sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O que é o Espírito Santo na visão Espírita


O que é o Espírito Santo na visão Espírita Segundo a Doutrina Espírita, o termo “Espírito Santo” apresenta uma conotação bastante diferente da apresentada por outras religiões. Para compreender a interpretação Espírita, é necessária uma análise dos textos evangélicos originais (Novo Testamento), os quais foram escritos em um tipo de grego denominado Koiné, ou seja, popular, diferentemente do grego clássico. 
Esta língua não possuía artigos indefinidos (UM, UMA, UNS, UMAS). Logo, quando a palavra era determinada, sempre se usava artigos definidos (O, A, OS, AS), e sendo indeterminada, pressupunha-se sempre o uso dos artigos indefinidos. Segundo o Espírita Carlos Torres Pastorino, estudioso do Novo Testamento que traduziu o texto evangélico do original em grego, não há a expressão “O Espírito Santo”, mas em todas as ocasiões lê-se “UM Espírito Santo”, como nos trechos abaixo: No caso do filho de Zacarias e Isabel (João Batista). 
“Luc. 1:15 …porque ele será grande diante do Senhor e não beberá vinho nem bebida forte; já desde o ventre de sua mãe será cheio de um espírito santo,…” No caso de Jesus, filho de Maria. “Luc. 1:35 Respondeu-lhe o anjo: ‘um espírito santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com sua sombra; e por isso o nascituro será chamado santo, Filho de Deus.” 
Em ambos os casos, segundo o Espiritismo, Isabel e Maria receberam por via mediúnica a revelação de que dariam à luz filhos que eram Espíritos já santificados, ou seja, com um grau evolutivo moral acima da média (João) ou pleno (Jesus, por isto chamado de Filho de Deus). Logo, o ato de receber um Espírito Santo, significaria dar condições para a reencarnação de um Espírito bom, missionário, nestes casos de gravidez/nascimento. 
Nas ocasiões em que homens ou outras pessoas “recebessem” ou “ficassem cheios” de um Espírito Santo, o Espiritismo interpreta como a “incorporação” mediúnica de um Espírito mensageiro cuja elevação moral e boas intenções emprestariam a ele o título de Santo. 

(baseado em: A Sabedoria do Evangelho, vol. 1 – 1964, de Carlos Torres Pastorino).


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