava inteiramente, não o deixando concatenar as ideia com clareza.
Já à noitinha, despertou sem muita vontade de procurar prazeres. Cedo se recolheu e de manhãzinha já estava ele junto aos pescadores. E o pescador mais velho falou-lhe:
A que vens agora, rapaz, perguntar novamente pelas redes?
E ele falou:
Não, eu gostaria que me falassem mais sobre este homem. Quem é ele? Ele está serviço de César ou do Judaísmo? Quem é esse homem?
E ele respondeu:
Este homem se chama Jesus e é um novo profeta. Só por aí você pode ver que violência não encontrará nele, muito menos lançar as redes que você está acostumado a lançar. Ele é profeta e é um grande profeta.
Nós acreditamos nele e grandes coisas ele nos ensina. Nossa convivência é muito pequena com ele, mas não precisamos de convivência maior do que a que já tivemos para saber que ele fala o verbo de Deus.
E o jovem passou a observar de longe os três pescadores, até que um dia surgiu o profeta tão esperado. Passou por ele, Josué, sem olhá-lo. Ele o seguiu sentindo que emanava Dele uma força que o obrigava, mesmo sem vontade a segui-lo. Em nenhum momento o olhar daquele homem se voltou para ele. Houve instantes em que ele chegou a ficar lado a lado e, mesmo assim, Ele não voltou o olhar. Mais cismarento ele ficou: “Que homem estranho! Se ele é profeta, todos os profetas estão muito preocupados em ensinar e arranjar muitos seguidores parece que esse homem seguidores não deseja a não ser àqueles que ele convoca”.

E ele foi seguindo a Jesus. Foi vendo de muito perto os seus milagres, suas curas; teve acesso à casa de Pedro e se alimentou com todos os discípulos. Muitas vezes oferecia a Jesus água e uma côdea de pão e mesmo assim Jesus nunca lhe olhava. Não suportando mais aquela situação, um dia, Josué Bem Jesuá falou com Jesus:
Senhor, me perdoe. Porque eu, estando sempre ao seu lado, porque eu, lhe oferecendo água e pão, porque lhe seguindo em todos os momentos, não me fita?
E Jesus respondeu:
Josué Bem Jesuá você veio de terras onde o pranto se fez muito forte e seus braços musculosos e saudáveis foram usados para aprisionar criaturas indefesas. Se fossem aprisionados só homens, Josué! Mas quantas vezes você jogou a rede para tornar cativas mães e jovens. Quantas e quantas vezes você ganhou ouro em troca de jovens virgens que eram arrancadas do lar paterno para saciar o prazer de reis e de vassalos?
E Josué recuou. Ele não se vangloriava daqueles feitos e só ele sabia que muitas vezes havia aprisionado jovens mães que abraçadas a seus filhinhos, tombavam e seus filhinhos eram arrebatados de seus braços para serem vendidos como escravos.
Josué baixou a cabeça e chorou.
Jesus lhe falou:
Lave Josué, sua alma no pranto, mas o pranto não basta. É preciso que você transforme a maldição da rede numa benção de trabalho e amor. Daqui a algum tempo você estará preparado para ser pescador de almas. Por enquanto, siga-me.
E Josué passou a seguir a Jesus sem nada pedir. Humilde, em qualquer situação, procurava ajudar. Era sempre o emissário pronto a servir a qualquer hora, a qualquer instante. E quantas vezes, depois de todos se retirarem da casa de Pedro para os seus lares, ele passava as noites como um cão de guarda, sentado à porta de Pedro, esperando que o dia amanhecesse para seguir Jesus, aquele dia muito especial, em que ele pudesse realmente não só seguir a Jesus, mas servir Jesus.
E assim foi todo o transcorrer da vida de Josué, até que, em holocausto sublime, ele entregou também a sua vida, na arena de renovação, para, em posteriores reencarnações, sanar todo o mal que fizera, com dedicação, como cristão.

