terça-feira, 30 de junho de 2015

Por que tanta violência?



Há um aumento significativo da violência nos centros urbanos. Será que a Humanidade está passando por um retrocesso nos caminhos da evolução?
Ninguém retrograda. Apenas revela-se, ou seja, mostra-se quem realmente é. A incidência maior dessas ocorrências decorre da reencarnação de multidões de Espíritos em estágios primários de evolução. Mas não devemos desanimar, porque neste século veio, através da reencarnação, uma grande equipe de espíritos missionários.
Há crimes chocantes, cometidos com requintes de perversidade. A que atribuir esse comportamento?
À ausência do senso moral. São Espíritos ainda dominados por instintos, sem noção razoável do bem e do mal. Obedecem aos seus impulsos, roubando, matando e lesando sem nenhum constrangimento. Desconhecem o que seja sentir culpa ou remorso.
Podemos dizer, então, que parte da população é composta de Espíritos moralmente subdesenvolvidos? Sem dúvida.
A que o Espiritismo atribui o mundo de hoje, as confusões, guerras e outras coisas mais?
A civilização cresceu muito na ordem horizontal do progresso, que é o progresso tecnológico. Mas esqueceu de crescer verticalidade, que são os valores ético-morais. Nesse crescimento avassalador muitos danos aparecem, e volumosamente. Decerto, a Humanidade não está pior do que aquela de épocas recuadas. Ocorre que, com o crescimento demográfico, com a facilidade da Informática, dos meios de comunicação, nós recebemos informações maciças e muito expressivas, que nos dão uma ideia desagregadora do comportamento humano. Isto, porque, lamentavelmente, os valores positivos ainda não tem merecido muito destaque nas programações dos periódicos, na televisão, nas rádios; isso, sem qualquer crítica de nossa parte. O bem não impacta; infelizmente, a tragédia, sim. O amor sensibiliza por um pouco, mas o infortúnio deprime por muito tempo. Nunca houve no mundo tanta bondade como hoje. O mal aparente está, somente, numa minoria. Uma minoria militante do desequilíbrio. Uma minoria que faz muita zoada.
Por que tantas pessoas acham necessária a volta do Cristo?
Porque ainda não entendemos a mensagem por Ele vivida. Se houvéssemos entendido, não entraríamos em conflito com os nossos irmãos que estagiam nas diversas partes do mundo, membros da mesma família Universal. E na verdade, o retorno do Cristo, a Sua segunda vinda já ocorreu, através do Espírito de Verdade, conforme está escrito em o Evangelho de João, quando se refere ao Consolador, que para nós espíritas é a Doutrina Espírita.
Qual a solução que a Doutrina Espírita apresenta para a violência tão crescente nas cidades?
A educação. O Espiritismo, essencialmente educativo, conclama-nos ao amor e à instrução que poderão formar uma nova mentalidade entre os homens. A violência é o fruto espúrio da ignorância humana. Remanescente da agressividade animal explode em a natureza graças às bases do egoísmo, o câncer moral que carcome o organismo social. O antídoto do egoísmo é o altruísmo (amor ao próximo, abnegação). Por consequência, a melhor maneira de tornar uma sociedade justa e altruísta é a educação das gerações novas. Sabendo que, através da educação, formaremos caracteres saudáveis, deveremos investir tudo nesta obra libertadora, que é uma das mais elevadas expressões da caridade.

Nesse quadro mundial de fome e miséria, o que o Espiritismo espera do Terceiro Milênio?
Nós acreditamos que no 3º Milênio haverá uma grande transformação. As pessoas mais apressadas do nosso movimento acreditaram que no dia 1º de janeiro de 2000, os homens e mulheres estariam, todos, se abraçando, fraternalmente. Foi uma utopia. O processo de evolução é muito lento e costumamos dizer que, até o dia 31 de dezembro de 2999, ainda estaremos no 3º Milênio. Então, nós vemos que haverá um contínuo desenvolvimento do sofrimento até que o homem se dará conta de que este caminho não é o melhor, mas ele ainda não sabe, porque seu egoísmo não deixa. Do ponto de vista da reencarnação nós acreditamos que chegará o momento em que esses espíritos indiferentes e perversos já não encarnarão na Terra, irão para mundos inferiores. Então, o progresso se dará, naturalmente, porque, desaparecendo essas lideranças frias, os homens novos, no bom sentido da palavra, idealista e afáveis construirão uma sociedade mais justa porque compreenderão que a sua felicidade é a felicidade do próximo.
Então, a humanidade não está pior?
Fomos criados para evoluir, nunca para retroceder. A Humanidade não está pior do que aquela de épocas recuadas. Ocorre que, com o crescimento demográfico, com a facilidade da Informática, dos meios de comunicação, nós recebemos informações maciças e muito expressivas, que nos dão uma ideia desagregadora do comportamento humano. Isto, porque, lamentavelmente, os valores positivos ainda não tem merecido muito destaque nas programações da televisão, das rádios, etc. O bem não causa impacto; infelizmente, a tragédia, sim. O amor sensibiliza por um pouco, mas o infortúnio deprime por muito tempo. Nunca houve no mundo tanta bondade como hoje. O mal aparente está, somente, numa minoria militante do desequilíbrio. Uma minoria que faz muito barulho. Mas, neste século veio uma grande equipe de espíritos missionários para ajudar.

Divaldo, você poderia dar-nos uma mensagem de paz e esperança com extensão a todos os nossos leitores?

Nunca houve tanto amor na Terra, como hoje, embora as aparências informem o contrário. Jamais, na Terra, tantos se preocuparam com outros tantos, como agora. Os laboratórios de pesquisa, na área da saúde, estão repletos de missionários do amor, procurando debelar males que afligem centenas de milhões de indivíduos. Missionários da caridade e do conhecimento proliferam em todo lugar, conhecidos uns, anônimos outros, proclamando a excelência do Bem. Jamais houve tantos Organismos Internacionais preocupados com o bem das criaturas e da Humanidade, multiplicando-se, cada vez mais. A juventude, ainda aturdida pelo desequilíbrio dos adultos, caminha buscando afirmações e espaços para realizar-se. A promiscuidade e o despautério que nos visitam, chocam-nos, parece-me que são efeitos dos nossos atos anteriores de hipocrisia. Saturados de prazeres, logo mais, seremos convidados a uma revisão de conteúdo dos nossos anseios e voltaremos algo arrebentados, ao equilíbrio e a buscas mais preciosas. Assim, confiemos no amor, amando a todos, indistintamente, mesmo aqueles que, por prazer mórbido e vitimados por psicopatologias que fingem ignorar, nos perseguem, caluniam, impossibilitados de superar-nos. Consideremo-los nossos irmãos necessitados e, sem revidar, espalhemos a simpatia, o otimismo e a esperança que dominarão a Terra, logo mais. Vale a pena confiar no Bem e vivê-lo, conforme a Doutrina Espírita: “Fora da caridade não há salvação”.

