Há muitos anos, um Espírito apareceu a Divaldo
(médium espírita, dirigente da instituição Mansão do Caminho da Bahia), e
contou-lhe sua triste história:
Eu era uma mulher bela, casada, também, com um
homem muito atraente. Éramos felizes... até que um dia a beleza física dele nos
desgraçou. Simpático, jovial e atraente, arranjou outra mulher mais bela e mais
jovem do que eu. Uniu-se a ela, e disse-me:
- A partir de hoje irei transferir-me de casa.
Por você estar velha e desgastada, procurei outra mulher mais jovem para me
estimular e dar colorido à minha vida.
Dizendo isso, arrumou suas malas e saiu.
Enquanto ele saía, dei um tiro em minha cabeça, para que ele ouvisse e tivesse
remorso para o resto da vida. Suicidei-me. . . Não posso lhe dizer quanto tempo
se passou. . . Senti o tormento que me veio depois do suicídio, à crueldade do
ato impensado, o desespero que me proporcionou. Tudo quanto posso lhe dizer é
que agora eu me libertei momentaneamente do tiro, da bala que partira minha
cabeça. E meu primeiro pensamento foi ver o homem por quem eu destruí minha
vida. Quis visitá-lo, e uma força estranha como um magneto atraiu-me a uma casa
majestosa, a uma mulher de meia idade e a um homem que estava atormentado e
deitado em uma cama especial. Era meu antigo marido, portador agora de uma
doença degenerativa. Estava desmemoriado, deformado, hebetado, teve também,
derrame cerebral, estava sem cabelos, sem dentes, trêmulo sobre a cama. . . Uma
verdadeira pasta de carne! Então eu olhei, e pensei: - Meu Deus! Foi por isso
que eu me matei!? Como fui tão apegada à matéria, que murcha e se decompõe
mesmo em vida. Hoje estou sofrendo moralmente! Como pude dar tanto valor à
matéria! . . . Não confiei em Deus, e cheguei ao extremo de tirar minha vida
por um homem que não a merecia, enceguecida por sua beleza física. Apeguei-me
muito, a ponto de anular minha personalidade. Não podia viver sem ele. Tem piedade
de mim e de todos aqueles que estão presos às pastas de carnes que irão se decompor
e morrer em breve tempo, mais breve do que esperamos.
E o Espírito, saiu depressa, sem dar tempo de
Divaldo falar com ela.
Dessa história, podemos tirar 3 lições:
1ª - Sobre o suicídio. A recomendação Espírita
é: “Não se mate você não morre.”
2ª - Procurar parceiros (as) visando beleza
física e não espiritual, é outro engano. O amor verdadeiro não é cego, mas a paixão
sim. Na questão 969, os Espíritos disseram para Allan Kardec que: “Muitos são
os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e
que, obrigados a viver em comum, não tardam a reconhecer que só experimentaram
um encantamento material! Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe
agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá
apreciá-la. Cumpre não se esqueça de que é o espírito quem ama e não o corpo,
de sorte que, dissipada a ilusão material, o espírito vê a qualidade.”
3ª - Ninguém é de ninguém. Ninguém é posse de
ninguém. Quando amamos verdadeiramente a outra pessoa, nós queremos vê-la bem,
feliz, seja lá com quem for. Divaldo com muita propriedade nos exorta:
- É necessário libertar-nos dos apegos, das
coisas escravocratas e seguirmos a direção do alvo, porque somos a flecha que o
grande Arqueiro disparou.
Aprende, pois a olhar, não com nossos olhos, mas
sim com o coração, amar verdadeiramente a alma e não o corpo, pois o corpo acaba
e a alma se eterniza o Espírito é realmente a verdadeira luz, e nós como seres
humanos deveríamos ver, não com os olhos, mas com o coração, pois este, nunca
nos engana!!!!
(Fonte:
Internet - Rede Amigo Espírita - Divaldo P. Franco).
Nenhum comentário:
Postar um comentário