Salve Jesus Nosso Mestre e Senhor!

Mensagem recebida por Shyrlene Soares Campos do livro Ânfora de Luz.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

ORAÇÃO POR HUMILDADE


Deus de Misericórdia!...
Auxilia-me a conservar o anseio de encontrar-te.
Quando haja tumulto, ao redor de mim, guarda-me o silêncio interior em que procure ouvir-te a voz.
Se algum êxito me busca, deixa-me perceber a tua bondade sobre a fraqueza que ainda sou.
Diante dos outros, consente, oh! Pai, que te assinale o infinito amor, valorizando-me a insignificância, através daqueles que me concedam afeto.
Se aparecerem adversários em meu caminho, faze-me vê-los como sendo instrumentos de trabalho, dentre aqueles com que me aperfeiçoas.
Na alegria, induze-me a descobrir-te a proteção paternal, estimulando-me a seguir para a frente.
Na dor, fortalece-me os ouvidos para que te escutem os chamamentos de paz.
E, quanto mais possa conhecer, em minha desvalia, os recursos iluminados do oceano de mundos e de seres que construístes no Universo, concede-me, oh! Deus de Misericórdia, que eu tenha a simplicidade da gota dágua que, embora unicamente anônima gota dágua, se sente tranquila e feliz porque se vê capaz de refletir-te a luz no brilho eterno da Criação.

Meimei

A LITERATURA APOCALÍPTICA



Último livro da Bíblia, o "Apocalipse" de João tem constituído, através dos séculos, o grande campo de estudo para quantos se dedicam à interpretação dos textos de sentido oculto. Não há parte alguma do Velho ou Novo Testamento que apresente linguagem mais incompreensível; todavia, nenhum outro livro bíblico possui tantas e tão variadas explicações. 

*

Entre os judeus a literatura apocalíptica vicejou de forma especial entre os anos 200 A.C. e 200 A.D. Diferenciava-se da literatura profética, porque tratava mais dos acontecimentos futuros da Humanidade, através de uma linguagem simbólica de grande obscuridade, do que da transmissão de uma mensagem, como era o caso do profetismo, onde as imagens são, via de regra, simples e objetivas. 
Há um pensamento geral de que a literatura apocalíptica desenvolveu-se, em grande parte, como consequência do desespero em face da situação humana.
Entre os muitos escritos apocalípticos podem ser mencionados os "Oráculos Sibilinos", a "Assunção de Moisés", o "Livro dos Jubileus", as "Histórias de Adão e Eva", o "Apocalipse de Abraão", o "Apocalipse de Sofonias" e a "Oração de José". 
Nenhum deles, contudo, conseguiu atrair para si tamanha atenção como o "Apocalipse" escrito por João, livro que ainda constitui o grande desafio para os estudiosos afeitos a semelhante literatura, em decorrência de seus textos de dificílima interpretação.