O que dizer às pessoas que estão sofrendo muito, em certos casos curtindo amargas provas cármicas que as induziram à desesperança?

Tudo na vida é transitório, só o Espírito é eterno. No amor, no sofrimento edificante, entrosamo-nos com a obra da criação. O amor, sendo “hálito de Deus”, é a alma da vida e a vida da alma. Através dele iremos minimizar nossos padecimentos pela prática das diversas formas de caridade, pulverizando nossas dívidas acumuladas em vidas passadas. Tenhamos paciência para com tudo o que, apesar de nossos esforços, não pôde ou não pode ser edificado, conscientizando-nos, sempre mais, de que nossa vida não começou no berço e não findará no túmulo. Peçamos a Deus discernimento em nossas horas de turvação para que não agravemos nossos males. Aprendamos a ver na fé e no ato de conviver, harmoniosamente, com o próximo, principalmente com nossos familiares e consanguíneos, uma graça do amparo de Deus. O ato de servir ao nosso semelhante é para o que serve um privilégio ofertado pela Divina Providência. A estrada é estreita, larga deve ser a nossa fé. Reacendamos luzes de esperança nos recantos sombreados da alma. Vençamos o desespero com a prece e a vigilância, reparando mais nas coisas eternas que nas imediatas, convictos, sempre, de que não há, não pode haver injustiça nas Oniscientes Leis Divinas. 

(Respostas de Divaldo Franco e Richard Simonetti).



Decisão de ser Feliz



“(...) A vida é bênção e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a injunção libertadora de provas e expiações.
Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e enso­larados todos os teus dias.”

Joanna de Ângelis
Divaldo P. Franco
Livro – Momentos de Saúde e de Consciência


Degraus da vida


Comparamos o mundo a grande instituto de ensino.
Aceita a existência no Planeta, por estágio educativo de que necessitas, ainda mesmo quando te reconheças na condição de doente, sob regime de internação em alguma das enfermarias da escola.
Nasceste no lugar mais indicado aos ensinamentos de que precisas e no grupo familiar que mais se te aconselha ao currículo de lições.
O corpo físico é a carteira de recursos a que te prendes, para efeito de preparo e burilamento.
A religião do teu clima doméstico é a classe de iniciação na Espiritualidade Maior, da qual podes seguir indefinidamente para diante, no rumo dos mais elevados conhecimentos... Faze, pois, da ideia de Deus que já possuas o caminho da própria ascensão.
Elege no trabalho a tua bênção de cada dia.
Compreendamos que o bem é a execução da Lei Divina, a estabelecer a felicidade dos outros, com a mesma justiça com que a estabelece para cada um de nós. E o mal é a tribulação que, porventura, estejamos impondo à existência do próximo.
Dever é rotina de instrução.
Disciplina é condição de êxito.
Dificuldade é exercício de aperfeiçoamento.
Conflito é aula de reequilíbrio.
Tentação é repetência de testes nos quais já falimos, em nos referindo às reencarnações passadas.
Obstáculo é desafio para a melhora de resistência.
Solidão é pausa de reajuste.
Menosprezo de pessoas queridas é convite ao aprendizado do amor genuíno.
Contratempos se definem por avisos salutares no serviço a fazer.
A não ser para auxiliar desinteressadamente, não procures tanto saber o que sucede no curso dos colegas e dos vizinhos, porque, de volta ao Lar Maior, responderás essencialmente por ti. A vista disso, não olvides que ninguém se eleva sem elevar-se na vida pelos degraus da lei de elevação.

EMMANUEL


CALMA E AUXÍLIO


Trabalha sempre, mas não desprezes a calma em que te retomes a fim de pensar com acerto.
Isso é da própria natureza.
O rio para mover a usina do progresso exige a represa em que as águas estacionam no impacto de forças tecnicamente organizadas.
Conserva a entrada do coração acessível a todos os companheiros que te cerquem, tantos deles agoniados, a te rogarem concurso e consolação.
Que o teu sorriso seja o porteiro dos teus sentimentos, encorajando-lhes as energias.
Em torno de ti, enxameiam os tristes, os torturados, os infelizes, os desorientados e todos aqueles que, por falta de fé, se transviaram no torvelinho do desespero.
Repontam de tua própria casa do teu grupo de serviço, do bairro em que reside e da cidade em que te situas.
Sê para eles um refúgio de paz e de esperança.
Aprende a ouvir com paciência para que possas esclarecer com discernimento e serenidade.
Se te afliges com o problema que te trazem, entrega a questão a Deus e mantém-te disponível, para que não te prives da oportunidade de auxiliar.
Guarda a diligência sem pressa e oferece a todos os que te busquem o reconforto de que necessitem, a fim de seguirem adiante.
Assim compreenderás, com a bênção da calma em ti mesmo, que prosseguirás com o ensejo de construir incessantemente no bem dos semelhantes, reconhecendo que o tempo, na vida de cada um de nós, é uma doação preciosa de Deus.
Se aceitaste Jesus por mestre da vida, trazes contigo a chama capaz de acender a fé nos companheiros que vagueiam no mundo, à maneira de lágrimas apagadas.
Prossegue amando.

MEIMEI

CHICO XAVIER

HIGIENE ESPIRITUAL



        Ante os detritos da maledicência, usemos a vassoura das boas palavras.
        Ante o lixo do sarcasmo, cavemos a fossa do silêncio.
        Ante os vermes da crueldade, mobilizemos os antissépticos do socorro cristão.
        Ante o vírus da cólera ou da irritação que nos defrontam nas frases ou nas atitudes alheias, pratiquemos a profilaxia da prece.
        Ante os tóxicos do pessimismo negrejante, acendamos a claridade do bom ânimo.
        Ante o veneno da ociosidade, mobilizemos os nossos recursos de serviço.
        Ante as serpes da incompreensão, realizemos mais vasto plantio de caridade.
        Ante os micróbios da desconfiança, incentivemos a nossa sementeira de boa-vontade e fé.
        Ante a erva sufocante dos conflitos de opinião, refugiemo-nos na boa vontade para com todos, que procura garantir o bem, acima de tudo.
        Ante as perigosas moléstias do amor próprio ferido, a expressar-se no corpo e na alma, através de mil modos,  pratiquemos o perdão
incondicional e incessante.
        Jesus não é somente o nosso Divino Orientador.
        É também o Divino Médico de nossa vida.
        Procuremos, pois, no Evangelho, as justas instruções para a nossa higiene espiritual e alcançaremos a harmonia para sempre.

 André Luiz
Francisco Cândido Xavier

Livro: Relicários de Luz

sexta-feira, 26 de junho de 2015

D e s a f i o s


Divaldo Franco, Professor, médium e conferencista
Nunca antes o ser humano enfrentou tantos desafios quanto na atualidade. Os avanços tecnológicos e todas as comodidades, que possibilitam a facilidade de comunicação, a aquisição de conhecimentos complexos e refinados, não conseguiram tornar o ser humano mais pacífico e mais fraterno. Em alguns casos, deu-se exatamente o contrário, por estimular-lhe os valores negativos que permaneciam ocultos nos conflitos e que agora explodem com mais facilidade. As ambições tornaram-se-lhe maiores, as falsas necessidades impuseram-se como primordiais e a busca de distrações incessantes tem-no afastado dos deveres que devem viger na sua agenda de realizações.
Nesse báratro, a insatisfação e o vazio existencial assumem proporções imprevisíveis, dando lugar ao crescimento da violência de todo jaez, que ameaça as estruturas sociais, e da indiferença por si mesmo, assim como pela sociedade. O ego exorbita e o individualismo alucina. Quanto mais se tem, mais se deseja, numa sofreguidão sem precedentes, como se o significado da existência fosse o prazer, o divertimento, o gozo momentâneo, que não preenchem as necessidades emocionais da harmonia íntima.
Hipnotizado pela ilusão, transita na incessante busca das satisfações pessoais, sem qualquer respeito pelas lutas empreendidas pelo seu próximo, não se importando com os embaraços que tal comportamento propicia aos demais. Certamente há exceções valiosas, que são a esperança de um futuro melhor, com mais segurança e equilíbrio.
Não obstante essa correria desesperada para lugar nenhum, quando já não se acredita nos valores éticos-morais, vale a pena a permanência nos ideais de enobrecimento e de dignidade, que são alicerces para a estruturação da existência feliz. Os descalabros e escândalos, que se sucedem e desanimam aqueles que confiam no direito e no dever, são transitórios e assinalam o estágio de atraso espiritual em que ora transitamos, valendo porfiar no bem sem receio.

Divaldo Franco escreve quinta-feira, quinzenalmente.

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 21-05-2015.

A outra janela


A menina, debruçada na janela, trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor, causado pela morte do seu cão de estimação.
Com pesar, observava atenta o jardineiro a enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.
O avô, que observava a neta, aproximou-se, envolveu-a num abraço e falou-lhe com serenidade: Triste a cena, não é verdade?
A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.
No entanto, o avô, que sinceramente desejava confortá-la, chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-a pela mão e a conduziu até uma janela opostamente localizada na ampla sala.
Abriu as cortinas e permitiu que ela visse o imenso jardim florido à sua frente, e lhe perguntou carinhosamente: Está vendo aquele pé de rosas amarelas, bem ali à frente? Lembra-se de que me ajudou a plantá-lo? Foi num dia de sol como o de hoje, que nós dois o plantamos.
Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos, e hoje... Veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas!
A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso.
Mostrou as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre uma e outra e as tantas rosas de variados matizes, que enfeitavam o jardim.
O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor, falou-lhe com afeto: Veja, minha filha, a vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza, sem que possamos alterar-lhe o quadro, voltemo-nos para outra, e certamente nos depararemos com uma paisagem diferente.
* * *
Tantos são os momentos felizes que se desenrolam em nossa existência. Tantas oportunidades de aprendizado nos visitam no dia-a-dia, que não vale a pena chorar e sofrer diante de quadros que não podemos alterar.
São experiências valiosas das quais devemos tirar as lições oportunas, sem nos deixar tragar pelo desespero e pela revolta, que só infelicitam e denotam falta de confiança em Deus.
A nossa visão do mundo ainda é muito limitada, não temos a capacidade de perceber os objetivos da Divindade, permitindo-nos momentos de dor e sofrimento.
Mas Deus tem sempre objetivos nobres e uma proposta de felicidade a nos aguardar.
* * *
Se hoje você está a observar um quadro desolador, lembre-se de que existem outras tantas janelas, com paisagens repletas de promessas de melhores dias.
Não se permita contemplar a janela da dor. Aproveite a lição e siga em frente com ânimo e disposição.
O sofrimento que hoje nos parece eterno, não resiste a força das horas que a tudo modifica.
A luz sempre vence as trevas, basta que tenhamos disposição íntima e coragem de voltar-nos para ela.
Agindo assim, o gosto amargo do sofrimento logo cede lugar ao sabor agradável de viver, e saber que Deus nos ampara em todos os momentos da nossa vida.

Redação do Momento Espírita. 

Cólera perversa


“(...) Trabalha-te nos sentimentos, valorizando a paciência, a resignação, a coragem diante dos enfrentamentos e a alegria de viver, de forma que a saúde integral se te instale no íntimo, proporcionando-te bem-estar constante.”

Joanna de Ângelis
Divaldo Franco

Livro – O Amor como Solução 

Comece Bem o Dia



Senhor Jesus!
Nós te agradecemos:
Pela coragem de facear as dificuldades criadas por nós mesmos;
Pelas provas que nos aperfeiçoam o raciocínio e nos abrandam o coração;
Pela fé na imortalidade;
Pelo privilégio de servir;
Pelo dom de saber que somos responsáveis pelas próprias ações;
Pelos recursos nutrientes e curativos que trazemos em nós próprios;
Pelo conforto de reconhecer que a nossa felicidade tem o tamanho da felicidade que fizermos para os outros;
Pelo discernimento que nos permite diferenciar aquilo que nos é útil daquilo que não nos serve;
Pelo amparo da afeição no qual as nossas vidas se alimentam em permuta constante;
Pela bênção da oração que nos faculta apoio interior para a necessária solução de nossos problemas;
Pela tranquilidade de consciência que ninguém consegue subtrair-nos...
Por tudo isso, e por todos os demais tesouros, de esperança e de amor, de alegria e de paz, de que nos enriqueces a existência, Sê bendito, Senhor!... ao mesmo tempo que te louvamos a Infinita Misericórdia, hoje e para sempre.