O “APOCALIPSE”DE JOÃO

Apocalipse (do grego Apokalypsis) significa "revelação de coisas ocultas''. A temática deste livro tem inspirado inúmeros ilustradores, citando-se, sobretudo, as miniaturas de S. Severo e as gravuras em madeira de Dürer. 
O livro foi escrito pelo apóstolo João (evangelista) quando este se encontrava em Patmos, uma pequena ilha rochosa do Mar Egeu. Não se pode, entretanto, determinar com precisão se o seu desterro ocorreu no reinado de Domiciano ou de Nero. De acordo com o Dr. Joseph Angus, em seu trabalho "História, Doutrina e Interpretação da Bíblia", “a opinião geralmente aceita é que o autor da obra teve aquela maravilhosa visão pelos fins do reinado de Domiciano”. Mas - continua ele -, essa opinião citada por Eusébio e repetida em fins do terceiro século por Vitorino, bispo de Pettau, que escreveu o mais antigo comentário que existe sobre o "Apocalipse", não concorda com a tradição preservada por Tertuliano (220 A.D.), por Jerônimo (378 A.D.) e outros escritores, e pela qual se afirma que João foi desterrado para aquela ilha no “reinado de Nero".
Emmanuel, na obra "A Caminho da Luz", assim se pronuncia a respeito do "Apocalipse" de João: 
 “Alguns anos antes de terminar o primeiro século, após o advento da nova doutrina, já as forças espirituais operam uma análise da situação amargurosa do mundo, em face do porvir”. 
Sob a égide de Jesus, estabelecem novas linhas de progresso para a civilização, assinalando os traços iniciais dos países europeus dos tempos modernos. Roma já não representa, então, para o plano invisível, senão um foco infeccioso que é preciso neutralizar ou remover. Todas as dádivas do Alto haviam sido desprezadas pela cidade imperial, transformada num Vesúvio de paixões e de esgotamentos. O Divino Mestre chama aos Espaços o Espírito João, que ainda se encontrava preso nos liames da Terra, e o Apóstolo, atônito e, aflito, lê a linguagem simbólica do invisível. 
Recomenda-lhe o Senhor que entregue os seus conhecimentos ao planeta como advertência a todas as nações e a todos os povos da Terra, e o velho Apóstolo de Patmos transmite aos seus discípulos as advertências extraordinárias do Apocalipse. Todos os fatos posteriores à existência de João estão ali previstos. É verdade que frequentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pode copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade. As guerras, as nações futuras, os tormentos porvindouros, o comercialismo, as lutas ideológicas da civilização ocidental, estão ali pormenorizadamente entrevistos. E a figura mais dolorosa, ali relacionada, que ainda hoje se oferece à visão do mundo moderno, é bem aquela da igreja transviada de Roma, simbolizada na besta vestida de púrpura e embriagada com o sangue dos santos."
A leitura desta página - tirada da obra lançada em 1939 pela Federação Espírita Brasileira nos conduz ao seguinte posicionamento: 
- A elaboração do "Apocalipse" está circunscrita no século I da Era Cristã. Aliás, o Dr. Joseph Angus levanta duas épocas prováveis: ou 68 a 70 A.D. ou 95 a 96 A.D. 
- O fenômeno mediúnico que possibilitou a elaboração do livro na ilha de Patmos teve a supervisão do próprio Mestre. 
- Foi João o apóstolo que escreveu o último livro da Bíblia, apesar de algumas obras dizerem que o escrito é tradicionalmente atribuído a João, o que, na verdade, levanta certa dúvida no leitor. A "Grande Enciclopédia Delta Larousse" chega a afirmar que muitos estudiosos modernos entendem que João, o autor do livro, não era o mesmo que escrevera o Evangelho e as Cartas, ou seja, as três Epístolas, incluídas no Novo Testamento. 
Na época de Eusébio, o historiador, responsável por várias obras, destacando-se "Questões e Soluções Concernentes à Paixão e Ressurreição do Salvador", acreditava-se ser o "Apocalipse" atribuído a um outro João, contemporâneo do apóstolo, em Efeso. Mas os estudiosos do assunto consideram esta hipótese como "insustentável". Como difícil de ser aceita - alegam - é a teoria de Vischer, discípulo de Harnack, segundo a qual o livro teve origem judaica, foi escrito em hebreu antes da destruição de Jerusalém, sofrendo depois interpolações diversas de acordo com as ideias cristãs e, muitas vezes, atendendo interesses particulares. (Grifo nosso.)
Mas, apesar do que tem sido exposto, pode-se afirmar que foi mesmo João o apóstolo que escreveu o último livro da Bíblia. Recorramos, agora, a um pequeno detalhe. 
Em "Pão Nosso", trabalho ditado por Emmanuel a Francisco Cândido Xavier, no capítulo 122, "Pecado e pecador", antes do comentário do autor espiritual, deparamo-nos com este versículo: 
 “Amado, não sigas o mal, mas o bem. Quem faz o bem, é de Deus; mas quem faz o mal, não tem visto a Deus." 
E logo a seguir: III João, 11, ou seja, Terceira Epístola de João, versículo 11. (Esta Epístola só tem um capítulo.) 
Na mensagem que comenta o referido versículo, há esta frase de Emmanuel que é para nós uma "chave": "O evangelista (João) apresenta conceito justo.". 
Chega-se, pois, à evidência de que o João que escreveu o "Apocalipse" foi o mesmo que escreveu as Epístolas e um dos Evangelhos! 
Como se não fosse suficiente à palavra de Emmanuel, há características bem curiosas, as quais, sendo comuns às obras citadas, deixam perceber a existência de um único autor. Identifiquemos três apenas: 

I - Concessão do título "palavra de Deus" a Jesus ("Apocalipse", 19:13) - No Evangelho de João, 1 :1, nas traduções em português, o termo usado é Verbo. Na versão em Esperanto, vamos encontrar o termo vorto, o qual, consoante o "Grande Dicionário Esperanto-Português", compilado pelo saudoso Prof. Ismael Gomes Braga, tem o sentido geral de palavra; vocábulo. (Para o sentido religioso a tradução será verbo. Já na Primeira Epístola de João, 1 :1, o termo usado é mesmo palavra. 

II - Concessão do título "Cordeiro" a Jesus - Esta designação ocorre 26 vezes no "Apocalipse"; no Evangelho escrito por João, aparece em 1:29 e 36. 

III - O desusado emprego, do termo sangues - Neste particular há uma interessante observação a se fazer. O Dr. Joseph Angus esclarece que no original grego a palavra usada é sangues (no plural), embora nas traduções feitas tenha-se tomado o termo sangue, conforme se verifica em "Apocalipse", 18:24, e no "Evangelho de João", 1:13. 
Outros confrontos poderiam ser feitos. Por exemplo, com os termos vencer, verdadeiro, testemunho, a frase e os que o transpassaram, etc. Para os que desejarem colher maiores detalhes, duas obras são aconselhadas: a "Introduction to the New Testament", vol. II, do Dr. S. Davidson e a "Introduction and Exposition of the Gospel of St. John", do Dr. H. R. Reynolds, no "Pulpit Commentary'' 

CONTEÚDO DO LIVRO ENIGMA

Milton, o sempre lembrado autor de "O Paraíso Perdido",- o descreve como "imagem majestosa de uma alta e imponente tragédia, encerrando e misturando as suas solenes cenas e atos, com o sétuplo coro de aleluias e sinfonias de harpa".
Emmanuel, na apreciação que faz sobre a obra afirma que "o Apocalipse de João tem singular importância para os destinos da Humanidade terrestre".
De uma forma muito genérica o livro pode ser dividido em duas partes. A primeira - capítulos 
1 a 3 - refere-se às coisas que são. A segunda - capítulos 4 a 22 - compreende as coisas que hão de acontecer. 
Se se quiser estabelecer uma divisão mais minuciosa, pode-se dizer que a matéria está encerrada em sete partes:
1ª) as sete epístolas às sete igrejas; 
2ª) os sete selos; 
3ª) as sete trombetas ressonantes; 
4ª) as sete figuras místicas: a mulher vestida de sol; o dragão vermelho; o filho da mulher; a primeira besta que saiu do mar; a segunda besta que se levantou da terra; o Cordeiro no monte de Sião e o semelhante ao Filho do Homem sobre a nuvem; 
5') o derramamento das sete taças; 
6ª) a aniquilação dos inimigos da igreja; 
7ª) as glórias da Cidade Santa, a Nova Jerusalém. 
Trata-se, conforme se pode observar pela leitura do livro, de uma série de visões, traduzidas por meio de imagens simbólicas e uma linguagem figurada. 