Emmanuel

Chico Xavier

Oração de reconhecimento


Oh! Deus!
Por que será que insisto em buscar-Te lá fora,
se devo procurar-Te aqui dentro?
Quando Te encontro, és sempre pequeno, pois
não tenho deixado espaço para cresceres
em mim, em minha vida.
Descubro-Te frágil em teu poder, sem perceber
que em meus anseios não domesticados ainda
não aprendi a reconhecer e valorizar Tua vontade.
Sinto dificuldade em comunicar-me contigo,
minha cabeça está mais voltada às ocupações
do imediatismo, quando Tu, por Tua eternidade,
trabalha com o infinito como padrão.
Desculpa-me Senhor, pois quando tudo e tanto
tenho a agradecer, apenas me limito
a reconhecer minhas limitações.
Mas como sei que as conhece também, sei que
estás em mim, vibrando para que Te ouça,
para que Te sinta, para que Te viva.
Assim, não quero Te pedir nada que não seja
força para viver, coragem para lutar,
perseverança para vencer no bem e resistência
para renegar o mal. Com isso vencerei sempre,
pois reconhecerei Tua vontade, sentirei Tua
grandeza e fortaleza- em mim, no mundo
e na vida- e contigo me comunicarei com
facilidade, como consigo, mesmo sem Te buscar,
todas as vezes quando estou pensando
ou agindo no bem!
Viver o amor verdadeiro é estabelecer a maior
ligação entre a criatura e o Criador.


Jacob Melo

PRECE DA LUZ


"Senhor...
Clareia-nos o entendimento, a fim de que conheçamos em suas consequências os caminhos já trilhados por nós; entretanto, faze-nos essa concessão mais particularmente para descobrirmos, sem enganos, as estradas mais retas que nos conduzem à integração com os teus propósitos.
Alteia-nos o pensamento, não somente para identificarmos a essência de nossos próprios desejos, mas, sobretudo, para que aprendamos, a saber, quais os planos que traçaste a nosso respeito.
Ilumina-nos a memória, não só de modo a recordarmos com segurança as lições de ontem, e sim, mais especialmente, a fim de que nos detenhamos no dia de hoje, aproveitando-lhe as bênçãos em trabalho e renovação.
Auxilia-nos a reconhecer as nossas disponibilidades; todavia, concede-nos semelhante amparo, a fim de que saibamos realizar com ele o melhor ao nosso alcance.
Inspira-nos, ensinando-nos a valorizar os amigos que nos enviaste; no entanto, mais notadamente, ajuda-nos a aceitá-los como são sem exigir-lhes espetáculos de grandeza ou impostos de reconhecimento.
Amplia-nos a visão para que vejamos em nossos entes queridos, não apenas pessoas capazes de auxiliar-nos, fornecendo-nos apoio e companhia, mas, acima de tudo, na condição de criaturas que nos confiaste ao amor, para que venhamos a encaminhá-los na direção do bem.
Ensina-nos a encontrar a paz na luta construtiva, o repouso no trabalho edificante, o socorro na dificuldade e o bem nos supostos males da vida.
Senhor...
Abençoa-nos e estende-nos as mãos compassivas, em tua infinita bondade, para que te possamos perceber em espírito na realidade das nossas tarefas e experiências de cada dia, hoje e sempre.
Assim seja”.


Emmanuel

A Psicologia da oração


“(...) Convidado a ensinar aos Seus discípulos a melhor maneira de expressar a oração, Jesus foi taxativo e gentil, propondo a exaltação ao Pai em primeiro lugar, logo após as rogativas e a gratidão, dizendo:
– Pai Nosso, que estais nos Céus...
Entrega-te, pois, a Deus, e nada te faltará, pelo me­nos, tudo aquilo que seja importante à conquista da harmo­nia mediante a aquisição da saúde integral.”

Joanna de Ângelis
Divaldo Franco

Livro – Rejubila-te em Deus

Finalidade das Aflições


“(...) Certamente ninguém atravessa a existência corporal sem experimentar aflições. No entanto, recebê-las com discernimento e valor, é o dever que faculta ao aflito a bem-aventurança.
Desse modo, envida todos os esforços possíveis para solucionar os teus problemas e acalmar-te.
Além das tuas possibilidades surgem os recursos de Deus, que ignoras.
Ele sabe o que é de mais útil para ti, embora, na dor, te pareçam tais providências, muito penosas.”

Joanna de Ângelis
Divaldo Franco

Livro – Vigilância, pp. 72/73– Editora – LEAL

Plataforma do Mestre



"Ele salvará seu povo dos pecados deles." - (MATEUS, 1:21.)

Em verdade, há dois mil anos, o povo acreditava que Jesus seria um comandante revolucionário, como tantos outros, a desvelar-se por reivindicações políticas, à custa da morte, do suor e das lágrimas de muita gente.
Ainda hoje, vemos grupos compactos de homens indisciplinados que, administrando ou obedecendo, se reportam ao Cristo, interpretando-o qual se fora patrono de rebeliões individuais, sedento de guerra civil.
Entretanto, do Evangelho não transparece qualquer programa nesse sentido.
Que Jesus é o Divino Governador do Planeta não podemos duvidar. O que fará Ele do mundo redimido ainda não sabemos, porque ao soldado humílimo são defesos os planos do General.
A Boa Nova, todavia, é muito clara, quanto à primeira plataforma do Mestre dos mestres. Ele não apresentava títulos de reformador dos hábitos políticos, viciados pelas más inclinações de governadores e governados de todos os tempos.
Anunciou-nos a celeste revelação que Ele viria salvar-nos de nossos próprios pecados, libertar-nos da cadeia de nossos próprios erros, afastando-nos do egoísmo e do orgulho que ainda legislam para o nosso mundo consciencial.
Achamo-nos, até hoje, em simples fase de começo de apostolado evangélico - Cristo libertando o homem das chagas de si mesmo, para que o homem limpo consiga purificar o mundo.
O reino individual que puder aceitar o serviço liberatório do Salvador encontrará a vida nova.