A VARIEDADE DAS INTERPRETAÇÕES

No passado, os que estudavam o "Apocalipse" agrupavam-se em torno de um dos seguintes Sistemas: 
Praeterista - Admitia que grande parte das revelações contidas no "Apocalipse" já tinham acontecido. Eram partidários desta opinião Grocio, Hammond, Stuart, Hug, S. Davidson, Farrar, Wetstein, Eichhorn, De Wette, Ewald, Herder, Bleek e F. D. Maurice. 

Histórico - Considerava as revelações como um delineamento dos grandes acontecimentos da História da Terra, desde os tempos apostólicos até o fim do mundo. Destacam-se neste sistema as figuras de Vitringa, Elliott e Bengel.

Futurista - Sustentava que os fatos previstos - em grande parte ou mesmo na sua totalidade - estão reservados para os últimos dias da Humanidade. Tinha a aquiescência de Maitland, Burg, W. Kelly e outros. 

Espiritual ou Ideal- Considerava o livro uma descrição pitoresca do desenvolvimento dos grandiosos princípios que sempre se apresentam em constante conflito, embora sob várias formas e ecléticos no seu caráter. Adotavam este ponto de vista o Bispo Boyd Carpenter, o Prof. Milligan e o Arcediago Lee. 

Hoje em dia, não é fácil enumerar todas as interpretações existentes em torno dos textos do 
"Apocalipse". Elas divergem sensivelmente, consoante este ou aquele autor. A esse respeito o Dr. Joseph Angus é muito claro: 
"Na verdade, se um intérprete (Elliott) vê no sexto selo uma referência a Constantino, outro (Faber) diz que se trata de uma alusão à primeira Revolução Francesa; e, se Bengel vê na estrela que cai do céu um anjo bom, Elliott crê ser ela uma figura de Maomé. Os gafanhotos com o poder dos escorpiões, e que haviam de produzir grande calamidade por cinco meses, significam para Mede cento e cinquenta anos de domínio dos sarracenos, mas para Vitringa significam os godos e para Scherzer, os jesuítas." 
O caso da besta apocalíptica, uma das figuras bem discutidas do livro de João, tem as mais variadas interpretações. Para os adeptos do Sistema Praeterista, o número simbólico 666 corresponderia ao valor numérico das letras hebraicas nas palavras Neron Cesar. O Arcediago Lee no seu livro "Speaker's Commentary" acreditava que a besta apocalíptica seria realmente um infiel que haveria de dominar toda a extensão do velho império romano. Já Cairbar Schutel em um trabalho publicado em 1918 ("Interpretação Sintética do Apocalipse") e Emmanuel em "A Caminho da Luz" (1939) transferem o símbolo do livro-enigma à figura central e dominante da Igreja Romana.

DIFICULDADES NA TRANSMISSÃO DA MENSAGEM EM PATMOS

Reportando-nos ainda à página de Emmanuel em "A Caminho da Luz", observa-se que o querido autor espiritual não deixa de assinalar a dificuldade ocorrida com o sensitivo naquela ilha do Mar Egeu. Ele esclarece: 
"É verdade que frequentemente a descrição apostólica penetra o terreno mais obscuro; vê-se que a sua expressão humana não pôde copiar fielmente a expressão divina das suas visões de palpitante interesse para a história da Humanidade."
Mas, por outro lado, poder-se-ia indagar: estariam os homens aptos a receber do apóstolo João a palavra divina em toda sua clareza? Que consequências adviriam de um relato inteiramente despido de alegorias?
Chega-se, portanto, à conclusão de que tudo tem a sua devida época. 
"A verdade é filha do tempo" - afirmou Gellio, escritor e gramático latino. 
Porque são realmente características em todo o livro de João as instruções divinas e porque todas as suas partes têm um contínuo sabor de "enigmático", o "Apocalipse" continuará a ser a grande motivação deste final de século, quando inúmeras transformações estão preconizadas, tanto pelos estudiosos encarnados, quanto pelos arautos do Além. 
No "Gênesis", primeiro livro da "Bíblia", observa-se a descrição do "paraíso perdido" e o afastamento do homem da "presença de Deus"; no "Apocalipse", nota-se mais do que a conquista do "paraíso": alcança-se, novamente, a comunhão com o Pai, que, de acordo com a revelação divina, jamais terá fim. 
E o livro de Malaquias, último Iivro do Velho Testamento, termina suas advertências com uma frase expressiva: 
- "E converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais; para que eu não venha e fira a terra com maldição." 
Já as últimas palavras do "Apocalipse" são de cariciosa bênção: "-A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós." 
Palavras que, no fecho deste trabalho, as tomamos para nós.

Kleber Halfeld
Reformador (FEB) Janeiro 198

O LADO RUIM DA TRANSIÇÃO PLANETÁRIA



Um caso de estupro coletivo, no dia 16 de dezembro de 2012, dentro de um ônibus na capital indiana, Nova Délhi, vem provocando comoção no país. A vítima foi uma estudante de 23 anos, que morreu após ficar internada.
Cinco passageiros, incluindo o motorista do ônibus no qual ocorreu o ataque, foram presos.
Manifestantes e políticos opositores pressionam governo, que anuncia medidas para aumentar segurança de mulheres.
Uma mulher que sobreviveu a um estupro e, anos depois do ataque, continua lutando por justiça. Ela se juntou aos protestos nas ruas de Nova Délhi – onde houve vários relatos de homens aproveitando a oportunidade para apalpar mulheres. Mas ela disse que ficou surpresa também com o número de jovens homens que intervieram nessas tentativas, ajudando a protegê-la e a suas amigas, formando um círculo ao redor delas caso alguém se aproximasse.
Na Índia, todos os anos, milhares de fetos do sexo feminino são abortados por causa da tradicional preferência por filhos homens. Médicos e enfermeiras são subornados para revelar o sexo das crianças durante a gravidez.
Essa prática vem levando a uma crescente distorção no número de mulheres em relação ao número de homens. E uma das piores distorções é vista na rica zona sul de Nova Déli.
Assim como em um pequeno vilarejo, muitas famílias de classe média também preferem ter um filho homem, que possa herdar seus bens.
Uma das muitas consequências de se ter menos mulheres é o aumento no tráfico para casamentos forçados e prostituição – e o ciclo de abusos continua.
E apesar de o governo da Índia, liderado pelo Partido do Congresso, ter condenado o estupro coletivo da estudante e prometido agilidade no processo judicial, nenhum político até agora abordou as questões culturais mais amplas envolvidas neste caso.
Músicos e diretores de Bollywood se viram repentinamente sob pressão para justificar canções e filmes que retratam as mulheres como objetos sexuais.
Detalhes chocantes do crime e da ação das autoridades relatados em uma entrevista pelo amigo que acompanhava a vítima no dia do estupro deverão encorajar um exame de consciência ainda maior.
E uma imagem não sai da memória nessas últimas semanas – a de um homem indiano em um dos protestos, sentado e com uma vela diante de seus pés, tranquilamente demonstrando solidariedade à jovem brutalmente assassinada.
Ele segurava um cartaz que dizia: "Vamos primeiro olhar para nós mesmos".