Pelo Espírito Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Vinha de Luz. 14.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1996. Capítulo 174.

Dor Reparação



“(...) Ninguém passa pela Terra sem a presença da agonia, que sempre surge para cada um consoante à necessidade do resgate em que se encontra incurso.
Imposto o compromisso de restauração, os mecanis­mos das Divinas Leis se apresentam automaticamente.
Mantém-te em paz íntima, na tua dor.
A rebeldia torna-a insuportável; a desesperação fá-la maior do que é; o desânimo conspira contra a sua supera­ção; a mágoa apresenta-a mais rude...
Se a aceitares, porém, como fenômeno natural, logo a vencerás com trunfos de luz.

Joanna de Ângelis
 Divaldo P. Franco

Livro - Desperte e Seja Feliz, 12ª ed. – p 92, editora- LEAL

Pensamentos



“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai.” – Paulo. (Filipenses, 4:8.)


Todas as obras humanas constituem a resultante do pensamento das criaturas. O mal e o bem, o feio e o belo viveram, antes de tudo, na fonte mental quê os produziu, nos movimentos incessantes da vida.
O Evangelho consubstancia o roteiro generoso para que a mente do homem se renove nos caminhos da espiritualidade superior, proclamando a necessidade de semelhante transformação, rumo aos planos mais altos. Não será tão-somente com os primores intelectuais da Filosofia que o discípulo iniciará seus esforços em realização desse teor. Renovar pensamentos não é tão fácil como parece à primeira vista. Demanda muita capacidade de renúncia e profunda dominação de si mesmo, qualidades que o homem não consegue alcançar sem trabalho e sacrifício do coração.
É por isso que muitos servidores modificam expressões verbais, julgando que refundiram pensamentos. Todavia, no instante de recapitular, pela repetição das circunstâncias, as experiências redentoras, encontram, de novo, análogas perturbações, porque os obstáculos e as sombras permanecem na mente, quais fantasmas ocultos.
Pensar é criar. A realidade dessa criação pode não exteriorizar-se, de súbito, no campo dos efeitos transitórios, mas o objeto formado pelo poder mental vive no mundo íntimo, exigindo cuidados especiais para o esforço de continuidade ou extinção.
O conselho de Paulo aos filipenses apresenta sublime conteúdo. Os discípulos que puderem compreender-lhe a essência profunda, buscando ver o lado verdadeiro, honesto, justo, puro e amável de todas as coisas, cultivando-o, em cada dia, terão encontrado a divina equação.


Médium: Francisco Cândido Xavier

Espírito: Emmanuel
Livro: Pão Nosso

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Aula de Evangelização: HUMILDADE