Observação de Rudymara: Os sinais da Nova Era não são apenas nascimentos de Espíritos missionários. Como disse Divaldo: “(...)infelizmente, do outro lado o caos. Nunca a crueldade apresentou-se fria e perversa como nos últimos tempos. Onde matar já não basta. Eles querem matar de maneira que choque e aterrorize a sociedade. Então, estes são os sinais.” Espíritos rebeldes estão tendo oportunidade de escolher viver o bem ou o mal. Os que escolherem o mal, não reencarnarão mais aqui. Neste meio tempo, onde uns chegam e outros saem, onde haverá a separação do joio e do trigo, ou seja, nesta peneira simbólica que o Cristo previu que aconteceria no final dos tempos, nos depararemos com "a violência, a sensualidade, a abjeção, os escândalos, a corrupção atingirão níveis dantes jamais pensados, alcançando o fundo do poço, enquanto as enfermidades degenerativas, os transtornos bipolares de conduta, as cardiopatias, os cânceres, os vícios e os desvarios sexuais clamarão por paz, pelo retorno à ética, à moral, ao equilíbrio(...)“ “Como em toda batalha, momentos difíceis surgirão exigindo equilíbrio e oração fortalecedores, os lutadores estarão expostos no mundo, incompreendidos, desafiados por serem originais na conduta, por incomodarem os insensatos que, ante a impossibilidade de os igualarem, irão combatê-los, e padecendo diversas ocasiões de profunda e aparente solidão... Nunca, porém, estarão solitários, porque a solidariedade espiritual do Amor estará com eles, vitalizando-os e encorajando-os ao prosseguimento (...)” - (trecho do livro Transição Planetária).

Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

domingo, 23 de junho de 2013

Agressividade



     Vivem-se, na atualidade, os dias de descontrole emocional e espiritual no querido orbe terrestre.
     O tumulto desenfreado, fruto espúrio das paixões servis, invade quase todas as áreas do comportamento humano e da convivência social.
     Desconfiança sistemática aturde as mentes invigilantes, levando-as a suspeitas infundadas e contínuas, bem como a reações doentias nas mais diversas circunstâncias.
     A probidade cede lugar à avareza, enquanto a simpatia e a afabilidade são substituídas pela animosidade contumaz.
     As pessoas mal se suportam umas às outras, explodindo por motivos irrelevantes, sem significado.
     Explica-se que muitos fatores sociológicos são os responsáveis pelas ocorrências infelizes.
     Apontam-se a fugacidade de todas as coisas, a celeridade do relógio, o medo, a solidão e a ansiedade, como responsáveis pela frustração dos indivíduos, gerando as situações agressivas que os armam de violência e de perversidade.
     A cultura e a ética não têm conseguido acalmar os ânimos, deixando que a arrogância e a presunção enganosas tomem conta dos incautos que se lhes submetem docemente.
     Os relacionamentos sem afetividade real, estimulados por interesses nem sempre nobres, tornam-se em antagonismos, em decorrência de alguma negativa que se torna oportuna e é direcionada ao outro.
      A maledicência perversa grassa nos arraiais dos grupos, minando as bases frágeis das amizades superficiais, e, não poucas vezes, transformando-se em calúnias insidiosas. Mesmo entre as pessoas vinculadas às doutrinas religiosas libertadoras que se baseiam no amor e na caridade, no respeito ao próximo e no culto aos deveres morais, o vício infeliz permanece, destruidor.
     Armando-se de mau humor, não poucos homens e mulheres externam o enfado ou os sentimentos controvertidos em que se consomem, dando lugar a situações vexatórias. Em mecanismo de transferência psicológica atiram os seus conflitos à responsabilidade dos outros, como se estivessem desforçando-se da inveja que experimentam em relação aos mesmos.
     Aumenta, assustadoramente, a agressividade, nestes dias, nos grupos humanos, sem que haja um programa de reequilíbrio, de harmonização individual ou coletiva.
     Trata-se de uma guerra não declarada, cujos efeitos perniciosos atemorizam a sociedade.
      As autoridades dizem-se atadas a dificuldades quase insuperáveis em razão do suborno, do tráfico de drogas, dos desafios administrativos, da ausência de pessoal habilitado para os enfrentamentos, falhando, quase sempre, nas providências tomadas.
     Permanecem desse modo, os comportamentos infelizes nos lares, nos educandários, nas vias públicas, no trabalho...
     A agressividade é doença da alma que deve merecer cuidados muito especiais desde a infância, educando-se o iniciante na experiência terrestre, de forma que possa dispor de recursos para vencer a inferioridade moral que traz de existências transatas ou que adquire na convivência doentia da família...