Objetivo: Conscientizá-los da importância que a humildade tem na elevação da criatura humana e do fato de que todos têm sua relevância no universo. Ajudá-los a ver que não existe superioridade verdadeira de um sobre o outro, só por causa da função exercida, do dinheiro, da posição ou das aparências.
1. Prece;
2. Colocar para eles a historinha "O burro de carga", faixa cinco do CD "Momento espírita para crianças", volume I.
* Verificar o entendimento da história. Em seguida, perguntar o que acharam da atitude do cavalo árabe, do inglês, do alemão, do jumento espanhol, do burro de carga e do rei.
2.1. Que sentimento levava os outros animais a tratarem mal o burrinho de carga? E este, por que não reagia?
* Ajudá-los a perceber que eles se sentiam muito superiores a ele. Esse sentimento tem o nome de orgulho. Já o burro que era humilhado era humilde, tinha consciência das suas fraquezas e não desprezava ninguém.
Ele não era simplesmente um fraco, como pensavam. Não reagia porque sabia ser falsa ou exagerada às acusações e passageira a glória dos outros.
2.2. Trazendo para nossa vida essa história, quem o rei e o burrinho representam?
* Ouvir e comentar respostas. Auxiliá-los a ver que o rei pode ser entendido como Deus e o burrinho como aquela pessoa humilde e trabalhadora, disposta à tarefa do bem a qualquer tempo.
2.3. Perguntar-lhes: na opinião de vocês, por que os outros animais contavam tanta vantagem a respeito de si mesmos?
* Após as respostas das crianças, comentar que provavelmente eles mesmos não estavam muito certos de terem as virtudes que alardeavam. Quando ficamos contando vantagem sobre alguma virtude, frequentemente queremos convencer a nós mesmos de que a temos. Quem é de verdade não precisa dizer: os outros simplesmente vêem. Assim, quem é inteligente de fato não precisa dizer que é, porque qualquer um pode perceber isso; quem é honesto, responsável ou bondoso não necessita gritar isso, ou tentar convencer os outros de que é muito menos desmerecer os méritos alheios para elevar os seus. Se as virtudes forem verdadeiras, elas se imporão por si. Observar que, muitas vezes, aquele que faz propaganda de uma virtude tem pouco mais do que ela de que se orgulhar.
3. Pedir que dêem exemplos de atitudes humildes.
* Após ouvi-los, dar alguns exemplos: reconhecer que nós também erramos.
Há muitas pessoas que pensam que os outros erram, mas que elas estão sempre certas. Em uma discussão, raramente conseguem perceber que o outro pode ter alguma razão. Em várias situações na vida, acham que a culpa pelos problemas é sempre de outras pessoas ou de Deus. Pedir desculpas, mesmo que não estiver totalmente convencido de que errou. Às vezes, erramos sem querer e não notamos, mas outras pessoas nos mostram nosso equívoco e é nosso dever moral pelo menos nos desculpar. Tratar com respeito àqueles que, teoricamente, são inferiores a nós. Se, em uma matéria, somos muito melhores que um nosso colega, não é certo que fiquemos "jogando isso na cara dele". Não ficar falando para os outros que somos isso e aquilo de bom. Tratar os que têm menos que a gente com o mesmo respeito que gostaríamos de ser tratados pelos que têm mais.
Aceitar ajuda - ninguém consegue fazer tudo sozinho. Reconhecer que não sabemos alguma coisa. Ouvir o que os outros estiverem falando. Mesmo que, em nossa opinião, eles estiverem falando besteira, pode ser que algo de proveitoso tenham a expor.
3.1. Pedir que citem atitudes orgulhosas.
* Todas as contrárias às que citamos no item acima, além de outras, tais como olhar com desprezo para uma pessoa mal vestida, não aceitar fazer um trabalho tido como inferior, como lavar vasos sanitários ou louças, não admitir críticas, não admitir nossa própria inferioridade. Não acreditar em Deus é um ato de extremo orgulho, porque faz com que a pessoa se julgue superior, sem ninguém acima dela. Querer que todos
tenham a nossa opinião. Achar que nossa palavra não pode ser contestada, que os outros devem fazer tudo como nós fazemos ou mandamos. Tratar as pessoas como se não precisássemos delas. Achar que os outros não merecem ter coisas boas que nós temos.
4. Existe vantagem em ser humilde? Qual?
* A pessoa humilde evolui mais depressa, porque reconhece seus defeitos e isso é o primeiro passo para os eliminar. A humildade leva a pessoa a cultivar outras virtudes, como o respeito, a paciência, a tolerância e a compreensão dos erros dos outros, esta porque sabemos sermos nós mesmos cheios de falhas. O humilde aceita com mais facilidade a vontade de Deus, o que faz com que seja mais tranquilo para ele cumprir sua missão aqui na Terra.
Por outro lado, o orgulhoso mente para si mesmo, porque se acredita muito melhor do que verdadeiramente é. Ele pode ofender muitas pessoas no caminho, porque seu orgulho não lhe permite ver que elas não são seres inferiores, que merecem ser tratados como tal. Aquele que alimenta o orgulho tem dificuldades na convivência com os outros, além de preparar para si mesmo momentos de sofrimentos, sendo vários deles ligados à percepção de quem realmente são, que muitas vezes vem de forma amarga.
Quem é humilde sabe servir ao próximo. Isso contribui não só para a evolução daquele que serve, mas também para a melhoria do planeta, para a paz na Terra.
5. Pedir que citem o nome de alguma pessoa muito humilde que conheçam ou de quem já tenham ouvido falar.
* Conduzi-los à percepção de que Jesus, além de ensinar a humildade através das palavras, exemplificou-a o tempo todo. Ele, o maior homem que já passou pela Terra, não humilhou ninguém com seu poder, com sua superioridade. Poderia, certamente, ter escolhido nascer rico, em meio a ouro e roupas bonitas. Teria todas as possibilidades de assumir o poder, de mandar nas pessoas da época, se assim quisesse. Se fosse orgulhoso, não quereria andar no meio de pobres, prostitutas, cegos e estropiados.
Não trataria a todos como seus iguais. Não chamaria a todos de irmãos, nem se curvaria diante do que percebia ser a vontade do Pai.
O Mestre nos disse que "Bem-aventurados são os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus". Quis dizer com isso que a felicidade é para os humildes, aqueles que não procuram rebaixar os outros, que sabem se colocar na sua posição exata diante de Deus, de si e dos homens.
Jesus, ao pregar a humildade, sabia que ela é a mãe de outras virtudes muito importantes para o nosso crescimento.
Ele disse também que "Os exaltados serão humilhados e os humilhados serão exaltados". Isso significa que aqueles que buscam se elevar acima dos homens acabam se tornando os mais baixos diante de Deus, enquanto aqueles que fazem a vontade deste e aceitam servir ao semelhante elevam-se diante do criador.

* Contar-lhes a cena da Santa Ceia, em que Jesus lava os pés e as mãos dos doze apóstolos, que estavam com ele. Na época, essa tarefa era feita por escravos e, antes da chegada do nazareno, os seus companheiros discutiam à cerca de quem faria tão subalterna atividade. Após lavar-lhes os pés e as mãos, Jesus falou-lhes:
"Aquele que quiser ser o maior dentre vós, seja o menor", deixando claro que a verdadeira virtude está na humildade.

                                               O BURRO DE CARGA
No tempo em que não havia automóveis, na cocheira de famoso palácio real, um burro de carga curtia imensa amargura, em vista das pilhérias (piada, graças) e remoques (insinuação indireta e maliciosa) dos companheiros de apartamento (aposento separado; quarto; cerca). Reparando-lhe o pelo maltratado, as fundas cicatrizes no lombo e a cabeça tristonha e humilde, aproximou-se formoso (de forma bonita; belo) cavalo árabe, que se fizera detentor de muitos prêmios. Junto com o cavalo árabe, veio um potro de fina origem inglesa e falou ao burro de carga: 


- Triste sina (sorte, destino) a que você recebeu! Não inveja minha posição nas corridas? Sou acariciado por mãos de princesas e elogiado pela palavra dos reis! - Pudera! Como conseguirá um burro entender o brilho das apostas e o gosto da caça? O infortunado animal recebia os sarcasmos resignadamente. Outro soberbo (orgulhoso ao extremo; altivo, arrogante) cavalo, de procedência húngara, entrou também a comentar: - Esse burro é um covarde! Sofreu nas mãos do bruto amansador, sem dar ao menos um coice. É vergonhoso suporta lhe a companhia. 


Um jumento espanhol acercou-se e acentuou, sem piedade: Lastimo reconhecer neste burro um parente próximo. É um desonrado, um fraco, um inútil... Desconhece o amor-próprio! Eu só aceito deveres dentro de um limite. Se abusarem, pinoteio e sou capaz de matar. 


As observações insultuosas (injúria, ofensa) não haviam terminado, quando o rei penetrou o recinto, em companhia do chefe das cavalariças (ou, cocheira). 


Disse então o rei: - Preciso de um animal para serviço de grande responsabilidade – informou o monarca –, animal dócil e educado, que mereça absoluta confiança. O empregado perguntou: - Não prefere o árabe, Majestade? 



Não, não! É muito altivo (arrogante, presunçoso) e só serve para corridas em festejos semmaior importância. - Não quer o potro (cavalo novo) inglês? 




- De modo algum. É irrequieto (que não fica quieto, não para nunca) e não vai além das extravagâncias da caça. - E o húngaro? Não deseja o húngaro? 


- Não, não. É bravio (bruto, selvagem, bravo) e sem educação. É apenas pastor de rebanhos. 



 O jumento serviria? - De maneira alguma. É manhoso e não merece confiança. Decorridos alguns instantes de silêncio, o soberano indagou: 




- Onde está o meu burro de carga? Indicou o empregado ao rei: - Lá majestade? 


O próprio rei puxou-o carinhosamente para fora, mandou ajaezá-lo (enfeitá-lo) com as armas resplandecentes de sua Casa e confiou-lhe o filho, ainda criança, para longa viagem. 



Assim também acontece na vida. Em todas as ocasiões, temos sempre grande número de amigos, de conhecidos e companheiros, mas somente nos prestam serviços de utilidade real aqueles que já aprenderam a suportar servir e sofrer, sem cogitar de si mesmos.


Fonte: A Vida Fala II - "O burro de carga” de Francisco C. Xavier, pelo Espírito Neio Lúcio.




quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ao Amanhecer


Dia novo, oportunidade renovada.
Cada amanhecer representa divina concessão que não podes nem deves desconsiderar.
Mantém, portanto, atitude positiva em relação aos acontecimentos que devem ser enfrentados;
otimismo diante das ocorrências que surgirão;
Coragem no confronto das lutas naturais;
recomeço de tarefa interrompida;
ocasião de realizar o programa planejado.
Cada amanhecer é um convite sereno à conquista de valores que parecem inalcançáveis.
À medida que o dia começa, aproveita os minutos, sem pressa nem postergação do dever.
Não te aflijas ante o volume de coisas e problemas que tens pela frente.
Dirige cada ação à sua finalidade específica.
Após concluir um serviço, inicia outro e, sem mágoa dos acontecimentos desagradáveis, volve a liça com disposição, avançando, passo a passo, até o momento de conclusão dos deveres planejados.
Não tragas do dia precedente o resumo das desditas e dos aborrecimentos.
Amanhecendo, começa o teu dia com alegria renovada e sem passado negativo, enriquecido pelas experiências que te constituirão recurso valioso para a vitória que buscas.·.


Do livro: "Episódios Diários"
Psicografia de Divaldo P Franco

Sofrerás persiguição


"E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições." - Paulo, (II Timóteo, 3:12)

Incontestavelmente, os códigos de boas maneiras do mundo são sempre respeitáveis, mas é preciso convir que, acima deles, prevalecem os códigos de Jesus, cujos princípios foram por Ele gravados com a própria exemplificação.
O mundo, porém, raramente tolera o código de boas maneiras do Mestre Divino.
Se te sentes ferido e procuras a justiça terrestre, considerar-te-ão homem sensato; contudo, se preferes o silêncio do Grande Injustiçado da Cruz, ser-te-ão lançadas ironias à face.
Se reclamas a remuneração de teus serviços, há leis humanas que te amparam, considerando-te prudente; mas se algo de útil produzes sem exigir recompensa, recordando o Divino Benfeitor, interpretar-te-ão por louco.
Se te defendes contra os maus, fazendo valer as tuas razões, serás categorizado por homem digno; entretanto, se aplicares a humildade e o perdão do Senhor, serás francamente acusado de covarde e desprezível.
Se praticares a exploração individual, disfarçadamente, mobilizando o próximo a serviço de teus interesses passageiros, ser-te-ão atribuídos admiráveis dotes de inteligência e habilidade; todavia, se te dispões ao serviço geral para benefício de todos, por amor a Jesus, considerar-te-ão idiota e servil.
Enquanto ouvires os ditames das leis sociais, dando para receber, fazendo algo por buscar alheia admiração, elogiando para ser elogiado, receberás infinito louvor das criaturas, mas, no momento em que, por fidelidade ao Evangelho, fores compelido a tomar atitudes com o Mestre, muita vez com pesados sofrimentos para o teu coração, serás classificado à conta de insensato.
Atende, pois, ao teu ministério onde estiveres, sem qualquer dúvida nesse particular, certo de que, por muito tempo ainda, o discípulo fiel de Jesus, na Terra, sofrerá perseguições.

Emmanuel

Psicografia Chico Xavier

O sono e a vampirização sexual


Para onde você vai quando está dormindo? Você sabia que enquanto seu corpo físico repousa você continua em atividade? Você é espírito imortal. Você é um espírito encarnado, revestido dum corpo físico que dificulta seu acesso ao plano astral. O corpo físico só permite experiências com o plano físico.
Quando você dorme, o corpo físico fica deitado, repousando, enquanto você, muitas vezes, aproveita essa liberdade provisória para fazer coisas que normalmente não se permite. Hoje vem se tornando cada vez mais comum o fenômeno da projeção consciente. Em tese, qualquer pessoa pode treinar e desenvolver a capacidade de se manter lúcido enquanto o corpo físico repousa. Nesse caso, a consciência acompanha o corpo astral (ou perispírito).
Mas a projeção acontece quase sempre. Para nos projetarmos, ou seja, para atuarmos com o corpo astral, não precisamos estar conscientes disso. A maioria de nossos sonhos se trata de experiências no plano astral. Como o cérebro físico não participa dessas experiências, já que o corpo físico está dormindo, as lembranças que temos dos sonhos são confusas, dispersas e quase sempre sem nexo.
Muitas pessoas mantêm durante o período de sono as mesmas atividades rotineiras. Agem como zumbis. Mas quero abordar o caso de quem se aproveita (inconscientemente) desses momentos de relativa liberdade, para praticar coisas que aqui no plano físico são inviáveis. Inviáveis por não estarem ao alcance ou por serem contra a lei, contra a moral, contra as conveniências.
A literatura espírita nos mostra, e é algo que eu pude constatar pela observação e experiência, que grande parte dos encarnados vai em busca de prazeres quando projetados. O sexo é, disparado, o maior atrativo para esses festeiros. Mas também é comum a procura por vícios de toda espécie; como álcool, drogas, jogo, negócios escusos. Inimigos se encontram para brigar, criminosos voltam ao local do crime, ladrões roubam, fofoqueiros fazem intrigas, invejosos sabotam, rancorosos praticam vinganças.
Leitura pesada, né? Prefiro tratar de assuntos mais leves, mas há verdades que não podemos ignorar. Dorme-se grande parte da vida. É muito tempo. Esse tempo não pode simplesmente fugir ao nosso controle. Mas como controlar? Isso é quase óbvio. Nossas atividades astrais seguem o padrão de nossos pensamentos no estado de vigília. O que pensamos durante o tempo inteiro, quando acordados, determina o lugar para onde vamos e as companhias que teremos durante o período de sono.
Por isso a atração quase irresistível que o sexo provoca nos encarnados desdobrados do corpo físico. O apelo sexual está ativo como nunca. Nunca se teve acesso tão fácil à pornografia como hoje. Pesquisas têm apontado para o fato de que a quase totalidade dos homens com acesso à internet consome pornografia. Fora a internet, o erotismo está na televisão, para quem quiser ver. Estou parecendo puritano? Sou tão humano quanto você que está lendo. Mas não podemos nos acostumar a isso e pensar que a busca por pornografia é normal.
O desejo sexual descontrolado envolve hormônios, emoções, imaginação, fantasias e fraquezas de todo gênero. Tudo o que você coíbe durante a vida de relação, quando está acordado, você libera durante o período do sono físico. Você acha que quem consome pornografia faz isso sozinho? Os espíritos estão por toda parte, lembra? Por que você acha que deixariam você só nessas horas? Talvez para respeitar sua privacidade!? Seria muita ingenuidade pensar assim.
Há verdadeiras redes no astral inferior (ou umbral) especializadas em sexo sujo. Essas redes têm sua contraparte física aqui. Você ainda não se deu conta do poder e alcance da internet como rede conectora de mentes e pensamentos? Pois se é assim para as amizades virtuais, também funciona assim com os sites pornográficos. Seus frequentadores logo fazem “amizades” espirituais que os aguardam à hora do sono. Tão logo adormecem, esses frequentadores são recepcionados por seus iguais, ansiosos por lhes vampirizarem as energias.
Não existe truque para escapar a isso. Apenas o controle sobre os pensamentos, palavras e ações. Você sabe o que é o certo. Você está no domínio. Você escolhe.