*
     A agressividade é herança cruel do medo ancestral, que remanesce no Espírito desde priscas eras.
     Não diluído pela segurança psicológica adquirida mediante a fé religiosa, a reflexão, a psicoterapia acadêmica, a oração, domina os recônditos do sentimento e exterioriza-se de forma infeliz na agressividade.
     A ausência dos diálogos domésticos saudáveis entre pais, filhos e cônjuges ou parceiros, que se agridem mutuamente, sempre ressentidos, extrapolam do lar em direção à via pública, transformada em campo de batalha, segue no rumo do local de trabalho, e até aos clubes de recreação, em contínuo destrambelho das emoções.
     Nesse contubérnio afligente, Espíritos irresponsáveis e frívolos aproveitam-se das vibrações deletérias e misturam-se com esses combatentes perturbados, aumentando-lhes a ferocidade e estimulando-lhes os instintos inferiores.
     O resultado são os crimes hediondos, asselvajados, estarrecedores, que aumentam o índice de maldade em razão da ingestão de bebidas alcoólicas, de drogas alucinantes e fatais...
     A civilização contemporânea periclita nos seus alicerces materialistas, ameaçada pela agressividade e pelo desrespeito moral que assolam sem freio.
     Sem dúvida, estudiosos do comportamento, educadores sinceros e devotados, religiosos abnegados, pensadores sensatos e sociólogos lúcidos vêm investindo os seus melhores recursos na construção da nova mentalidade saudável, em tentativas ainda não vitoriosas para a reversão do quadro aparvalhante, confiantes, no entanto, nos resultados futuros.
     O progresso moral é lento e exige sacrifícios de todos os cidadãos que aspiram pela felicidade e pela harmonia na Terra.
     As respeitáveis contribuições da Ciência e da Tecnologia, valiosas, sob qualquer aspecto consideradas, respondem por muitas modificações das estruturas ultramontanas, suprimindo a ignorância e o primitivismo. Nada obstante, também são usadas para o crime de várias denominações, especialmente através dos veículos da mídia: os periódicos, a Internet, a televisão, assim como o teatro e o cinema, com a sua complexa penetração nas massas, às vezes, usados vergonhosamente e sem qualquer controle, oferecendo campo de vulgaridades e informações que preparam delinquentes e viciosos...
     A rigor, com as nobres exceções existentes, a sociedade moderna encontra-se enferma gravemente, necessitando de urgentes cuidados, que o sofrimento, igualmente generalizando-se, conseguirá, no momento próprio, oferecer a recuperação, o reencontro com a saúde após a exaustão pelas dores...
     Instala-se, desse modo, lentamente, o período da paz, da brandura, da fraternidade.
     Sofrido, o ser humano ver-se-á compelido a fazer a viagem de volta às questões simples e afáveis, à amizade e à ternura, qual filho pródigo de retorno ao lar paterno após as extravagantes experiências que se permitiu.
     Que se não demorem esses dias, que dependerão do livre-arbítrio dos indivíduos em particular e da sociedade em geral, embora o progresso seja inevitável, apressando-se ou retardando-se em razão das opções humanas.

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     A agressividade ingeliz é doença passageira, embora os grandes danos que produz, cedendo lugar à pacificação.
     Torna dócil a tua voz, nestes turbulentos dias de algazarra, e gentis os teus gestos ante os tumultos e choques pessoais...
     Com sua sabedoria ímpar, Jesus assinalou: Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a Terra.(*)
     Suavemente permite que a mansidão domine os territórios das tuas emoções, substituindo esses infelizes mecanismos da inferioridade moral pelos abençoados valores da verdade.

(*) Mateus 5-5 - Nota da autora espiritual.

Franco, Divaldo Pereira. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 15 de março de 2010, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.