Por: Morel Felipe Wilkon
FONTE: 
http://www.espiritoimortal.com.br/o-sono-e-vampirizacao-sexual/


LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS



LIBERTAÇÃO DOS ESCRAVOS - visão espírita

A Preparação da Abolição da Escravatura começou no Plano Espiritual
 Isabel Cristina Leopoldina Augusta Miguela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon (Princesa Isabel) veio ao mundo com a sua tarefa no trabalho abençoado da Abolição da Escravatura. Mas todo o andamento do processo já vinha sido delineado pelas falanges de Ismael, que procuravam dirigir os movimentos republicanos e abolicionistas com alta serenidade e muita prudência, com o propósito de evitar conflitos.
O momento de iniciar o cumprimento do que estava estabelecido no plano espiritual, partiu do próprio Mestre Jesus, segundo Humberto de Campos, no livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", psicografado por Francisco Cândido Xavier:

- Ismael, o sonho da liberdade de todos os cativos deverá concretizar-se agora, sem perda de tempo. Prepararás todos os corações, a fim de que as nuvens sanguinolentas não manchem o solo abençoado da região do Cruzeiro. Todos os emissários celestes deverão conjugar esforços nesse propósito e, em breve, teremos a emancipação de todos os que sofrem os duros trabalhos do cativeiro na terra bendita do Brasil. Disse o Mestre Jesus.
Com a concordância de Jesus, Ismael começou a articular o que viria ser o fim da escravidão no Brasil. Sob a influência dos mentores invisíveis da pátria, D. Pedro II foi afastado do trono nos primeiros anos de 1888. Com isso a Princesa Isabel, que já havia sancionado a Lei do Ventre Livre em 1871 - lei que garantia a liberdade aos filhos dos escravos - assumia a Regência. Sob a inspiração de Jesus, Isabel escolhe o Senador João Alfredo para organizar o novo ministério, que seria formado por notáveis espíritos ali encarnados. Em 13 de maio de 1888, os abolicionistas apresentam à regente a proposta de lei que Isabel, cercada de entidades angelicais e misericordiosas, sancionou sem hesitar.
O Livro "Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho", Humberto de Campos, através das mãos límpidas de Chico Xavier, relata a comemoração do Plano Espiritual naquela noite de domingo.
- Nesse dia inesquecível, toda uma onda de claridades compassivas descia dos céus sobre as vastidões do norte e sul da Pátria do Evangelho. Ao Rio de Janeiro afluem multidões de seres invisíveis, que se associam às grandiosas solenidades da abolição. Junto ao espírito magnânimo da princesa, permanecia Ismael com a bênção da sua generosa e tocante alegria. Enquanto se entoavam hosanas de amor no Grupo Ismael e a Princesa Imperial sentia, na sua grande alma, as comoções mais ternas e mais doces, os pobres e os sofredores, recebendo a generosa dádiva do céu, iam reunir-se, nas asas cariciosas do sono, aos seus companheiros da imensidade, levando às alturas o preito do seu reconhecimento a Jesus que, com a sua misericórdia infinita, lhes outorgara a carta de alforria, incorporando-se, para sempre, ao organismo social da pátria generosa dos seus sublimes ensinamentos.


OBSERVAÇÃO:

Aprendemos com Jesus que o amor ao próximo equivale a amar a Deus. Isso significa que é absolutamente impossível reverenciar ao Criador discriminando suas criaturas.
E a luz da reencarnação toda discriminação é preparação para nos transferirmos para o lado discriminado. Como disse Allan Kardec: “Se quisermos que os homens vivam como irmãos na Terra, não basta dar-lhes lições de moral, é preciso destruir a causa do antagonismo existente e atacar a origem do mal: o orgulho e o egoísmo.” Porque todo racismo e preconceito nasce do orgulho. Quando nos achamos mais e melhores que o nosso próximo, nós o discriminamos. Nós queremos os direitos somente para nós. Mas, “Deus não nos distingue pelos corpos. E que todos os homens são iguais na balança Divina e só as virtudes nos distinguem aos olhos de Deus. Todos os espíritos são de uma mesma essência, e todos os corpos são modelados com igual massa. Nossos títulos, nossos nomes, cor de pele, etc., em nada nos modificam; ficam no túmulo(...)"

“O TÚMULO É O PONTO DE REUNIÃO DE TODOS OS HOMENS. AÍ TERMINAM INELUTAVELMENTE TODAS AS DISTINÇÕES HUMANAS.”


 RUDYMARA
Fonte: GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC